Atenção

Capítulo III

Ante a indulgência divina



Induzidos à intemperança mental, a explodir dentro de nós por vulcão de loucura, meditemos na 1ndulgência Divina, para que não venhamos a cair nos desajustes da intolerância.


Achávamo-nos, ontem, desarvorados e oprimidos no torvelinho das trevas.

O Senhor, porém, nos concedeu novo dia para recomeçar a grande ascensão à luz.


Estávamos paralíticos na recapitulação incessante de nossos desequilíbrios.

Restituiu-nos a faculdade do movimento com os pés e as mãos livres para o reequilíbrio que nos compete.


Sofríamos desilusão e cegueira.

Reformou-nos a esperança e a visão com que assimilamos as novas experiências.


Jazíamos desassisados na sombra.

Reconduziu-nos à posse da integridade espiritual.


Padecíamos a desesperação a desgovernar-nos o verbo, através de atitudes blasfematórias.

Investiu-nos, de novo, com o poder de falar acertadamente.


Vitimava-nos a surdez, nascida de nossa rebelião perante a Lei.

Dotou-nos de abençoados ouvidos com que possamos assinalar as novas lições do socorro espiritual.


Procedíamos à conta de infelizes alienados, nas regiões inferiores, materializando em torno de nós as telas dos próprios erros e eternizando assim, o contato com os desafetos de nossa própria vida.

Concedeu-nos, porém, a Divina Bondade a bênção do lar e da provação, da responsabilidade e do trabalho em comum, nos quais tornamos à associação com os nossos adversários do pretérito para convertê-los, ao sol do amor, em laços de elevação para o futuro.


Não olvides a tolerância de Jesus, o nosso Eterno Amigo, que nos suporta há milênios, amparando-nos o coração, através de mil modos, em cada passo do dia, e por gratidão a Ele que não vacilou em aceitar a própria cruz para testemunhar-nos benevolência, sejamos aprendizes autênticos da fraternidade, porquanto somente no perdão incondicional de nossas faltas recíprocas, conseguiremos atender-lhe ao apelo inolvidável: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 13:34)