Enciclopédia de Jó 16:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 16: 22

Versão Versículo
ARA Porque dentro de poucos anos eu seguirei o caminho de onde não tornarei.
ARC Porque decorridos poucos anos, eu seguirei o caminho por onde não tornarei.
TB Pois, quando houver passado poucos anos,
HSB כִּֽי־ שְׁנ֣וֹת מִסְפָּ֣ר יֶאֱתָ֑יוּ וְאֹ֖רַח לֹא־ אָשׁ֣וּב אֶהֱלֹֽךְ׃
BKJ Quando alguns anos tiverem passado, então irei pelo caminho por onde eu não retornarei.
LTT Porque decorridos anos poucos em número, eu seguirei o caminho por onde não tornarei.
BJ2 Porque passarão os anos que me foram contados e empreenderei a viagem sem retorno.[p]
VULG atque utinam sic judicaretur vir cum Deo, quomodo judicatur filius hominis cum collega suo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 16:22

Jó 7:9 Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir.
Jó 14:5 Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles.
Jó 14:10 Mas, morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então, onde está?
Jó 14:14 Morrendo o homem, porventura, tornará a viver? Todos os dias de meu combate esperaria, até que viesse a minha mudança.
Eclesiastes 12:5 como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
2. A Resposta de Já (16:1-17,16)

Somente parte desta resposta a Elifaz, de forma semelhante às outras, é dirigida diretamente aos amigos. Jó também se dirige a Deus, e também há um tipo de conversa introspectiva que Jó tem consigo mesmo. O apelo prévio de Jó a Deus (13 20:28) perma-neceu sem resposta. Deus aparentemente recusou-se a responder a Jó ou revelar-se a ele. Jó tinha a esperança de que seu apelo honesto aos céus convenceria seus amigos da integridade dele. Em vez disso, ele é acusado do uso astuto das palavras para ocultar o seu pecado (15:5-6). Elifaz tenta convencer Jó de que seus amigos o abandonaram, e Jó reage com ira, movido por profunda dor.

Todos vós sois consoladores molestos (2) significa literalmente: "confortadores atormentadores". Eles acrescentam mais aflição sobre Jó, além daquelas que ele já possui, em vez de ajudar por meio de compaixão e compreensão. Suas palavras de vento (3) não têm fim. Eles persistem em machucá-lo mais. Ele tem dificuldade em entender o que leva Elifaz a continuar falando, visto que não tem nada de valor a acrescentar (cf 13.5).

Com desdém Jó afirma que seria fácil amontoar palavras (4) contra seus amigos se a situação deles fosse revertida. O versículo 5 provavelmente deve ser lido como uma continuação do sarcasmo de Jó. Se Jó estivesse no lugar deles, poderia proferir palavras superficiais em relação à amizade deles ao pronunciar palavras insinceras de condolên-cia. Quer Jó fale ou esteja em silêncio, a sua dor continua, por isso ele pode falar franca-mente a respeito do seu sentimento (6).

Por meio de um monólogo, Jó mais uma vez descreve a condição patética que a aversão de Deus por ele produziu. Deus o molestou (7), isto é, Ele o esgotou. A persegui-ção implacável de Deus acabou com toda a minha família (7). Mesmo seus melhores amigos estão agora alienados dele. Seu estado enrugado e sua magreza (8) testemu-nham contra ele. As desolações da enfermidade são óbvias e são interpretadas por aque-les que o vêem como evidências da sua culpa. Essas declarações são um eco da atitude mostrada pelos confortadores de Jó e são exatamente o tipo de evidência que eles usa-ram para condená-lo. A hostilidade de Deus é descrita mais adiante como uma fera que despedaça sua rapina e range os dentes contra mim (9). Smith traduz a expressão aguça [...] os olhos por: "Meu inimigo me fuzila com seus olhos" (Smith-Goodspeed).

A figura muda de feras para homens que abrem a boca contra Jó com escárnio e feriram seu rosto em seu ódio (10). Assim, Deus entregou Jó nas mãos dos ímpios (11). Quando estava descansado (12) Deus pegou-me pelo pescoço, como um cachor-ro sacode um rato. Flecheiros (13) o usaram como alvo até que derramaram seu fel (bílis) pela terra. "O oriental fala da bílis e da vesícula quando nós nos referimos ao sangue e ao coração".22 Deus é descrito como um valente gigante (14) que desfere golpe sobre golpe contra Jó, como um exército derruba os muros de uma cidade sitiada. Con-seqüentemente, Jó, em completa humilhação, costura uma veste de pano de saco (15). Revolvi a minha cabeça no pó pode ser interpretado como "curvou a minha glória no pó" (Moffat). Seu rosto está todo descorado (vermelho ou inchado) de chorar (16) pela humilhação e desesperança da sua condição.

Mais uma vez, depois de expressar o seu pesar, Jó parece animado o suficiente para renovar sua reivindicação básica: todo esse mal tem acontecido com ele, apesar de não haver violência nas minhas mãos (17). Conseqüentemente, ele clama: Ah! terra, não cubras o meu sangue (18). O sangue derramado clama por vingança (Gn 4:10-11) até que seja devidamente coberto (Ez 24:7-8). Embora Jó não esteja sendo assassinado, ele acredita que sua morte é injustificada e quer que seu clamor por justiça continue sendo ouvido: "Que [...] continue atravessando o mundo" (Moffat). Embora pense que vai morrer, ele aguarda a justiça.

O clamor de Jó por vindicação parece despertar esperança dentro dele, e ele afirma que tem uma testemunha no céu e o seu fiador está nas alturas (19). Mais tarde (19,25) Jó fará um apelo mais forte a Deus pela sua vindicação. No momento, ele é capaz apenas de expressar o desejo de ter alguém intercedendo por ele junto a Deus, como o filho do homem pelo seu amigo (21). Ele espera viver apenas poucos anos (22) antes que a morte o alcance —"o caminho por onde não voltarei" (Berkeley).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jó Capítulo 16 versículo 22
10:21.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
*

16.1—17.16

Jó entende a acusação de Elifaz como sendo uma repetição doentia de uma perspectiva defeituosa sobre os sofrimentos.

* 16:3

para responderes assim. Jó estava cansado, não da extensão dos discursos deles, mas porque eles nada diziam que fosse útil.

* 16.8-14 Uma vez mais, Jó imaginou que Deus era seu adversário. No v. 9, a figura é a de um leão. Nos vs. 12-14 surge a figura de linguagem de um guerreiro.

* 16:18 A terra é personificada como uma testemunha dos sofrimentos de Jó.

* 16:19 Jó acreditava ter uma testemunha no céu, noção esta que foi sumariamente eliminada por Elifaz, em 5.1. Mas agora esse pensamento tinha uma significado tremendo para Jó.

*

16:22 Este versículo vai melhor com o cap. 17 (conforme 13.8, nota). Isso serve de lembrete de que as divisões em capítulos não fazem parte do original. Jó anelava pela morte como uma libertação de sua dor constante (14.13), embora ele esperasse viver "alguns anos" mais.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
16.1ss Se supunha que os amigos do Jó deviam consolá-lo em sua dor. Em troca, condenaram-no por ter propiciado seu próprio sofrimento. Jó começou sua réplica ao Elifaz ao chamá-lo a ele e a seus amigos "consoladores molestos". As palavras do Jó revelam várias maneiras para chegar a ser um melhor consolador para aqueles que sofrem: (1) não fale só por falar, (2) não dê sermões ao dar respostas amáveis, (3) não acuse nem critique, (4) fique no lugar da outra pessoa e (5) ofereça ajuda e fôlego. Prove as sugestões do Jó, com o conhecimento de que foram dadas por uma pessoa que necessitava um grande consolo. Os que podem consolar melhor são aqueles que sabem algo sobre o sofrimento pessoal.

16:19 Jó tinha medo de que Deus o tivesse abandonado. Mesmo assim, apelou diretamente a Deus (sua testemunha) já que Deus conhecia sua inocência. Uma testemunha é aquele que viu o que aconteceu, e meu testemunho é como um advogado que fala com nome do querelante. Ao usar estes termos, Jó mostrou que ele tinha depositado no Deus dos céus toda sua esperança de uma defesa justa, porque provavelmente morreria antes de que acontecesse na terra. No Novo Testamento aprendemos que Jesucristo intercede a nosso favor (Hb_7:25, 1Jo 2:1), portanto, não temos nada que temer.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
Responder 2. de Jó a Elifaz "Segundo Discurso (16:17)

1 Então Jó respondeu, dizendo:

2 Tenho ouvido muitas coisas como estas:

Consoladores molestos são todos vós.

3 essas palavras vãs ter um fim?

Ou o que te provoca que tu respondes?

4 Eu também poderia falar como vós;

Se a sua alma estavam no lugar de minha alma,

Eu poderia amontoar palavras contra vós,

E balançar a cabeça em você.

5 Mas poderia fortalecer-vos com a minha boca,

E a consolação dos meus lábios poderia amenizar sua dor .

6 Ainda que eu fale, a minha dor não é diminuída;

E embora me cale, qual é o meu alívio?

Cansado de sua tagarelice repetitivo sobre a sua sabedoria tradicional em apoio de uma teologia determinista que interpreta todas as calamidades como a ira expressa de Deus contra o homem dos pecados conhecidos ou desconhecidos, retortas Jó, "Muitas vezes eu ouvi você falar assim edredons já maçador que você é! Será que seus próprios discursos ventosos nunca vai acabar? (Vv. Que tens que você estará me responder? " 2-3 , Moffatt). The Jewish comentarista Freehof, no entanto, interpreta as palavras de Jó em referência a "discursos de vento" como uma alusão a suas próprias respostas, que os seus acusadores têm chamado de "discursos de vento" (ver 15:2)

7 Mas agora fez-me cansado:

Fizeste desolado toda a minha companhia.

8 E tu prendeu rápido em mim, o que é uma testemunha contra mim :

E a minha magreza se levanta contra mim,

Ele testifica a minha cara.

9 Ele me rasgou em sua ira, e me perseguiu;

Ele tem rangia em cima de mim com os dentes:

Mina adversário aguça os seus olhos sobre mim.

10 Os homens abrem contra mim a boca;

Eles me ferem nas faces em tom de censura:

Eles se ajuntam contra mim.

11 Deus me livra para o ímpio,

E lança me nas mãos dos ímpios.

12 Eu estava à vontade, e me partiu em pedaços;

Sim, ele tem me tomado pelo pescoço, e me despedaçou:

Ele tem também me para a sua marca.

13 Seus arqueiros me rodeou ao redor;

Ele se apega meus rins em pedaços, e não me poupa;

Ele derrama o meu fel pela terra.

14 Ele me quebranta com brecha em violação;

Arremete contra mim como um gigante.

Nesta passagem Jó muda a pessoa de endereço várias vezes. Assim, desde o início, ele refere-se a Deus na terceira pessoa, enquanto que mais tarde, ele se dirige a Deus na segunda pessoa, e depois novamente no terceiro, e em outro momento ele se dirige a seus acusadores. Alguns estudiosos têm pensado que, devido à irregularidade destas alterações, o texto deve ser corrupto. No entanto, Freehof diz: "Pelo contrário, Jó está falando sob o estresse de enorme emoção e, portanto, sua atenção se desloca constantemente. ... Ele é muito profundamente mudou-se para falar com coerência retórica."

Enquanto Jó tenha caricaturado repetidamente Deus de seus acusadores de tradição como um bruto sem coração que ele perseguido até a morte para certos pecados supôs que ele havia cometido, não há nenhum lugar que a sua representação de que Deus se torna mais escabroso do que aqui. Em oposição a representação de Francis Thompson de Deus como o "Hound of Heaven," representação do Deus da tradição de Jó é o do "Hound of Hell". E na verdade, existem evidências convincentes de que Jó está começando a suspeitar que este torturesome Deus da tradição não é outro senão o Satanás do Prólogo. Terrien diz: "Quase se pode conjecturar que o poeta quis sutilmente sugerir que Jó, embora ignorante, é claro, de uma parte" do Satan 'jogado no prólogo, está à beira de descobrir a causa do seu desânimo. "No versículo 9 Jó chama-lhe o seu adversário ; no versículo 11 , ele afirma, Deus me livra para os ímpios [ 'awal - "sem a integridade ou a retidão"], e me faz cair em mãos dos maus , ou de Assim, ele argumenta que o que ele está sofrendo não é "um valete." das mãos do Deus verdadeiro, embora seja por Sua permissão, mas sim nas mãos dos ímpios ou os maus um ", um valete." Blackwood defende também a esta conclusão quando ele diz ", Jó começou a suspeitar que o Satanás parte em suas tribulações ".

À luz das considerações anteriores, as atribuições de crueldade que Jó descreve como levantadas contra si mesmo não são para o Deus da verdade, mas na realidade a Satanás, que é representado por seus acusadores como o Deus determinista do legalismo tradicional. Assim, ele é a verdadeira causa da separação de Jó e solidão (v. 16:7 ), a sua condição física emagrecido (v. 16:8 ), e sua impotência diante do ardor da ira do adversário total, crueldades sem coração (vv. 16:9 , 16:11-14) . Este ponto de vista exonera completamente Jó de qualquer suspeita de que ele se aproximou perto de blasfemar contra o verdadeiro Deus. Seu conflito não é com o verdadeiro Deus; é com o "deus deste mundo", o "príncipe das potestades do ar," Jó por mais ignorante pode ter sido a verdadeira identidade de Satanás.

O versículo 10 parece aludir à conduta para com o Jó de quem unsympathetically ostracismo-lo (conforme v. 16:7 ), considerou-o como um objeto de ira por causa de alguma grande, embora desconhecido, a maldade, e que podem ter participado activamente em infligir de Deus castigos violentos em Jó (v. 16:10 ).

c. Jó completamente humilhado mas Undefeated (16: 15-17)

15 Eu cosi saco sobre minha pele,

E puseram a minha glória no pó.

16 Meu rosto está vermelho com choro,

E sobre as minhas pálpebras é a sombra da morte;

17 Embora não haja nenhuma evidência em minhas mãos,

E a minha oração é pura.

O uso de cilício (v. 16:15) foi, entre os antigos, um sinal de humilhação, dor e sofrimento. Chifre do animal representado o seu poder, orgulho e glória. Se ferido e abatido, para a terra que literalmente colocou seu chifre no chão. Então Jó, como uma criatura gravemente ferido e abatido (vv. 16:13 , 16:14 ), caiu com todo seu antigo poder e honra na poeira Sob os golpes cruéis de seu inimigo. Seu rosto está inchado de tanto chorar e seus olhos são vermelhos e sua visão borrada de tanto chorar (vv. 16:16-17 ), e tudo isto apesar de sua inocência da coisa da qual ele foi acusado. Jó poderia dizer com o poeta Henley, "Minha cabeça estava sangrando, mas erecta." Nenhuma punição empilhados em cima dele por Satanás tem sido capaz de destruir a sua integridade moral ou fazê-lo renunciar à sua fé em Deus, como Satanás disse que iria fazer. Fora do pó ele levanta a cabeça e afirma a inocência de sua vida e a pureza da sua adoração (v. 16:17 ). Ele ainda é o Jó do Prólogo que "teme a Deus" e "foge do mal". Na linguagem do ringue de boxe, "Jó foi derrubado, não uma, mas várias vezes, mas não para fora." Ele ainda está lá combates de fé e justiça.

d. Recurso de Jó a um patrocinador no céu (16: 18-22)

18 Ó terra, não cubras o meu sangue,

E que meu grito não têm descanso -Coloque.

19 Até agora, eis que a minha testemunha está no céu,

E aquele que voucheth para mim é alto.

20 Os meus amigos zombam de mim:

Mas os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus,

21 que ele defenda o direito de um homem com Deus,

E de um filho do homem com o seu próximo!

22 Porque, quando há alguns anos, chegaram

Eu seguirei o caminho por onde não deve retornar.

Geralmente as palavras do versículo 18 foram entendidas em referência à lei hebraica de vingança por aquele cujo sangue foi derramado violentamente. Neste ponto de vista o sangue dos feridos clamava por vingança contra o assassino. Tal foi o caso com Abel, cujo sangue inocente foi derramado por seu irmão Caim (Gn 4:10 ; conforme Ez. 24: 7 ; Is 26:21. ). Se esse ponto de vista é aceito, então Jó está apelando para a vingança contra o Deus da tradição que tem infligido sobre ele, tais sofrimentos inúteis, e em cujas mãos ele esperava, evidentemente, para morrer. No entanto, Blackwood respeita as palavras de Jó como mais provável uma oração para a vida. Assim Jó seria dizer: "Salve-me de um naufrágio no túmulo. Que o meu clamor por justiça prevalecer antes de eu morrer. "As palavras que se seguem (vv. 16:19-22) pode parecer para dar apoio a este último ponto de vista. No entanto, o ex-vista parece mais natural e mais em geral, e, portanto, pode ser a correta. Clarke compreende a passagem dessa maneira.

Em nenhum lugar a tese deste comentário, ou seja, verdadeira luta que é o Jó é com o seu desconhecido Adversário do Prólogo, recebem apoio mais forte do que no versículo 19 . Se Jó está orando por "vingança de sangue", ou para a vida até que a justiça se realiza, no versículo 18 , é claro, no versículo 19 que ele está apelando a uma autoridade superior no céu (a testemunha ou, talvez melhor, um Sponsor) contra seu perseguidor e algoz na terra. O dualismo da luta aqui se torna cristalina. Jó tem mais de uma vez expressas suspeitas de que sua luta não era com o verdadeiro Deus, mas com aquele que foi falsamente representada a ele como o Deus verdadeiro. Aqui, no entanto, ele apela a partir desta criatura cruel para o seu patrocinador no céu (o Deus do Prologue) que conhece a inocência de Jó, e que, ele acredita, acabará por justificá-lo. Nesta visão Jó, abriu a porta de esperança para muitas almas sofrimento na Terra.

Embora as calamidades e os implacáveis, sofrimentos excruciantes e deturpações injustas de seus amigos e inimigos persistentemente cão seus passos até a própria morte, ainda no céu ele tem um todo-sábio, amoroso e justo patrocinador que sustenta e fica ao lado dele, e da vontade finalmente justificar e defender seu personagem e causa. Aqui está uma das maiores lições que o livro de Jó tem para o homem na terra que, como Jó justo, mantém sua fé em Deus e sua integridade pessoal diante de Deus.

De fato, como diz Jó no versículo 20 , amigos, mesmo de um homem pode descontar a validade de sua esperança em face de suas calamidades terríveis, mas através da inundação de suas lágrimas os olhos da fé penetra seu patrocinador celeste, que vai "implorar para o homem [o doente terrena] contra si mesmo "(v. 16:21 , Moffatt). Que Jó não ganharam outra dessas idéias raras, neste momento, para a sabedoria do esquema de redenção divina? Pode ser que com os olhos da fé Jó teve um vislumbre momentâneo do Redentor, que como Deus na cruz pleiteou contra si mesmo, a fim de salvar o homem pecador (conforme Rm 6:10. ; 2Co 5:21 ; He 9:26 )?

Clarke pensa, com razão, que o sentido Dt 17:1 e Lc 23:46 ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
16:1-5 Jó responde agora com mais convicção, menos perguntas, mais afirmações. Percebe agora que os conselhos-chavões dos amigos jamais atingirão a raiz do problema. Elifaz acusou Jó de proferir palavras ocas e de se rebelar contra Deus. Jó devolve a acusação, afirmando que as consolações dos amigos também são ocas.
16.2 Molestos. Heb 'ãmãl, "dificuldade, aflição, desgraça". Aqui usado como adjetivo, "consoladores que trazem mais desgraça", estão acrescentando acusações ao sofrimento físico e espiritual de Jó.

16:6-17 Não há palavras que aliviem o sofrimento de Jó. O triste aspecto do seu corpo é a prova mais positiva de ter caído nas mãos do seu divino Antagonista. Na sua aflição, sente que Deus o caçou e o domina como faz o animal selvagem com sua presa.
16.8 A primeira metade do versículo pode-se traduzir: "tu me enrugaste, e isto veio a testificar contra mim". Jó vê que sua doença de elefantíase está levando outros a considerá-lo amaldiçoado por Deus.
16.9 Adversário. Jó, não sabendo que Satanás, o acusador, é aquele que lhe amontoa as aflições, acha que Deus é que é o seu antagonista.

16.11 Ímpio. Heb 'awl, lit. "criança maltrapilha", conforme 19.18 onde se refere às crianças abandonadas nas ruas, e 21.11 onde se trata das crianças dos perversos.

16.15 Cosi. O pano de saco, sinal de luto de angústia, nunca mais se afastará do seu corpo; agora faz parte da sua personalidade.

16.17 A linguagem que descreve os sofrimentos do inocente é semelhante àquela empregada na profecia dos sofrimentos de Cristo, Is 53:9. • N. Hom. As tristezas do homem cansado, 16:7-17.
1) Foram enviadas por Deus, vv. 7, 8, 9, 12, 14;
2) Foram extremamente rigorosas: a) nas suas variedades, vv. 7, 8; b) no serem imprevisíveis 1:13-22; c) na sua violência 9, 10, 11, 12, 13 14:3) Foram completamente desmerecidas, v. 17.

16.18- 22 As insinuações dos amigos não conseguiram fazer Jó abrir mão da convicção da sua inocência. Agora, nem suas mais escuras dúvidas, nem os seus mais terríveis temores podem fazê-lo desistir do seu Deus. Quando a morte, injusta, fizer descer à terra a sua vida inocente, a inocência do seu sangue erguer-se-á até aos mais altos céus (v. 18). E ali, no céu, vislumbra de repente um divino Herói, um Simpatizante celestial que está pronto a endossar sua integridade (v. 19). Este apaixonado desejo, de ter uma testemunha celestial ao seu lado, aponta de maneira impressionantemente profética para o "Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1Jo 2:1).

16.19 Testemunha. Heb sãhedh, palavra vinda do aramaico, e que significa 'testemunha, advogado, patrocinador, fiador". Alguém que toma a causa em mãos, e garante a solução satisfatória.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
b) O quinto discurso de Jó (16.1—
17.16)
Esse é o discurso mais desarticulado de Jó até aqui. Depois da longa queixa que a essa altura se tornou o ritual de abertura de todos os discursos, Jó recita o que é basicamente um monólogo, interrompido de forma variada por apelos à terra (16.18), a Deus (16.7,8; conforme 17.3,4, VA) e aos amigos (17.10). E difícil seguir uma linha de pensamento. Contudo, há um tema novo nesse discurso: Jó se sente perseguido tanto pelos homens quanto por Deus. E difícil saber se ele literalmente sofreu abusos físicos como os descreve (e.g., homens [...] esmurram meu rosto\ v. 10); essa é a linguagem convencional de sofredores inocentes nos salmos (e.g., Sl 22:6,Sl 22:16) em que, com freqüência, é metafórica; Jó pode estar se referindo, em parte, também aos ataques dos seus inimigos contra ele; mas que ele se tornou literalmente um objeto de zombaria dos seus conhecidos (17.6) parece confirmado pelo relato bastante realista do seu sofrimento no cap. 30. O que mais importa é que Jó se sente perseguido; ele não sente somente que Deus fez dele o seu alvo (16.12), como já vimos (7.20), mas os homens também o perseguiram (16.10), pois ele parece estar sofrendo de forma merecida nas mãos de Deus. A sua aparência física se tornou uma testemunha [...] contra mim (16.8), visto que a maioria das pessoas associa doença a pecaminosidade. E os íntegros, em vez de se compadecerem dele em virtude de seu sofrimento inocente, estão atônitos, supondo que Jó deva ser de fato um pecador horrível, “e o inocente indigna-se contra o ímpio”, i.e., Jó, a quem ele considera ímpio, enquanto “o justo [...] persiste em seu caminho, e o homem de mãos puras cresce em fortaleza” (17.8, BJ), tornando-se cada vez mais convicto de sua teologia. O discurso termina mais uma vez com o tom persistente da esperança: “minha esperança é habitar no Sheol” (17.13, BJ).

Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 16 do versículo 1 até o 22
b) Jó responde a Elifaz (16:1-18). Palavras de vento (3). Elifaz acusou Jó de proferir palavras ocas e de se rebelar contra Deus. Jó devolve a acusação afirmando que também as suas consolações são ocas. Se em vez de ser o sofredor fosse o consolador, Jó oferecer-lhes-ia um conforto genuíno que lhes abrandasse a dor.

>16:6

2. JÓ DESCREVE A SITUAÇÃO DESESPERADA EM QUE SE ENCONTRA (16:6-18). A sua miséria é apresentada de forma pungente. Não há palavras nem há silêncio que o aliviem. O triste aspecto do seu corpo é a prova mais positiva de que caiu nas mãos do seu divino Antagonista. Note-se a seguinte versão da primeira parte do versículo 8: "Tu me lançaste a mão e me aprisionas-te, o que testifica contra mim". Na sua aflição ele sente que Deus o tem preso e o domina como a um animal selvagem; sobre si-presa impotente-está o ameaçador e faiscante olhar do adversário (9). A hostilidade de Deus encontra eco na hostilidade dos homens, "matilha de pequenos e insignificantes inimigos cujos latidos se fazem ouvir atrás dAquele que é e seu Inimigo-Mor". No fim do versículo 12 a imagem já é outra. Deus aparece qual frecheiro a despedir uma chuva de flechas que lhe atravessam as entranhas. Os seus frecheiros (13). Melhor, "as suas frechas". No vers. 14 a imagem é outra ainda. Deus é agora um guerreiro arremetendo repetidamente contra as muralhas que cercam a fortaleza da sua alma e rompendo-as. Estes ataques divinos condenaram-no a um luto e a uma humilhação constantes; contudo, semelhantes ataques visam a um homem inocente.

>16:18

3. A SUA FÉ TRIUNFA DE NOVO (16:18-18). De novo Jó se ergue do abismo mais profundo para se elevar às mais sublimes alturas. As insinuações dos amigos não conseguiram fazê-lo separar-se da sua inocência. Agora nem as suas mais escuras dúvidas, nem os seus mais terríveis temores podem fazê-lo desistir do seu Deus. Quando uma morte injusta fizer descer à terra a sua vida inocente, a inocência do seu sangue erguer-se-á até aos mais altos céus (18). Conforme Gn 4:10. E aí, no céu, ele vislumbra de repente, um divino Herói, um divino Simpatizante que estará pronto a afiançar a sua integridade. Dolorosamente ele apela para essa testemunha celestial suplicando-lhe que defenda a sua causa ante as insinuações dos amigos e dos terríveis golpes que Deus lhe desferiu-Deus que é responsável pelas suas aflições na terra. "Os meus olhos se desfazem em lágrimas diante de Deus; ah, se alguém pudesse fazer prevalecer a justiça da causa do homem perante Deus e a do filho do homem perante e seu próximo!" Este apaixonado desejo de uma testemunha celestial que estivesse do seu lado, aponta, de maneira impressionantemente profética, para o pensamento cristão de "um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1Jo 2:1). É a fé a percepcionar já a existência de um Deus que "é por nós". Também aqui só Jesus é a resposta para o fundo e angustiante problema de Jó. Cfr. He 9:24.

>16:22

4. A BREVIDADE E AS TRIBULAÇÕES DA VIDA (16:22-17.16). O apelo torna-se mais intenso e ganha força à medida que Jó se lembra de que os anos o vão impelindo, inexoravelmente, para a sepultura. Desvaneçam-se essas irrisórias esperanças dadas pelos amigos! Essas enganadoras esperanças de um futuro feliz, de um amanhã em que não haveria lembrança das aflições de hoje! Sim, desapareçam as esperanças dadas pelo homem! Só Deus lhe pode dar segurança, só Deus pode ser por ele!


Dicionário

Anos

ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.


ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.


Caminho

substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.

Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.

estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.

O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19


Caminho CAMINHO DO SENHOR

Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).


Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Tornar

verbo pronominal , transitivo direto predicativo e bitransitivo Alterar, modificar ou passar a possuir uma nova condição, estado: ele se tornou médico; a mãe tornou a filha escritora.
Retornar ao local de onde se estava; regressar: ele tornou a chegar; os tripulantes tornaram-se para o avião.
verbo bitransitivo Retornar algo a alguém; devolver: tornou o cão ao dono.
Fazer a tradução de um idioma para outro: tornou o texto inglês em português.
Guiar novamente; reconduzir: o guarda tornou o motorista à igreja.
verbo transitivo indireto Voltar, regressar a um estado anterior: preferia tornar à minha juventude.
Analisar novamente; falar sobre o mesmo assunto outra vez: o médico tornou ao tratamento.
verbo intransitivo Expressar-se ou transmitir novamente: a felicidade nunca mais tornou.
Dar como resposta; responder: -- Não vou à festa, tornou a namorada.
verbo pronominal Pedir ajuda; apelar: sozinho, não tinha a quem se tornar.
Etimologia (origem da palavra tornar). Do latim tornare.

tornar
v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir de novo onde esteve; voltar, regressar. 2. tr. dir. Devolver, restituir. 3. tr. dir. e pron. Converter(-se), fazer(-se). 4. tr. dir. e pron. Mudar(-se), transformar(-se). 5. tr. dir. Traduzir, trasladar, verter. 6. Intr. Replicar, responder. 7. tr. dir. Unido a um infinitivo com a preposição a, exerce a função de verbo auxiliar e denota a continuação ou repetição da ação: Várias vezes dobrou e tornou a erguer-se. T. à vaca fria: voltar à vaca-fria.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 16: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque decorridos anos poucos em número, eu seguirei o caminho por onde não tornarei.
Jó 16: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4557
miçpâr
מִסְפָּר
número, narração
(in number)
Substantivo
H734
ʼôrach
אֹרַח
caminho, trajetória
(after the manner)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H8141
shâneh
שָׁנֶה
ano
(and years)
Substantivo
H857
ʼâthâh
אָתָה
vir, chegar
(and he came)
Verbo


הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִסְפָּר


(H4557)
miçpâr (mis-pawr')

04557 מספר micpar

procedente de 5608; DITAT - 1540e; n m

  1. número, narração
    1. número
      1. número
      2. inumerável (com negativa)
      3. pouco, contável (só)
      4. contagem, em número, de acordo com o número (com prep)
    2. recontagem, relação

אֹרַח


(H734)
ʼôrach (o'-rakh)

0734 ארח ’orach

procedente de 732; DITAT - 161a; n m

  1. caminho, trajetória
    1. trilha, rua
    2. a trilha, o caminho, a vereda da vida (fig.)
    3. modo de viver (fig.)
    4. viajante, caminhante (meton)

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

שָׁנֶה


(H8141)
shâneh (shaw-neh')

08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

  1. ano
    1. como divisão de tempo
    2. como medida de tempo
    3. como indicação de idade
    4. curso de uma vida (os anos de vida)

אָתָה


(H857)
ʼâthâh (aw-thaw')

0857 אתה ’athah ou אתא ’atha’

uma raiz primitiva [colateral com 225 por contração]; DITAT - 188; v

  1. vir, chegar
    1. (Qal) vir (referindo-se a homens, tempo, animais, calamidade)
    2. (Hifil) trazer