Companheiro de rudes pés sangrentos Guarda no peito atribulado e aflito As visões que percebes no Infinito, Alvoradas, estrelas, firmamentos… Segue calando os trágicos lamentos Do coração chagado, ermo e proscrito, Mas ergue a luz por templo de teu rito Entre os muros terrestres, desatentos! Sem dourado bastão para teus sonhos, Transpõe, gemendo, os vórtices medonhos Das sendas abismais para o futuro. E deixarás no pranto de teus rastros O caminho celeste para os astros E a vitória divina do amor puro. |
(Psicografada em 12/9/1958 no Centro Espírita Uberabense, na cidade de Uberaba, M. G.)