Movimentando rápidas pinceladas, Hilário Silva, neste livro, é um retratista de corações, conclamando-nos a sentir e refletir.
Com o emprego de tintas fracas ou fortes, revela quadros diversos, apresentando o que ele próprio nomeia como sendo um desfile de almas.
E as telas se destacam.
O esforço premiado aparece junto à queda na invigilância. O aviso evangélico surge na estrada que a ignorância sombreia. Quem se ilude respira o ambiente de quem se esclarece. Há Espíritos que caem, ao lado de Espíritos que se levantam.
É a trilha humana com os seus sonhos e esperanças, flores e espinhos, alegrias e sofrimentos.
Mas por farol bendito fulgura a Doutrina Espírita, amparando e educando os caminheiros, em nome de Jesus.
Ainda assim, o que ressalta de cada página é o imperativo da compreensão fraterna para que não venhamos a tombar em nossas próprias deficiências.
Hilário, pois, trazendo a lume os episódios que arranca ao livro da vida, não tem outro intuito senão o de afirmar que todos nós — os viajores da experiência — precisamos do alimento amor, no prato da compaixão.
Uberaba, 29 de agosto de 1960.
(Médium: Francisco Cândido Xavier.)
A convite do Espírito de Hilário Silva, os médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier receberam respectivamente a primeira e a segunda partes deste livro.
Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas.
A vida garante a exibição.
E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas.
Almas que se arrastam.
Almas que lutam.
Almas que riem.
Almas que choram.
Partilhando igualmente a marcha, caminha corretamente. Não recues, nem te apresses. Observa os companheiros, sem espanto e sem crítica, a fim de que a lição de cada um te sirva ao aprendizado.
Toda vez que te inclines para esse ou aquele caminheiro, estende o coração e as mãos, em forma de entendimento e de amor, porque todas as filas prosseguem adiante, com encontro marcado no túnel da morte. E do túnel da morte cada alma em desfile surgirá no Outro Lado para receber, no Posto de Pedágio do Destino, segundo o próprio merecimento. (Jó
Uberaba, 29 de agosto de 1960.
(Médium: Waldo Vieira.)
A convite do Espírito de Hilário Silva, os médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier receberam respectivamente a primeira e a segunda partes deste livro.