Peregrino da dor que regenera, Humilhado nas pedras do caminho, Ergue teus olhos ao celeste ninho E arrimado no amor confia e espera… Além da poda que é flagelo à vida, Fulgem messes divinas de fartura. E além das aflições da noite escura Surge a aurora de paz indefinida. Toda vitória sobre a natureza Reclama sacrifício, mágoa e luta… Aos golpes do buril, a pedra bruta Conquista a glória e o brilho da beleza. Assim, pois, o obstáculo e o problema, O infortúnio, a miséria, a angústia e a prova São recursos de acesso à vida nova, Portas abertas para a luz suprema. Segue, assim, tua senda áspera e fria, Louvando a cruz que te lacera os ombros, Depois do fel de todos os escombros, Penetrarás o templo da alegria. |
(Psicografada em 28/6/1950 no Centro Espírita Amor ao Próximo, na cidade de Leopoldina, M. G.)