—Absolutamente! Não aceito qualquer admoestação! devo estar no hospital com a pressa máxima – era assim que o famoso médico Dr. Armando Carrieri se dirigia ao guarda de trânsito.
—Doutor, apitei porque o senhor não pode seguir nessa velocidade. . . O túnel está em conserto. . .
—Como o senhor vê, há diversos veículos esperando informações. . .
—Chega de conversa! – tornou o médico, irritado – se me dispuser a ouvir todos os apitadores do trânsito, acabarei parando o relógio. . . Não diminuirei a marcha. Devo estar no hospital com a urgência possivel.
—Armando, acalme-se. . . Há tempo suficiente e o guarda não é nosso empregado. E, se fosse, deveríamos a ele consideração e respeito.
—Ora, ora, Zeferino! era o que faltava. . .
Lições de boas maneiras! Depois de abraçar o Espiritismo, você poderá chamar-se Zeferino Mole. Comigo, não! Nada de guardas ineptos a dar ordens.
Estarei no hospital sem perda de tempo!. . .
E pressionando o pé sobre o acelerador, partiu a toda. Mas daí a minutos chegou a notícia de que o Dr. Armando havia chegado efetivamente ao hospital, mas com ambas as pernas fraturadas em grande acidente.