Enciclopédia de II Reis 18:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2rs 18: 16

Versão Versículo
ARA Foi quando Ezequias arrancou das portas do templo do Senhor e das ombreiras o ouro de que ele, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
ARC Naquele tempo cortou Ezequias o ouro das portas do templo do Senhor, e das ombreiras, de que Ezequias, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
TB Nesse tempo, cortou Ezequias o ouro das portas do templo de Jeová e das colunas que Ezequias, rei de Judá, tinha forrado, e o deu ao rei da Assíria.
HSB בָּעֵ֣ת הַהִ֗יא קִצַּ֨ץ חִזְקִיָּ֜ה אֶת־ דַּלְת֨וֹת הֵיכַ֤ל יְהוָה֙ וְאֶת־ הָאֹ֣מְנ֔וֹת אֲשֶׁ֣ר צִפָּ֔ה חִזְקִיָּ֖ה מֶ֣לֶךְ יְהוּדָ֑ה וַֽיִּתְּנֵ֖ם לְמֶ֥לֶךְ אַשּֽׁוּר׃ פ
BKJ Naquele tempo, Ezequias, rei de Judá, cortou o ouro das portas do templo do SENHOR e dos pilares que Ezequias havia revestido, e entregou-os ao rei da Assíria.
LTT Naquele tempo Ezequias cortou fora o ouro das portas do Templo do SENHOR, e das ombreiras, de que Ezequias, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
BJ2 Então Ezequias mandou retirar o revestimento dos batentes e dos umbrais das portas do santuário de Iahweh, que...,[v] rei de Judá, havia revestido de ouro, e o entregou ao rei da Assíria.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 18:16

I Reis 6:31 E, à entrada do oráculo, fez portas de madeira de oliveira; a verga com as ombreiras formavam a quinta parte da parede.
II Crônicas 29:3 Ele, no ano primeiro do seu reinado, no mês primeiro, abriu as portas da Casa do Senhor e as reparou.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

EZEQUIAS E SENAQUERIBE

701 a.C.
Em 701 a.C., o rei assírio Senaqueribe (705 -681 a.C.) invadiu Tudá com um exército de pelo menos cento e oitenta e cinco mil homens durante o reinado de Ezequias (715-686 a.C.). Essa crise de grandes proporções se encontra registrada em detalhes em II Reis 18:19, Isaías 36--37 e 2Crônicas 32. Em todo o Antigo Testamento, este é o caso mais claro de um acontecimento que pode ser corroborado, pelo menos em parte, por outros textos e por evidências arqueológicas.

EZEQUIAS
Ao contrário de seu pai, Acaz, que foi um homem perverso, Ezequias fez "o que era reto perante o Senhor" (2Rs 18:3). Removeu os altos, quebrou as colunas sagradas, derrubou os postes-ídolos e até despedaçou a serpente de bronze confeccionada por Moisés no deserto a qual havia se tornado objeto de adoração. Apegou-se firmemente ao Senhor e guardou os seus mandamentos e rebelou-se contra o rei da Assíria, recusando-se a servi-lo. Outras cidades, inclusive a cidade costeira fenícia de Tiro, participaram dessa revolta em seu estágio inicial. Um aliado anti-assírio foi o rei babilônio Merodaque-Baladà (Marduk- apla-iddina 2), cujos enviados visitaram Ezequias em Jerusalém. Tendo em vista Ezequias haver lhes mostrado todos os seus tesouros que, posteriormente, foram levados por Senaqueribe, o relato sobre a visita dos embaixadores a Ezequias deve ser situado antes de 701 a.C., ainda que a narrativa de Reis o apresente depois da invasão de Senaqueribe. Esse ato de Ezequias desagradou o profeta Isaías, segundo o qual os tesouros seriam levados para a Babilônia e os filhos da linhagem real se tornariam eunucos no palácio do rei babilônio. Ezequias não pareceu excessivamente preocupado e se consolou em saber por intermédio de Isaías que teria paz e segurança até o final de sua vida.

SENAQUERIBE ATACA
De acordo com II Reis 18:13, Senaqueribe atacou e tomou todas as cidades fortificadas de Judá. A descrição de parte da rota percorrida por um exército secundário pode ter sido preservada na profecia de Isaías. Várias cópias do relato dessa campanha redigido pelo próprio Senaqueribe foram preservadas. O rei assírio conta como conquistou 46 cidadelas de Ezequias: construiu rampas de terra, usou aríetes, atacou com soldados da infantaria, empregou máquinas de cerco e fez brechas nas muralhas. O rei levou consigo 200.150 pessoas e inúmeros cavalos, mulas, jumentos e camelos como espólios e se vangloria de ter engaiolado Ezequias como um pássaro na cidade real de Jerusalém.

EZEOUÍAS PAGA TRIBUTO
Ouando Senaqueribe chegou à cidade de Laquis (atual Tell ed-Duweir) em Tudá, cerca de 40 km a sudoeste de lerusalém, pressionou Ezequias a he pagar tributo. Ezequias enviou uma mensagem ao rei assírio declarando que pagaria. O livro de Reis e o Prisma de Tavlor concordam quanto ao valor do tributo: trezentos talentos (c. 10 toneladas) de prata e trinta talentos (c. 1 tonelada) de ouro. O Prisma de Chicagos, por outro lado, indica oitocentos talentos de prata, possivelmente a quantidade recolhida em toda a campanha. A fim de fazer o pagamento, Ezequias teve de remover o ouro das portas do templo. O Prisma de Chicago também relaciona outros tributos: pedras preciosas, antimônio, blocos grandes de pedra, leitos e poltronas de marfim, couro e presas de elefante, ébano e madeira de buxo. Quase todos esses itens eram considerados bens valiosos importados por Judá.

SENAQUERIBE E LAQUIS
O cerco do exército assírio a uma das cidades de Judá é retratado numa escultura em baixo relevo na sala central do palácio de Senaqueribe em Nínive. A cidade escolhida foi Laquis, a segunda maior do reino. Arqueiros e soldados com fundas e lanças avançam por rampas em direção à cidade. Máquinas de cerco e torres de assalto são usadas contra as muralhas. Os habitants desesperados de Laquis lançam pedras e tochas acesas de cima dos muros da cidade. Os assírios precisam derramar água sobre suas máquinas de cerco para evitar que se incendeiem. Mas, com o tempo, a cidade sucumbe e uma longa fila de prisioneiros com seus pertences em carros é levada embora. Alguns dos habitantes são esfolados, outros entregam tributos como incensários e cadeiras de marfim a Senaqueribe que se encontra assentado num trono de marfim contemplando a cena. Uma inscrição proclama com orgulho: "Senaqueribe, rei da Assíria, rei do universo, assentado em seu trono de marfim enquanto os espólios de Laquis passam diante dele". Na escultura, a cabeça de Senaqueribe foi danificada, talvez como forma de vingança por um judeu de um período posterior.

SENAQUERIBE INTENSIFICA A PRESSÃO
O rei da Assíria não se contentou com o tributo pago por Laquis. Enviou a Ezequias em Jerusalém uma força-tarefa liderada por três oficiais: o comandante supremo, o oficial principal e o comandante de campo. O comandante de campo (Rabsaqué) foi recebido por uma delegação e fez um discurso enérgico no dialeto de Judá, instando o povo a não confiar no Egito como aliado. Confiar no Senhor também era inútil, pois Ezequias havia removido os altos. Sem dúvida, o comandante tinha ouvido falar das reformas de Ezequias e usou de um expediente interessante ao declarar que o Senhor havia lhe dito para marchar contra a terra e destruí-la. Num dado momento, o comandante expressou dúvida de que Judá conseguiria reunir sequer dois mil homens para lutar. "Ora, pois, empenha-te com meu senhor, rei da Assírin, e dar-te-ei dois mil cavalos, se de tua parte achares cavaleiros para os montar. Como, pois, se não podes afugentar um só capitão dos menores dos servos do meu senhor, confins no Egito, por causa dos carros ecualeiros II Reis 18:23-24 Prosseguiu declarando que Ezequias não os livraria e dizendo ao povo para não se deixar enganar pela ideia de que seriam salvos pelo Senhor. Sua melhor opção era a rendição total. "Não deis ouvidos a Ezequins; porque assim diz o rei da Assíria: Fazei as pazes comigo e vinde para mim; e comei, cada um da sua própria vide e da sua própria figueira, e bebei, cada um da água da sua própria cisterna. Até que eu venha e vos leve para uma terra como a vossa, terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas, terra de oliveiras e de mel, para que vivais e não morrais. (II Reis 18:31-320) Conclui seu discurso com uma relação das outras cidades que os assírios haviam conquistado. Se os deuses daquelas cidades não haviam sido capazes de livrá-las das mãos da Assíria, como o Senhor poderia livrar Jerusalém das mãos de Senaqueribe?
Não sabemos como o comandante de campo da Assíria aprendeu o dialeto de Judá. Talvez tenha usado um intérprete. Não há dúvida, porém, que o povo entendeu suas palavras, pois, na metade do discurso, os oficiais de Judá interromperam o comandante e pediram que prosseguisse em aramaico, a língua oficial da diplomacia, de modo que apenas os oficiais pudessem entender, e não o povo que estava ouvindo sobre os muros da cidade.
Convém observar que um discurso semelhante tentando persuadir um rebelde babilônio chamado Ukin-zer a se entregar ao rei assírio Tiglate-Pileser III (731 .C.) foi encontrado em duas cartas da cidade assíria de Nimrud. Nos dois casos, os assírios se dirigem diretamente aos nativos na esperança de voltá-los contra os governantes da cidade e, em ambos os casos, prometem condições favoráveis, mas não recebem uma resposta direta.
O exército assírio cerca a cidade de Laquis, em 701 a.C. Relevo do palácio de Senaqueribe, em Nínive.
O exército assírio cerca a cidade de Laquis, em 701 a.C. Relevo do palácio de Senaqueribe, em Nínive.
Senaqueribe invade Juda em 701 a.C. Depois de enviar um exército numeroso para atacar a Palestina, o rei assírio Senaqueribe gabou-se de ter conquistado 46 cidades fortificadas de Judá. O exército egípcio participou da batalha, lutando ao lado de Judá.
Senaqueribe invade Juda em 701 a.C. Depois de enviar um exército numeroso para atacar a Palestina, o rei assírio Senaqueribe gabou-se de ter conquistado 46 cidades fortificadas de Judá. O exército egípcio participou da batalha, lutando ao lado de Judá.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ASSÍRIA

Atualmente: IRAQUE, SÍRIA
Localizada ao norte da Mesopotâmia, os assírios eram vizinhos dos babilônicos. Antes de 2000 a.C., a Assíria foi dominada pelos amorreus. Por volta de 1300 a.C., o povo assírio começou a se fortalecer tornando-se um império. Dominou toda a região desde o território que hoje corresponde ao Iraque até ISRAEL. Neste período a capital ficava em Assur. Em 883 a.C. Assurbanipal II transferiu-a para Cale. A capital assíria foi transferida para Nínive, por volta do ano 700 a.C., onde permaneceu até que os caldeus e os medos destruíram a cidade em 612 a.C. A Assíria foi uma das grandes forças da Mesopotâmia desde 1400 a.C. Por volta de 900 a.C., expandiu-se até tornar-se um grande império. Desde o século XIX, os pesquisadores exploram alguns lugares importantes desse império. Entre as principais descobertas está uma biblioteca de 22.000 pedaços de argila que continham escritos sobre a cultura e a vida diária dos assírios, em Nínive além de jóias que pertenceram a uma rainha assíria. Os assírios foram pessoas cruéis. Ficaram conhecidos como um dos povos mais belicosos da Antigüidade.
Mapa Bíblico de ASSÍRIA


JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37

SEÇÃO III

UM REINO: JUDÁ CONTINUA SOZINHO

II Reis 18:1-25.30

A. O REINADO DE EZEQUIAS (716-687 a.C., CO-REGENTE A PARTIR DE 729), II Reis 18:1-20.21 (cf. 2 Cron 29:1-32.32; Is 36:37-38; 39).

A descrição do reinado de Ezequias é essencialmente a mesma em II Reis, II Crônicas e em Isaías. As fontes primárias foram os escritos de Isaías e "o livro das crônicas dos reis de Judá" (21.25).

Os registros extrabíblicos, particularmente a descrição do próprio Senaqueribe de seu cerco a Jerusalém, permitiram um estudo mais preciso da descrição bíblica do reino de Ezequias do que seria possível sem eles. O resultado foi o reconhecimento geral de que os registros das duas campanhas assírias foram resumidos ao que parece ser a des-crição de uma invasão'. Este enfoque tem suas objeções, no entanto, ele elimina um número insuperável de problemas decorrentes da tentativa de entender o registro bíbli-co como a versão de uma única invasão. A favor do registro de duas invasões está o frágil arranjo cronológico; ou, de fato, a falta de ordem dos acontecimentos ou ainda a aparente falha na colocação da explicação da doença de Ezequias (20:1-19).

1. Prólogo (18:1-8)

O prólogo um tanto longo, provavelmente reflete a grande estima do historiador por Ezequias. O escritor estava interessado, primariamente, na inviolabilidade de Jerusa-lém como o lugar do Templo. Seu interesse, portanto, não era a cronologia ou uma descri-ção totalmente histórica.

a. O justo reinado de Ezequias (18:2-7). O reinado de Ezequias foi caracterizado como reto aos olhos do Senhor (3) porque ele conduziu reformas religiosas mais completas do que os seus predecessores (cf. 2 Cron 29:2-30.21). Ele tirou os altos (4) jamais removidos pelos reis anteriores, e destruiu as colunas de Aserá que haviam sido estabelecidas durante os reinados de Jotão e Acaz (16.4). Desfez até da serpente de bron-ze que Moisés havia feito (Nm 21:8-9). Neustã (4), "a coisa de bronze" [ou "uma coisa de latão"] era, talvez, a expressão de desprezo de Ezequias por ela. Ela tinha aparentemen-te se tornado um objeto de adoração, ao invés de um monumento comemorativo de um grande evento do passado.

A fé de Ezequias em Deus, nos tempos de grandes crises, não foi superada por ne-nhum dos outros reis de Judá (5). Isto estava evidente para o historiador pelo modo como ele conseguiu libertar-se de Senaqueribe. A bênção de Deus era prova suficiente de que as alianças com outras nações não eram necessárias. Este grande rei não se apar-tou do Todo-Poderoso (6). O modo como foi o Senhor com ele (7) era um sinal óbvio do seu reino justo.

b. A revolta de Ezequias contra a Assíria (II Reis 18.7,8). O rei da Assíria (7), contra quem Ezequias se revoltou, foi, talvez, Senaqueribe. Sargão expandira o império em seu com-primento e largura; ele controlava os povos de Elão até Chipre e a fronteira do Egito. Sargão foi morto durante uma expedição à terra de Tabal ao norte de Elão. A sucessão de Senaqueribe ocorreu sem uma grande revolta interna, mas surgiram levantes da Babilônia ao Mediterrâneo.

Aparentemente, Ezequias liderou a formação de uma coalizão na Palestina. Os anais de Senaqueribe contam sobre a ação tomada contra o rei de Judá e os outros estados rebeldes'. O historiador aparentemente não mencionou a ação de represália do rei assírio, pois ao analisá-la, mais de um século depois, a revolta de Ezequias foi justificada pela libertação dada por Deus'. Da torre dos atalaias, etc. (8), veja os comentários sobre II Reis 17.9.

  1. A Queda de Israel (II Reis 18:9-12)

Este parágrafo deve ser comparado com II Reis 17:1-6. É outra descrição do ataque de Senaqueribe contra Samaria, e a subseqüente queda da cidade. Ela é tirada dos anais reais de Judá, enquanto a versão anterior havia sido tirada dos registros do reino do Norte. Está incluída uma declaração que fornece uma razão para a queda — eles não obedeceram à voz do Senhor, seu Deus (12). A data no versículo 10 sugere uma co-regência de Ezequias com Acaz.

  1. A Primeira (?) Invasão de Senaqueribe, 701 a.C. (18:13-16)

As bases para a rebelião de Ezequiel contra o domínio assírio e o conseqüente ataque de Senaqueribe são fornecidas em grande parte por fontes assírias disponí-veis. A história completa é colhida dos anais de Sargão e Senaqueribe. Quando o primeiro foi morto na terra de Tabal, Merodaque-Baladã, apoiado pelos elamitas, estabeleceu-se como rei da Babilônia (por volta de 704 a.C.). Ao mesmo tempo, uma revolta contra a Assíria espalhou-se entre os estados mediterrâneos, quando Ezequiel se une e torna-se o líder em sua região (veja os comentários sobre 18.7,8). Esse em-preendimento foi o resultado de planos bem elaborados; Merodaque-Baladã havia enviado emissários a Ezequias (II Reis 20:12-19; cf. Is 39), a Shabaka do Egito e, sem dúvida, a outros reis4. Essas revoltas ocorreram por volta de 704/3 a.C. A expedição de Senaqueribe para o oeste, a fim de sufocá-las ocorreu por volta de 701.

  1. Senaqueribe sobe contra as cidades fortificadas de Judá (18.13). Após ter lidado com Merodaque-Baladã, na Babilônia, Senaqueribe conduziu sua campanha contra os estados revoltosos a oeste. Ele esmagou Tiro. Isto desmanchou a rebelião, porque alguns estados perceberam que seria fútil continuar com suas revoltas, e apressadamente lhe trouxeram tributos. Duas cidades filistéias, Asquelom e Ecrom, junto com Judá, recusa-ram-se a capitular.

Senaqueribe moveu-se para o sul contra Asquelom, removeu sua resistência e a partir de lá pretendia negociar com Ecrom. Os oficiais e nobres filisteus haviam feito uma aliança com Shabaka, que enviou reforços egípcios e etíopes para ajudar na resis-tência ao enfurecido Senaqueribe. Ele enfrentou e derrotou as forças egípcias e etíopes combinadas em Elteque (norte de Ecrom e oeste de Timna)

Após submeter Elteque, Timna e Ecrom, invadiu o sul de Judá5. Laquis (14), a cidade à qual Ezequias enviou uma mensagem para Senaqueribe, não é mencionada especificamente, mas estava certamente incluída na referência às cidades fortificadas de Judá. Ela estava localizada cerca de 24 quilômetros ao sul de Bete-Semes, e era maior do que Jerusalém e Megido na época de Ezequias e Senaqueribe. Ele, portanto, moveu-se contra uma das maiores cidades da Palestina. Relevos em paredes, que descrevem o cerco e a conquista de Laquis pelo rei assírio, foram descobertos por Layard durante a escavação do fabuloso templo-palácio de Senaqueribe em Nínive6. Esta, portanto, é a situação que serviu como base para a declaração bíblica: Porém, no ano décimo quar-to do rei Ezequias subiu Senaqueribe, rei da Assíria, contra todas as cidades fortes de Judá e as tomou (13).

  1. A carta a Senaqueribe (18:14-16). Com suas distantes cidades fortificadas sob controle assírio, Ezequias percebeu que era inútil continuar sua rebelião. Sua carta ao rei assírio em Laquis admitia o erro que cometera ao se rebelar, e era seu desejo aceitar o que quer que ele lhe impusesse (14). Senaqueribe, o conquistador, impôs, então, o paga-mento de um pesado tributo — trezentos talentos de prata (US$ 600,000) e trinta talentos de ouro (14; US$ 900.000, Berk.). Este valor levou toda a prata dos tesouros e a camada de ouro das portas e ombreiras do Templo (14-16).

Os detalhes desta passagem coincidem notavelmente com os dos anais de Senaqueribe, que dizem:

Quanto a Ezequias, o judeu, que não se submeteu a meu jugo, 46 de suas cida-des fortes muradas, bem como as cidades pequenas em suas cercanias, que eram um sem número — ao atacá-las com arietes (?) e trazendo máquinas de cerco (?), combatendo e atacando a pé, através de minas, túneis e brechas (?), eu sitiei e tomei (aquelas cidades).

Eu trouxe 200.150 pessoas, grandes e pequenas, homens e mulheres, cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado, carneiros sem número, e tudo contei como espólio.
Ele próprio, como um pássaro engaiolado, eu calei em Jerusalém, sua cidade real. Joguei terra contra ele — todos os que saíram pelos portões de sua cidade — fiz com que retornassem à sua miséria. Todas as cidades que foram saqueadas, eu separei de sua terra e entreguei a Mitinti, rei de Asdode; a Padi, rei de Ecrom e a Silli-bel, rei de Gaza. E (assim) eu diminuí a sua terra. Eu aumentei o seu imposto anterior e lhe impus que abrisse mão de sua terra, além de me trazer impostos extras – presentes para a minha majestade.

Quanto a Ezequias, o aterrorizante esplendor da minha majestade submeteu a ele e aos urbi (árabes). Suas tropas mercenárias(?) que ele havia trazido para forta-lecer Jerusalém, sua cidade real, o abandonaram (lit. partiram). Além dos 30 talen-tos de ouro e dos 800 talentos de prata, (havia) pedras preciosas, antimônio, jóias (?), grandes pedras sandu, poltronas de marfim, cadeiras domésticas de marfim (lit. "dentes" de elefante), ébano (?), madeira para caixas (o), todos os tipos de (gran-des) tesouros valiosos, bem como suas filhas, seu harém, seus músicos, homens e mulheres que ele me havia trazido a Nínive, minha cidade real. Ele enviou seus mensageiros para pagar tributos e aceitar a servidão'.

4. A Segunda (?) Invasão de Senaqueribe, em Torno de 688 a.C. (II Reis 18:17-19.37).

Há várias razões para se acreditar que haja um intervalo de cerca de doze anos entre os versículos 16:17, de II Reis 18.

Primeiro, a submissão de Ezequias, evidente no comunicado a Senaqueribe e no subseqüente pagamento de tributos que lhe foram impostos (18:13-16) está ausente no manuscrito mais recente (II Reis 18:17-19.37). Aqui, a atitude de Ezequias é de desafio e recusa a se submeter à ameaça dos assírios. Existe a expectativa de Deus livrar a cidade.

Segundo, a menção de Tiraca (II Reis 19.9), o etíope, como ilustrado pelas fontes seculares, é uma referência a um governante do Egito que se tornou co-regente com seu irmão Shebitko em 690/89. Não é provável que ele tenha levado um exército egípcio à Palestina tão cedo quanto em 701 a.C.8. Assim, as forças egípcias que Senaqueribe encontrou em Elteque não eram as mesmas lideradas por Tiraca.

Terceiro, a ênfase diferente de certas profecias de Isaías são mais bem explicadas sob o pano de fundo histórico de duas invasões. Os oráculos que podem ser designa-dos para os anos entre 705 e 701 mostram que Isaías era contra a rebelião e a aliança com o Egito, que a estimulou e que previu o desastre por causa desses acontecimen-tos (cf. Is 28:14-22; 30:1-17; 31:1-3). Outras profecias refletem que Deus quebrará o jugo assírio e salvará Jerusalém (cf. Is 10:24-27; 14:24-27; 29:5-8 em adição àquelas de II Reis 19:20-34) 9.

Quarto, a repentina e impressionante libertação de Jerusalém, relatada na Bíblia Sagrada, é indiretamente aceita por historiadores seculares. A explicação bíblica, com sua descrição da real ameaça dos assírios que avançavam, e dos emissários negociado-res, perde sua força se a entendermos como seguindo, imediatamente, a rendição de Ezequias a Senaqueribe. É, portanto, mais satisfatório, localizar os eventos de II Reis 18.17-19.37 algum tempo depois daqueles mencionados em II Reis 18:13-16. Além disso, a afirmação nos anais assírios de que Ezequias enviou um espólio a Senaqueribe em Nínive é aceita como historicamente válida, e quase exige uma explicação baseada em duas invasões. Ezequias não teria enviado espólios a Senaqueribe após a vitória que o anjo do Senhor lhe havia dado sobre os assírios.

a. Os oficiais de Senaqueribe vão a Jerusalém (18:17-18). Entende-se, portanto, que o versículo 17 provavelmente inicia o registro de uma segunda invasão. A época dela é sugerida como cerca de 688 a.C., porque se sabe que Senaqueribe teve de lidar com o levante dos babilônios e elamitas em 689 a.C. Foi durante este período, que a rebelião novamente se inflamou no oeste, talvez tendo Tiraca do Egito como líder, e a participação de Ezequias de Judáw.

  1. Um exército é enviado de Laquis (17a). Senaqueribe moveu-se primeiro contra as cidades afastadas de Jerusalém, como havia feito antes. Laquis (17), uma metrópole maior e mais importante do que Jerusalém, foi provavelmente o local que deveria servir como quartel general na execução da campanha da Assíria contra Judá; foi também o lugar a partir do qual se controlava a planície filistéia e a fronteira egípcia. Ela pode ter servido, por várias vezes, como a base das operações de Senaqueribell.

Os emissários assírios eram designados por títulos, não por seus nomes pessoais. O termo Tartã (em assírio, tartanu) também é usado em Isaías 20:1. Era o título do coman-dante em chefe do exército de campo assírio. Rab-Saris é o termo hebraico para o assírio rb sha reshi — literalmente "chefe do comando". Ele também ocorre em Jeremias 39:3-13. É o título de outro alto oficial no exército assírio, e aplica-se, talvez, ao chefe dos guarda-costas do rei. Rabsaqué (assírio, rab shaqu) significa "oficial chefe". Este é o título de outro oficial de alta patente, embora não esteja claro qual é a sua função específica. Rabsaqué era o porta-voz de Senaqueribe e seus colegas oficiais, quando os represen-tantes da corte de Jerusalém vieram para uma reunião em resposta ao chamado destes.

  1. A reunião junto ao aqueduto (17,18). Os oficiais de Senaqueribe e a delegação oficial de Ezequiel se encontraram ao lado de um aqueduto aberto (às vezes chamado de "canal"). Este era parte do sistema de água de Jerusalém, e levava água de Giom, a principal fonte de abastecimento da cidade (cf. 20,21). A piscina superior (ou açude superior,
    17) é entendida como um grande reservatório deste sistema de água identifica-do com o tanque de Siloé. Pode-se tentar identificar o campo do lavandeiro com uma área ao sul de Jerusalém próxima a um antigo estabelecimento de purificação, ou com a área adjacente a Bir Ayyub (ou En-Rogel; veja I Reis 1:9-10). Este campo era o lugar onde a lã recém-tosquiada e as roupas recentemente tecidas eram processadas através do uso de um purificador alcalino Era, portanto, um lugar próximo a uma fonte de água, e geralmente fora da cidade por causa dos desagradáveis odores provenientes deste local.

Em resposta às intimações dos oficiais de Senaqueribe, Ezequias enviou vários de seus oficiais de alta patente da corte como seus representantes: Eliaquim, o mordomo (18), seria o primeiro ministro. Ele havia sido designado para esta posição acima de Sebna, de acordo com a profecia de Isaías (Is 22:15-23) ; Sebna, o escrivão, talvez "secre-tário de estado" (veja Is 22:15-16) 12. Joá é chamado de chanceler ou cronista.

b. Rabsaqué adverte Ezequias (18:19-25). A mensagem de Rabsaqué era uma típica ostentação assíria planejada para destruir a confiança de Ezequias. Deve-se observar a partir de suas advertências que o rei de Judá estava, naquele momento, resoluto e deter-minado em sua revolta contra Senaqueribe. O grande rei, o rei da Assíria (19) é ape-nas parte do título freqüentemente usado pelos reis da Assíria. Os anais deste rei têm início da seguinte forma: "Senaqueribe, o grande rei, o poderoso rei, rei do universo, rei da Assíria..."12. A aliança, estabelecida entre Judá e o Egito, era tão frágil quanto a palavra de lábios (20), com o bordão de cana quebrada como suporte (21). O Faraó é Tiraca (Taharqo), que foi o co-regente com seu irmão a partir de 690/89. Ele era o líder das forças egípcias que Senaqueribe enfrentou (19.9).

A referência a lugares altos (22) e à remoção deles por Ezequias, e sua ênfase na adoração perante o altar de Jerusalém, era uma tentativa aparente de infiltrar uma confusão religiosa. O inimigo insinuava que o rei de Judá negava a seu povo o direito à adoração e, portanto, rejeitava qualquer possibilidade de que a fé deles no Senhor fosse recompensada. A menção orgulhosa a dois mil cavalos (23) e o poder de um só príncipe dos menores servos de meu senhor (24) pretendia desdenhar do poderio militar combina-do de Judá e do Egito. Rabsaqué fez a reivindicação de que Senaqueribe e seu exército estavam lá, para lutar contra Jerusalém, pela seguinte razão: o Senhor me disse: Sobe contra esta terra (25). Talvez os assírios tivessem sabido da profecia de Isaías de que Deus os usaria como a "vara de sua ira" contra Judá (veja Is 10:5-11).

  1. O pedido de Eliaquim (18.26,27). Eliaquim, como oficial da corte de Jerusalém, conhe-cia o siríaco (26, ou aramaico). Ele sabia, também, que Rabsaqué e os outros oficiais de Senaqueribe podiam falar este idioma. Isto sugere que o aramaico era a língua oficial daque-les dias. Este ponto é comprovado por várias fontes seculares O judaico (26) é uma aparen-te referência ao hebraico, porém mais especificamente ao dialeto de Jerusalém. As circuns-tâncias mais terríveis (27) que as outras cidades sitiadas pela Assíria haviam experimenta-do, se tornariam o destino do povo de Jerusalém, caso Ezequias se mantivesse intransigente.
  2. Rabsaqué adverte contra dar ouvidos a Ezequias (18:28-35). Rabsaqué, no uso da língua hebraica, falou ao povo da cidade que o podia ouvir. Ele lhes disse que Ezequias os enganava quando lhes dizia que Jerusalém não seria entregue nas mãos do rei da Assíria (30). A promessa de desejos realizados em uma terra como a vossa (32) era uma alternativa atraente à resistência e morte. De acordo com Rabsaqué, a crença do povo em Deus para a libertação estava errada. Um grande número de cidades e países havia caído, e sob nenhuma circunstância seus deuses os haviam livrado das mãos do rei da Assíria. Hamate (34; veja o comentário sobre II Reis 17,24) ; Arpade, provavelmente Tell Erfad, cerca de 40 quilômetros ao norte de Alepo; Sefarvaim (veja o comentário sobre II Reis 17,24) ; Hena, cuja localização e identidade são desconhecidas; Iva (cf. aveus, II Reis 17,31) e Samaria. A menção desta pode ter sido arrasadora para a fé de alguns, pois a seus olhos o povo da capital do reino do Norte confiara no Senhor, assim como eles faziam em Jerusalém.
  3. O relatório de Eliaquim (18.36,37). O ameaçador inimigo assírio em Laquis, e os efetivos argumentos de Rabsaqué, eles pareciam não permitir outro curso que não a rendição. Mas, mostrando boa disciplina e sob instruções do rei, o povo... não lhe res-pondeu uma só palavra (36). Diante das ameaças e blasfêmias de Rabsaqué, os nego-ciadores rasgaram as próprias vestes (37) e foram relatar o caso a Ezequias.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37
*

18:1

No terceiro ano de Oséias. Isto é, em 729 a.C., referindo-se ao começo do reinado de Ezequias, como co-regente com seu pai, Acaz (conforme 16.1; 17.1 e Introdução a 1Rs: Características e Temas).

* 18:2

vinte e nove anos. Seu governo como monarca exclusivo perdurou de 715 a 686 a.C.

* 18:3

Fez ele o que era reto perante o SENHOR. Ezequias foi um dos reis mais louvados de toda a história de Judá (vs. 4, 7 e notas).

Davi, seu pai. Quanto ao reinado de Davi como o padrão segundo o qual todos os demais reinados são julgados, ver nota em 1Rs 11:4.

* 18:4

Removeu os altos. Ezequias, agindo de modo diferente dos reis anteriores de Judá, reformou a adoração popular destruindo os santuários locais (1Rs 3:2 e nota).

colunas... poste-ídolo. Ver notas em 1Rs 14:15,23.

a serpente de bronze. Originalmente preservada para comemorar a misericórdia de Deus para com os israelitas, quando estavam no deserto (Nm 21:6-9), essa serpente de bronze tornara-se um objeto de adoração, ou seja, um ídolo (conforme Jo 3:14,15).

* 18:7

rebelou-se contra o rei da Assíria e não o serviu. O pai de Ezequias, Acaz, tinha sido vassalo da Assíria e modificara alguns dos utensílios do templo para refletir esse fato (16.7-18). A rebeldia de Ezequias contra os assírios provavelmente envolveu a negação do pagamento de tributo a eles.

* 18:8

Feriu ele os filisteus. Durante o governo de Acaz, os filisteus tinham sido capazes de capturar território judaico (2Cr 28:18).

Gaza e seus limites. Gaza ficava próxima às costas do mar Mediterrâneo; Ezequias, pois, penetrara fundo no território dos filisteus.

* 18.9-37

Os assírios invadiram o território de Judá, e, avançando para Jerusalém, exigiram a rendição de Judá.

* 18.9-12

O escritor fornece aqui um sumário da queda de Samaria, narrada e comentada mais plenamente no cap. 17. Ao assim fazer, ele reforçou a ameaça que a Assíria representava para Judá.

* 18.13—20.19

A história dessa campanha de Senaqueribe e seus acontecimentos encontra-se também em Is 36—39, com algumas poucas adições e omissões.

* 18:13

No décimo-quarto. 701 a.C. — datado a partir do reinado exclusivo de Ezequias (vs. 1 e 2, e notas).

Senaqueribe, rei da Assíria. Senaqueribe foi o sucessor de Sargão II, em 705 a.C.

contra todas as cidades fortificadas de Judá. Os anais históricos de Senaqueribe registram a sua campanha contra a Fenícia, Judá, as cidades da Filístia e o Egito. Ele afirmou ter tomado 46 cidades e "incontáveis pequenas aldeias". Ele também se jactou de ter "enjaulado como uma ave em uma gaiola" a Ezequias, em Jerusalém. Seus anais, entretanto, não afirmam que Senaqueribe tenha capturado Jerusalém (Mq 1:9 e nota).

* 18.14-16

Ezequias tentou convencer Senaqueribe a retirar-se, oferecendo-lhe um gigantesco pagamento de tributo (v. 7, nota). Ao usar os tesouros do templo e do palácio real para influenciar as ações de um rei estrangeiro, Ezequias seguiu o exemplo de Asa (1Rs 15:18), e de seu próprio pai, Acaz (16.8,9). Os anais históricos de Senaqueribe confirmam que Ezequias lhe enviou tributo nessa ocasião.

* 18:17

o rei da Assíria enviou. Alguns estudiosos acreditam que isso refere-se a uma segunda campanha de Senaqueribe contra Ezequias, provavelmente doze a treze anos após a primeira. Mas apesar dessa teoria ser possível, não há evidências sólidas em seu apoio, e, seja como for, ela é desnecessária. Os anais de Senaqueribe coerentemente registram que Senaqueribe não somente exigia tributo dos reis que "não se inclinam em submissão ao meu jugo", mas também insistia em depor os reis rebeldes e substituí-los por outros de sua própria escolha. Ezequias apenas enviou tributo, ele não abdicou (vs. 14-16).

Laquis

Essa fortaleza judaica estava localizada a 45 km a sudoeste de Jerusalém (conforme Mq 1:13).

* 18:18

Os três oficiais assírios se reuniram com três oficiais judeus: o administrador do palácio (conforme 1Rs 4:6), o secretário (conforme 2Sm 8:17) e o cronista (conforme 2Sm. 8.16).

* 18:26

Rogamos-te que fales em aramaico aos teus servos. O aramaico (a língua da antiga Síria) tornara-se, por esse tempo, a linguagem de diplomacia internacional. Ao pedir que os oficiais assírios usassem o aramaico, o oficial judeu esperava impedir que os habitantes de Jerusalém compreendessem a fala do comandante assírio.

* 18:31

vide... figueira... cisterna. A descrição indica uma vida diária normal e pacífica (1Rs 4:25; Mq 4:4; Zc 3:10).

* 18:32

vos leve para uma terra. Essas palavras são uma paródia do dom divino da Terra Prometida aos israelitas. O rei assírio, dessa maneira, ofereceu-se para substituir as promessas do Senhor pelas suas próprias promessas. Ezequias mais tarde referir-se-ia a essas reivindicações como blasfêmias (19.1-6).

* 18:33

Na Bíblia, o Senhor é totalmente distinto de outros deuses. O comandante assírio, entretanto, não fez distinções. Na opinião do comandante, se os deuses das nações não tinham podido derrotar a Assíria, nem o Senhor dos judeus conseguiria fazê-lo.

* 18:34

Hamate... Sefarvaim... Iva. Ver nota em 17.24.

Arpade. Ficava localizada perto de Hamate, na Síria. Arpade foi capturada em 740 a.C.

* 18:36

Calou-se, porém, o povo. O esforço dos assírios por causar um levante do povo judeu contra seu rei (vs. 29,31,32) foi um fracasso total.

* 18:37

com suas vestes rasgadas. As vestimentas rasgadas indicavam a aflição emocional dos oficiais judeus (1Rs 21:27, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37
18:4 A serpente de bronze se feito para curar aos israelitas da mordida de serpentes venenosas (Número 21:4-9). Demonstrava a presença e o poder de Deus e era um aviso para o povo de sua misericórdia e seu perdão. Mas se tinha convertido em um objeto de adoração em lugar de um aviso da quem tinham que adorar, assim Ezequías se viu forçado a destrui-la. Devemos tomar cuidado de que as coisas que usamos para nos ajudar a adorar a Deus não se voltem objetos de adoração por si mesmos. A maioria dos objetos não são criados para ser ídolos, voltam-se ídolos pela forma em que a gente os usa.

18:5 "Nem depois nem antes houve outro como ele entre todos os reis do Judá". Em um dramático contraste com seu pai Acaz, Ezequías seguiu a Deus mais de perto e com maior sinceridade que qualquer outro rei do Judá ou Israel. Esta frase se refere aos reis que aconteceram depois da divisão do reino e portanto não inclui o Davi, considerado como o rei mais devoto a Deus.

18:7 A nação do Judá foi oprimida por duas potências mundiais, Egito e Assíria. Ambas as nações queriam controlar ao Judá e ao Israel porque estavam localizadas no cruzamento de caminhos vitais para todo o comércio do antigo Próximo Oriente. A nação que controlasse ao Judá teria vantagens econômicas e militares sobre seus rivais. Quando Ezequías chegou a ser rei, Assíria controlava ao Judá. Ao atuar com grande valor, Ezequías se rebelou em contra do poderoso império ao que seu pai se submeteu. Pôs sua fé na força de Deus e não na sua própria, e obedeceu os mandamentos de Deus apesar dos obstáculos e perigos que, de um ponto de vista puramente humano, pareciam insuperáveis.

EZEQUIAS

O passado é uma parte importante das ações de hoje e dos planos do manhã.

O povo e os reis do Judá tiveram um passado rico, cheio dos fatos, a direção

e os mandamentos de Deus. Mas com o passo de cada geração, também tiveram uma crescente lista de tragédias que ocorreram quando o povo se esqueceu que seu Deus, que

tinha-os protegido no passado, também se preocuparia com eles no presente e em

o futuro, e demandou sua obediência contínua. Ezequías foi um dos poucos reis de

Judá que esteve sempre consciente dos fatos de Deus no passado e de seu interesse

nos de cada dia. A Bíblia o descreve como um rei que teve uma relação íntima com

Deus.

Como reformador, Ezequías estava mais preocupado com a obediência do presente. Judá estava cheio de avisos visuais de sua falta de confiança em Deus, e Ezequías corajosamente limpou a casa. Foram destruídos altares, ídolos e templos pagãos. Inclusive não se salvou nem a serpente que Moisés fazia no deserto porque tinha deixado de se�ararle ao povo para Deus e também tinha chegado a ser um ídolo. O templo de Jerusalém, cujas portas tinham sido enclausuradas pelo próprio pai do Ezequías, foram limpas e reabiertas. Foi reinstituida a Páscoa como festa nacional, e houve um avivamiento no Judá.

Apesar de que tinha uma inclinação natural para responder aos problemas pressente, a vida do Ezequías nos mostra muito pouca evidência de uma preocupação sobre o futuro. Tomou muito poucas medidas para preservar os efeitos de suas reformas arrolladoras. Seus esforços bem-sucedidos o fizeram soberbo. Ao lhes demonstrar sua riqueza à delegação babilônia (um ato pouco sábio de sua parte) fez que Judá fora incluída na lista que os babilonios tinham de "nações por conquistar". Quando Isaías informou ao Ezequías de quão tolo tinha sido, a resposta do rei mostrou sua falta de visão: estava agradecido de que qualquer malote conseqüência seria posposta até depois de sua morte. Vista-las dos três reis que o aconteceram -Manasés, Amón e Josías- viram-se profundamente afetadas, tanto pelos lucros como pelas debilidades do Ezequías.

O passado afeta suas decisões e suas ações de hoje, e estas, a sua vez, afetam o futuro. Há lições que aprender e enganos que devemos evitar repetir. Recorde que parte do êxito de seu passado será medido pelo que faça com ele agora e quão bem o utilize para preparar-se para o futuro.

Pontos fortes e lucros:

-- Rei do Judá que levou a cabo reforma civis e religiosas

-- Teve uma relação pessoal e crescente com Deus

-- Desenvolveu uma poderosa vida de oração

-- Ressaltado como patrocinador de vários capítulos do livro de Provérbios (veja-se

Pv 25:1)

Debilidades e enganos:

-- Mostrou pouco interesse e sabedoria ao planejar para o futuro, e proteger a herança espiritual

-- Foi imprudente ao mostrar toda sua riqueza aos mensageiros de Babilônia

Lições de sua vida:

-- As reformas arrolladoras têm muito curta vida quando se tomam muito poucas medidas para as preservar para o futuro

-- A obediência a Deus do passado não evita a possibilidade da desobediência presente

-- Uma completa obediência a Deus rende resultados surpreendentes

Dados gerais:

-- Onde: Jerusalém

-- Ocupação: Decimotercer rei do Judá (reino do sul)

-- Familiares: Pai: Acaz. Mãe: Abi. Filho: Manasés

-- Contemporâneos: Isaías, Oseas, Miqueas, Senaquerib

Versículos chave:

"No Jeová Deus do Israel pôs sua esperança; nem depois nem antes dele houve outro como ele entre todos os reis do Judá. Porque seguiu ao Jeová, e não se separou do, mas sim guardou os mandamentos que Jeová prescreveu ao Moisés" (2Rs 18:5-6).

A história do Ezequías se relata em 2 Rseis 16:20-20.21; II Crônicas 28:27-32.33; Isaías 36:1-39.8. Além disso lhe menciona em Pv 25:1; Is 1:1; Jr 15:4; Jr 26:18-19; Os 1:1; Mq 1:1.

18.9-12 Estes versículos se remontam aos dias muito próximos à destruição do Israel. Ezequías reinou com seu pai Acaz durante quatorze anos (729-715 a.C.), ele sozinho durante dezoito anos (715-697 a.C.) e com seu filho Manasés durante onze anos (697-686 a.C), um total de quarenta e três anos. Os vinte e nove anos registrados em 18.2 indicam só aqueles anos nos que Ezequías teve o controle completo do reino. Enquanto Ezequías estava no trono, a parte norte da nação do Israel foi destruída (722 a.C.). O conhecer o destino do Israel provavelmente fez que Ezequías reformasse sua própria nação. (Para maior informação a respeito do Ezequías, vejam-se II Crônicas 29:32 e Isaías 36:39).

18:13 Este sucesso ocorreu em 701 a.C., quatro anos depois de que Senaquerib tinha chegado a ser rei de Assíria. Senaquerib era o filho do Sargón II, o rei que tinha deportado em cativeiro ao povo do Israel (veja-a nota a 17.3). Para evitar que Assíria atacasse, o reino do sul pagou tributo anualmente. Mas quando Senaquerib foi rei, Ezequías deixou de pagar este dinheiro, esperando que Assíria o ignorasse. Quando Senaquerib e seu exército tomou represálias, Ezequías se deu conta de seu engano e pagou o dinheiro do tributo (18.14), mas Senaquerib o atacou de todas formas (18.19ss). Apesar disso, não tinha tanta fome de guerra como os anteriores reis de Assíria, prefiriendo empregar muito de seu tempo na edificação e embelezamento de sua cidade capital, Nínive. Com menos invasões freqüentes, Ezequías pôde instituir muitas de suas reformas e fortalecer à nação.

18:17 O enviar à comandante supremo (Tartar), ao oficial em chefe (Rabsaris) e à comandante de batalha (Rabsaces) era como enviar à vice-presidente, ao secretário de estado e ao general do exército para falar com inimigo prévio à batalha. Todos estes homens foram enviados em um esforço de impressionar e desalentar aos israelitas.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37

III. O reino do sul, durante o reinado de Ezequias na parte esta do século VIII (2Rs 18:1 ; conforme


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37
2Rs 18:0;2Rs 20:0

(Leia também Isaías 36—39 e 2 Crô-nicas 29—32.) Entramos agora em um dos períodos mais estimulantes da história de Judá, o reinado do piedoso rei Ezequias. Samaria (Isra-el) caíra em poder da Assíria, e ago-ra o inimigo voltava-se para Judá. Anos antes, Acaz fizera uma aliança com a Assíria (16:7-9), mas Ezequias rebelou-se contra isso (18:7,13-16), e isso foi um convite para que o ini-migo invadisse Judá. Na verdade, esse capítulo não registra os eventos na ordem cronológica certa, pois a doença de Ezequias aconteceu du-rante o sítio da cidade (veja 20:6), e a visita dos líderes babilônios após a recuperação dele. Ele reinou 29 anos (18:2). Já que reinou 15 anos após sua recuperação, e a invasão aconteceu no 14º ano de seu reina-do (18:13), sua doença e a invasão, portanto, aconteceram durante sua vida. Examinaremos três inimigos que Ezequias teve de enfrentar e como lidou com eles.Os invasores assírios (18—19)

  1. A reforma de Ezequias (18:1-8; 2 Cr 29-32)

Esse rei devoto livrou imediatamen-te a terra da idolatria e do pecado. Ele reabriu e restaurou o templo, limpou o entulho que se juntara ali e restabeleceu os cultos. Ele estava interessado, em especial, nos can-tores e nos sacrifícios. Ele também chamou toda a nação (até Israel) para uma grande celebração de Pás-coa. Era tempo de reavivamento, mas, infelizmente, isso não pene-trou o coração do povo. As mudan-ças eram apenas superficiais. No entanto, Ezequias provou que ama-va o Senhor, e Deus abençoou-o por seu serviço.

  1. A rebelião (18:9-37)

Durante anos, a nação pagou tribu-to à Assíria, mas Ezequias rebelou- se e recusou-se a pagar o tributo. Isso trouxe o exército assírio até Je-rusalém, mas Ezequias, em vez de recorrer ao Senhor, temeu o inimi-go e cedeu (vv. 13-16), chegando a ponto de roubar o templo para pagar os assírios. Na verdade, nes-sa época, havia três "partidos" em Judá: um queria render-se à Assíria; outro queria pedir ajuda ao Egito; e o terceiro grupo (liderado por Isaías) chamou a nação a confiar no Senhor para sua libertação. O rei da Assíria pegou o dinheiro, mas depois mu-dou de idéia e invadiu Judá. Isaías chamou essa mudança de "perfídia" (Is 33:1-23), pois a Assíria não cum-priu a promessa. Três oficiais assírios escarneceram dos judeus (v. 17 — esses são os títulos dos oficiais, não seus nomes) e tentaram minar a fé e a liderança de Ezequias. Os versí-culos 31:32 retratam a falsidade do pecado. Ele promete-lhes paz e ple-nitude até levá-los para o cativeiro. Sempre há um limite de tempo para a desobediência.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37
18.1 Ezequias. Reinou de 716 a.C. até 687 a.C. Seu reinado se destaca pelas reformas religiosas, pelo ministério de Isaías e pela libertação da invasão dos assírios.

18.2 Vinte e nove anos. Além de treze anos de co-regência.

18.4 Neustã. Quer dizer "pedaço de bronze".

18.6 Se apegou ao Senhor. A história política e religiosa deste rei ocupa três capítulos inteiros do Livro das Crônicas,2Cr 29:1-14), mas se o Rabsaqué quisesse provocar a ira do rei ao ponto de levá-lo a uma batalha em campo aberto, Ezequias não teria esperança alguma de sobreviver.

18.25 Agora vem um apelo mentiroso ao espírito supersticioso do povo de Judá, que estava escutando sobre a muralha - foi isto que fez com que os oficiais do rei pedissem que se falasse na língua diplomática da época, o aramaico (26). O hebraico, aqui chamado "judaico" (26), é a mutação local daquela língua, que passou ao uso comum até os tempos de Jesus, que lia o hebraico como idioma sacro, bíblico.
18.27 Não foi em vão que aquele fidalgo, ou mordomo-mor tinha-se dado ao trabalho de aprender as línguas locais. Mais importante do que a batalha, seria deprimir a moral daquele povo, de tal maneira, que se renderia sem que os assírios consumissem energia alguma. Note-se que Jerusalém era circundada por acidentes topográficos. Em alguns pontos havia verdadeiros precipícios, em razão do que, Ezequias poderia enfrentar qualquer ataque vindo em campo aberto. Os próprios romanos, 775 anos mais tarde, gostaram quatro anos na façanha.
18.30 Tendo em vista as dificuldades para a conquista daquela fortaleza tão poderosa, Rabsaqué tentou um apelo direto ao povo, em virtude de os oficiais reais se recusarem a fazer uma entrega oficial da cidade aos representantes de Senaqueribe. Seu intuito era persuadir o povo de que não havia mais esperança de resistir à invasão (30), mas que haveria clemência sem outra igual para o povo, se ele se rendesse sem mais demora (31 -32). Em caso contrário, o próprio Deus "não teria mais poder" para preservar Jerusalém do que os ídolos locais tiveram para proteger as cidades deles (vv. 33-34).
18.34 As cidades aqui mencionadas com suas divindades locais eram cidades da Síria e de Israel, que já se haviam rendido aos assírios.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 1 até o 37
IV. O REINO DE JUDÁ FICA SOZINHO (2RS 18:1—25.30)

Judá sobreviveu, ainda que como vassalo da Assíria, e teve mais 130 anos de história bastante diversificada. Durante esse período, o poder assírio minguou e finalmente passou para a Babilônia (612 e 605 a.C.). Os aviva-mentos sob a liderança de Ezequias e Josias são pontos religiosos luminosos numa época em geral sombria. Nessa seção final, mais detalhes políticos são registrados, de forma que os últimos 130 anos de Judá recebem mais atenção do que os primeiros 200.

O reinado de Ezequias (18.1—20.21)

O terceiro ano do reinado de Oséias (729 a.C.) deve ser o início da co-regência de Oséias, e as datas dos v. 1,9 começam aí. Os vinte e nove anos (v. 2) devem ser uma referência ao período em que ele reinou sozinho de 716 a 687. O décimo quarto ano do v. 13 é uma referência ao seu reinado sozinho (i.e., 701 a.C.).

Os v. 3-8 dão um breve resumo do seu reinado antes do relato bem mais detalhado (18.13—19,37) de como rebelou-se contra o rei da Assíria (v. 7). Ele fez [...] tal como tinha feito Davi, seu predecessor (v. 3) sem restrições, visto que até os altares idólatras foram removidos, junto com as colunas sagradas e os postes sagrados. Até a serpente de bronze que Moisés havia feito foi despedaçada para encerrar uma reverência supersticiosa (v. 4). Era chamada Neustã (bronze): a maioria das versões traz “e lhe chamaram” (ARA, ARC, BJ), seguindo o texto grego. O TM traz o singular “ele a chamou” (v. nota de rodapé da NVI), o que é mais provável à luz do comentário de Ezequias: “É somente bronze, não deus”, v. 5,6. Ezequias confiava no Senhor [...] Ele se apegou ao Senhor: reflete a atitude interior, assim como obedeceu aos mandamentos reflete o resultado exterior, v. 7. o Senhor estava com ele (como com José, Gn 39:21,22), e ele prosperou, como mostram a sua rebeldia contra a Assíria e a derrota que impôs aos filisteus. Segundo Crônicas 29 traz mais detalhes acerca dessa reforma. Is 20:0

20.19 é repetida em Is 36:1—38.8 e 39:1-8, em que somente o comandante de campo, o Rabshakeh, é mencionado. A fala é um exemplo de fanfarrice e abuso pretensiosos, v. 19. Digam isto a Ezequias (sem título algum) contrasta com o grande rei, o rei da Assíria. E compreensível que ele ridicularize a confiança no Egito. A confiança no Senhor, ele subestima — compreende de forma errônea a purificação conduzida por Ezequias quando eliminou os santuários e altares (v. 22), e faz um apelo sutil àqueles que se ofenderam com a reforma de Ezequias. Ele até reivindica a autoridade de Javé para a sua campanha, falando com mais veracidade dos fatos do que ele tinha conhecimento (Is 10.5ss), e promete ao povo paz e prosperidade caso se submeta a ele (v. 31,32) como muitos tiranos têm feito desde então. O seu argumento final (que contradiz o terceiro) é que nenhum deus é mais forte do que a Assíria e que é impossível que o Senhor poderá livrar Jerusalém (v. 35). O povo reage com silêncio (v. 36); os cortesãos, com terror (com as vestes rasgadas, v. 37); e o rei, com humilhação no templo e um pedido de ajuda a Isaías (suplica a Deus,19.4).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 13 até o 37


2) Livramento das Duas Invasões de Senaqueribe. 13 19:37'>18:13 19:37.

a) A Primeira Invasão de Judá por Senaqueribe. 2Rs 18:13-16.

a) A Primeira Invasão de Judá por Senaqueribe. 2Rs 18:13-16. Quanto à cronologia veja o versículo 1. Senaqueribe era finto de Sargão II, e reinou de 705-681 A.C. Os versículos 13:16 resumem sua primeira campanha em Judá, em 701 A.C. (17 e segs. Referem-se a uma campanha posterior, cerca de 688). Embora Ezequias contrariasse a política de Acaz de sujeição à Assíria, Judá foi obrigada a se submeter porque foi abandonada por seus afiados (Luckenbill, Anc. Rec., II; parágrafo 240; cons. 2Rs 18:14). Ezequias acumulava o tributo dilapidando o Templo (vv. 15, 16). O fato de Senaqueribe receber os tributos em Nínive (Luckenbill, ibid.), indica que Ezequias lhe pagava na condição dos assírios saírem da Judéia.

b) A Segunda Campanha. 2Rs 18:17-25.

O ponto alto desta narrativa é que o Senhor provê o livramento em resposta à verdadeira fé. A ocasião da segunda campanha, que se deu treze a quatorze anos depois dos acontecimentos dos versículos 13:16, fica determinada pela data do reinado de Tiraca, rei da Etiópia (2Rs 19:9). Um artigo de BASOR (130, págs. 8,
9) indica que Tiraca não foi coregente até 690/689 A.C. Uma vez que seu nascimento se deu em 711/710 A.C., teria sido impossível que liderasse as forças egípcias em 701 cem a idade de nove anos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Reis Capítulo 18 do versículo 13 até o 16
c) Os amargos frutos da rebelião (2Rs 18:13-12 descreve os preparativos para a defesa mas não o resultado; só o vers. 13 é reproduzido na passagem paralela de Is 36:1. A interpretação mais natural é a de que Judá foi inteiramente subjugada por Senaqueribe (13). Ezequias, in extremis, implorou condições e teve de aceitar as que Senaqueribe lhe impôs (14). Depois, traiçoeiramente, Senaqueribe (cfr. Is 33:1, Is 33:7-23 à luz desta descrição!

Pequei (14); expressão que significa "revoltei-me". Trezentos talentos de prata (14). A diferença entre este número e os oitocentos mencionados por Senaqueribe deve-se, provavelmente, à diferença existente entre o talento leve e o pesado, se bem que não seja de pôr de parte a hipótese de exagero assírio.


Dicionário

Assiria

grega: uma modificação de Assur, planície

Assíria

Assíria [Plano] - País localizado na MESOPOTÂMIA. Suas capitais foram Assur, Calá e Nínive. Sua população era semita. Em várias ocasiões os assírios guerrearam contra o povo de Deus (2Ki 15:19,29); 16.7). Em 721 a.C. os assírios acabaram com o Reino do Norte, tomando Samari a, sua capital (2Rs 17:6). Os medos e os babilônios derrotaram a Assíria, tomando Nínive em 612 a.C. A Assíria é mencionada várias vezes nos livros proféticos: (Is 10:5-34); 14:24-27; 19:23-25; 20:1-6; 30:27-33; (Ez 23:1-31); (Os 5:13); Jn; (Na 1:1-15); (Sf 2:15). V. o mapa O IMPÉRIO ASSÍRIO.

Cobrir

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Ocultar ou proteger, estando ou pondo-se em cima, diante, ou em redor: as nuvens cobrem o sol; cobrir a cama com o cobertor.
Fazer o reforço numa cobertura: cobrir os buracos do telhado com massa.
[Agricultura] Colocar terra na raíz de uma planta: cobrir as raízes do quintal.
Estar envolto por; envolver, vestir: o mendigo estava coberto de farrapos.
Garantir que o pagamento seja efetuado: cobrir o valor do cheque.
Ser o necessário: meu salário cobre metade das minhas despesas.
No jornalismo, estar (o repórter) presente (a um acontecimento); dedicar espaço (o jornal, a revista) a (um acontecimento).
Esporte. Cumprir um trajeto a uma certa distância: cobrir 100 metros rasos.
[Biologia] Ter cópula com (falando-se de animais); fecundar: o touro cobriu a vaca.
verbo transitivo direto e pronominal Defender algo, alguém ou si mesmo; proteger, defender, resguardar-se: cobrir a criança dos tiros; cobriu-se sob o telhado; cobria-se dos golpes com o escudo.
Pôr o chapéu, o barrete ou o capuz na cabeça: cobrir a cabeça; cubra-se, está frio!
Estender-se, alastrar-se por cima de; ocupar inteiramente; encher: os inimigos cobriam os montes e vales.
verbo bitransitivo e pronominal Exceder em quantidade; ultrapassar: a receita cobriu a despesa; cobriu-se de problemas com a falência da empresa.
Etimologia (origem da palavra cobrir). Do latim cooperire.
Fonte: Priberam

Cortar

verbo transitivo Dividir, separar com instrumento de gume: cortar fatias de pão.
Fazer incisão em, ferir: cortar o dedo.
Destacar setores de uma superfície com a ajuda de instrumento próprio; recortar, talhar: cortar o papel.
Talhar em fazenda segundo molde ou padrão: cortar vestidos.
Passar pelo meio de, atravessar, cruzar: estrada que corta outra; o navio cortava os mares.
Figurado Interromper, interceptar: cortar uma comunicação telefônica.
Figurado Suprimir, eliminar: cortar umas frases de um texto.
Figurado Impedir, obstruir, interceptar: cortar a retirada do inimigo.
verbo intransitivo Ter bom fio ou gume: esta faca não corta.
Dar cortadas (em certos esportes).
verbo pronominal Ferir-se com instrumento de corte.
Cortar caminho, encurtá-lo, indo por atalhos.
Cortar o coração, entristecer, compungir; causar grande sofrimento.
Cortar a febre, curá-la.
Cortar o fogo, impedi-lo de se propagar.
Cortar o mal pela raiz, extirpá-lo, destruindo-lhe as causas profundas.
Cortar a palavra (a alguém), fazê-lo silenciar, interrompendo-o ou impedindo-o de prosseguir.
Cortar os pulsos, cortar as veias dos pulsos para deixar o sangue correr lentamente, com intenção de suicídio.
Cortar relações (com alguém), deixar de se dar (com essa pessoa).

Déu

substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

Ezequias

-

o Senhor, a suprema Força. Foi rei de Judá (726 a 697 a.C.), tendo sucedido a Acaz, seu pai, na idade de vinte e cinco anos, e governou o reino pelo espaço de vinte e nove anos. Ele é geralmente tido como um dos mais sábios e melhores reis de Judá. Tem-lhe sido dado o epíteto de ‘rei virtuoso’, e realmente a descrição de muitos atos do seu reinado mostra à evidência o seu piedoso caráter no temor de Deus (2 Rs 18.5). Logo no princípio do seu reinado ele desfez inteiramente a má política de seu pai, e no seu ardente zelo destruiu os ídolos e templos pagãos que tinham sido erigidos em terras de israel – ao fazer isto, restaurou ao mesmo tempo e purificou o culto prestado ao Senhor, e ordenou que o povo de israel viesse a Jerusalém para celebrar a Páscoa (2 Cr 30.5). Distingue-se o seu reinado não só pela reforma na religião, mas também por muitas obras que realizou no país. Nas suas relações com os poderes estranhos, mostrou o rei igual vigor e zelo. Fortalecido pelas vitórias alcançadas na guerra contra os filisteus (2 Rs 18.8), ele preparou-se para sacudir o odioso jugo da Assíria. Estas preparações consistiam, em parte, no aperfeiçoamento das fortalezas de Jerusalém, e em levar abundância de água por baixo da terra para a cidade (2 Rs 20.20 – 2 Cr 32.5 a 30). (*veja Siloé.) ora, aconteceu que a tomada das cidades muradas de israel pelo rei Senaqueribe deu causa a que Ezequias deixasse de pagar o tributo que tinha sido imposto a seu pai pelos assírios. E a conseqüência imediata desta forte resolução foi ser invadido o reino de Judá pelo exército assírio (is 36), que exigia a rendição de Jerusalém. Tanto o rei como o povo compreenderam que era chegado o tempo de resistir às forças assírias, e prepararam-se para a luta. Então o juízo de Deus se manifestou sobre o exército assírio, que foi obrigado, pela pestilência que se espalhou no seu campo, a retirar-se muito apressadamente. A doença de Ezequias e o seu restabelecimento (2 Rs 20.1 a 11 – is 38), inspiraram a bela passagem que se acha em isaías (38.10 a 20), e que é a única composição que do rei chegou até nós. Todavia, este rei que tão vivamente pôde exprimir a sua gratidão para com Deus, vemo-lo ceder à lisonja de Merodaque-Baladã, rei de Babilônia (que desejava obter o seu auxílio contra o rei da Assíria), efetuando um vão e pomposo aparato diante dos seus embaixadores. Por esta causa o profeta isaías predisse o cativeiro da Babilônia, que aconteceu passado pouco mais de um século. Ezequias viveu submisso à vontade de Deus, e o restante do tempo do seu reinado passou-se tranqüilo, continuando na prosperidade o seu país. Este rei parece ter sido o protetor da literatura (Pv 25:1). Sucedeu-lhe no trono, em 697 ou 686 a.C., o seu filho Manassés, que não correspondeu às boas qualidades do seu pai. (*veja Senaqueribe, isaías.) 2. Filho de Nearias, descendente da família real de Judá (1 Cr 3.23). 3. Este nome também se lê em Sf 1:1. Talvez Sofonias fosse um descendente do famoso rei. 4. Um exilado que voltou da Babilônia (Ed 2. 16).

1. Veja Ezequias, o rei.


2. Mencionado em Sofonias 1:1, era pai de Amarias e um ancestral do profeta Sofonias, o que profetizou no tempo do rei de Josias, de Judá.


3. Citado em conexão com Ater, em Esdras 2:16 e Neemias 7:21; ias 10:17. Os descendentes de Ater, através de Ezequias, voltaram do exílio na Babilônia com Zorobabel. O próprio Ezequias é listado como um dos líderes dos judeus que retornaram para Judá e assinaram o pacto feito pelo povo de adorar ao Senhor e obedecer às suas leis.


Ezequias [Javé Dá Força]

Décimo terceiro rei de Judá, que reinou 29 anos (716-687 a.C.), depois de Acaz, seu pai (2Rs 18—20). Derrotou o exército de Senaqueribe. Isaías profetizou durante o seu reinado.


Judá

Judá
1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

2) e de Cristo (Mt 1:3)

2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os

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1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.


Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).

Ouro

substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
expressão Coração de ouro. Coração generoso.
Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
Ouro fino. Ouro sem liga.
Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.

Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.

o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a
50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).

Portas

fem. pl. de porta
2ª pess. sing. pres. ind. de portar

por·ta
(latim porta, -ae)
nome feminino

1. Abertura para entrar ou sair.

2. Peça que fecha essa abertura.

3. Peça idêntica em janela, armário, etc.

4. Figurado Entrada; acesso; admissão.

5. Solução, expediente.

6. Espaço estreito e cavado por onde passa um rio.

7. Ponto onde se passa e que serve como de chave a outro mais distante.

8. [Informática] Ponto de ligação físico ou virtual usado na transmissão de dados.

9. [Tecnologia] Parte de um equipamento onde se liga um cabo ou uma ficha.

10. [Jogos] No jogo do monte, o desconto a favor do banqueiro quando os pontos ganham com a primeira carta que sai ao voltar o baralho.

adjectivo feminino e nome feminino
adjetivo feminino e nome feminino

11. [Anatomia] Diz-se de ou veia grossa que recebe o sangue do estômago, do baço, do pâncreas e dos intestinos, e que se distribui no fígado.


bater à porta de
Pedir auxílio a alguém.

Acontecer, surgir (ex.: infelizmente, a doença bateu-lhe à porta).

porta traseira
A que está na parede oposta à fachada.

fora de portas
Fora da cidade, ou vila, nos arrabaldes.

pela porta dianteira
Sem vergonha; francamente; usando de meios lícitos.

pela porta do cavalo
Usando de meios pouco lícitos.

porta de homem
Porta pequena inserida num portão ou numa porta grande, para dar passagem a pessoas, sem abrir esse portão ou porta grande.

porta de inspecção
O mesmo que porta de visita.

porta de visita
Abertura utilizada geralmente para permitir o acesso a sistemas de saneamento, de drenagem de águas ou esgotos, mas também de sistemas hidráulicos, eléctricos ou de telecomunicações. = CAIXA DE VISITA, PORTA DE INSPECÇÃO

porta do cavalo
Porta traseira de um edifício.

porta falsa
A que está disfarçada na parede.


por·tar 1 -
(latim porto, -are, levar, transportar)
verbo transitivo

1. Trazer consigo. = LEVAR, TRANSPORTAR

2. Estar vestido com. = TRAJAR, USAR, VESTIR

verbo pronominal

3. Ter determinado comportamento. = COMPORTAR-SE


por·tar 2 -
(porto + -ar)
verbo intransitivo

O mesmo que aportar.


Rei

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Templo

Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).

Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.

Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.

Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.

Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.

Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.

J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...


Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me

[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•

Templo de fé é escola do coração.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé

Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65

O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.

substantivo masculino Edifício consagrado ao culto religioso; igreja.
Local em que se realizam as sessões da maçonaria.
Nome de uma ordem religiosa Ver templários.
Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.

Tempo

substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
[Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
[Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
[Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
[Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

[...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

[...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

[...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

O tempo é o nosso grande benfeitor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

[...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

[...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

[...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

[...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

[...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

[...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

[...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Reis 18: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Naquele tempo Ezequias cortou fora o ouro das portas do Templo do SENHOR, e das ombreiras, de que Ezequias, rei de Judá, as cobrira, e o deu ao rei da Assíria.
II Reis 18: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

701 a.C.
H1817
deleth
דֶּלֶת
porta, portão
(and the door)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H1964
hêykâl
הֵיכָל
palácio, templo, nave, santuário
(of the temple)
Substantivo
H2396
Chizqîyâh
חִזְקִיָּה
Ezequias
(Hezekiah)
Substantivo
H3063
Yᵉhûwdâh
יְהוּדָה
Judá
(Judah)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H547
ʼômᵉnâh
אֹמְנָה
pilar, suportes da porta
([from] and the pillars)
Substantivo
H6256
ʻêth
עֵת
tempo
(toward)
Substantivo
H6823
tsâphâh
צָפָה
estender, cobrir, revestir
(And you shall overlay)
Verbo
H7112
qâtsats
קָצַץ
cortar fora
(and cut)
Verbo
H804
ʼAshshûwr
אַשּׁוּר
da Assíria
(of Assyria)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


דֶּלֶת


(H1817)
deleth (deh'-leth)

01817 דלת deleth

procedente de 1802; DITAT - 431a,e; n f

  1. porta, portão
    1. uma porta
    2. um portão
    3. (fig.)
      1. referindo-se à tampa de um baú
      2. referindo-se ao maxilar do crocodilo
      3. referindo-se às portas dos céus
      4. referindo-se a uma mulher de fácil acesso

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

הֵיכָל


(H1964)
hêykâl (hay-kawl')

01964 היכל heykal

provavelmente procedente de 3201 (no sentido de capacidade); DITAT - 493; n m

  1. palácio, templo, nave, santuário
    1. palácio
    2. templo (palácio de Deus como rei)
    3. corredor, nave (referindo-se ao templo de Ezequiel)
    4. templo (referindo-se ao templo celestial)

חִזְקִיָּה


(H2396)
Chizqîyâh (khiz-kee-yaw')

02396 חזקיה Chizqiyah ou חזקיהו Chizqiyahuw também יחזקיה Y echizqiyaĥ ou יחזקיהו Y echizqiyahuŵ

procedente de 2388 e 3050, grego 1478 εζεκιας; n pr m Ezequias = “Javé é a minha força”

  1. décimo-segundo rei de Judá, filho de Acaz e Abia; um bom rei por ter servido a Javé e ter eliminado as práticas idólatras
  2. tataravô do profeta Sofonias
  3. filho de Nearias, um descendente de Davi
  4. líder de uma família de exilados que retornaram na época de Neemias

יְהוּדָה


(H3063)
Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

03063 יהודה Y ehuwdaĥ

procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

  1. o filho de Jacó com Lia
  2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
  3. o território ocupado pela tribo de Judá
  4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
  5. um levita na época de Esdras
  6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
  7. um músico levita na época de Neemias
  8. um sacerdote na época de Neemias

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

אֹמְנָה


(H547)
ʼômᵉnâh (om-me-naw')

0547 אמנה ’om enaĥ

particípio ativo de 544 (no sentido original de suporte) DITAT - 116; n f

  1. pilar, suportes da porta
  2. confirmar, suportar, sustentar

עֵת


(H6256)
ʻêth (ayth)

06256 עת ̀eth

procedente de 5703; DITAT - 1650b; n. f.

  1. tempo
    1. tempo (de um evento)
    2. tempo (usual)
    3. experiências, sina
    4. ocorrência, ocasião

צָפָה


(H6823)
tsâphâh (tsaw-faw')

06823 צפה tsaphah

uma raiz primitiva [provavelmente idêntica a 6822 com a idéia de expansão da área de visão, transferindo para ação]; DITAT - 1951; v.

  1. estender, cobrir, revestir
    1. (Piel) revestir, chapear, incrustar
    2. (Pual) ser estendido

קָצַץ


(H7112)
qâtsats (kaw-tsats')

07112 קצץ qatsats

uma raiz primitiva; DITAT - 2060; v.

  1. cortar fora
    1. (Qal) cortar fora
    2. (Piel) cortar ou lascar fora, rachar, cortar em predaços
    3. (Pual) ser cortado ou lascado fora

אַשּׁוּר


(H804)
ʼAshshûwr (ash-shoor')

0804 אשור ’Ashshuwr ou אשׂר ’Ashshur

aparentemente procedente de 833 (no sentido de bem sucedido); DITAT - 176 Assur ou Assíria = “um passo” n pr m

  1. o segundo filho de Sem, suposto ancestral dos assírios
  2. o povo da Assíria n pr loc
  3. a nação, Assíria
  4. a terra, Assíria ou Assur

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo