Precedendo-nos a reunião pública, formávamos extenso agrupamento de companheiros, permutando ideias quanto às desuniões, às vezes de caráter violento, que se verificam no íntimo dos grupos domésticos e sociais. Falávamos dos desacordos de solução difícil, entre aqueles que foram reunidos pela vida em tarefas de amor, dentro do próprio lar, quando o horário nos convidou aos trabalhos do programa.
Após a prece inicial, nos deu para estudo a questão 264, que foi comentada com segurança por vários amigos. No término da reunião, foi o nosso caro Emmanuel quem nos trouxe a mensagem da noite.
Problema difícil na experiência humana, que unicamente o amor consegue resolver: o antagonismo quando surge entre os que foram chamados a viver sob o mesmo teto ou na mesma equipe familiar.
Vemo-los comumente nos filhos que se voltam contra os pais ou nos que se rebelam; nos irmãos que combatem os próprios irmãos; nos cônjuges que inesperadamente se afirmam uns contra os outros; ou nos parentes que não suportam os companheiros de consanguinidade.
Quando te vejas em semelhantes ocorrências de rejeição espiritual, pensa nos conflitos que volvem das existências passadas à maneira de sombras do ontem que se projetam no hoje, e dispõe-te à rearmonização, a fim de extinguir os focos de vibrações desequilibradas, capazes de gerar perigosos processos enfermiços.
A convivência induzida pelas tarefas em comum ou pelas obrigações do parentesco é a escola de reajustamento em cujo currículo de lições solicitaste a própria internação, antes do berço terrestre.
No lar ou no grupo de serviço, cada um de nós, ao tempo da encarnação, recolhe os laços mais nobres de afinidade e aqueles outros menos agradáveis junto dos quais somos constantemente convidados a reaprender ensinamentos de compreensão e de amor.
Diante daqueles que te amam sem que ainda os ames, ou à frente daqueles outros aos quais amas sem que ainda te consigam amar, auxilia-os, procurando envolvê-los no silêncio da bondade e da simpatia.
Planta o bem que puderes, em beneficio deles, e ajuda-os a se realizarem no melhor que desejem, sem escravizá-los aos teus pontos de vista e, entrega-os a Deus, com sinceridade, porque Deus dissolverá toda maldição em socorro e transformará toda discórdia em união, abençoando e amparando a todos eles, tanto quanto abençoa e ampara a todos nós.