Enciclopédia de Gênesis 16:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 16: 4

Versão Versículo
ARA Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada.
ARC E ele entrou a Hagar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
TB Ele conheceu a Agar, e ela concebeu; vendo ela que tinha concebido, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
HSB וַיָּבֹ֥א אֶל־ הָגָ֖ר וַתַּ֑הַר וַתֵּ֙רֶא֙ כִּ֣י הָרָ֔תָה וַתֵּקַ֥ל גְּבִרְתָּ֖הּ בְּעֵינֶֽיהָ׃
BKJ E ele entrou em Agar, e ela concebeu. E vendo ela que tinha concebido, sua senhora foi desprezada a seus olhos.
LTT E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
BJ2 Este possuiu Agar, que ficou grávida. Quando ela se viu grávida, começou a olhar sua senhora com desprezo.
VULG Qui ingressus est ad eam. At illa concepisse se videns, despexit dominam suam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 16:4

I Samuel 1:6 E a sua competidora excessivamente a irritava para a embravecer, porquanto o Senhor lhe tinha cerrado a madre.
II Samuel 6:16 E sucedeu que, entrando a arca do Senhor na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo o rei Davi, que ia bailando e saltando diante do Senhor, o desprezou no seu coração.
Provérbios 30:20 Tal é o caminho da mulher adúltera: ela come, e limpa a sua boca, e diz: Não cometi maldade.
Provérbios 30:23 pela mulher aborrecida, quando se casa; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora.
I Coríntios 4:6 E eu, irmãos, apliquei essas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós, para que, em nós, aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.
I Coríntios 13:4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS MIGRAÇÕES DOS PATRIARCAS

O livro de Gênesis descreve tanto as migrações quanto as peregrinações dos patriarcas. Essas migrações registradas em Gênesis tiveram início quando Abraão, como parte do clã de seu pai, mudou-se de Ur dos Caldeus para a cidade de Harra (Gn 11:31-32). É possível determinar com segurança a localização de Harrá na moderna Haran, situada perto do rio Balih, cerca de 16 quilômetros a sudeste de Urfa (Edessa) e a aproximadamente 6,5 quilômetros ao norte da fronteira turco-síria dos dias de hoje. Escavações modernas indicam que os primeiros moradores de Harra podem ter vivido ali já por volta de 8000 a.C., e a existência do local é amplamente atestada em textos cuneiformes do terceiro, segundo e primeiro milênios a.C. Mais tarde, os romanos vieram a conhecer o lugar pelo nome de Carrhae (Carras).
Entretanto, a localização de Ur dos Caldeus continua sendo objeto de algum debate. Desde o trabalho arqueológico de Leonard Woolley e a publicação de seus textos no início do século 20, é comum identificar a "Ur da Bíblia" com a famosa capital suméria da terceira dinastia de Ur (T. Muggayar), situada no baixo Eufrates, cerca de 105 quilômetros acima de sua confluência com o Tigre. No início, esse ponto de vista parecia lógico devido à óbvia semelhança de nomes, à complexidade e aos magníficos achados do sítio, além do fato de que tanto a Ur suméria quanto a cidade de Harra floresceram no segundo milênio a.C.como centros importantes de adoração da Lua. Uma forma de religião de culto lunar está claramente atestada em nomes de ancestrais dos patriarcas: os nomes de Terá (Gn 11:24-26), Labão (Gn 24:29), Milca (Gn 11:29) e Sarai (Gn 11:29) podem todos estar relacionados à adoração da Lua (Js 24:2). De acordo com essa interpretação, a primeira etapa da migração de Abraão o levou de um centro de adoração da Lua a outro.
No entanto, investigações subsequentes levantaram algum questionamento quanto às ideias de Woolley. Em primeiro lugar, continua havendo incerteza por que a Bíblia nunca se refere apenas a "Ur", mas sempre a "Ur dos caldeus" ou "Ur da terra dos caldeus" (Gn 11:28-31; Ne 9:7; cp. At 7:4). Um qualificativo constante pode sugerir que os escritores bíblicos estavam se esforçando para distinguir entre o lugar de onde Abraão emigrou e a famosa metrópole da mesma época e com o mesmo nome (assim como um morador de Paris 1linóis, nos Estados Unidos, talvez tenha de especificar onde mora, para evitar confusão com a cidade mais famosa, localizada na França). Nas muitas atestações apresentadas por Woolley, Ur nunca recebe esse qualificativo; até o século 7 a.C., Ur sempre é associada aos sumérios e não aos caldeus.
A necessidade de distinguir o nome Ur talvez se acentue ainda mais quando nos debruçamos sobre o significado de "caldeus" Qualquer interpretação aponta para uma localização no norte da Mesopotâmia. Não existe, no sul da Babilônia, nenhum vestígio seguro dos caldeus antes do início do século 9 a.C, que é depois do fim da era patriarcal.
Antes dessa data, é preciso procurar no norte referências aos caldeus. Além disso, no hebraico, a palavra traduzida por "caldeus" é kasdim. Com base seja na fonética, seja na fonologia, os estudiosos identificam essa palavra com "caldeus".
Caso kasdìm deva ser relacionada ao ancestral patriarcal Quesede (Gn 22:22), o significado da expressão seria "Ur (da terra/região] de Quesede" De qualquer maneira, chega-se à mesma conclusão, pois a Bíblia diz que os descendentes de Quesede se estabeleceram em Pada-Ará - no norte da Mesopotâmia (Gn 24:10).
Além do mais, quando influências mesopotâmicas parecem se refletir na vida dos patriarcas (levirato, tribalismo dimórfico, herança genealógica, constituição populacional etc.), em geral são textos mesopotâmicos do norte que fornecem paralelos culturais. Até onde sabemos, a influência do sul da Babilônia é praticamente nula nas narrativas patriarcais.
Textos mesopotâmicos de fato atestam a existência de várias cidades do segundo milênio a.C. que tinham o nome de "Ur(a/u)" ou seu equivalente linguístico, as quais devem ser situadas no norte da Mesopotâmia ou perto dali. Com base em importantes registros históricos, podemos afirmar com segurança que, no segundo milênio a.C., existiu uma U- "do norte localizada: (1) ou em algum ponto bem perto do litoral mediterrâneo; (2) ou em algum ponto mais para dentro do continente, entre o alto rio Habur e o rio Tigre, perto de Ninive. É provável que tenham existido, no norte, mais de dois lugares com esse nome, mas é impossível que tenha havido menos de dois. É claro que continua sendo uma questão aberta se um ou outro desses lugares corresponde à Ur bíblica dos caldeus, e uma localização próxima do Mediterrâneo deve ser considerada possibilidade bem remota. À luz dessas considerações, alguns estudiosos procuram Ur dos caldeus em algum lugar no norte da Mesopotâmia, e não no lugar ao sul sugerido por Woolley, como mencionado antes. 

AS PEREGRINAÇÕES DOS PATRIARCAS
Um estudo das perambulações patriarcais nos leva a duas conclusões importantíssimas. A primeira é que os patriarcas viveram em tendas, como pastores seminômades em pastagens sazonais. Os lugares que os patriarcas visitaram em Canaã recebiam entre 250 e 750 milímetros anuais de chuva, o que faz com que fossem lugares bastante apropriados para rebanhos e manadas pastarem. Normalmente, os patriarcas não se estabeleceram em cidades (Ló foi exceção). Eles tendiam a não cultivar a terra (Gn 26:12 é provavelmente uma exceção). Parece que não possuíram terras, exceto uns poucos e modestos lugares de sepultamento em Manre/Hebrom (Gn 23:2-20; cp. 25.9,10; 35.27; 49:29-32; 50.13), em Siquém (Gn 33:19; cp. Js 24:32) e onde Raquel foi enterrada (Gn 35:16-20).
A segunda conclusão é que os patriarcas devem ter chegado a Canaã numa época em que a terra estava relativamente livre de controle político externo. Parece que Abraão e seu clã se moviam de um lugar para outro sem interferência política e, além disso, o tamanho de seu grupo (Gn 14:14) dá a entender que, caso contrário, autoridades políticas provinciais, com certeza, teriam detectado os movimentos do patriarca. Esse cenário coincide com o perfil histórico de Cana durante o final da Idade do Bronze Médio (1850-1550 a.C.), quando Cana e Síria estavam profundamente envolvidas e tinham uma cultura material comum. Mas, durante a Idade do Bronze Final (1550-1200 a.C.), a forte dominação egípcia e a formação de entidades políticas mais fortes levaram a uma diferenciação cultural mais acentuada, o que sem dúvida deve ter tornado mais difíceis o livre trânsito e a migração étnica. Vários outros aspectos das narrativas patriarcais apontam para determinado contexto na 1dade do Bronze Médio. Por exemplo, os 20 siclos de prata que os comerciantes amalequitas pagaram por José (Gn 37:28) representava o preço médio pago por um escravo durante a Idade do Bronze Médio.% Ao mesmo tempo, uma variedade de costumes sociais dos patriarcas também se encaixa bem num ambiente social da Idade do Bronze Médio:

Com frequência, textos cuneiformes e egípcios dos séculos 21:12 a.C. empregam o termo "habiru" para designar alguns povos que frequentemente viviam à margem da sociedade, às vezes descritos como ameaça a cidades pequenas e seus governantes. "Habiru" é uma palavra parecida com "hebreu" - o termo que descrevia os patriarcas de Gênesis (Gn 14:13-39.14,17; 40.15; 41.12; 43,32) antes da adoção da designação mais comum "filhos de Israel" (e.g., Ex 1:1-7). Como os textos bíblicos apresentam os patriarcas vivendo à margem da sociedade e como, às vezes, a semelhança de nomes é considerada identidade de nome, alguns estudiosos acreditam que os hebreus patriarcais devem ser identificados com os habirus de textos seculares antigos. No entanto, uma rápida olhada no mapa mostra que, do ponto de vista geográfico, não é possível chegar a essa conclusão. Os habirus aparecem em textos de toda a Mesopotâmia, além de lugares tão afastados quanto Susã, no leste, Hattusha, no norte, e Tebas, no sul do Egito, bem distantes de qualquer lugar que se possa associar aos hebreus patriarcais. Em resumo, embora, fora do livro de Gênesis, nenhum texto da Antiguidade faça menção a alguma pessoa ou grupo que aparece em Gênesis, sem dúvida as jornadas dos patriarcas apresentam um quadro histórico preciso daquela época.

Migrações e viagens dos patriarcas
Migrações e viagens dos patriarcas

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
2. A Esposa Substituta (16:1-16)

O tempo passou e Sarai (1) continuava sem filhos. Deus não prometeu que o filho viria dela (15,4) e o problema de uma promessa não cumprida permanecia. Na opinião de Sarai, a resposta era o costume da pátria de onde vieram. Este costume dizia que a esposa sem filhos tem de oferecer ao marido uma criada para servir no lugar dela. A descendência seria considerada sua.' Sarai tinha uma serva egípcia chamada Agar, que ela ofereceu a Abrão (2). Abrão aceitou a oferta e pouco tempo depois Agar teve um filho.

Emoções profundas e intensas no coração de cada participante estavam emaranha-das com o problema de interpretar uma promessa divina por meio de providências le-gais. Agar (4) ficou arrogante com sua senhora, e Sarai ficou amarga e abusiva (5). Indo ao marido, ela o acusou de privá-la dos direitos básicos de esposa e exigiu que tomasse uma atitude. A Bíblia Ampliada traduz o versículo 5a assim: "Que [minha responsabili-dade pelo] meu erro e privação de direitos estejam sobre ti!" Era contrário ao costume da pátria de onde vieram as esposas servas mostrarem desrespeito à esposa principal. Abrão


  • 6) recusou punir Agar, mas permitiu que Sarai agisse como quisesse.
  • O mesmo costume que permitia uma esposa substituta não permitia a expulsão desta esposa depois que ela ficasse grávida, qualquer que fosse sua atitude. Mas Sarai era diligente. Ela afligiu-a, forçando a moça a fugir.

    Agar estava a caminho de sua pátria, o Egito, quando o Anjo do SENHOR (7) lhe apareceu numa fonte ao chegar ao deserto de Sur (ver Mapa 2). Em resposta à pergun-ta, Agar (8) confessou que estava fugindo de Sarai. Em vez de mostrar compaixão, o Anjo do SENHOR ordenou que a moça voltasse à sua senhora (9). Em troca desta submissão ao abuso, Agar recebeu a promessa de numerosa semente (10). A criança que nasceria se chamaria Ismael (11), como lembrança que Deus ouviu a oração de desespero que ela fez. O filho teria caráter incomum. Ele não se ajustaria bem com a família quieta de Abrão. Ele amaria a vida selvagem e livre do deserto. Poucos seriam os homens que gostariam do seu jeito.

    A resposta de Agar foi gratidão e adoração. Deus reparou em sua situação aflitiva e ela ficou grata. Em vez de se ressentir com a ordem, ela fielmente refez o caminho de volta à tenda de Sarai. Em honra de sua grande experiência espiritual, ela deu nome ao poço de Laai-Roi (14, "A fonte daquele que vive e me vê"). Ela não resolveu problema algum fugin-do. Agora ela enfrentava a dificuldade perante Sarai com coragem e nova esperança.

    No devido tempo, o filho nasceu e Abrão (15), evidentemente inteirado da experiên-cia de Agar junto ao poço, chamou a criança Ismael (cf. 11). Ele teve um filho, mas não foi quem Deus prometeu.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 16 versículo 4
    Conforme 1Sm 1:6-7.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    *

    16.1-15 Na sua impaciência, Sara tentou cumprir a promessa divina por sua própria iniciativa, usando sua serva Hagar como meio. O resultado imediato é a rivalidade no lar, e sua conseqüência a longo prazo é a bênção misturada a uma numerosa descendência que herda o espírito desafiador de Hagar (v. 12). Essa geração natural não trouxe paz; apenas o maior Descendente de Abraão (Gl 3:16), o Filho do Deus da paz, pode fazê-lo.

    * 16.1 serva. O termo hebraico denota uma serva pessoal da esposa, não uma escrava qualquer (conforme 21.10, nota). O relacionamento dela com Sara é semelhante ao de Eliezer com Abraão (15.2).

    * 16.2 filhos por meio dela. Dentro deste costume, atestado no Código de Hamurabi e em textos de Nuzi e Ninrude, a autoridade sobre os filhos resultantes desta união era da esposa legítima, e não da esposa-escrava (Introdução: Autor).

    * 16.3 dez anos. Ver 12.4.

    *

    16.4 desprezada. Esta palavra hebraica é traduzida como “amaldiçoar” em 12.3 (12.3, nota; conforme Pv 30:23). Porque tratou a Sara com desdenho, Hagar foi alienada da família da bênção.

    * 16:5

    Seja sobre ti a minha afronta. Sara joga a responsabilidade da situação sobre Abraão. Só ele tem a autoridade judicial para mudar esta situação, e até então ele não havia agido para proteger seu casamento.

    Julgue o SENHOR. Ela apela para uma corte maior (31.53; Êx 5:21; 1Sm 24:12, 15).

    * 16.6 segundo melhor te parecer. De acordo com o Código de Hamurabi a esposa desprezada não poderia vender a sua serva, mas poderia marcá-la com a marca de escrava e contá-la como tal.

    humilhou-a… fugiu. O obstinado Ismael é o filho intratável de uma mãe que preferiu a liberdade no deserto a submeter-se ao jugo de sua ama (v. 9).

    * 16.7 Anjo do SENHOR. A identidade deste anjo do Senhor é discutível. Alguns dizem que, embora o “anjo do SENHOR” possa algumas vezes ser distinto de Deus (p.ex., 21.17; 2Sm 24:16; 2Rs 19:35), em outras passagens o anjo do Senhor parece ser uma teofania, uma manifestação visual do próprio Deus (p.ex., 18:1-33; 22:11-18; 32:24-30; Êx 3:2-6). Outros, entretanto, observam que “anjo” significa “mensageiro”. Eles sustentam que assim como os mensageiros seculares são inteiramente equiparados com aqueles que os enviam (Jz 11:13; 2Sm 3:12, 13; 1Rs 20:2-4), da mesma forma, o anjo de Deus é identificado com ele (ver também Gn 21:17; 31:11; Êx 14:9; 23:20; 32:34).

    Sur. O nome significa “parede”, uma referência às fortificações fronteiriças dos egípcios. Hagar aparentemente fugiu na direção de sua casa no Egito (conforme v. 1).

    * 16.8 donde. Ver notas em 3.9 e 11.5.

    *

    16.10 Multiplicarei… tua descendência. Abraão é o pai de muitos descendentes, tanto eleitos (13.16, nota) quanto não eleitos. Não são apenas os filhos naturais que herdam a promessa (Rm 9:8). Até mesmo a descendência física de Abraão pode perseguir os filhos da promessa (21.9; Gl 4:29, 30).

    * 16.12 contra todos. A conduta feroz e agressiva dos ismaelitas resultará em um legado de conflito.

    * 16.13 Tu és Deus que vê. Este nome divino não aparece em nenhum outro lugar. Ele expressa o significado profundo para Hagar da revelação graciosa de Deus a ela. Mesmo quando ela estava perdida no deserto, Deus a viu e se revelou a ela.

    * 16:14

    está... Berede. Hoje, a localização é incerta.

    *

    16.15 um filho. A genealogia aparece em 25:12-18.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    16.1-3 Sarai deu a seu sirva Agar ao Abrão como esposa substituta, uma prática comum nesse tempo. Uma mulher casada que não pudesse ter filhos era envergonhada por seus semelhantes e freqüentemente lhe pedia que desse uma sirva a seu marido para poder produzir herdeiros. Os meninos nascidos da sirva eram considerados filhos da esposa. Abrão estava atuando de acordo com o costume desses dias. Mas esta ação era uma falta de fé na promessa de Deus.

    16:3 Sarai tomou o assunto em suas próprias mãos ao lhe dar ao Agar ao Abrão. Como Abrão, custava-lhe acreditar na promessa de Deus. Desta falta de fé sobreveio uma série de problemas. Isto acontece invariavelmente quando queremos ocupar o lugar de Deus em um assunto, e tratamos de fazer que uma de suas promessas se faça realidade por meio de esforços que não vão de acordo com as instruções específicas de Deus. Neste caso, o tempo foi a maior prova da disposição do Abrão e Sarai para permitir que Deus suprisse suas necessidades. Também, em ocasiões tudo o que temos que fazer é simplesmente esperar. Quando pedimos a Deus algo, e é claro que temos que esperar, aumenta a tentação de fazer algo por nossa conta e interferir nos planos de Deus.

    16:5 em que pese a que Sarai foi a que planejou que Agar tivesse um filho do Abrão, logo culpou ao Abrão pelas conseqüências. Muitas vezes é mais fácil culpar a alguém de nossas frustrações que reconhecer nosso engano e pedir perdão. (Adão e Eva fizeram o mesmo em 3.12, 13.)

    16:6 Sarai descarregou sua ira contra Agar. O trato foi tão cruel que provocou que Agar fugisse. A ira especialmente quando surge de nossos próprios enguiços, pode ser perigosa.

    16:8 Agar estava fugindo de sua ama e de seu problema. O anjo do Senhor lhe aconselhou: (1) que retornasse e enfrentasse ao Sarai, a causa de seu problema, e (2) que se sujeitasse a ela. Isto incluía a necessidade de retificar sua atitude para o Sarai, embora estivesse justificada. O fugir de nossos problemas muito estranha vez resolve. É sábio retornar a nossos problemas, enfrentá-los, aceitar a promessa de ajuda de Deus, corrigir nossas atitudes e atuar como devemos.

    16:13 observamos a três pessoas cometer enganos graves: (1) Sarai, que tomou o assunto em suas próprias mãos e deu uma sirva ao Abrão; (2) Abrão, que levou a cabo o plano mas que, quando as coisas começaram a partir mau, negou-se a participar da resolução do problema; e (3) Agar, que fugiu do problema. Apesar desta caótica situação, Deus demonstrou que sempre pode fazer que as coisas ajudem a bem (Rm 8:28). Sarai e Abrão mesmo assim receberam o filho que tão desesperadamente desejavam, e Deus resolveu o problema do Agar apesar da negativa do Abrão a meter-se na solução do problema. Nenhum problema é muito complicado para Deus se a gente estiver disposto a lhe permitir que o ajude.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    b. A Segunda Presunção-Ismael (16: 1-16)

    1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos nua, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. 2 E disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor tem me impedido de gerar; entrar, peço-te, à minha serva: pode ser que eu tenha filhos por ela. E ouviu Abrão a voz de Sarai. 3 E Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar a egípcia, sua serva, depois de Abrão ter habitado dez anos na terra de Canaã, e deu-lhe a Abrão seu marido para ser sua esposa. 4 E ele conheceu a Agar, e ela concebeu; e quando ela viu que ela havia concebido, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. 5 E disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti: Eu dei a minha serva em teu regaço; . e quando ela viu que ela havia concebido, eu fui desprezada aos seus olhos: juiz Jeová entre mim e ti 6 E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; fazer com ela o que é bom aos teus olhos. E Sarai maltratou-a, e ela fugiu de sua face.

    7 E o anjo do SENHOR a achou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur. 8 E disse: Agar, serva de Sarai, de onde tu sério? e para onde vais? E ela disse: eu estou fugindo da face de Sarai, minha senhora. 9 E o anjo do Senhor lhe disse: te para tua senhora, e humilha-te debaixo de suas Mc 10:1 E o anjo do Senhor lhe disse: eu quero muito multiplicarei a tua descendência, que não será contada, por numerosa. 11 E o anjo do Senhor disse-lhe: Eis que estás com a criança, e tu terás um filho; e tu porás o nome de Ismael, porque o Senhor ouviu a tua aflição. 12 E ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra todos, ea mão de todos contra ele; . e habite defronte todos os seus irmãos 13 E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és um Deus que vê; pois disse: Não tenho eu mesmo aqui cuidava dele que me vê? 14 Pelo que o bem foi chamado Beer-Laai-Roi; eis que é entre Cades e Bered.

    15 E Agar deu um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome de seu filho, que Agar, Ismael. 16 E era Abrão oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.

    Assim como o ponto alto da chamada e resposta de Abrão tinha sido seguido pelo ponto mais baixo de sua fuga presuntivo para o Egito e conduta desonrosa, enquanto lá, apenas para que o ponto alto da visão de que a aliança foi seguido por um outro ponto baixo da presunção. Era costume entre os povos da Mesopotâmia para a esposa estéril para abastecer o marido com uma escrava como concubina. Se a escrava concebeu, deu à luz a criança nos joelhos de sua senhora ea criança foi encarado como pertencentes ao amante e como o herdeiro do pai (conforme 30: 3-13 ). Assim, depois de habitavam em Canaã dez anos e Sarai ainda não tinham tido filhos, ela sugeriu a Abrão que ele levá-la escrava egípcia, Agar, como uma esposa secundária para que Sarai poderia ter filhos com ela. Abrão concordou. Mas quando Hagar concebeu, desprezou sua patroa. Sarai a Abrão reclamou, foi dito que Hagar era dela alienar o que quisesse, e lidou com ela de forma tão severa que ela fugiu para o deserto. Lá, o anjo do Senhor a encontrou em um oásis, prometeu-lhe um filho a ser conhecido como Ismael ("Deus ouve"), previu a sua vida difícil no deserto, e instruiu-a a voltar e submeter-se a Sarai. Ela ficou tão impressionado com a experiência que ela chamou Jeová El roi , "Deus de ver", o que levou à nomeação do poço de Beer-Laai-Roi , "O bem do Vivente que me vê." Ela voltou para Sarai e deu Ismael quando Abrão tinha 86 anos de idade.

    É possível que Abrão e Sarai adquiriu esta serva egípcia, juntamente com os outros presentes pelo faraó quando ele tomou Sarai para seu harém (Gn 12:16 ). Se assim for, a uma presunção preparou o caminho para o outro. Em todo o caso, o método de auto-concebidos de Sarai de cumprir seus desejos naturais para crianças e promessa de um grande número de descendentes de Deus levou apenas a problemas. Ela colheu a safra primeiro na atitude de Hagar e mais tarde em zombaria de Ismael de Isaque (21: 9 ). O fruto amargo continuou por muito tempo depois da morte de Sarai quando os ismaelitas guerreou contra o povo escolhido. A lição é clara que nunca é sábio para tentar acelerar os processos de providência divina. O tempo de Deus é perfeito. Para nós, para mexer com ele só vai levar a tragédia.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
  • O teste da aliança (Gn 16)
  • Deus fizera a aliança e a cumpriría. Tudo que Abraão e Sara precisavam fazer era esperar pela fé (He 6:12). Infelizmente, o espírito deseja isso, mas a carne é fraca! No capítulo an-terior, Abraão escutou a Deus e exer-citou a fé, mas aqui ele escutou sua esposa e revelou sua incredulidade. Ele deixou de caminhar no Espírito e começou a fazê-lo na carne. Vi-mos que "fé é viver sem esquemas", mas, nesse momento, os dois tenta-ram ajudar Deus a cumprir seus pla-nos. Isso explica por que Deus teve de esperar até que estivessem velhos para dar-lhes o filho. Eles tinham de morrer para si mesmos a fim de que ele pudesse trabalhar (Gl 5:16-48).

    No versículo 2, Sara culpa Deus por sua esterilidade e sugere que ele não é bom para eles (veja 3:1-6). Ela vira-se para o mundo em busca de ajuda — para Agar, a egíp-cia —, mas todo o esquema fracas-sa. Agora, surgem as obras da carne (Gl 5:16-48).

    Deus não reconhece o casa-mento. Ele chama Agar de "serva de Sara" (v. 8). Essa é a primeira men-ção ao Anjo do Senhor no Antigo Testamento, e ele não é ninguém mais além de Cristo. Deus cuida de Agar, a instrui para que se submeta a Sara e promete que seu filho, Is-mael, será um grande homem, mas "como um jumento selvagem". "Is-mael" significa "Deus ouvirá" (veja v. 11).

    Quando Isaque, filho de Sara, entra na família, não há mais es-paço para Ismael, e ele é expulso (21:9ss). No fim, Ismael teve doze filhos (Ge 25:13-15), e, durante sécu-los, seus descendentes são inimi-gos dos judeus. Gl 4:21-48 ensina que Sara representa a Nova Aliança, e Agar, a Antiga Alian-ça. Agar era escrava, e a Antiga Aliança escravizava as pessoas (At 15:10); Sara era uma mulher livre, e Cristo nos libertou (Gl 5:1 ss). Is-mael nascera da carne e não podia ser controlado. Da mesma forma, a Lei apela à carne, mas não pode mudá-la nem controlá-la. Isaque era filho do Espírito, o filho da pro-messa (Gl 4:23), que desfrutava de liberdade.

    Não perca a lição prática des-sa passagem: sempre há problema quando passamos à frente de Deus. A carne adora ajudar a Deus, mas demonstramos a verdadeira fé na paciência (Is 28:16). Não podemos misturar fé e carne, lei e graça, pro-messa e auto-realização.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    16.2 A substância da fé possuída por Abraão e por Sara era deficiente, não em relação à promessa, mas em relação ao método pelo qual ela se cumpriria (Calvino). O comportamento de Sara estava errado, mas tinha precedentes no Código de Amurabe e nos tabletes de argila descobertos em Nuzi. Em ambas estas fontes vemos que os contratos de casamento estabeleciam a obrigação de prover-se uma serva para o marido, caso a mulher não chegasse a dar-lhe filhos. O resultado foi o aparecimento da discórdia no lar (4-6) e, através de séculos, na política do Médio Oriente, mediante a descendência de Ismael.
    16.7 O caminho de Sur se refere à uma muralha ou a fortificações existentes ao longo da fronteira oriental do Egito contra forças estrangeiras vindas de, ou através da Palestina.

    16.11 Ismael (Deus ouve). Todos os árabes que aceitam a doutrina maometana alegam descender de Ismael.

    • N. Hom. 16.13 O amor de Deus, ao deparar Agar em momento tão doloroso (7) e o apelo para que ela voltasse e se submetesse a Sara (9),.prepara o caminho para a promessa de bênção (10). Tais experiências conduziram-na:
    1) À compreensão da presença divina, "Tu és Deus que vê”, (13);
    2) A ereção de um memorial relativo à promessa de Deus, pois ela deu à nascente de água o nome de "fonte daquele que vive e me vê", isto é, a fonte daquele que preserva a vida (conforme Jo 4:14); e
    3) A obediência para com a Vontade Divina. Agar voltou a Sara.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    e) O nascimento de Ismael (16:1-15)

    Apesar da promessa Dt 15:4, a esterilidade de Sarai continuou, e, dez anos depois de sua chegada a Canaã, Abrão ainda não tinha filhos (lss). Ele já havia explorado uma possibilidade para providenciar um herdeiro (v. comentário em 15.2,3); agora Sarai tomou a iniciativa, adotando ainda mais uma prática comum da época. Sobreviveram cópias de documentos em que a esposa se obrigava a providenciar um herdeiro, entregando, se necessário, uma escrava a seu marido. Gomo Speiser destacou, uma situação legal (“tão complexa quanto autêntica”) é aqui apresentada ao leitor, e está claro que nenhuma das três partes envolvidas é completamente inocente no desenvolvimento dos eventos. “Além de todas as minúcias legais”, diz Speiser, “há as emoções emaranhadas das personagens nesse drama”. Aliás, a história é um testemunho eloqüente da frieza da lei e das regras sociais e também do prejuízo psicológico que uniões polígamas tão facilmente causam.

    No entanto, esse não é o ponto central da história; e é incerto que G1 4.23 nos dê fundamentos suficientes para fazermos juízos morais acerca das ações de Abrão. (Os dois filhos nasceram, falando de maneira literal, “da carne”; mas Ismael foi gerado apenas “como todas as crianças são geradas”, como diz a NTLH, ao passo que Isaque “foi gerado por causa da promessa de Deus”.) Depois de tudo, Abrão não foi repreendido por fazer de Eliézer o seu herdeiro (temporário); e em lugar algum Abrão é censurado por gerar Ismael, que nos propósitos de Deus deveria ser abençoado e se tornar pai de uma grande nação (conforme 17.20). O ponto está, antes, no prolongamento do teste da fé do patriarca Abrão e na absoluta soberania da escolha de Deus, que poderia ter recaído sobre Ismael — mas não foi o caso.

    O desprezo de Hagar por sua senhora (v. 4) conduziu ao tratamento igualmente errado e severo que Sarai deu à escrava, enquanto Abrão se esquivou de tomar uma decisão (v.

    6). Seguiu-se a fuga de Hagar em direção à sua pátria (v. 6,7), mas ela foi interceptada pelo Anjo do Senhor, que falou como representante pessoal de Deus (conforme v. 13). O incidente lhe forneceu o nome para o seu futuro filho; o nome Ismael significa “Deus ouve” (v. 11). Não podemos deixar de perceber o suspense e o efeito dramático da narrativa, que no capítulo todo praticamente não faz alusão alguma à possibilidade de que Ismael não se torne herdeiro de Abrão. Aliás, a promessa no v. 10 aponta no sentido exatamente oposto. No entanto, a descrição de Ismael no v. 12 parece inapropriada para o “filho da promessa”. A metáfora do jumento selvagem pode em parte sugerir nobreza e coragem, mas a impressão geral é de um espírito obstinado e independente, que vive em hostilidade contra todos os seus irmãos (ou parentes).

    O incidente também forneceu o nome de um poço, que celebrou o fato de que Deus “viu” tão bem quanto “ouviu” (v. 13,14). O texto hebraico desses dois versículos não está totalmente isento de dificuldades, mas há concordância geral em que o sentido da declaração de Hagar é o que a NVI registra. O nome do poço é corretamente identificado na nota de rodapé da NVI: “poço daquele que vive e me vê”. Assim, a passagem associa as idéias gêmeas de Deus ver e ser visto (conforme 22.14).

    O cuidado de Deus por Hagar a conduziu de volta à casa de Abrão, e o patriarca reconheceu devidamente o seu filho e lhe deu um nome (v. 15). E assim não se tocou na questão por 13 anos (v. 16, conforme 17.1).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 4 até o 6

    4-6a. Ele a possuiu. Sarai estava agindo inteiramente de acordo com os costumes de outros povos do seu tempo (cons. as placas Nuzu). Mas Abrão e Sarai deviam manter-se num padrão mais elevado do que o dos povos à sua volta. Abrão, o amigo de Deus, tinha uma fé mais rica e seguia um código mais puro. Não obstante, aceitou a sugestão de sua esposa e levou Hagar para sua tenda. Logo a escrava começou a desprezar sua senhora. E Sara se tornou amarga contra sua serva. Todas as três pessoas envolvidas no triângulo sofreram. Sara acusava Abrão como o culpado de tudo, mas ele apenas aceitou a sua sugestão. O ciúme mudou toda a atmosfera. Paz, harmonia e felicidade não podem existir em um lar assim. E o lar estava a ponto de se desfazer.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 16 do versículo 1 até o 16
    Gn 16:1

    3. O NASCIMENTO DE ISMAEL (Gn 16:1-16). Uma serva egípcia, cujo nome era Hagar (1). Seu nome significa "fugitiva" e talvez saliente o fato de haver fugido de sua ex-senhora, no Egito. No episódio que segue, é importante observar-se que a iniciativa foi assumida não por Abrão, mas por Sarai. Segundo as estritas leis da monogamia (Gn 2:24), a conduta de Abrão e Sarai não era permissível, mas um antecedente para essa espécie de arranjo foi descoberto nas leis em vigor no tempo de Abrão. Terei filhos dela (2). Lit. "serei edificada por ela". Foi sua senhora desprezada aos seus olhos (4). Isso deve significar que, de algum modo, Hagar tirou vantagem da posição que Sarai lhe tinha permitido tomar, e desconsiderou o fato que continuava sendo serva de Sarai. Mas, sem razão alguma, Sarai colocou a culpa de sua infelicidade doméstica sobre Abrão (5). Tua serva está na tua mão (6). De acordo com o costume (ver, por exemplo, a provisão do código do Hamurabi) Abrão não podia fazer outra coisa senão permitir que Sarai agisse à vontade. Afligiu-a (6). Sem dúvida Sarai a rebaixou para que não fosse mais "mulher" (3) de Abrão, e reduziu-a à sua posição anterior (ver versículo 9). Ela fugiu (6). De conformidade com seu nome.

    >Gn 16:7

    O anjo do Senhor (7). Esta é a primeira ocorrência, nas Escrituras, da aparição desse misterioso mensageiro (anjo). Visto que em diversas porções Ele é evidentemente identificado com Jeová, levanta-se uma série de questões. Seria Ele apenas um dos anjos criados? Mas esse anjo fala na primeira pessoa, alternadamente com Jeová. Seria Ele uma direta teofania? Mas isso não faria justiça à distinção que é feita entre Jeová e esse anjo. Seria Ele uma autodistinção de Jeová? Isso seria considerar a revelação por meio desse anjo como uma real distinção na natureza de Deus, tal qual se encontra na doutrina neo-testamentária do "Logos" ou do "Filho". Enquanto evitarmos ler os ensinos do Novo Testamento nas concepções do Antigo Testamento, estaremos justificados, à luz do Novo Testamento, de ver aqui alguma indicação e reconhecimento de uma riqueza no seio da unidade da Deidade. Mas, contando com a revelação de Deus em Cristo, podemos considerar aquele anjo como a Segunda Pessoa da Santa Trindade. Desejando-se um estudo maior sobre essa notável revelação do Antigo Testamento, ver Gn 32:30; Êx 3:2; Êx 14:19; Êx 23:20; Js 5:13-6; Jz 13:22; Is 63:9; e comparar essas também com a narrativa em Gn 18. Torna-te... humilha-te debaixo (9). Esses são os passos para a restauração da paz e da alegria em todos os tempos. Uma bênção foi concedida a Hagar (10) e uma promessa foi feita referente a seu filho. O nome Ismael significa "Deus ouvirá", e o caráter dele seria a de um "homem bravo" (jumento selvagem-12). O jumento selvagem dos desertos da Arábia era uma nobre criatura (ver 39:5-18), e assim serviu de ótimo símbolo para representar a livre vida nômade dos árabes. Habitará diante da face de todos os seus irmãos (12). Isso significa que ele manteria sua independência, continuando a existir como raça livre na presença mesma dos outros povos abraãmicos. Tu és Deus da vista (13). Essa frase representa o hebraico "Tu és El Roi", que significa "Deus de Visão". Isso quer dizer não tanto um Deus que vê, mas um Deus "que permite ser visto". O comentário de Hagar é uma frase hebraica igualmente difícil de ser traduzida, e possivelmente significa: "Vi a Deus e sobrevivi?" Poço de Laai-Roi (14). Palavra por palavra, esse nome pode ser traduzido como: "poço/do vivo/que vê", que mais livremente significa: "poço da continuação de vida depois de Deus ser visto". O fato de um homem ter a permissão de ver a Deus e continuar vivo era sinal de favor especial. Note-se as palavras de Manoá: "Certamente morreremos, porque temos visto a Deus" (Jz 13:22), e conf. Gn 32:30; Êx 3:6.


    Dicionário

    Agar

    substantivo masculino Bacter.
    O mesmo que gelatina: cultura de bacillos em agar.

    substantivo masculino Bacter.
    O mesmo que gelatina: cultura de bacillos em agar.

    abandonada

    Agar [Peregrina] - Criada de Sara, que a deu a Abraão como CONCUBINA. Hagar gerou Ismael, tendo Abraão como pai (Gn 16:21-1-21). Paulo usa Hagar e Sara como símbolos da diferença entre a LEI 1, e a graça (Gl 4:21-31).

    Conceber

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Gerar ou engravidar; dar origem a outro ser humano: o Espírito Santo concebeu a Virgem Maria; a vizinha concebeu do primo; não tinha vontade de conceber.
    verbo transitivo direto Figurado Criar ou inventar; desenvolver alguma coisa a partir da imaginação: concebeu uma teoria.
    Compreender; entender o motivo de: eu concebo a ideologia do partido.
    Enunciar; expressar de certa maneira: concebia um projeto em braille.
    Etimologia (origem da palavra conceber). Do latim concipere.

    A palavra conceber vem do latim concipere, que significa ficar grávida.

    Formar no espírito ou no coração; compreender, entender.

    Conceber
    1) Gerar; engravidar; emprenhar (Sl 51:5; Gn 30:39).


    2) Formar no CORAÇÃO 2, (Is 59:13; Ez 38:10; Jc 1:15).


    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    Senhora

    substantivo feminino Tratamento cortês, dispensado a uma mulher casada e, em geral, a qualquer mulher de certa condição social, com alguma idade ou idosa.
    Mulher casada em relação ao seu esposo; esposa.
    Aquela que é dona de alguma coisa; proprietária.
    Mulher poderosa, que exerce sua influência e poder.
    Proprietária da casa; patroa.
    Por Extensão Mulher sobre a qual nada se sabe ou não se quer dizer: foi uma senhora quem roubou a loja.
    História Aquela que era casada com um senhor feudal.
    adjetivo Definido pela excelência, grandeza, perfeição: comprou uma senhora mansão!
    Etimologia (origem da palavra senhora). Feminino de senhor.

    senhora s. f. 1. Tratamento que se dá por cortesia às damas. 2. A esposa em relação ao marido. 3. A dona-de-casa. 4. Mulher com autoridade sobre certas pessoas ou coisas. 5. Dona de qualquer coisa, ou que tem domínio sobre essa coisa; proprietária, possuidora. 6. A Virgem Maria.

    Vendar

    verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
    Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

    Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 16: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E ele entrou a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.
    Gênesis 16: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1404
    gᵉbereth
    גְּבֶרֶת
    senhora, rainha
    (her mistress)
    Substantivo
    H1904
    Hâgâr
    הָגָר
    vir, chegar
    (will come)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    H2029
    hârâh
    הָרָה
    conceber, engravidar, gerar, estar com criança, ser concebido,
    (and she conceived)
    Verbo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H7043
    qâlal
    קָלַל
    ser desprezível, ser ligeiro, ser insignificante, ser de pouca monta, ser frívolo
    (were abated)
    Verbo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    גְּבֶרֶת


    (H1404)
    gᵉbereth (gheb-eh'-reth)

    01404 גברת g eberetĥ

    procedente de 1376; DITAT - 310e; n f

    1. senhora, rainha
    2. senhora (de servos)

    הָגָר


    (H1904)
    Hâgâr (haw-gawr')

    01904 הגר Hagar

    de derivação incerta (talvez estrangeira), grego 28 Αγαρ; n pr f Agar = “vôo”

    1. escrava egípcia de Sara, concubina de Abraão, mãe de Ismael

    הָרָה


    (H2029)
    hârâh (haw-raw')

    02029 הרה harah

    uma raiz primitiva; DITAT - 515; v

    1. conceber, engravidar, gerar, estar com criança, ser concebido,
      1. (Qal) conceber, engravidar
      2. (Pual) ser concebido
      3. (Poel) conceber, inventar, imaginar

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    קָלַל


    (H7043)
    qâlal (kaw-lal')

    07043 קלל qalal

    uma raiz primitiva; DITAT - 2028; v.

    1. ser desprezível, ser ligeiro, ser insignificante, ser de pouca monta, ser frívolo
      1. (Qal)
        1. ser escasso, ser reduzido (referindo-se à água)
        2. ser ligeiro
        3. ser insignificante, ser de pouca monta
      2. (Nifal)
        1. ser ágil, mostrar-se ágil
        2. parecer inignificante, ser muito insignificante
        3. ser muito pouco estimado
      3. (Piel)
        1. tornar desprezível
        2. amaldiçoar
      4. (Pual) ser amaldiçoado
      5. (Hifil)
        1. tornar leve, aliviar
        2. tratar com desdém, provocar desprezo ou desonra
      6. (Pilpel)
        1. tremer
        2. afiar
      7. (Hitpalpel) sacudir-se, ser movido para lá e para cá

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado