Valentim Magalhãe " – "Rua, filho infeliz!. . . " – grita brandindo a vara O severo Dom João, de gesto frio e rude. . .
– "Não me mates, meu pai!. . . Socorro!. . . Deus me ajude!. . . " .
Clama o rapaz, fugindo à mão que o desampara.
Mas não existe dor que o tempo não transmude.
Envelhece Dom João na casa nobre e rara, Lembra com novo amor o filho que expulsara ;
Quer reencontrá-la agora e viaja amiúde. . .
Certa noite, ante um rio, ao vento rijo e forte, O castelão viajor pede auxílio e transporte. . .
Mas surge por barqueiro estranho maltrapilho. . .
É um moço salteador que o saqueia e tortura. . .
Dom João fita o agressor. . . É o filho que procura. . .
E morre a suplicar : – "não me mates, meu filho!. . . "