Ante as questões de vivência no cotidiano, se consegues manter a fé em Deus e na imortalidade da alma, acima dos obstáculos em que se nos apuram as faculdades no campo da vida, pensa compadecidamente nos irmãos alterados, em matéria de fé. Especialmente naqueles que não puderam suportar o clima de trabalho e burilamento, em que te encontras e que se bandearam não só para a indiferença mas também para a negação.
Provavelmente, alguns deles se fazem passíveis dessa ou daquela observação, tendente a interromper-lhes, por algum tempo, a capacidade de influenciação no ânimo alheio, entretanto, em maioria, são companheiros em graves transformações na vida íntima.
Esse terá visto crises e tribulações no instituto doméstico e se vê traumatizado como quem se vê à beira do colapso nervoso.
Aquele terá concordado com sugestões deprimentes e haverá caído nos labirintos da obsessão.
Outro sofreu a deserção de pessoas queridas e não conseguiu furtar-se a profundo ressentimento.
Outro ainda varou desafios e testemunhos que lhe impuseram enfermidade e cansaço, estirando-se em desânimo.
E outros muitos terão aguardado compensações materiais e remunerações afetivas que o intercâmbio espiritual não lhes poderia oferecer e arrojaram-se à rebeldia ou ao desalento.
Diante dos irmãos alterados na fé por essa ou aquela circunstância, usa discrição e caridade em qualquer pronunciamento.
Não lhes agraves as inquietações, propondo-lhes problemas novos e nem lhes agites as feridas da alma com apontamentos infelizes.
Quando possível, entrega-lhes o pão do otimismo e a luz da esperança, sem reproches desnecessários, ao reerguer-lhes a confiança, reconhecendo que a Divina Providência, com justiça e misericórdia, vela por nós todos e que os companheiros de Jesus são por ele chamados para construir e reconstruir.