Enciclopédia de Salmos 109:1-1
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Dúvidas
- Francis Davidson
- Dicionário
- Strongs
Perícope
sl 109: 1
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Ó Deus do meu louvor, não te cales! |
ARC | Ó DEUS do meu louvor, não te cales; |
TB | Ó Deus do meu louvor, não te cales. |
HSB | לַ֭מְנַצֵּחַ לְדָוִ֣ד מִזְמ֑וֹר אֱלֹהֵ֥י תְ֝הִלָּתִ֗י אַֽל־ תֶּחֱרַֽשׁ׃ |
BKJ | Não te cales, ó Deus do meu louvor. |
LTT | |
BJ2 | Do mestre de canto. De Davi. Salmo. Deus a quem louvo, não te cales! |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 109:1
Referências Cruzadas
Êxodo 15:2 | O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei. |
Deuteronômio 10:21 | Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto. |
Salmos 28:1 | A ti clamarei, ó Senhor, rocha minha; não emudeças para comigo; não suceda, calando-te tu a meu respeito, que eu me torne semelhante aos que descem à cova. |
Salmos 35:22 | Tu, Senhor, o viste, não te cales; Senhor, não te alongues de mim; |
Salmos 83:1 | Ó Deus, não estejas em silêncio! Não cerres os ouvidos nem fiques impassível, ó Deus! |
Salmos 118:28 | Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei. |
Isaías 42:14 | Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto, e a todos assolarei, e juntamente devorarei. |
Jeremias 17:14 | Sara-me, Senhor, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor. |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Este é o último dos "salmos imprecatórios" (cf. Int.), e um dos mais fortes. Alguns estudiosos têm insistido em que as imprecações são citações dos inimigos do salmista e eram maldições dirigidas contra o próprio autor.' No entanto, talvez seja suficiente re-cordar que o salmista olha para aqueles que haviam se tornado seus inimigos como sen-do principalmente inimigos de Deus. A justiça divina iria exigir a vindicação dos justos no julgamento contra os ímpios.
Acerca dos termos do título, cf. Introdução dos Salmos
1. Os 1nimigos do Salmista (109:1-5)
O poeta primeiro expressa sua queixa contra toda a companhia dos "homens ímpios" (2), contra aqueles que têm falado contra ele (o salmista) com uma língua mentiro-sa. Ele tinha sido objeto de uma difamação totalmente injustificada. Não havia justifica-tiva para a oposição levantada contra ele (3). Em paga do meu amor, são meus adversários (4) pode ser traduzido como: "Eles retribuem meu amor com inimizade" (Harrison). Eu faço minhas orações significa: "Da minha parte oro por eles" (Harrison). Em oposição aos sentimentos dos versículos
Os que tomam esta passagem como algo falado acerca do salmista e não por ele (cf. Int. do Salmo) ressaltam a mudança do pronome plural "eles" para o singular "seu" e "ele". Isto pode ter ocorrido, por outro lado, devido à mudança de atenção do grupo dos inimigos do poeta para aquele que é o líder ou que personifica a oposição deles. O inimigo é um ímpio (6) que tem Satanás parado à sua direita, a posição ocupada por um conselheiro de confiança. O hebraico traz literalmente: "à sua direita esteja um satanás" Visto que satanás (hb.) literalmente significa "adversário", muitas versões mais recentes traduzem o termo como "acusador" (ARA, NVI), "acusador perverso" (Berkeley), ou "ad-versário" (Perowne, Harrison). É claro que a função de Satanás é desviar as pessoas do caminho certo e ser o acusador (Ap
As imprecações continuam. Esse ímpio deve ser julgado sem misericórdia, e mesmo a sua oração deve ser considerada pecado (7). Ele deve ser removido prematuramente e o seu ofício (lugar) ocupado por outro (8) — um versículo citado em relação a Judas em Atos
O poeta desvia seu olhar da maldade dos seus inimigos e olha para a bondade de Deus. Ele roga pela intervenção de Deus em sua defesa. Sê comigo (21) pode ser enten-dido como: "age por mim" (ARA). Ele coloca seu estado deplorável diante do Senhor: Estou aflito e necessitado, e, dentro de mim, está aflito o meu coração (22). Eis que vou como a sombra que declina (23) ao anoitecer. Ser sacudido como o gafa-nhoto significa ser afastado como um inseto no vento. Seus joelhos estão enfraqueci-dos e sua carne emagrecida (24). Ele havia se tornado um opróbrio (25; "objeto de zombaria", NVI), para aqueles que "meneiam a cabeça" (25) em aprovação enquanto olham para a sua condição penosa.
4. Sua Esperança de Vindicação (109:26-31)
O salmo fecha com uma forte súplica e uma expressão de confiança na vindicação do poeta pela mão do Senhor. Ele se volta para o SENHOR seu Deus pedindo para ser salvo segundo a misericórdia divina (26), para que no final todos testemunhem do que Deus fez (27). Seus inimigos podem amaldiçoar, mas Deus irá abençoar. A vergo-nha dos adversários será contrastada com a alegria dos justos (28). Ele ora como servo de Deus. A vergonha e confusão com as quais seus inimigos serão vestidos são como uma capa que eles mesmos teceram (29). Perowne e Kirkpatrick,8 basean-do-se na gramática hebraica, traduzem os versículos
Eles podem amaldiçoar, tu, porém, me abençoas.
Eles se levantaram e foram humilhados,
mas o teu servo se alegrou.
Meus adversários estão vestidos de confusão;
eles se cobrem com a sua própria vergonha (como) com um manto.'
Como é costume nos salmos de lamentação, o poema fecha com uma promessa: Lou-varei grandemente ao SENHOR com a minha boca; louvá-lo-ei entre a multidão (30). O próprio Deus se porá à direita do pobre (31), como o grande Defensor, para o livrar dos que condenam (ou "julgam", ARA) a sua alma.
Champlin
Genebra
O salmista estava diante de um tribunal corrupto, onde era falsamente acusado de ter cometido um crime. Em sua aflição, ele voltou-se para Deus, pedindo ajuda, pedindo-lhe para que fossem invertidos os papéis permitindo-lhe julgar o tribunal, e também uma pessoa em particular (ou o juiz ou o acusador). O poeta não escondeu seus fortes sentimentos contra os seus inimigos (Introdução: Características e Temas).
* 109:1
não te cales! Ver nota em Sl
* 109:4
me hostilizam. A linguagem jurídica usada aqui e em outros trechos deste salmo revela-nos que o salmista era o réu em um ambiente de tribunal.
* 109:5
Pagaram-me o bem com o mal. Ver nota em Sl
o amor. O que tornava tão pungente o caso do escritor é que os seus atacantes tinham sido antes seus amigos, mas voltaram-se traiçoeiramente contra ele.
* 109:6
um ímpio... um acusador. A penalidade contra aqueles que acusassem falsamente a alguém de um crime era a pena correspondente àquele crime (Dt
* 109:8
tome outro o seu encargo. Assim como aquele acusador fez falsas acusações contra o salmista, assim também Judas 1scariotes buscou a morte de Cristo entregando-o às autoridades judaicas. Posteriormente, Judas suicidou-se por remorso. Pedro compreendeu que esse salmo falava sobre essa situação, e o citou quando se buscava substituir Judas no colégio apostólico (At
* 109:9
órfãos... viúva. Para aqueles que dependiam de seus parentes para obterem apoio social, este versículo soava como uma maldição, pedindo punição tanto para o acusador como também para a sua família.
* 109:13
se extinga o seu nome. A maldição enfoca a erradicação da linha de família do acusador. Na antiga nação de Israel, ter descendentes que se estendiam ao futuro distante era considerado algo extremamente importante.
* 109:17
ela o apanhe. Uma vez mais, o salmista invoca o princípio de que os ímpios receberão a pena que eles estão tentando impor a outrem. Ver nota no v. 6.
* 109:21
por amor do teu nome. O salmista apelou para a reputação de Deus (Sl
* 109:25
meneiam a cabeça. De nojo.
* 109:26
segundo a tua misericórdia. A palavra hebraica para "misericórdia" vincula a salvação à fidelidade de Deus à sua aliança.
* 109:31
ele se põe à direita do pobre. Em lugar de encontrar um acusador à sua mão direita, o salmista encontra o seu apoio em Deus.
Matthew Henry
Wesley
Supondo-se que o pronome ele refere-se ao salmista, e assumindo que o salmista era Davi, o alto-falante de estas palavras poderiam ter sido tanto Saul ou Aitofel (2Sm
B. A HUMILHAÇÃO DE OFFSPRING (109: 9-13)
A maldição é destinado basicamente a destruir o salmista como um pai, com o resultado de que seus filhos iria sofrer a privação de ser órfãos e sua esposa a tristeza de ser uma viúva . Mas a única entregando a maldição não estava disposta a ver a morte de apenas o pai. Ele queria que as crianças sejam dispersos e sem-teto. Ele queria ladrões privá-los de meios de subsistência, e da sociedade de tratá-los como párias. Além disso, o único a fazer a maldição queria toda a posteridade de cessar para que nenhum vestígio de o nome deste homem seria deixada na face da terra.
C. HUMILHAÇÃO DOS ANTEPASSADOS ( 109: 14-15)
O autor destas maldições também procurada para a difamação de todos os ancestrais do objeto de seu ódio. A iniqüidade de seus pais e do pecado de sua mãe estavam a ser exibido para o mundo com o único propósito de manchar seu nome com uma aura de imoralidade.
D. A RAZÃO PARA A LEI DA HUMILHAÇÃO (109: 16-19)
Como que para comprovar as acusações estabelecidas no versículo 14 , o salmista foi acusado de atos imorais específicos; actos que ele já tinha negado (vv. Sl
E. IDENTIFICAÇÃO DA FONTE DAS IMPRECAÇÕES (Sl
Com sentimento profundo, os detalhes da situação do salmista foram colocados diante do Senhor. Como um pobre e necessitado criatura, ele confessou que o seu coração foi ferido , agitado e deprimido. O jejum tinha drenado de seu corpo de força. perde a sua gordura indica perda drástica de peso. Tudo isso foi o resultado de ser o objeto de provocações maliciosos.
C. A FINALIDADE DA AJUDA (109: 26-29)
Davi queria ajudar pessoalmente, mas ele espera libertação de Deus para ser uma refutação dramática do poder das "palavras de ódio." Ele queria de Deus misericórdia para ser convincente aparente aos seus adversários. Afastando qualquer medo das maldições de mágicos, o poeta ganhou novo garantia de que a bênção de Deus era muito mais potente do que qualquer maldição. Assim, o fracasso da maldição seria constranger e vergonha os magos, mas traria alegria para a alma de Davi. Davi não merecia suas imprecações, mas totalmente merecido desonra.
D. A RESPOSTA PARA AJUDAR (109: 30-31)
A vitória que veio com a realização do poder salvador de Deus transbordou em louvor. Davi estava pronto para derramar sua alma em ação de graças, e não simplesmente em segredo, mas na presença de a multidão reunida em assembléia pública. Deus havia demonstrado sua fidelidade para salvar os necessitados oprimidos de planejadores, cujo objectivo era condenar e destruir.
Russell Shedd
109.1- 5 Davi descreve sua situação angustiosíssima.
109.1 Do meu louvor. O Deus com o qual Davi está identificado e vive em contato íntimo por meio de louvor.
109.3 Sem causa. Isto é típico do sofrimentode Cristo (Jo
109.5 É o cúmulo do pecador não arrependido, o pagar o bem com o mal. É isto que levou os homens a rejeitarem Cristo, a odiarem o Amor Eterno, crucificando o Príncipe da Vida. E por isso que um servo de Deus pode proferir as palavras de condenação absoluta que se acham nos vv. 6-20.
109:6-20 Existe uma teoria que estes versículos são o resumo do que os inimigos está o dizendo contra Davi.
109.6 Ímpio. Um juiz sem dó nem piedade.
109.7 Sua oração. A oração do injusto não é feita em nome de Jesus, até o melhor ato que ele pode fazer é pecar, pois, sem Cristo, escolheu a medida de condenação descrita nestes versículos.
109.8 O apóstolo Pedro compreendeu que estas palavras de condenação se referem ao traidor Judas 1scariotes (At
109.12 Misericórdia. Esta é a medida que o ímpio escolheu, pois não quis ser misericordioso (1-6).
109:13-15 A punição plena cairá sobre a família do ímpio até que não haja mais posteridade.
109:16-19 O motivo das punições: o pecador impenitente se cerca de trevas e, portanto, foge da luz (Jo
109.20 Da parte do Senhor. O que precede (6-19) é considerado como uma revelação da justiça divina (Rm
109:21-31 Esta súplica pela proteção de Deus baseia-se em Sua misericórdia (21), na qual Deus se revela aos fiéis de maneira rejeitada pelos ímpios. O único "merecimento" que Davi pleiteia é sua própria necessidade (22) e transitoriedade (23).
109.25 Meneiam a cabeça. Sinal de profundo desprezo dirigido a Jesus, que o suportou na cruz.
109.27 Tanto a punição do ímpio como a vindicação do crente são uma demonstração pública dos retos caminhos de Deus.
109.29 Túnica. O caráter do íntimo do coração será tão aparente como a roupa exterior.
NVI F. F. Bruce
Esse salmo é o lamento de um indivíduo diante de Deus. Ele tem algumas características incomuns, que são explicadas mais facilmente se pressupusermos que foi recitado numa corte religiosa em que o salmista estava sendo julgado (conforme Êx
Um apelo por justiça (v. 1-5)
O salmista pede absolvição. Ele não é culpado de nenhuma das acusações. Sua vida até aqui tem sido marcada pelo louvor a Deus e conseqüentemente, assim sugere, por piedade. Ele não é uma daquelas pessoas que vivem uma vida descrente e recorrem a Deus somente em tempos de crise, como um piloto se agarra ao pára-quedas na hora da emergência. Assim ele apela como alguém que pode pedir vindicação, como um devoto íntimo. As acusações contra ele não têm fundamento. São um monte de mentiras. Aliás, são uma retribuição injustificada pela sua amizade e pela sua oração pelo bem-estar do demandante.
A maldade dos seus acusadores (v. 6-19)
E possível interpretar essa seção como um discurso bombástico contra um de seus acusadores, a quem ele destaca dos outros. É mais provável que ele esteja citando as intenções e acusações dos inimigos contra ele (conforme BJ). Nos v. 2-5 e 20ss, seus adversários são mencionados apenas no plural, de forma que os pronomes no singular se referem mais naturalmente ao salmista. As acusações e o mal deles são especificados duas vezes, nos v. 4,5 e 20, servindo de quadro de referência para a citação que ele faz deles nesses versículos. Além disso, a “maldição” do v. 29 seria um anticlímax fraco após as horríveis imprecações dessa seção, se o salmista fosse responsável pelos dois.
E evidente que os acusadores planejaram trazer acusações forjadas contra ele e atacá-lo por meio de um processo legal (cf. lRs 21:8-16; Mc
Com que razões eles proferem essas odiosas maldições contra o salmista? Ele não tem medo de citá-las. Eles o acusam de não cumprir suas obrigações com o próximo que a aliança exige de membros da nação escolhida, como resposta ao amor que Deus expressou na aliança (amor leal, heb. hesed\ conforme Jr
Dn
Súplicas renovadas (v. 20-29)
Esses sentimentos mencionados são uma afronta tão grande à verdade que os seus proponentes é que merecem sofrê-los. Ele apela para o seu Juiz divino para que aja de acordo com sua natureza revelada {nome) e o cuidado prometido na aliança (heb. novamente hesed). Ele está perfeitamente consciente das suas necessidades e da sua impotência sem Deus. Sente-se como uma sombra do que era antes depois de toda essa angústia e percebe que está à mercê dos seus adversários. Eles podem espantá-lo, como se espanta um inseto numa capa, e podem descartá-lo. Ele jejuou (v. 24) em preparo para o seu julgamento religioso (conforme 69.10,11) e, por isso, se sente fisicamente fraco. Ele tem de suportar a zombaria deles, enquanto eles o escarnecem seguros de seu próprio sucesso.
Por isso, ele se lança no colo do amor de Deus ao clamar para que a justiça de Deus não falhe. A morte infeliz que é a base da acusação legal (conforme v. 16) não é culpa dele, mas um ato de Deus. A medida que ele se assegura da verdade, sua confiança cresce. As ameaças dos seus acusadores não significam nada para ele; a bênção de Deus é que é a sua preocupação. Como servo leal de Deus, sua causa é a causa de Deus, e assim ele espera por um veredicto favorável. Se vai haver justiça, os seus adversários vão perder a causa e encarar a humilhação do fracasso.
Um voto de louvor (v. 30,31)
O salmista promete não esquecer dessa bênção, depois de ter sido concedida. Ele vai testemunhar de quanto valoriza a ajuda de
Deus diante da comunidade na adoração no templo (no meio da assembléia). Tem certeza de que vai ganhar o dia. Ele não sabe que Deus vem para socorrer os injustiçados e que é o seu advogado legal? O seu Juiz é também seu advogado de defesa (conforme Is
O v. 8 é aplicado a Judas em At
Observações: v. 18. entra [...] como água\ pode haver aqui uma referência ao teste por meio “da água da amargura que traz a maldição” (Nu 5:16-4). v. 31. Evidentemente, na corte, tanto o promotor da acusação (v. 6; conforme Zc
Moody
LIVRO V. Salmos 107-150
O quinto livro da divisão quíntupla inclui diversas coleções menores ou grupos de salmos. Os Salmos dos Degraus (120-134) e os Salmos das Aleluias (111-113
1-5. Seu Pedido de Ajuda. Não te cales. Em uma declaração severa o escritor faz o seu apelo, e imediatamente começa a enunciar sua queixa. Seus inimigos estiveram extremamente loquazes enquanto Deus esteve silente. Eles o difamaram injustamente com mentirosa língua. Eles retribuíram seu amor e bondade com ódio e maldade.
Dúvidas
PROBLEMA: Este salmo, assim como muitos outros no AT (por exemplo, os salmos
SOLUÇÃO: Para entender esses salmos imprecatórios, que contêm maldições, alguns importantes fatores precisam ser considerados.
Primeiro, o juízo que é pedido baseia-se na justiça divina e não no ódio humano. Davi disse com clareza a respeito de seus inimigos neste salmo: "Pagaram me o bem com o mal; o amor, com ódio" (v. 5). Ao mesmo tempo em que Davi de fato orava pelo castigo (maldição) sobre seus inimigos, não obstante ele os amava e os entregou à justiça de Deus pela devida recompensa que os atos maus por eles praticados lhes acarretaram.
Quando Davi poupou a vida de Saul, deu uma prova prática de que a vingança não era a motivação que estava por trás deste salmo. Apesar do fato de Saul ter perseguido Davi para tirar-lhe a vida, este perdoou a Saul e até mesmo poupou a sua vida (conforme 1Sm
Segundo, o juízo nestes salmos é expresso nos termos da cultura daqueles dias. Como a condição de órfão ou de viuvez era considerada uma tragédia, a maldição é expressa segundo essas categorias de fácil entendimento na época.
Terceiro, como a cultura hebraica não fazia uma clara distinção entre o pecador e o seu pecado, o juízo é expresso em termos pessoais muito mais do que de forma abstrata. Além disso, como a família hebraica era algo solidário, a família toda era salva (conforme Noé, Gn
Quarto, o fenômeno da imprecação não ocorre apenas no AT. Jesus recomendou que seus discípulos amaldiçoassem as cidades que não recebessem o Evangelho (Mt
Quinto, as imprecações não são um fenômeno primitivo ou apenas do AT. A aplicação da justiça sobre o mal pertence a Deus, assim como a bênção sobre o que é reto. Essas duas coisas são verdadeiramente de Deus, tanto no AT como no NT. De fato, Deus é mencionado como tendo a característica do amor com maior freqüência no AT do que no NT.
Sexto, pelo fato de que no AT a ênfase recaía sobre recompensas terrenas ligadas à família, à prosperidade e à terra, também as maldições eram expressas nesses termos. Como a revelação do NT expressa-se mais em termos de destino eterno, havia menos necessidade de formular as imprecações nesses termos terrenos.
Mesmo nessas imprecações do AT pode-se perceber uma antevisão de Cristo. Deus confiou todo juízo ao Filho (Jo
Francis Davidson
As três seções principais são um apelo à ajuda divina, por causa de um ataque inteiramente falso e injustificável centra o salmista (vers. 1-5), uma maldição extensiva invocada sobre certo homem que se vestira de maldições (vers. 6-20), e uma oração pedindo a proteção divina e o julgamento contra adversários (vers. 21-31). A discrepância de atitude, de tema e de pronomes pessoais, entre a segunda porção e o restante do Salmo, desde muito tempo tem constituído um problema (note-se Jc 3:9-59). Tão veementes imprecações, conforme são recapituladas nesta seção, não são facilmente atribuídas a alguém que confiava no Senhor (21-31) e buscava Sua bênção acima de tudo mais (26 e 28).
Há duas maneiras de solver essa dificuldade Em vista de clara distinção que os vers. 6-19 (que falam apenas de ele, dele, etc.), fazem com o resto do Salmo (que fala de eles, em oposição a eu e a mim) -pode-se concluir que esta passagem é uma citação das maldições dirigidas contra um homem de Deus, isto é, contra aquele que ora (7), e não de maldições proferidas por ele. Este ponto de vista removeria a dificuldade moral que é criada pela presença de tais palavras malévolas nos lábios de um homem justo. Além disso, isso parece estar implicado no Salmo. Os vers. 1-3 declaram que eles abriram as bocas cheias de engano dos homens ímpios (cfr. 1Rs
Contra essa opinião existem três objeções. Primeira, seja dito que existe uma justa indignação contra o mal (cfr. Mt
Uma terceira objeção àquela outra interpretação é que quando Pedro, em At
Dicionário
Calar
verbo intransitivo Não falar; estar em silêncio.Silenciar; emudecer.
verbo transitivo Não dizer; ocultar: calar a verdade.
Impor silêncio a.
Não ter voz ativa.
Deixar de fazer ruído ou som.
Calar a boca, silenciar.
Deus
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm
Deus é a fonte da bondade. Tiago
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn
2) DEUS (Gn
3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr
5) SENHOR (propriamente dito - Sl
6) SANTO de ISRAEL (Is
7) ALTÍSSIMO (Gn
8) Todo-poderoso (Gn
9) Deus Vivo (Os
10) Rei (Sl 24; 1Tm
11) Rocha (Dt
12) REDENTOR (Jó
13) SALVADOR (Sl
15) O Poderoso (Gn
16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap
17) ETERNO DEUS (Is
18) Pastor (Gn
19) ANCIÃO DE DIAS (Dn
20) O Deus de BETEL (Gn
21) O Deus Que Vê (Gn
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Louvor
substantivo masculino Ato de louvar, de exaltar e glorificar algo ou alguém; exaltação, glorificação: os fiéis cantam louvores aos céus.Expressão de enaltação; ação de elogiar, enaltecer as boas qualidades ou feitos de; elogio: o aluno tirou dez com louvor!
Homenagem que se presta a algo ou alguém; honra: a rainha escreveu uma frase em louvor ao soldado morto em guerra.
Expressão de agradecimento, de referência por; gratidão: merece louvor a iniciativa de empresas que fazem caridade.
Etimologia (origem da palavra louvor). Forma Der. de louvar.
hebraico: elogio
Não
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
O
substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.
º
(a + o)
[Arcaico]
(latim o)
Palavra usada para chamar ou invocar.
Nome da letra o ou O.
(latim ille, illa, illud, aquele)
1.
Quando junto de um
2. Esse homem.
3. Essa coisa.
4. Aquilo.
(latim o)
1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]
2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.
3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.
4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).
5. Símbolo de oeste.
6.
[Química]
Símbolo químico do
(latim o)
[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
דָּוִד
(H1732)
חָרַשׁ
(H2790)
uma raiz primitiva; DITAT - 760,761; v
- cortar, arar, gravar, inventar
- (Qal)
- cortar, gravar
- arar
- inventar
- (Nifal) ser arado
- (Hifil) tramar o mal
- estar em silêncio, ser mudo, estar sem palavras, ser surdo
- (Qal)
- estar em silêncio
- ser surdo
- (Hifil)
- estar em silêncio, ficar quieto
- tornar silencioso
- ser surdo, mostrar surdez
- (Hitpael) permanecer em silêncio
אַל
(H408)
uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg
- não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
- não!, por favor não! (com um verbo)
- não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
- não (com substantivo)
- nada (como substantivo)
מִזְמֹור
(H4210)
procedente de 2167; DITAT - 558c; n m
- melodia, salmo
אֱלֹהִים
(H430)
plural de 433; DITAT - 93c; n m p
- (plural)
- governantes, juízes
- seres divinos
- anjos
- deuses
- (plural intensivo - sentido singular)
- deus, deusa
- divino
- obras ou possessões especiais de Deus
- o (verdadeiro) Deus
- Deus
נָצַח
(H5329)
uma raiz primitiva; DITAT - 1402; v
- sobressair, ser brilhante, ser preeminente, ser perpétuo, ser intendente, ser duradouro
- (Nifal) duradouro (particípio)
- (Piel) agir como supervisor ou superintendente ou diretor ou líder
תְּהִלָּה
(H8416)
procedente de 1984; DITAT - 500c; n. f.
- louvor, cântico ou hino de louvor
- louvor, adoração, ação de graças (rendida a Deus)
- ato de louvor geral ou público
- cântico de louvor (como título)
- louvor (exigido pelas qualidades ou atos ou atributos de Deus)
- renome, fama, glória
- de Damasco, de Deus
- objeto de louvor, possuidor de renome (fig.)