Referíamo-nos ao Cristianismo Redivivo por dia novo na Terra.
As referências explodiam relampagueantes, quando um amigo pintor aduziu, fazendo surpresa:
— “E se fixássemos o alvorecer da Era Nova em traços e cores?”
Impossível a execução de um plano assim arrojado; no entanto, alguém lembrou que um livro, na essência, é um quadro de ideias, definindo determinadas realizações.
Foi assim que o projeto deste volume se nos configurou, de imediato, e aqui reunimos páginas nossas, em que nos reportamos às criações espirituais, necessárias à instalação da paz e da felicidade para a Terra de hoje.
Cada companheiro, nesta despretensiosa galeria de pensamentos, expõe a contribuição que lhe é própria e, de comentário a comentário, tentamos formar a tela espiritual de nossas esperanças.
Aqui, um de nós espalha as tintas da fé; ali, outro oferta destaque à beneficência; além, aparece quem procura fixar as cores da alegria; mais adiante, surgem obreiros salientando o espírito de serviço.
O quadro, confeccionado dentro das nossas estreitas possibilidades, aqui se encontra em forma de livro.
AMANHECE é o nome deste noticiário da alma, condensado numa palavra única.
E entregando-te, leitor amigo, estas páginas simples, convidamos-te a refletir nas luzes de nossa época, em que a Terra começa a envolver-se nos clarões de novo amanhecer, rogando ao Senhor nos conceda o privilégio de trabalhar para que esse novo dia nos encontre — a nós todos, Espíritos em evolução no planeta, irmanados no mesmo anseio de paz, com a bênção do amor a encaminhar-nos para Deus.
Uberaba (MG), 18 de abril de 1976.