Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens.
É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, (Lc
E segue adiante, enaltecendo-a na inspiração junto dos doutores do Templo; (Lc
exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná; (Jo
sublimando-a, nas atividades da cura, ao transmitir passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde;
ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas (Mt
dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores ligados aos alienados mentais que lhe surgem à frente;
glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, (Mt
e elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, ao aliviar os enfermos com a simples presença, ao revitalizar corpos cadaverizados, (Jo
E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, (Jo
Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não [se confunde com] a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre [que] enobrecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência.
Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe — tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana —, porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso Divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus.
(Psicografada em 8/4/1959 no Centro Espírita Casa do Cinza, na cidade de Uberaba, M. G.)
Esta mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi originalmente publicada em 1961 pela FEB e é a 67ª lição do livro “”