Senhor! Admiro-te a presença em cada criatura que me cruza o caminho.
Escuto-te as manifestações, quando alguém usa o verbo na ponderação da madureza ou na simplicidade da criança.
Percebo-te na cultura dos que ensinam e na inteligência dos que aprendem.
Sinto-te o maravilhoso amor pulsando em cada coração.
Enterneço-me em te observando o devotamento de todos aqueles que se fazem pais e mães no mundo.
Entretanto, além de tudo isso, reconheço-te a voz quando me chamas naqueles que sofrem.
Fito-te nos enfermos e nos tristes que me estendem os braços, rogando-me auxílio em teu nome.
Conheço-te as lágrimas com que me falas de proteção no semblante das mães relegadas ao abandono.
Entendo-te no olhar ansioso dos irmãos em desajuste.
Compreendo-te nas requisições de carinho das crianças atiradas à via pública.
E sei quanto procuras por mim naqueles que se desequilibram nas sombras da ignorância ou nas labaredas da delinquência.
Agradeço-te a felicidade de identificar-te nos companheiros de experiência, no entanto, venho rogar-te a coragem de ser útil para que eu saiba responder-te ao chamado, junto dos que choram: — Senhor, eu estou aqui.