Debalde procurais a alma divina No acervo de bactérias e de humores, No banquete dos vermes gozadores Que o processo anatômico examina. Prisioneiros do cálcio e da albumina, Mergulhados no pântano das dores, Sois, ainda, veros sofredores, Vencendo a noite em sombra, sangue e ruína. Findo o baile macabro dos instintos, No cárcere trevoso dos helmintos, Voltareis à verdade augusta e forte! E, vencidos no horror do último cerco, Encontrareis no túmulo de esterco A claridade angélica da morte!… |
(Psicografada em 26/6/1946 no Centro Espírita Amor ao Próximo, na cidade de Leopoldina, M. G.)