Abrigo

Capítulo IV

Na sementeira da vida



Descerra, o santuário da própria mente ao fulgor da Luz Espiritual que nos clareou a inteligência, a fim de que possas semear um novo destino à distância das sombras.


O pensamento é o embrião de toda a lavoura do Espírito e do Espírito dimanam todas as leis e todas as forças que garantem a excelsitude da vida e o equilíbrio do Cosmos.

Nossa mente é a matriz dos valores destinados à nossa plantação de dons inefáveis para a imortalidade.


Toda colheita obedecerá a sementeira, tanto quanto as nossas realizações se expressarão, onde estivermos, segundo pensarmos.

Arroja da lâmpada viva da ideia os raios de amor que possam trazer, em teu benefício, o Amor que preside os mecanismos do Universo.

Não esperes uma galeria de triunfo entre os homens para emitir a força silenciosa que te reajustará o caminho.

Toda viagem começa de um passo. Toda caridade encontra início na gentileza.


Aprendamos a semear mentalmente, renovando-nos para o Supremo Bem.

Lancemos pensamentos de paz e bondade, compreensão e auxílio, ao redor de nós mesmos.

Não te limites, porém, a pensar.

Traduze a harmonia do campo interior, através da palavra e do serviço, mobilizando a palavra construtiva na plantação de conhecimento superior e movimentando as mãos no cultivo da fraternidade.

A luz que nos orienta a estrada evolutiva deve partir da estática da beleza para a dinâmica da ação.


Cristo, o Mestre dos Mestres, guardou, acima de tudo, a mente nos desígnios do Pai e Criador, desdobrando-se no ideal de servir, sustentando o verbo e os braços na construção do Bem sem limites.

Se estamos esposando o Evangelho por abençoado roteiro de nossa peregrinação para os altiplanos da vida, esqueçamos o mal que nos tem perturbado a romagem, para fixar nossos melhores propósitos no ensinamento do Cristo, a fim de nos convertermos em instrumento para a sua excelsa extensão.