Alma e Luz

Capítulo IV

Círculos intercessórios




O mal empreende o ataque, o bem organiza a defesa. O primeiro, movimenta a agressão, estabelece o terror, espalha ruínas. O segundo mobiliza o direito, cria energias novas, eleva sentimentos e consciências.

Os povos pacíficos da atualidade encontram problemas de solução imediata, cuja equação requer ânimo sadio. Como interpretar o assédio da força? Como receber as novas modalidades de tirania?

O ataque do mal vem à sombra da noite, o golpe traiçoeiro não espera declarações diplomáticas, nem a invasão generalizada obedece a protocolos políticos.

Muitas nações mantiveram-se à margem dos grandes conflitos, guardando a neutralidade e as tradições do direito internacional.

Nem por isso, todavia, tornaram-se respeitadas.

A onda de barbarismo envolve países, coletividades, continentes.

É necessário que o bem organize a defesa.

Muita gente pergunta: — Combater por quê? Estamos com Jesus que ensinou o bem e a paz. Entretanto, é indispensável não esquecer que existem padrões de pacifismo e padrões de passividade.

O Mestre é o Príncipe da Paz. Contudo, é imprescindível raciocinar quanto ao que seria o cristianismo se Jesus houvesse entrado em acordo com os fariseus do templo…

A batalha do Calvário iniciou o movimento de defesa do Evangelho. Continuaram, então, as batalhas cristãs, desde os circos romanos até aos campos sangrentos da atualidade.

Eis que o Brasil, generoso e pacífico, foi convocado às lutas da defesa.

Nesta hora grave, recordemos a exortação confiante de Paulo: — “Fundemos círculos intercessórios para a cooperação ativa junto às vanguardas vigilantes.”

Organizemos ligas de orações nos templos, nas instituições e nos lares, comparecendo, espiritualmente no esforço defensivo, auxiliando também nós, no valoroso combate do bem.




Mensagem psicografada na época da II Grande Guerra. — Nota da Editora.