Enciclopédia de Jó 9:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 9: 18

Versão Versículo
ARA Não me permite respirar; antes, me farta de amarguras.
ARC Nem me permite respirar, antes me farta de amarguras.
TB Não me permitiria respirar,
HSB לֹֽא־ יִ֭תְּנֵנִי הָשֵׁ֣ב רוּחִ֑י כִּ֥י יַ֝שְׂבִּעַ֗נִי מַמְּרֹרִֽים׃
BKJ Ele não me permite tomar minha respiração, mas enche-me de amargura.
LTT Não me permite restaurar meu fôlego, antes me farta de amarguras.
BJ2 Não me deixa retomar alento e me enche de amargura!
VULG Non concedit requiescere spiritum meum, et implet me amaritudinibus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 9:18

Jó 3:20 Por que se dá luz ao miserável, e vida aos amargurados de ânimo,
Jó 7:19 Até quando me não deixarás, nem me largarás, até que engula a minha saliva?
Jó 27:2 Vive Deus, que desviou a minha causa, e o Todo-Poderoso, que amargurou a minha alma.
Salmos 39:13 Poupa-me, até que tome alento, antes que me vá e não seja mais.
Salmos 88:7 Sobre mim pesa a tua cólera; tu me abateste com todas as tuas ondas. (Selá)
Salmos 88:15 Estou aflito e prestes a morrer, desde a minha mocidade; quando sofro os teus terrores, fico perturbado.
Lamentações de Jeremias 3:3 Deveras se tornou contra mim; virou contra mim de contínuo, a mão todo o dia. Bete.
Lamentações de Jeremias 3:15 Fartou-me de amarguras, saciou-me de absinto. Vau.
Lamentações de Jeremias 3:18 Então, disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor. Zain.
Hebreus 12:11 E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
4. A Resposta de Jó a Bildade (9:1-10,22)

a) Jó admite que os ímpios sofrem (9:1-35). As palavras na verdade sei que assim é (2) seguem imediatamente o discurso de Bildade. Mas também são uma resposta adici-onal ao que Elifaz havia falado. Já, um tanto impaciente, admite que existe uma certa verdade nos argumentos dos seus amigos. O problema é que eles não reconhecem a pos-sibilidade de que ele esteja correto quando declara sua inocência. Portanto, ele pergun-ta: Como se justificaria o homem para com Deus? A pergunta não se preocupa tanto em como um homem age, mas em como ele pode se apresentar diante de Deus e provar a sua inocência. Essas palavras refletem o que Elifaz pergunta em 4.17, mas Jó usa a idéia de uma forma diferente. Elifaz havia contrastado o finito com o infinito Jó questiona a capacidade do homem em provar a sua retidão e manter a convicção de sua inocência diante da ação avassaladora de Deus contra ele.

Em uma disputa entre o homem e Deus o resultado é óbvio. Se quiser contender com ele (3) é uma terminologia legal que significa levantar uma objeção em um tribunal de justiça. Em uma situação como essa, o homem está destinado ao fracasso, porque carece da habilidade de responder uma de mil perguntas que Deus na sua sabedoria infinita poderia fazer. Nem mesmo aquele que é sábio de coração, poderoso em for-ças poderia ser endurecido contra Deus com impunidade (4; cf. 2 Cr 36.13). O homem certamente não é páreo para o Deus onipotente.

Jó reconhece o poder de Deus como pode ser observado em vários fenômenos do mundo físico. Deus transporta as montanhas (5) por meio de seu grande poder. Isso pode ser uma referência a qualquer uma das situações em que se vê uma montanha desintegrar-se sob o impacto de raios, terremotos ou chuvas torrenciais que causam deslizamentos de terra. Sem que o sintam (saibam) pode se referir à rapidez com que essas catástrofes ocorrem. Alguns, no entanto, vêem Deus como o sujeito dessa frase. Se essa inferência é verdadeira, então Ele destrói as montanhas sem que o saiba, tal é o seu grande poder." Mas essa interpretação não se encaixa na estrutura de pensamento da última parte desse versículo. Deus remove montanhas como resultado do seu furor, não como conseqüência acidental do seu imenso poder. Ele também remove a terra do seu lugar e suas colunas estremecem (6). Essa é uma descrição poética, mas pode ter um pano de fundo bastante literal. Sem dúvida, essa pode ser uma descrição específica de um terremoto. Imaginava-se que a terra plana ficava apoiada sobre colunas ou sobre as raízes das montanhas (38.6; Sl 75:3).

Deus fala ao sol, e ele não sai, e sela as estrelas (7). Fenômenos naturais, tais como temporais, tempestades de areia e eclipses, escondiam o sol e as estrelas. Os anti-gos viam esses eventos como evidências de um sério desagrado dos deuses.

O poder de Deus é tão grande que Ele sozinho estende os céus (8). A mesma descrição do poder e atividade se encontra em Isaías 40:12-44.24. Isaías 40:22 diz que Deus é aquele "que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar". O significado de anda sobre os altos do mar é incerta. Amos 4:13 diz que Deus "pisa os altos da terra". Talvez o pensamento da onipresença esteja na mente do nosso autor. Deus é exaltado acima de toda a magnificência da natureza. Portanto, ele é o Soberano absoluto sobre toda a terra. Ele também é o Criador das constelações — a Ursa, e o Órion, e o Sete-estrelo (9). As recâmaras do sul deve ser uma referência geral aos corpos celestiais no céu do hemisfério sul.

No versículo 10, lemos a conclusão de Jó acerca dessas maravilhas da natureza. Ele descobre que a atividade de Deus está além da capacidade de compreensão do homem. O pensamento é o mesmo expressado por Elifaz em 5.9. No caso de Elifaz, essa observação foi feita no contexto do controle ordenado sobre os afazeres do homem e a realização dos propósitos de Deus com bondade. Jó, no entanto, usa essas palavras como um resumo da sua argumentação de que o tremendo poder de Deus não tem significado moral. É força absoluta diante da qual o homem é impotente, um tema que Jó se encarrega de explorar em seguida.
Os padrões normais usados para medir a moralidade dos seres humanos não são aplicáveis a alguém com tamanho poder. O poder de Deus está muito além do domínio do homem. Ele é invisível (11) ; ele não pode ser controlado nem questionado pelo homem (12). Arrebata é uma expressão usada em conexão com um animal selvagem arrastando a sua presa.

Diante de um Ser como esse, o homem é impotente. Deus não revogará a sua ira (13) até que seu propósito seja cumprido. O homem não pode rejeitar a ira de Deus e o próprio Deus também não o faz. Portanto, o único curso de ação deixado para alguém que está sofrendo o seu desagrado é submeter-se à sua ira. Isso foi feito por seres poderosos da antigüidade. Os auxiliadores soberbos [melhor, "os auxiliadores de Raabe"] debaixo dele se curvam. Isso pode ser uma referência ao mito da criação babilônica quando trata do conflito entre Marduk e Tiamat Depois que Marduk destruiu Tiamat, ele cuida dos seus auxiliares, aqueles que a ajudaram e encorajaram:

Depois que ele havia matado Tiamat, a líder,

seu bando foi despedaçado, sua tropa foi desfeita;
e os deuses, os auxiliadores dela que marchavam ao seu lado,
tremendo de terror, a abandonaram,
para salvar e preservar as suas vidas.
Cercados firmemente, eles não puderam escapar.
Ele os fez cativos e despedaçou suas armas.
Jogados na rede, eles foram apanhados numa armadilha;
colocados em celas, estavam cheios de lamentações;
carregando a sua ira, foram mantidos encarcerados."

Assim Jó vê que mesmo as forças primitivas estão sob o controle de Deus. Não deve-ria nos surpreender o fato que o autor e poeta tenha feito uso de mitos populares da sua época para ilustrar seu ponto de vista.

Com esse tipo de criaturas impotentes contra Deus, quais são as chances de Jó? Em-bora ele acredite que não há esperança para o seu caso, ele continua crendo na possibilida-de de encontrar-se com Deus face a face e apresentar seu caso a Ele. Essa idéia da cena de julgamento domina seu pensamento e é a chave para a compreensão de grande parte do que ele diz.0 Este é o caso quando Jó diz: Quanto menos lhe poderei eu responder? (14). Isto é, ele não consegue responder às acusações que Deus evidentemente apresentou contra ele. Escolher diante dele as minhas palavras envolve um apelo diante de Deus no qual certamente seria aconselhável escolher bem as palavras para argumentar com Ele. Mas, de que maneira isso pode ser possível diante da luz da majestade e poder esma-gadores de Deus? Ainda que eu fosse justo (15), isto é, mesmo sendo reto, não haveria possibilidade alguma de ganhar uma causa contra Deus. Com tal oponente, apenas resta a Jó pedir misericórdia ao seu juiz (adversário ou acusador). Só lhe resta pedir por mise-ricórdia (RSV). Se a causa contra Deus tivesse de ser julgada, e Ele, de fato, aparecesse, Jó diz que mesmo assim ele não acredita que Deus daria ouvidos à minha voz (16).

Nos versículos 17:19, Jó descreve sua condição presente e aquilo que aconteceria no "processo" contra Deus que ele imaginou. Os verbos usados descrevem a destruição que ocorreria em um encontro como esse: quebra ou esmagamento, multiplicação das cha-gas, retenção da respiração, fartura de amarguras. Em uma competição de forças ou em uma causa na justiça não há ninguém que possa fazer frente a Deus. T. H. Robinson traduz bem os versículos 20:21 para mostrar o desespero que Jó sente nessa situação:

Eu poderia estar certo, mas minha própria boca me condenaria,

ainda que eu fosse irrepreensível, ele provaria que eu estava enganado. Ainda que fosse perfeito, eu não me conheceria,

rejeitaria a minha vida."

Independentemente da base da sua argumentação, o contraste entre ele e Deus se-ria tão grande que ele seria subjugado e perceberia que estava errado.

Jó expôs sua causa apresentando em linguagem forte a natureza amoral do poder supremo de Deus. Então ele vai ainda mais longe ao aplicar esse princípio à vida como ele a observa. Ele não faz nenhum esforço para suavizar sua linguagem ao responder aos argumentos de seus amigos. Bildade havia afirmado que Deus mata os ímpios (8:11-19). Jó declara: Ele consome ao reto e ao ímpio (22). A afirmação: A coisa é esta significa que Deus trata ambos da mesma maneira. Jó está dizendo que o poder amedrontador de Deus é indiscriminado. Isto, é claro, significa que a justiça está pervertida, o que Bildade havia negado (8.3).

Deus não é somente indiscriminado na sua forma de destruir o homem, mas Ele ridiculariza aqueles que Ele destrói por meio de alguma forma de catástrofe: Ele ri da prova dos inocentes (23). Dessa forma, Jó acredita que a terra é entregue às mãos do ímpio (24). Ele afirma que Deus é responsável por essa condição, visto que Ele é o Soberano de toda a natureza bem como da humanidade. Se Deus não é responsável, então quem é? (cf. v. 24, RSV).

Jó alcançou o ponto mais baixo do seu sentimento de separação e alienação de Deus. As "acusações" feitas aqui estão bem longe do conceito cristão acerca da natureza de Deus e seu relacionamento com o sofrimento humano. Para entender essas reações de forma apropriada, o leitor atual deve lembrar que nos dias de Jó não havia um conceito de causas secundárias, da lei natural, nem ao menos uma concepção da providência geral dos eventos. As pessoas naquela época consideravam Deus o causador direto e imediato de tudo que ocorria. Com esse entendimento da relação de Deus com os even-tos, e com a convicção de que não havia falta de piedade nele próprio, Jó só podia concluir que Deus o tinha afligido sem causa. Se isso fosse verdade, então se poderia concluir que Deus havia usado seu poder de maneira indiscriminada e injusta.

Com uma disposição mais calma, mas continuando num tom pessimista, Jó se afas-ta do mundo em geral e volta-se para si mesmo, reclamando da brevidade da sua vida e da sua incapacidade em encontrar um relacionamento satisfatório com Deus. A velocida-de com que a sua vida está se aproximando do fim é descrita por meio de três figuras diferentes. A primeira é a de um mensageiro correndo velozmente para entregar sua mensagem (25). A segunda é a de navios veleiros (26) — ou melhor: "barcos de papiro" (NVI) ou "de junco" (ARA). Esses barcos eram construídos de junco e madeira e, dessa forma, eram leves.'6 A terceira é a figura de uma águia que se lança à comida; ela se precipita do céu em um ataque relâmpago sobre sua vítima.

Jó então examina o que ocorreria se ele decidisse bravamente parar de queixar-se e voltar a sorrir (27). Ele está certo de que isso não mudará as coisas. O sofrimento vai continuar, e essas coisas tão difíceis de suportar são evidências de que Deus não o terá por inocente (28). Portanto, qualquer esforço da parte de Jó para melhorar sua atitude é vão (29). É inútil passar pelo processo de uma limpeza completa com água de neve (30) e detergente (cf. RSV), porque Deus o submergirá no fosso, do qual ele emergirá tão imundo que mesmo as próprias vestes o abominarão (31). Essa é uma figura forte, mostrando Jó nu mas purificado, jogado num atoleiro. Sua roupa é personificada e des-crita como que se recusando a cobrir uma imundície tão abominável.

Esses versículos descrevem quão infrutíferos são os esforços de Jó para justificar-se a si mesmo à luz do fato de que Deus está disposto a considerá-lo culpado. Então Jó retorna à sua dificuldade maior —o homem não tem capacidade de argumentar e lutar com Deus. Visto que Jó é honesto na convicção da sua inocência, parece que Deus está lidando com ele de uma maneira terrivelmente injusta. Ele não é homem, como eu (32) — isto é, eles não são iguais no conflito — e não há árbitro (juiz) entre eles para que haja condições iguais para ambos (33). Se Deus tirasse a sua vara (34; essa desigualda-de) e permitisse que o terror de Jó cessasse, então ele teria condições de falar e não temê-lo (35). Mas esse não é o caso. O medo está lá. O sofrimento se faz presente. O conheci-mento do desagrado evidente de Deus é forte e está constantemente com ele. Jó está certo de que Deus não o tem nem o terá por inocente. No entanto, ele não encontra nenhum meio de descobrir a causa desse desagrado.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
*

9.1—10.22

A réplica de Jó a Bildade, nos caps. 9 e 10, começa com um discurso sobre o poder e a sabedoria de Deus (9.1-13), mas muda para indagações sobre a justiça divina (9.14-35). Em 9.30 ele começa a dirigir suas palavras a Deus, e isso continua até o fim do cap. 10.

* 9:2

como pode o homem ser justo para com Deus? Jó concorda com o ponto de vista de Bildade de que Deus castiga os ímpios e cuida dos justos (Sl 1:6), mas haverá alguém que seja inteiramente justo?

* 9:3

Jó ainda não sabia que o próprio Deus seria o seu examinador (38.3; 40.7).

* 9:6

cujas colunas. O globo terrestre é descrito poeticamente, como se tivesse uma arquitetura subterrânea.

* 9:7

A referência é a um eclipse do sol, bem como ao desaparecimento de certas estrelas no decorrer das estações do ano.

* 9:8

As figuras poéticas deste versículo referem-se à criação e ao controle de Deus sobre as forças da natureza.

* 9:13

os auxiliares do Egito. Lit., "Raabe". Raabe é o monstro marinho dos semitas, cujo nome recebeu a prostituta no segundo capítulo do livro de Josué. Conforme 26.12. Em Is 30:7, esse nome aparece como um símbolo do Egito.

* 9:15 Jó deseja ter uma audiência com Deus para provar a sua inocência, mas pensa que a sua causa é sem esperança (vs. 14-20, 32-35).

* 9.21-24 Estes versículos representam o ponto mais baixo dos discursos de Jó. Tal como acontece com muitos dos que sofrem pesadamente durante um longo período, Jó foi tentado a mostrar-se um fatalista. Ele hesitou entre a esperança e a dúvida, e chegou mesmo a acusar a Deus.

* 9:24

se não é ele o causador disso, quem é logo? Essas tristes mas profundas palavras refletem a crença de Jó na soberania absoluta de Deus. Ele não teria sentido essa perplexidade se pensasse que Deus está limitado.

* 9.25-31

Jó se encontrava apanhado em um dilema impossível. Ele se acreditava inocente, mas de acordo com a opinião tradicional sobre o sofrimento, sua experiência proclamava que Deus pensava o contrário dele.

* 9:33

Não há entre nós árbitro. Elifaz havia ridicularizado Jó com o pensamento de que nenhum ser celeste pensaria jamais em defendê-lo (5.1). Aqui Jó toca em uma verdade profunda, a de que o homem pecaminoso precisa de um árbitro que possa pôr-se em contato tanto com Deus quanto com o homem. Embora não seja uma predição direta, este versículo prevê a necessidade de "um só Mediador entre Deus e os homens" (1Tm 2:5).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
9.1ss Bildad não disse nada novo ao Jó (9.2). Jó não ignorava que finalmente, o mau pereceria, mas sua situação o confundia. por que, então, ele estava perecendo? Jó não acreditava que sua vida merecesse tal sofrimento, assim queria levar seu caso ante Deus (9.35). Reconheceu, entretanto, que discutir com Deus era fútil e improdutivo (9.4). Jó não pretendia ser perfeito (7.20, 21; 9.20), mas sim afirmava ser bom e fiel (6.29, 30). Embora se mostrou impaciente com Deus, nunca o rechaçou nem o amaldiçoou.

9:9 A Vas, o Orión e as Pléyades são constelações estelares.

9:20, 21 "Se eu me justificar, condenaria-me minha boca". Jó estava dizendo: "Apesar de minha vida reta, Deus está determinado a me condenar". Conforme continuava seu sofrimento, voltava-se mais impaciente. Embora Jó permaneceu leal a Deus, fez declarações que mais tarde lamentaria. Em tempos de enfermidades prolongadas ou muita dor, é natural que as pessoas duvidem, desalentem-se ou se voltem impacientem. Nesses momentos, necessitam a alguém que os escute, que os ajude a elaborar seus sentimentos e frustrações. Sua paciência ante a impaciência deles lhes ajudará.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
Responder 4. de Jó para o primeiro discurso de Bildade (9: 1-10: 22)

Ostensivamente Jó responde discurso de Bildade. Na verdade, ele ignora em grande parte do discurso de Bildade como indignos de consideração séria e, seguindo o princípio de ação retardada, ele retoma a sua resposta a Elifaz primeiro discurso (conforme 9:2 ). No entanto, implícito na sua resposta são considerações do discurso de Bildade também.

1. A incapacidade do homem de lidar com Deus (9: 1-4)

1 Então Jó respondeu, dizendo:

2 Em verdade que eu sei que é assim:

Mas como pode o homem ser justo para com Deus?

3 Se ele quisesse contender com ele,

Ele não lhe poderia responder uma vez em mil.

4 Ele é sábio de coração, e forte em poder;

Quem se endureceu contra ele, e prosperou? -

Jó gasta pouco tempo respondendo argumentos estereotipados de Bildade. Ele desdenhosamente retruca que ele conhece de antemão tudo o que Bildade disse. Ele poderia muito bem ter salvo a sua respiração, já que ele não acrescentou nada ao argumento.

Jó imediatamente revertido para Elifaz contenção anterior de que Deus é justo e homem ('enosh ; conforme 4:17 ; 7:17) é injusto (4:17 ;. conforme v 9:2 , 9:4 ). Se isso é o que Deus é, e tudo o que Ele é, então, o homem franzino se impotentes e sem esperança diante dEle. Fora deste mesmo canteiro de teológica pensei que desenvolveu, muitos séculos depois, a doutrina do Islã, que ensina único recurso do homem é o de apresentar, sem dúvida, a vontade inexorável do Deus absolutamente transcendente, Allah, mas um conceito tão mecânica de Deus não poderia satisfazer a mente de Jó, uma vez que nunca tem a mente dos homens satisfeitos. Embora admitindo, intelectualmente, a transcendência de Deus, Jó sabia por experiência própria que Ele também era imanente, misericordioso e amoroso.Mesmo as pessoas do Islã senti isso deve ser assim, e, consequentemente, um segmento muito grande e influente do movimento, conhecido como os sufis, interpretou a vontade arbitrária direta de Allah como idêntico com o seu ser e por isso mudou sua transcendência absoluta em uma imanência absoluta . Assim eles se tornaram místicos panteístas. Tal era a fé de Al-Ghazali (d. 1111 AD ), que era "o mais famoso religioso, revivalista, e autor de toda a história do Islã." Assim, parece que a idéia de um Deus absolutamente transcendente, como a de Jó competidores concebido, é sempre intolerável para a mente do homem de pensamento. As teologias melhor judeus e cristãos sempre concebida de Deus como transcendente e imanente. Esta é a síntese intelectual dos atributos da divindade que Jó está tentando desesperadamente alcançar no meio de suas calamidades e sofrimentos. O problema só pode ser resolvido através de um mediador, que representa a Deus e ao homem, um que ele próprio é transcendente e imanente. Esta muito senso de necessidade é cedo para levar Jó para a consideração de um árbitro entre Deus e si mesmo para resolver suas diferenças e conciliá-las (19:25 ). É somente por essa mediação que a pergunta de Jó em matéria de justiça do homem diante de Deus pode finalmente ser respondidas.

b. A incapacidade do homem para compreender o Transcendente Majestade e Poder de Deus (9: 5-24)

(1) majestade e poder de Deus expresso no Nature (9: 5-10)

5 -Lo que remove os montes, e eles não sabem disso,

Quando os transtorna no seu furor;

6 Isso sacode a terra do seu lugar,

E as suas colunas estremecem;

7 o que dá ordens ao sol, e ele não nasce,

E sela as estrelas;

8 Que sozinho estende os céus,

E anda sobre as ondas do mar;

9 que fizer que o Bear, Orion, e as Plêiades,

E as câmaras do sul;

10 Que faz coisas grandes e inescrutáveis,

Sim, coisas maravilhosas sem número.

Como Jó contempla com manifesto poder temor de Deus na natureza, ele admite a incapacidade do homem franzino a discutir com ele, mas ainda assim a sua insatisfação com um transcendente unilateral Deus dispõe-lo a lutar. Embora ele rejeita a noção da justiça divina representada pela teologia de seus compatriotas, ele ainda se esforça para ter uma ideia intelectualmente respeitável da justiça.

A descrição de Jó dos fenômenos naturais nos versículos 5:10 poderia muito bem ser chamado de uma dissertação sobre a teologia natural. No reino da natureza nonmoral Jó reconhece a justiça de manifesta vontade arbitrária de Deus. Mas a natureza amoral e homem moral não podem ser identificados, como Jó implica claramente.

Huffman diz que comentários de Emprego

Onipotência de Deus de uma forma tão magistral que tem surpreendido os maiores astrônomos e estudantes da natureza. Sua referência a 'Arcturus "(Ursa Maior), a' Orion '(o gigante); também ao "Pleiades", e para "as Câmaras do Sul: 'Agora arranjos bem definidos de constelações, provar que a ciência da astronomia foi bem desenvolvida nos antigos dias em que o Livro de Jó foi escrito. Talvez ainda mais importante, a menção a essas coisas naquela época, com tanta antecedência do desenvolvimento geral da ciência da astronomia, prova a inspiração do livro. Deus, é claro, sabia que os céus muito melhores do que fazemos agora, e poderia colocar na boca dos Seus falantes enunciados que eles não entendiam. Levando em conta a astronomia no Livro de Jó, e que encontra nos escritos do Salmista, como no Sl 19:1 ). Eles não refletir sobre sua condição transformada. Da mesma forma que Ele envia convulsões sísmicas que sacodem a terra do seu lugar e causar tremores de viajar por todos os continentes, deixando em seu rastro de morte e destruição (v. 9:6 ). Por seu comando (ordena , 'amar ; "as leis da natureza, sua continuidade, e sua cessação são igualmente considerados como os mandamentos de Deus"), os céus escureceram-nuvem prevenir o aparecimento do sol durante o dia e as estrelas à noite (v. 9:7 ). Delitzsch entende Jó para se referir a criação original no versículo8 (ondas , bamah , "lugares altos"). Ele afirma que

passagens paralelas, como Is 40:22 , Sl 104:2 , mostram que ver. 8 , deve ser entendida como referindo-se a criação do firmamento do céu ... [conforme Gn 1:6 ]. É possível que "as alturas do mar 'aqui, e talvez também" as raízes do mar "(cap. Gn 36:30 ), pode significar neste oceano do céu. ...

Jó passa a descrever Deus como o Criador dos corpos celestes. Ele introduz "uma constelação do norte (o urso), um dos sul (Orion), e um dos o céu oriental (as Plêiades)." Aparentemente, ter esgotado o seu vocabulário para descrever a majestade e poder de Deus, Jó conclui com Uma relação que a grandeza das obras de Deus está além da nossa compreensão e seu número está além da nossa computação (v. 9:10 ).

(2) Majestade eo Poder de Deus em relação ao homem (9: 11-13)

11 Eis que ele passa junto a mim, e eu não vê-lo:

Ele vai passando adiante também, mas eu não percebo.

12 Eis que ele seizeth a presa , quem o poderá impedir?

Quem vai dizer-lhe: Que fazes?

13 Deus não retirará a sua ira;

Os ajudantes de Raabe não rebaixaria sob ele.

Tendo concordado com os seus concorrentes na transcendência de Deus, Jó agora mostra as implicações do conceito de um Deus absolutamente transcendente para o homem na terra. Em primeiro lugar, tal Deus escapa completamente homem. Ele pode saber que ele é pelo Seu poder manifesto na natureza, mas Ele não pode ser conhecido pelo homem (v. 9:11 ). Assim, alguma forma de agnosticismo religioso é inevitável. Em segundo lugar, esse ponto de vista de Deus representa-lo como um tirano cruel, egoísta, que em forma de águia desce rapidamente em sua presa à vontade, levando-o para longe para seu próprio prazer, e ninguém sequer se atrevem questão, o que fazes? (v. 9:12) . Assim único consolo do homem é a submissão à Sua vontade, acreditando que Ele tem um bom propósito que é maior do que a compreensão do homem. Tal ponto de vista de Deus só pode levar ao fatalismo. Não é de admirar que o Islã com suas doutrinas dos decretos divinos (que tudo é predestinado por nomeação de Allah, mesmo crença e descrença do homem, Al Corão , sura 16:38 ; e kismet -fatalism) cresceu a partir de um mesmo solo teológico como aquela que produziu a teologia de competidores de Jó.

Em terceiro lugar, o Seu poder desinteressado não pode ser resistido ou anulada pelo homem e, portanto, ele é a infeliz vítima da ira divina. Jó amplia ainda mais irresistível poder de Deus por referência ao fato de ter esmagado o poder de Raabe ("Dragão", Moffatt). "Rahab é uma figura mitológica que simboliza o poder do mal sobre o que o Senhor, o Deus de Israel, obteve uma vitória significativa em tempos primordiais (conforme Is 51:9)

14 Quanto menos lhe responderia,

E escolher as minhas palavras para raciocinar com ele?

15 A quem, embora eu seja justo, não lhe posso responder;

Gostaria de pedir misericórdia ao meu juiz.

16 Se eu chamasse, e ele me respondesse,

Ainda que eu não acredito que ele deu ouvidos a minha voz.

17 Pois ele me quebranta com uma tempestade,

E multiplica as minhas chagas sem causa.

18 Ele não permitirá que eu tomar a minha respiração,

Mas me farta de amarguras.

19 Se falamos de força, eis que ele é poderoso!

E se da Justiça, que, diz ele , vai me chamar?

20 Ainda que eu fosse justo, a minha própria boca me condenaria;

Apesar de eu ser perfeita, ela me declararia perverso.

21 Eu sou perfeito; Eu não me considero;

Eu desprezo a minha vida.

22 Tudo é o mesmo; por isso eu digo,

Ele destrói o reto eo ímpio.

23 Quando o açoite mata de repente,

Ele zomba da prova dos inocentes.

24 A terra está entregue nas mãos dos ímpios;

Ele cobre o rosto dos juízes;

Se ele ser não ele , quem é, logo?

Jó agora reduz o argumento relativo a uma divindade transcendente do universal para o seu caso particular. As implicações são muitas e significativas. Em primeiro lugar, a comunhão pessoal com um Deus assim seria impossível. Moffatt deixa palavras de Jó assim: "Como, então, eu poderia responder-lhe, o que as palavras que eu poderia escolher para disputar com ele?" "Ninguém pode justificar-se em uma discussão com o Senhor da criação, o Destruidor de todos os poderes mitológicos. Agora, diz ele, como, então, eu posso esperar para debater com sucesso com Ele? "No versículo 15 Jó não implica que ele é um pecador. Ele simplesmente significa que um justo (tsadaq ; conforme 4:17 ; 9:2 ), porque, como seus concorrentes argumentam, suas calamidades são as expressões da ira de Deus contra ele, enquanto Jó sabe e Deus sabe que ele é inocente diante dele (vv . 17-18 ). Jó reclama que ele não tem poder para se contra uma tal tirano, e nenhum direito para convocá-lo a um tribunal de justiça para resolver a queixa Deus tem contra ele (v. 9:19 ). Jó não tem confiança para um julgamento justo e absolvição, mesmo se ele fosse ao encontro de Deus como um homem perfeito (tam -unblemished, inteiro, inteiro , sincero) perante um tribunal (v. 9:20 ). Freehof coloca na boca de Jó as palavras: "Eu ficaria muito confuso na minha doença ea dor que meus próprios argumentos, me condenar, desde que eu seria tão desajeitado e inepto." Se é própria boca de Jó ou de Deus (v. 9:20)

25 Ora, os meus dias são mais velozes do que um post:

Eles fogem, não vêem o bem.

26 Eles passam como os navios rápidos;

Como a águia que swoopeth sobre a presa.

27 Se eu disser: Eu me esquecerei da minha queixa,

Vou colocar meu oft triste semblante, e tem bom ânimo;

28 Tenho medo de todas as minhas dores,

Eu sei que tu não me segure inocente,

29 I será condenado;

Por que, pois, trabalharei em vão?

30 Se eu me lavar com água de neve,

E as minhas mãos tão limpo;

31 Ainda assim, tu me mergulhar no fosso,

E as minhas próprias vestes me abominam.

32 Porque ele não é um homem, como eu, para eu lhe responder,

Que nós encontrarmos em juízo.

33 Não há entre nós árbitro

Para pôr a mão sobre nós ambos.

34 Tire ele a sua vara de cima de mim,

E não o seu terror me medo:

35 então falarei, e não temê-lo;

Porque eu não sou assim em mim mesmo.

Nos versículos 25:26 Jó revisa a rapidez e brevidade de sua vida em uma sucessão de metáforas vivas, que incluem o veloz pós ou corredor, a luz, velozes navios construídos de junco, cujas velas levou-os, juntamente com uma velocidade incrível, eo cruel, águia poderosa que nariz mergulhos-on sua presa infeliz com precisão mecânica e velocidade de um raio.

Jó considera sua vida longe demais agora a ser movido de sua posição com os argumentos de seus companheiros. Ele acredita que a sua posição de estar certo, e ele vai manter sua integridade até o fim, aconteça o que acontecer. Ele não espera que a justiça nas mãos do Deus de seus compatriotas. Isto é além da esperança (vv. 9:28-31 ). Mesmo purificação moral (v. 9:30 , zakak -impecáveis, para tornar limpa, brilhante, brilhante), de nada serviria como este Deus absolutamente transcendente iria, mas mergulhar (taval -dip)-lo de volta para a vala enlameada (v. 9:31 ). Parece que o Deus dos compatriotas de Jó é estritamente amoral, e Ele não se importa se a pessoa é boa ou ruim (conforme Jr 2:22 ).

No versículo 32 Jó atinge o coração de todo o problema. O Deus em análise não é um homem-He, é absolutamente transcendente e muito longe de homem, eo homem não é Deus. Portanto, não há meio termo, nem lugar de encontro entre o homem e Deus. Não pode haver compreensão mútua porque nenhuma reconciliação é possível. Existe um abismo intransponível entre o homem e Deus, nem Deus, nem o homem pode fazer a ponte. Este Jó vê, e clama por um árbitro que pode representar Deus e homem e que pode colocar suas mãos em Deus e homem e trazê-los juntos. Assim Jó tem visto claramente a necessidade de um mediador que seria ao mesmo tempo Deus e homem, mas ele não tem como ainda pela fé viu essa necessidade atendida. É certo que Jó tinha nenhum bem desenvolvida teologia da encarnação. No entanto, ele, como todos os homens, estava possuído de uma natureza que era semelhante a Deus, e ele sabia muito bem que o homem pertencia a Deus. Mas para o homem a recuperar o seu relacionamento com Deus a encarnação de Deus no homem foi necessário. Esta necessidade Jó agora vê claramente como a única resposta para o problema do homem. O how de tal mediação Jó ainda não tenha visto. Estados Blackwood relativa versículo 33que a palavra "mediador expressa quase que exatamente o que o nome hebraico significa", embora ele percebe que a palavra mediador expressa mais para um cristão do que Jó ou seus contemporâneos entendido por seu uso. Certamente, se o versículo 31representa um dos pontos mais baixos no livro de Jó, em seguida, versículo 33 representa um dos seus picos mais altos. Por um instante, por meio de um clarão ofuscante da luz divina, ele vê a resposta em um Deus-Homem Mediador, mas ele vê isso como uma necessidade e não como uma realidade-a Arbiter precisava onde não há nenhuma. Terrien observações:

O pensamento de Deus tornando-se o homem, de Deus que se fez carne, não possui a mente do poeta, mas ele entra lá por um fugaz; instante. ... Um conciliador que coloca as mãos sobre os ombros de dois inimigos é mais do que um juiz que impõe a um veredicto. Ele não só faz a mediação da justiça, ele também promove a harmonia e inspira amor.

Outro observou, sobre esta questão do árbitro do versículo 33 ,

O homem que usa esse tipo de linguagem é ostensivamente implorando por justiça; mas mais profunda para baixo, ele está em busca de reconciliação, ele tem sede de amor. Jó é nenhum profeta consciente, mas seu grito instintivo de um Deus em forma humana, e por um Árbitro entre Deus eo homem, é uma profecia inconsciente da encarnação e da expiação. Sua fé é criativo, intuições do seu coração são precursores de revelação.

G. Campbell Morgan aponta-se que, além da dramática, filosófico, estético ou qualquer outro interesse o livro de Jó pode ser titular,

o valor final do livro é mais profundo. Isso pode ser encontrada no fato de que aqui vemos um homem nu até a nudez de sua própria individualidade; e quando ouvimos estes homens conversando com ele, e as suas respostas a eles, de tempos em tempos por meio do processo algum grande clamor sobe de sua natureza humana elementar essencial.

O primeiro desses gritos que me prender é encontrado com estas palavras:

'Não há jornaleiro [Mediador] entre nós,

Para pôr a mão sobre nós ambos. "

O grito revelou apreensão da única maneira pela qual o homem pode ter relações com Deus de Jó.

Morgan então passa a afirmar que a resposta final ao questionamento de Jó sobre a necessidade de um mediador entre o homem e Deus é encontrada nas palavras de Paulo a Timóteo. "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, sehomem, Cristo Jesus, que se deu em resgate por todos; o testemunho de ser suportados , no tempo próprio "( 1Tm 2:5. ). Mas Jó ainda não tinha resposta de Paulo à sua pergunta. Para essa resposta, ele deve esperar a ressurreição dos justos (conforme 1Pe 3:18.e Ef. 4: 8 ).

Nos versículos 34:35 Terrien acha que uma terceira pessoa se destina, o árbitro ou mediador, que vai levantar a vara de sofrer de volta de Jó e aliviá-lo dos terrores de um Deus vingativo; mesma que fornece tal mediação entre Jó e Deus como irá remover seus medos e capacitá-lo para apresentar seu caso em confiança diante de Deus. No entanto, se este é o significado, as esperanças de Jó de um tal Mediador não viver por muito tempo. De repente, ele percebe que, embora seja uma visão maravilhosa, não é assim. Porque eu não sou assim (v. 35b) pode simplesmente significar "Ele não é assim." Assim Jó de repente percebe se jogado de volta em seus próprios recursos, sem a ajuda do mediador sobre quem ele tem sonhado.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
9:1-10 Jó começa a falar de novo, e já vislumbra um tênue raio de luz: o vazio dos seus amigos ajudou-o olhar para outra direção. Jó volta-se para Deus, e, esquecendo-se da fraqueza dos seus amigos, e levantando seus olhos para os céus, sente nascer-lhe uma centelha de esperança. Aceita a verdade do princípio apresentado por Bildade, já mencionado por Elifaz (4.17): a impossibilidade de o homem mortal apresentar-se justo diante de Deus, mas proclama, em seguida a absoluta ausência de consolação que isto lhe traz.
9.3 Num debate, o homem não poderia nem sequer responder a uma das numerosas perguntas que Deus lhe poderia apresentar, e.g., cap. 38 e 39.
9.4 Porfiou. Lit. "se endureceu", conforme faraó Êx 7:22.

9.10 Os atos divinos estão tão acima do poder humano, que não haveria base para uma discussão em pé de igualdade entre o homem e Deus.
9:11-16 Jó continua dizendo que até a inocência absoluta, a inocência sem mancha, emudeceria perante Deus, e quebraria o ameaçador silêncio apenas para implorar misericórdia. E Jó duvida que Deus lhe daria atenção, mesmo que fosse citado a comparecer perante Ele em algum tribunal (segundo a linguagem judicial do v. 16).
9.13 Egito. Heb rãhabh, "Raabe", o nome da mitologia semítica que é dado ao monstro do caos e da destruição, que domina os mares e se ergue contra a ordem criada. Na literatura bíblica, a palavra é aplicada ao princípio do orgulho e da rebelião contra Deus, e ao império do Egito. A lenda também serve como fonte de figuras de linguagem, como por exemplo em 7.12, quando Jó pergunta se precisa ser vigiado como a um monstro que ameaçaria a segurança do mundo.

9:17-26 Jó, sofrendo sem saber por que, sente que deve ser Deus que o castiga sem causa, e, no caso Deus seria um Deus cruel que lhe não dá direito nem para respirar (v. 8), que se apóia mais na força do que na justiça (v. 19), que destrói indiscriminadamente bons e maus (v. 22), e que se ri das torturas do inocente (v. 23).
9:27-10.2 Quando sentimentos mais otimistas procuram vir à tona, como no v. 27 Jó os afoga de novo com sua convicção de que Deus está determinado a considerá-lo culpado. Jó considera-se diante de um Deus que submerge na imundície a um homem que aspira, sinceramente, a pureza da alma, vv. 31-32. Não há árbitro, entre Jó e Deus, que possa desviar o castigo, v. 33 Jó deseja responder por si, e já que despreza a vida e vai morrer (10.1), sente coragem de pedir que, pelo menos, o Deus que o castigara não o entregue à morte semelhante à do pecaminoso, como o sinal evidente da rejeição total, 10.2.
9.30,31 O que Jó não entende é que nenhuma justiça humana tem valor perante Deus, e se Deus reduz a nada nossos esforços para purificarmo-nos, é para abrir-nos o verdadeiro caminho da justificação e da salvação eterna, mediante Jesus Cristo.
9.30 Cáustico. Feito com a cinza de plantas que tinham álcali, e dissolvido na água; assim se fazia o sabão na antigüidade.

9.33 Árbitro. Jó sentia a falta de um mediador entre Deus e os homens, vislumbrando no porvir e esperando no meio do seu próprio desespero, a vinda futura de Jesus Cristo, o único Mediador entre Deus e os homens, 1Tm 2:5.

9.35 Não estaria em mim. Lit. "não estou firme dentro de mim”, interpretado como expressão da confusão de Jó.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
d) O terceiro discurso de Jó (9.1—

10.22)

O cap. 9 é o primeiro realmente difícil do livro de Jó. O estado de espírito de Jó certamente é de desespero, mas a pergunta é até que ponto ele agora duvida da justiça de Deus. Ele não manteve em segredo que acredita estar sofrendo injustamente; mas podemos atribuir esse sentimento ao fato de ele ter aceitado a teologia vigente na época de que o sofrimento sempre é merecido. Agora, no entanto, parece, ao menos com base em nossas versões do texto, que ele está acusando Deus de “injustiça cósmica” (Gordis), i.e., que o sofrimento específico e particular do indivíduo Jó levanta a questão se Deus não seria, na realidade, um governante amoral do Universo, de quem é inútil esperar justiça (cf., e.g., 9.16,20,24,30,31). Mesmo assim, pode ser que sua queixa não vá tão longe, e que o que ele está declarando é que é inútil um homem buscar justificação da parte de Deus, pois ninguém está na posição de forçar Deus a lhe dar coisa alguma, nem mesmo a justificação que a pessoa merece. Não importa como o cap. 9 deva ser lido, ele é por natureza um monólogo, no qual a referência a Deus é feita na terceira pessoa, embora ocasionalmente (v. 28,31) Jó se dirija diretamente a ele. No cap. 10, por outro lado, Jó se dirige constantemente a Deus e renova sua súplica anterior (e.g., 7,16) para que Deus o deixe sozinho a fim de morrer em paz.

(1) Um homem não consegue se provar justo diante de Deus (9:2-13)
A chave para essa estrofe é a pergunta como pode o mortal ser justo, i.e., ser declarado justo, “justificar-se” (BJ) diante de Deus? (v. 2), uma pergunta retórica para a qual a resposta completa de Jó é: de forma alguma. Jó não está falando, como estava Elifaz, de como alguém pode ser perfeitamente justo diante de Deus, ou, como Paulo o faria, de como um pecador pode ser “justificado” ou declarado justo diante de Deus, mas de como um homem justo pode ser “justificado” ou vindicado publicamente por Deus. Não há maneira, Jó diz, de um sofredor inocente forçar Deus a provar sua inocência. Isso porque Deus é Deus, e não homem; ele tem poder e sabedoria ilimitados (v. 4a), como mostra o seu controle sobre o Universo. Jó se concentra mais nos aspectos negativos do poder de Deus — ele transporta montanhas [...] Sacode a terra [...] esconde a luz das estrelas (v. 5ss) — não para retratá-lo como um Deus do caos (Habel), mas para destacar sua liberdade de ação, seja para o bem, seja para o mal (aspecto que é desenvolvido nos v. 14-24). A liberdade de Deus o torna incompreensível (que não se pode perscrutar, v. 10; também no v. 11), alguém que não presta contas a ninguém (Quem pode dizer-lhe: “O que fazes?”, v. 12) e incontrolável (ele não refreia a sua ira, uma vez que começou a executá-la, não importam os obstáculos, v. 13).

v. 3. não conseguiria argumentar nem uma vez em mih Essa vai ser a experiência de Jó quando Deus começar a interrogá-lo (caps. 38—41). Mas talvez o versículo signifique: “Deus não vai responder nem a uma questão em mil” (NEB), pois ele não tem nenhuma obrigação para com o homem. v. 7. ele [o Sol] não brilha: uma referência a eclipses, v. 8. ele estende os céus: não se refere a ações destruidoras, de forma que Jó não está mencionando somente ações não tão atraentes de Deus, mas é uma referência a seus milagres (“prodígios”, CNBB) em geral. v. 9. Criador da Ursa e do Orion: agrupamentos de estrelas que não podem ser identificados com certeza, v. 13. Raabe é um dos nomes (como Leviatã) do lendário monstro marinho do caos, contra o qual, de acordo com alguns exemplos do folclore hebraico não confirmados na Bíblia, Deus lutou na Criação (conforme comentário de

7.12). Para o autor de Jó, isso não é mais do que uma alusão literária fortuita; ele não confere autoridade à verdade dessa história.
(2) Mesmo se alguém pudesse levar Deus a julgamento, não receberia justificativa (9:14-24)
Jó pensa na possibilidade de levar Deus a julgamento para forçá-lo a dar o veredicto público de “inocente” a respeito de Jó. Mas isso é impossível, por diversas razões: como um simples homem poderia encontrar “argumentos” (BJ; NVI: palavras, v. 14) para persuadir Deus a comparecer diante do tribunal? Gomo garantir que, se alguém conseguisse começar um diálogo com ele, Deus estaria de fato ouvindo, visto que está esmagando Jó com uma tempestade (v. 16b, 17a)? Mesmo sendo inocente, de alguma forma Jó sabe que falaria de maneira inadequada e que a sua boca o condenaria (v. 20); e, além disso, é tão infrutífero emitir uma intimação contra Deus quanto usar a força bruta contra ele (v. 19). Essa etapa do discurso conclui com Jó declarando mais uma vez sua inocência (v. 21) e desistindo da possibilidade de justificação, visto que Deus destrói tanto o íntegro como o ímpio (v. 22b).

Algumas frases nessa estrofe são de difícil compreensão e não podem ser harmonizadas facilmente com a interpretação dada anteriormente, ou com o que Jó diz em outros lugares, v. 15. poderia apenas implorar misericórdia ao meu Juiz: era o que Bildade já havia sugerido (8,5) e dificilmente seria a posição de Jó. Talvez o eu seria incapaz da primeira parte do v. 15 deveria valer também para a segunda parte do versículo (Andersen). v. 16. ele me respondesse-, i.e., à minha intimação de aparecer no tribunal, v. 20. Jó não pensa que Deus iria torcer propositadamente as suas palavras (assim NEB), mas que ele ficaria tão intimidado e confuso com a presença de Deus (Rowley) que talvez dissesse algo errado, v. 21 . já não me importo comigo significa “[eu] desprezo a existência” (BJ) e, assim, não tenho nada a perder; por isso, posso falar o que penso. O v. 22 não significa que Deus é imoral, mas, visto que de fato, com base na experiência própria de Jó, a destruição dos bons e dos maus vem de Deus, é inútil que os bons esperem a declaração de inocente. O v. 24 expressa a mesma idéia de outra maneira: os ímpios florescem na terra, e parece que os juízes não sabem ou não fazem nada a respeito; Deus certamente está por trás disso (v. 24c), e, por isso, mais uma vez é inútil esperar justiça.

(3)    Um tribunal de justiça não me adiantaria, pois não há árbitro (9:25-35)
O versículo-chave aqui é o v. 33, em que Jó percebe que, visto que Deus não é homem (v. 32), não há ninguém acima de Deus para ser árbitro e resolver a contenda que ele tem com Deus acerca de sua vindicação. Na verdade, Jó não quer um mediador entre ele e Deus, mas alguém que possa impor a sua vontade a Deus. Ao perceber que é vã essa sua esperança, por que ele não desiste de boa vontade e decide fingir estar bem e começa a sorrir (v. 27)? Porque assim que um sofrimento termina, outro começa; Deus não o trata (melhor do que considerarás, NVI) como inocente, mas envia mais castigos. Mesmo que ele se purificasse de todas as suas supostas falhas (v. 30), Deus logo em seguida novamente denegriria seu caráter (v. 31) ao fazê-lo sofrer ainda mais. Jó não está acusando Deus de cometer injustiças em geral, mas de ser injusto de forma particular ao negar um bom nome a um homem que o merece. Ele ainda se apega firmemente à sua integridade (2.3). Se tão-somente Deus removesse o sofrimento (vara\ v. 34) por um período, Jó se sentiria mais livre para falar (v. 35); do jeito que as coisas estão, ele teme que qualquer apelo adicional por inocência vá somente irritar Deus e trazer ainda mais ira sobre ele.

v. 35. Então eu falaria sem medo; mas não é esse o caso-, um versículo obscuro e difícil; a NEB é bastante útil: “pois sei que não sou o que pensam de mim”, i.e., merecedor desse meu sofrimento.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 22


1) Primeiro Ciclo de Debates. 4:1 - 14:22.

a) Primeiro Discurso de Elifaz. 4:1 - 5:27.


Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Moody - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 24

9:1. O aspecto judicial da situação agora volta-se favorável a Jó. Deus se lhe apresenta como um juiz em ação.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 9 do versículo 1 até o 35
e) Jó responde a Bildade (9:1-18). A impossibilidade de justificação perante Deus é o tema de todo este capítulo. Jó não se propõe responder, detalhadamente, a Bildade. Atém-se, antes, a um princípio de ordem geral, aceito por todos os seus amigos e exposto por Elifaz em 4:17, isto é, a impossibilidade de o homem mortal se apresentar justo perante Deus. Jó aceita a verdade do princípio (2) mas proclama em seguida a absoluta ausência de consolação que ele lhe traz. De que valerá ao homem tentar afirmar a sua inocência perante um Deus de infinita sabedoria a cujas perguntas-uma que fosse, em mil-jamais poderia responder? (3). Deus é também um Deus de infinito poder. Nas suas mãos estão os céus e a terra, dEle procedem maravilhas que o homem jamais pode entender. Justificar-se um homem perante esse imenso Deus? Quão fútil (4-10)! Quando Deus transfere a Sua atenção da natureza para o homem, o Seu poder exerce-se da mesma forma arbitrária, tudo arrebata. Quando salta sobre a presa, quem ousará interpelá-lo (11-12)? Quando os mais fortes e audaciosos rebeldes são obrigados a capitular perante o poder de Deus, como pode ele, Jó, ou quem quer que seja, fazer-lhe frente com meras palavras por mais bem escolhidas que estas sejam (13-14)? Os auxiliadores soberbos (13). Segundo outra versão, "Os auxiliadores de Raabe". É possível que se trate de uma referência a um mito corrente segundo o qual, Raabe, monstro marinho, e os seus confederados, haviam sofrido tremenda derrota ao pretenderem assaltar os céus.

>9:15

E Jó prossegue dizendo que até a inocência absoluta, a inocência sem mancha, emudeceria perante Ele e quebraria o ameaçador silêncio apenas para implorar misericórdia (15). E Jó duvida que Deus desse ouvidos à sua voz mesmo que, respondendo à sua súplica, consentisse em ouvi-lo em algum tribunal (16).

>9:17

2. JÓ QUEIXA-SE DE DEUS (9:17-18). Segue-se, de 17-24, uma terrível imagem de Deus: um Deus irado que castiga sem causa; que não lhe consente sequer respirar (18); que se apóia não na justiça mas na força (19); que destrói indiscriminadamente o homem mau (22); que se ri das torturas do inocente (23); que abandona a terra aos homens perversos e cobre o rosto dos juízes para que eles não vejam a iniqüidade (24).

Como esperar uma resposta justa de um tal Deus? Jó é torturado pelo medo de que a sua perturbação o leve a confessar uma culpa que, na realidade, não tem (20-21). Note-se o versículo 21: Ainda que perfeito, não estimo a minha alma; desprezo a minha vida. Jó firma-se, corajosamente, na sua integridade. Não pode abandoná-la ainda que tenha de morrer por ela. A coisa é esta (22). É provável que o sentido seja o seguinte: "tanto faz morrer como viver. A vida tornou-se odiosa". Relacionem-se estas palavras com o versículo anterior.

>9:25

3. A BREVIDADE DA VIDA (9:25-18). Jó deixa de meditar sobre os males do mundo para considerar a sua própria dor e a efemeridade da existência. Quando sentimentos mais otimistas tentam vir à superfície (27) Jó afoga-os de novo com a convicção de que Deus está determinado a considerá-lo culpado. Mais vale desistir de uma luta desigual. E sendo eu ímpio (29). Leia-se, segundo melhor versão, "Eu serei condenado; por que, pois, trabalharei em vão?" Jó acusa um Deus que está evidentemente determinado a submergir na imundície um homem que aspira, sinceramente à pureza de alma (31-32). "Ah, se Ele fosse homem e não Deus!" exclama Jó; "então saberia eu defender-me. Mas Ele é Deus e não existe entre nós dois um árbitro que me impeça de ser subjugado" (32-33). O capítulo termina com o triste retorno daquilo que poderia ter sido para aquilo que é: a crua realidade de um Deus que vibra, sobre ele, os Seus crudelíssimos golpes. Se Deus tirasse de sobre ele a Sua vara, então ele falaria sem medo, então ele afirmaria a sua inocência; porque a sua consciência está pura.

O anseio de que aquele Deus-o Deus de um além misterioso e aterrador-se revelasse ao homem de uma forma compreensível e humana, lembra-nos as palavras do poeta Browning em "Saul": "E a minha carne que procuro em Deus". No dramático grito de anseio por alguém que arbitrasse entre Deus e o homem vemos a intuição profética de "um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1Tm 2:5). Só a encarnação e nada menos que ela, poderia dar a Jó a resposta por que ele ansiava. As palavras do versículo 33 apontam-nos forte e expectantemente para o presépio de Belém.


Dicionário

Amargurar

verbo transitivo Causar amargura a.
Figurado Tornar acrimonioso, aborrecer, provocar desgosto.

Amargurar AFLIGIR; fazer sofrer (27:2).

Antes

antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

Farta

substantivo feminino Gramática Usado na locução adverbial à farta . Em abundância, com fartura, à saciedade: comer à farta.
adjetivo Que se saciou; saciada, satisfeita.
Repleto de fastio, tédio e aborrecimento: estou farta das suas críticas.
Etimologia (origem da palavra farta). Feminino de farto, "completamente satisfeito".

Permitir

verbo transitivo direto e bitransitivo Dar o poder para dizer ou fazer; dar o consentimento ou a liberdade para; consentir: o estabelecimento não permite animais; o pai permitiu-lhe o casamento.
verbo transitivo direto Autorizar; dar autorização para: o juiz não permite atrasos.
Possibilitar; tornar possível: seu esforço permitiu o sucesso.
verbo pronominal Assumir a responsabilidade por; tomar a liberdade: hoje é dia de festa, vamos nos permitir!
Etimologia (origem da palavra permitir). Do latim permittere.

Permitir Dar licença ou liberdade (Gn 20:6); (Mt 8:21).

Respirar

verbo intransitivo Absorver o oxigênio do ar nos pulmões (mamíferos, aves, répteis), nas brânquias (peixes, crustáceos, moluscos), na traquéia (insetos) ou na pele (zoófitos) e expelir o gás carbônico.
Figurado Viver: ainda respira.
Figurado Sentir alívio; descansar após trabalho penoso; folgar.
verbo transitivo Absorver e expelir (o ar); exalar (cheiro), cheirar.
Figurado Exprimir, manifestar, revelar: tudo aqui respira alegria.

respirar
v. 1. Intr. Fisiol. Exercer a função da respiração; receber e expelir, alternadamente, o ar por meio do movimento dos pulmões. 2. tr. dir. Fisiol. Absorver ou expelir por meio da respiração. 3. Intr. Viver. 4. Intr. Conseguir alguns momentos de descanso em trabalhos, aflições, dificuldades etc. 5. tr. dir. Deitar para fora, expelir. 6. tr. dir. Exalar; ter cheiro de; cheirar a. 7. tr. dir. Exprimir, revelar, patentear.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 9: 18 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Não me permite restaurar meu fôlego, antes me farta de amarguras.
Jó 9: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4472
mamrôr
מַמְרֹר
aspergir
(sprinkling)
Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H7307
rûwach
רוּחַ
vento, hálito, mente, espírito
(And the Spirit)
Substantivo
H7646
sâbaʻ
שָׂבַע
estar satisfeito, estar farto, estar cheio, estar empanturrado
(to the full)
Verbo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo


כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַמְרֹר


(H4472)
mamrôr (mam-rore')

04472 ממרר mamror ou (plural) ממררים

procedente de 4843; DITAT - 1248k; n m

  1. coisa amarga, amargura

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

רוּחַ


(H7307)
rûwach (roo'-akh)

07307 רוח ruwach

procedente de 7306; DITAT - 2131a; n. f.

  1. vento, hálito, mente, espírito
    1. hálito
    2. vento
      1. dos céus
      2. pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado
      3. fôlego de ar
      4. ar, gás
      5. vão, coisa vazia
    3. espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
      1. espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor
      2. coragem
      3. temperamento, raiva
      4. impaciência, paciência
      5. espírito, disposição (como, por exemplo, de preocupação, amargura, descontentamento)
      6. disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável
      7. espírito profético
    4. espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animias)
      1. como dom, preservado por Deus, espírito de Deus, que parte na morte, ser desencarnado
    5. espírito (como sede da emoção)
      1. desejo
      2. pesar, preocupação
    6. espírito
      1. como sede ou órgão dos atos mentais
      2. raramente como sede da vontade
      3. como sede especialmente do caráter moral
    7. Espírito de Deus, a terceira pessoa do Deus triúno, o Espírito Santo, igual e coeterno com o Pai e o Filho
      1. que inspira o estado de profecia extático
      2. que impele o profeta a instruir ou admoestar
      3. que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo
      4. que capacita os homens com vários dons
      5. como energia vital
      6. manifestado na glória da sua habitação
      7. jamais referido como força despersonalizada

שָׂבַע


(H7646)
sâbaʻ (saw-bah')

07646 שבע saba ̀ou שׁבע sabea ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2231; v.

  1. estar satisfeito, estar farto, estar cheio, estar empanturrado
    1. (Qal)
      1. estar farto (de comida)
      2. estar farto, estar satisfeito com, estar cheio, ter a porção de alguém, ter o desejo satisfeito
      3. ter em excesso, estar empanturrado, estar empanturrado com
        1. estar enfastiado de (fig.)
    2. (Piel) satisfazer
    3. (Hifil)
      1. satisfazer
      2. enriquecer
      3. saciar, saturar (com algo indesejado)

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta