O sentimento inspira.
O pensamento plasma.
A palavra orienta.
O ato realiza.
Figuremos, [assim,] a ideia como sendo a fonte nascida no manancial do coração [e] traçando a si mesma o curso que lhe é próprio.
O pensamento vibra, desse modo, no alicerce de todas as formas e de todas as experiências da vida.
Pensando, o arquiteto imagina o edifício a elevar-se do solo; o técnico cria a máquina que diminui o esforço braçal do homem; o escultor arranca ao mármore os primores da estatuária e o artista compõe sublimadas formações da beleza, endereçando apelos à ciência e à virtude.
E é também pensando que o sovina levanta para si mesmo o inferno da posse insaciável, [que o viciado gera as fantasias monstruosas que o conduzem à delinquência, que o criminoso se arroja aos abismos da perversidade, nos quais se afogará em desilusão, e que] tanto quanto o preguiçoso coagula para si próprio os venenos da inércia.
Em razão disso, depois da morte, mais intensivamente, vive a alma nas criações a que se afeiçoa.
Isso não quer dizer que haja retrocesso na marcha evolutiva do Espírito, mas estagnação do ser nas formas infelizes em que se compraz, pelo seu próprio pensamento desgovernado e delituoso.
Com isso, desejamos igualmente dizer que todos influenciamos e somos influenciados.
Agimos e reagimos.
E se os missionários do bem recebem dos Planos superiores a força que lhes enriquece as ações para as vitórias da luz, os empreiteiros do mal recolhem dos Planos inferiores as sugestões que lhes infelicitam a senda, inclinando-os aos resvaladouros da treva.
[Assim, pois,] reflitamos no magnetismo desvairado das inteligências que se transviam nas sombras e compreenderemos a loucura temporária que ele pode trazer às almas que o provocam.
— “Viverá o homem onde situe o coração” — diz-nos o Evangelho (Mt
Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi publicada pela FEB no Reformador em março de 1957 e é a 117ª lição do 3º volume do livro “”