Ele não era médico e levantou paralíticos e restaurou feridos, usando o divino poder do amor.
Não era advogado e elegeu-se o supremo defensor de todos os injustiçados do mundo.
Não possuía fazenda e estabeleceu novo reino na Terra.
Não improvisava festas e consolou os tristes e reergueu o bom ânimo das almas desesperadas.
Não era professor consagrado e fez-se o Mestre da Evolução e do Aprimoramento da Humanidade.
Não era Doutor da Lei e criou a universidade sublime do bem para todos os espíritos de boa vontade.
Padecendo amarguras — reconfortou a muitos.
Tolerando aflições — semeou a fé e a coragem.
Abatido — curou as chagas morais do povo.
Supliciado — expediu a mensagem do perdão e do amor, em todas as direções.
Esquecido pelos mais amados — ensinou a fraternidade e o reconhecimento.
Vencido na cruz — revelou a vitória da vida eterna, em plena e gloriosa ressurreição, renovando os destinos das nações e santificando o caminho dos povos.
Ele não era, portanto, rico e engrandeceu os celeiros dos séculos.
Quem oferecer o coração, em homenagem ao Divino Amor na Terra, poderá desse modo, no exemplo de Jesus, embora anônimo, aflito, apagado ou crucificado, atender à santificada colaboração com Deus, a benefício da Humanidade.
(Psicografado em 1956, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)
Essa é a 59ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.