Espíritas generosos visitavam a grande colônia de alienados mentais, em tarefa de assistência.
Manhã fria, muito fria.
Aqui, era alguém distribuindo cobertores.
Adiante, senhoras entregavam agasalhos.
Avelino Penedo, velho pregador dos princípios kardequianos, muito ligado aos aperitivos, entra na pequena farmácia do instituto, retira certa quantidade de conhaque de alcatrão e, esfregando os dedos, volta à intimidade dos companheiros.
—Minha gente! – diz ele – a casa parece sorvete! Quem quer uma talagada?
Todos os circunstantes agradecem e recusam.
—Você quer, meu irmão?
—Como não? – responde o enfermo.
—Todo louco bebe.