Que será do mundo se o tenebroso movimento do mal, que atualmente o envolve, terminar em comédia diplomática, dilatando mentiras e encorajando agressões novas?
Que será dos povos trabalhadores se a luta paralisar em mistificação que reforce a tirania e restaure o cativeiro?
Escrevendo aos romanos, relativamente aos seus esforços no serviço áspero, Paulo de Tarso oferece uma fórmula sagrada aos tempos atuais…
O apóstolo não recomenda rogativas pela cessação da luta, não reclama o término dos testemunhos, não alude à parte final de trabalhos e sacrifícios…
Pede, simplesmente, aos irmãos que combatam em orações, na sua companhia.
O grande trabalhador conhecia a força do pensamento e não ignorava que toda luta se processa através de linhas e círculos.
Jesus fazia excursões nas localidades palestinenses, mas voltava ao círculo de Cafarnaum em casa de Pedro.
Os apóstolos dilatavam cruzeiros de pregação, mas não dispensavam o círculo das igrejas.
O homem vai às frentes do trabalho, diariamente, todavia, não prescinde do círculo do lar.
Não há linhas de serviço sem os círculos de preparação eficiente.
Neste momento difícil dos povos, quando se recorre à organização de vanguardas valorosas, é justo não esquecer as fortalezas morais da retaguarda.
Os discípulos do Evangelho, em todo o mundo, passam por experimentação necessária.
Cultivar a fé, não significa adorar somente.
Seguir o Mestre não é incensar-Lhe o nome apenas.
É tomar a cruz deste testemunho, sem desdenhar sacrifícios.
Não esqueçamos que Paulo se refere a combater.
Em horas tão graves quanto estas, quando o direito e o bem, a paz e a verdade reclamam linhas de defesa, organizemos também os círculos espirituais de cooperação.
Ninguém deve esquecer que o esforço cristão há de ser total para a vitória total do Evangelho.
Mensagem psicografada na época da II Guerra Mundial. — Nota da Editora.