Enciclopédia de Salmos 65:10-10
Índice
Perícope
sl 65: 10
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas. Tu a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção. |
ARC | Enches de água os seus sulcos, regulando a sua altura; amolece-a com a muita chuva; abençoas as suas novidades; |
TB | regando-lhe os sulcos, |
HSB | תְּלָמֶ֣יהָ רַ֭וֵּה נַחֵ֣ת גְּדוּדֶ֑יהָ בִּרְבִיבִ֥ים תְּ֝מֹגְגֶ֗נָּה צִמְחָ֥הּ תְּבָרֵֽךְ׃ |
BKJ | Tu regas seus cumes abundantemente, tu estabeleces seus sulcos; tu as tornas macias com chuvas; tu abençoas as suas nascentes. |
LTT | Tu encharcas de água os terraceamentos- elevados dela |
BJ2 | Visitas a terra e a regas, cumulando-a de riquezas. O ribeiro de Deus é cheio d"água, |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 65:10
Referências Cruzadas
Deuteronômio 32:2 | Goteje a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva. |
Salmos 147:8 | Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes; |
I Coríntios 3:6 | Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Este salmo é um típico salmo de lamentação, seguindo o padrão costumeiro de cla-mor, situação difícil, petição e promessa. A preocupação do autor é com os que "praticam a iniqüidade" (2). A forma de oposição aparentemente é de "indagações maliciosas" (6). No entanto, a situação difícil do salmista não o faz entrar em desespero, porque enxerga o malogro do conselho perverso diante da obra de Deus.
SALMO 65: UMA CANÇÃO DE ADORAÇÃO, 65:1-13
O Salmo 65 é um salmo de adoração, talvez para o festival da colheita ou na ocasião de uma colheita especialmente abundante. Ele se concentra no dever e no privilégio da adoração e ressalta a glória de Deus em seu Templo, entre as nações, e na fertilidade da natureza. Ele é dedicado ao "cantor-mor" e é um "Salmo e Cântico de Davi". As palavras apresentam uma diferença muito pequena; "salmo" provavelmente indica um acompa-nhamento instrumental.
1. A Glória de Deus em sua Casa (65:1-4)
A natureza e alegria da adoração divina compõem o tema de abertura do sal-mo. Louvor (1), orações (2), a purificação do pecado (3) e o culto reverente (4) são elementos da verdadeira adoração. A ênfase está na adoração pública — em Sião (1; uma variante de Zion, o monte no qual o Templo foi construído), na casa de Deus e no santo templo (4). Toda a carne (2), isto é, todas as pessoas. Pre-valecem as iniqüidades contra mim (3), pode ser traduzido como: "Embora os nossos pecados pesem sobre nós, tu cancelas nossas transgressões" (Moffatt). O homem escolhido para aproximar-se de Deus e habitar em seus átrios é realmen-te abençoado (4).
O autor fala do poder soberano de Deus em toda a terra. Com coisas tremen-das de justiça nos responderás (5) também pode ser entendido como: "Por meio de tremendos feitos nos responderás com livramento" (RSV). Deus é a esperança dos homens de todas as extremidades da terra e daqueles que estão longe sobre o mar. Seu poder é visto nas forças da natureza (6-7) e Ele aquieta o tumulto das nações ("o clamor das nações", Berkeley). Teus sinais são forças da natureza irresistíveis. As saídas da manhã e da tarde são o leste e o oeste, lugares do nascer e do pôr-do-sol. A soberania universal de Deus é proclamada nessas imagens vivas e concretas.
Esta última seção, que alguns acreditam não fazer parte desse salmo, dá glória a Deus pela abundância da colheita e pela beleza da região rural. A Palestina dependia inteiramente das chuvas para a sua fertilidade. A água era um presente de Deus e um símbolo da sua presença: Tu visitas a terra e a refrescas (9). O rio de Deus refere-se ao "acumular das águas nas nuvens e na atmosfera, que Ele pode reter ou soltar a qualquer momento".5° "Preparas o cereal" (ARA) : a provisão de Deus, não o esforço hu-mano, supria as necessidades. A chuva e a fertilidade da "boa terra" coroavam o ano com a bondade de Deus (11). Os outeiros ("colinas", NVI) se enchem de alegria (12) quan-do os campos cobrem-se de rebanhos (13) e os vales vestem-se de trigo.
Genebra
Sl 65 A economia agrícola de Israel dependia do regime das chuvas, que comumente era variável. Este salmo agradece a Deus por enviar chuva em resposta à oração.
* 65:1
em Sião. Esse foi o local escolhido por Deus para o templo, e o lugar para onde eram dirigidos os louvores. Ver nota em Sl
o voto. Quando Israel apresentava petições diante do Senhor, com freqüência prometia oferecer sacrifícios pelas orações respondidas.
* 65:3
as nossas transgressões. Da perspectiva do pecador, não há esperança. Deus em sua graça, entretanto, perdoa o pecador; e isso é fonte de profunda alegria para o salmista.
* 65:4
Bem-aventurado. Ver Sl
a quem escolhes. A livre graça de Deus é a fonte da bênção, e a bênção mais alta de todas é desfrutar da comunhão com Deus (Sl
* 65:5
Com tremendos feitos. Deus não é uma divindade distante, que nada tem a ver com a criação. Ele responde às orações intervindo na história e na vida de sua gente.
os confins da terra. Nas teologias dos países circunvizinhos a Israel, pensava-se que houvesse diferentes deuses para diferentes localidades. Por exemplo, Marduque da Babilônia, e Baal de Ugarite. O salmista, porém, sabia que o Senhor não era simplesmente outro deus entre muitos; antes, ele é o Deus do universo.
* 65:6
os montes. Um símbolo de firmeza e força. O fato que Deus os criou mostra-nos seu poder e grandeza (Sl
cingido de poder. Deus se cinge de poder como um guerreiro divino que conquista os inimigos de Israel (Êx 15; 13
* 65:7
o ruído das suas ondas. Os mares representam o caos e o mal (Sl
* 65:8
Os que habitam nos confins da terra. Um significado mais profundo deste versículo veio à tona por ocasião da vinda de Cristo e a pregação do evangelho por todo o mundo.
* 65:9
e a regas. Conforme 1Rs
Matthew Henry
Wesley
(2) Mas a oração pode ser prejudicado. O obstáculo comum é pecado: Prevalecem as iniqüidades contra mim (conforme Sl
(3) Deus é rico em misericórdia (conforme Ef
A mudança do singular para o plural no versículo 4 sugere uma transição do pensamento do indivíduo para todo o Israel de Deus (Rm
Participação humana na agricultura não é minimizado. Em vez disso, a parte de Deus é enfatizada. Quase todo o trabalho necessário para elevar a cultura é uma contribuição de Deus, não o homem. O mesmo princípio se aplica em todas as áreas da atividade humana. Deus fornece as habilidades nativas, as oportunidades, a força, os produtos crus, até mesmo o próprio trabalhador. O homem simplesmente usa o que Deus concede.
Salmo 65 começa com louvor e termina com gritos e cânticos. "Tudo quanto tem fôlego louve o Senhor. Louvai ao Senhor "( Sl
Russell Shedd
65.3.4 A grande barreira entre nós e Deus constitui-se de nossos pecados; mas Deus purifica-nos do pecado, e abre-nos o caminho para a comunhão com Ele, aceitando-nos como hóspedes que vão à Sua presença e desfrutam os benefícios que Sua hospitalidade proporciona.
65.5- 8 Estes princípios não se aplicam apenas ao indivíduo e à nação de Israel, mas Deus também revela Sua natureza ao mundo inteiro; Sua retidão, Seu poder e Seu amor atingem a todos. O Deus que nos perdoa as transgressões (3) é Aquele que rege o universo (6, 7, 9-13).
65:9-13 Deus é revelado como Criador e Sustentador de todas as coisas (expressões aplicadas a Jesus Cristo em He 1:3). Os cuidados que Deus tem para com a natureza, resultando na fruição, podem sugerir o que Deus faz para preparar almas frutíferas, que na terra produzem boas obras em amor e desabrocham para a eternidade (1.3; 1 Co 3.59).
NVI F. F. Bruce
16:9-12), ou na festa dos pães sem fermento (i.e., a oferta dos primeiros frutos da colheita da cevada; Lv
O salmo tem três seções principais. Nos v. 1-4, a comunidade se reúne no templo para cumprir os votos que os israelitas fizeram a Deus quando oraram na sua recente angústia. Eles se alegram porque ele é o Deus que responde às orações, que lhes concede o perdão e todas as bênçãos da sua presença tão próxima entre eles. Nos v. 5-8, eles cantam louvores a Deus como Salvador e Criador: ele é aquele que age tanto na história quanto na natureza para controlar as forças do caos e irazer segurança, proteção, paz e alegria ao mundo todo. A seção final (v. 9-13), com métrica diferente, pinta um retrato vívido das bênçãos da fertilidade, quando Deus envia as chuvas e prepara a terra para a colheita, transformando o solo estéril em pastos verdes viçosos. (Observação: não está claro se essa seção deve ser lida como uma descrição do que já aconteceu — “Tu visitaste [...] tu coroaste...” — ou como expectativa do que se acreditava firmemente estar a caminho.)
Título: v. Introdução III. 1,2,3. v. 1. 0 louvor te aguarda', o TM traz lit. “Para ti, silêncio, louvor” (conforme 62.1); a RSV (conforme NEB) segue a LXX, a Siríaca e a Vulgata (conforme nota de rodapé da NVI e 147.1). votos: v.comentário de 61.5. v. 2. todos os homens: lit. “toda a carne” (assim BJ), ou significa todo o Israel ou toda a humanidade, v. 3. pecados: lit. “ini-qüidades”; v.comentário Dt
O significado básico do verbo hebraico kipper pode ter sido “cobrir” ou “apagar”. O seu uso principal no AT (“fazer propiciação”) descreve a remoção dos efeitos do pecado, geralmente por meios cultuais (i.e., sacrificiais; conforme Êx
v. 5. temíveis feitos: conforme Êx
106.21,22; 145.6. de justiça: lit. “em justiça” (v.comentário Dt
v. 9,10. V. o artigo “Chuva” no NDB. v. 9. Cuidas: lit. “visitas” (conforme Gn
Moody
9-13. Louvando as Colheitas Divinas. Tu visitas a terra e a segas. O louvor acima mencionado prepara o caminho para o louvor básico por causa das colheitas. Está claro que é Deus quem rega a te«a, prepara a semente e prepara o solo. Tudo isto resulta em uma colheita maior – Coroas o ano. E tanta a felicidade que as colinas, postos e vales juntamse em regozijo.
Francis Davidson
O ato supremo dessa adoração é finalmente apresentado numa explosão de louvor espontâneo e vívido em vista da beleza, da riqueza e do consolo proporcionados pela colheita de campos e rebanhos. O progresso natural é atribuído diretamente à presença e à operação divina. (Notar a repetição da palavra tu). Ele é Quem dá as chuvas temporãs (o rio de Deus), que enriqueciam a terra lavrada e adubada, e as chuvas serôdias, que faziam inchar o grão para ser colhido. A linguagem dos vers. 10 e 11 é muito rica em imaginação. Todo o interior do país-as pastagens das terras altas (vers. 12, pastos do deserto), as pastagens das colinas que circundavam as terras cultivadas dos declives inferiores, e até mesmo os prados dos fundos dos vales, todos igualmente estão enriquecidos, repletos e alegres por causa da bondade de Deus (cfr. Sl
Dicionário
Abençoar
verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.
Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn
bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.
Abençoar V. BÊNÇÃO.
Altura
substantivo feminino Qualidade do que é alto.Dimensão vertical de um corpo: a altura de um edifício.
Lugar elevado, eminência, monte: da altura, viam-se as luzes da cidade.
[Matemática] A perpendicular que, num triângulo ou num tetraedro, é baixada do vértice até o lado ou a face oposta.
O comprimento dessa perpendicular numa figura geométrica.
Momento, ocasião: dançavam, mas nessa altura a festa acabou.
Céu, firmamento: o pensamento subiu à altura ou às alturas.
Altura barométrica, a da coluna de mercúrio a partir do zero da graduação do instrumento.
[Astronomia] Altura de um astro, ângulo que o sentido da sua revolução forma com o plano horizontal. (A altura de um astro é o complemento de sua distância zenital.).
Altura de som, sensação auditiva ligada à frequência das vibrações sonoras.
Estar à altura, ter alguém as qualidades necessárias para o bom desempenho de um emprego ou missão, para enfrentar determinada situação.
Perder altura, baixar, cair.
Ganhar altura, ascender, subir.
Cair das alturas, decepcionar-se.
Amolecer
verbo transitivo Tornar mole: o calor amolece a cera.Figurado Enfraquecer: a ociosidade amolece os ânimos.
Figurado Comover, enternecer: amolece o coração.
verbo intransitivo e pronominal Tornar-se mole.
Chuva
substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
Embriaguez.
A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).
Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt
Chuva V. ESTAÇÃO (Ct
Encher
verbo transitivo direto e pronominal Preencher a área, o local, a superfície, o espaço de; fazer ficar cheio, preenchido: encher de água o frasco; a piscina encheu-se com rapidez.Ocupar (o espaço vazio), completar: encher o copo.
verbo transitivo direto Tomar todo o tempo de; ocupar: o estudo enche seu dia.
Desempenhar uma ação até o seu fim; cumprir ou desenvolver algo.
Disseminar ou esparramar por: seu cheiro enchia o quarto.
verbo bitransitivo Determinar excesso de (alguma coisa) a; sobrecarregar: encheu seu filho de comida.
verbo intransitivo Ocasionar o preenchimento de; tornar-se preenchido: o rio encheu.
verbo transitivo direto e pronominal Reduzir ou cessar a fome ou a sede de; fartar ou fartar-se.
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal [Brasil] Informal. Ficar entediado ou aborrecido; aborrecer-se: encheu-se de seu marido! Aquele homem enche!
Figurado Encher-se de vento. Exibir-se.
Figurado Encher linguiça. Matar o tempo; tratar de assuntos supérfluos à espera de coisa mais importante; contemporizar.
Figurado Encher a mochila. Comer muito; fazer fortuna por meios ilícitos.
Etimologia (origem da palavra encher). Do latim implere.
Novidades
(latim novitas, -atis)
1. Qualidade de novo.
2. Informação recente (ex.: quero saber as novidades). = NOTÍCIA
3. O que se vê pela primeira vez.
4. Alteração inesperada no andamento regular das coisas.
5. Coisa rara. = RARIDADE ≠ BANALIDADE
6. [Agricultura] Primeira colheita ou conjunto dos primeiros frutos do ano. (Mais usado no plural.)
cheio de novidade
[Brasil, Informal]
Muito melindroso ou muito rebuscado.
=
CHEIO DE NOVE-HORAS
sem novidade
Sem alteração (ex.: sem novidade nos negócios).
Sulcos
(latim sulcus, -i)
1. Rego feito com arado.
2. Vinco ou ruga formada pelo navio que fende as águas.
3. Ruga (na pele).
água
substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
[Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
[Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.
Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is
Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בָרַךְ
(H1288)
uma raiz primitiva; DITAT - 285; v
- abençoar, ajoelhar
- (Qal)
- ajoelhar
- abençoar
- (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
- (Piel) abençoar
- (Pual) ser abençoado, ser adorado
- (Hifil) fazer ajoelhar
- (Hitpael) abençoar-se
- (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar
גְּדוּד
(H1417)
procedente de 1413; DITAT - 313b; n m/f
- alguma coisa cortada, sulco, corte
- um sulco
- cortes (como um sinal de luto)
מוּג
(H4127)
uma raiz primitiva; DITAT - 1156; v
- derreter, levar a derreter
- (Qal)
- derreter, desfalecer
- fazer derreter
- (Nifal) derreter completamente
- (Polel) amolecer, dissolver, dissipar
- (Hitpolel) derreter, escorrer
נָחַת
(H5181)
uma raiz primitiva; DITAT - 1351; v
- ir para baixo, descer
- (Qal)
- ir para baixo, descer
- descer, descer para (castigo) (fig.)
- (Nifal) descer em, penetrar
- (Piel) fazer descer, pressionar para baixo, esticar (um arco)
- (Hifil) fazer descer
צֶמַח
(H6780)
procedente de 6779; DITAT - 1928a; n. m.
- broto, rebento, ramo
- renovo, erva, broto
- crescimento (referindo-se ao processo)
- renovo, ramo (referindo-se ao Messias da árvore davídica)
רָבִיב
(H7241)
procedente de 7231; DITAT - 2099f; n. m.
- chuvas copiosas, chuvas pesadas
- portadoras de fertilidade
- referindo-se a influência profética (fig.)
רָוָה
(H7301)
uma raiz primitiva; DITAT - 2130; v.
- estar saciado ou saturado, embriagar-se
- (Qal) embriagar-se
- (Piel)
- estar bêbado, estar embriagado
- embeber, encharcar, saturar
- (Hifil) saturar, regar, levar a beber
תֶּלֶם
(H8525)
procedente de uma raiz não utilizada significando to acumular; DITAT - 2515a; n. m.
- sulco