Se procuras no Evangelho A luz da felicidade, Exalta quanto puderes A benção da caridade. Todo ensino da virtude Faltará sempre à verdade, Se fugimos de exercer A benção da caridade. Desse modo, cada dia, Em toda dificuldade, Cultiva, seja onde for, A benção da caridade. Há gesto nos que mais amas Que te fira ou desagrade? Conserva por diretriz A benção da caridade. Se és constrangido a sofrer A alheia agressividade, Oferece à ignorância A benção da caridade. Padeces, caminho a fora, Malícia, intriga, maldade? Olvida o charco e semeia A benção da caridade. Calúnia? Maledicência? Que a treva te não degrade. Estende na sombra, em torno, A benção da caridade. Há quem surja vomitando Pedra, lodo e crueldade? Entrega às chagas da injúria A benção da caridade. Socorre toda aflição Que chora na tempestade, Mas alonga ao próprio crime A benção da caridade. Não te esqueças que Jesus — Sol de amor que nos invade — Passou no mundo espalhando A benção da caridade. E, um dia, depois da morte, No clima da eternidade, Brilhará também contigo A benção da caridade. |
(Psicografada em 30/5/1959 na Comunhão Espírita Cristã, na cidade de Uberaba, M. G.)