Enciclopédia de Salmos 65:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 65: 10

Versão Versículo
ARA regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas. Tu a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção.
ARC Enches de água os seus sulcos, regulando a sua altura; amolece-a com a muita chuva; abençoas as suas novidades;
TB regando-lhe os sulcos,
HSB תְּלָמֶ֣יהָ רַ֭וֵּה נַחֵ֣ת גְּדוּדֶ֑יהָ בִּרְבִיבִ֥ים תְּ֝מֹגְגֶ֗נָּה צִמְחָ֥הּ תְּבָרֵֽךְ׃
BKJ Tu regas seus cumes abundantemente, tu estabeleces seus sulcos; tu as tornas macias com chuvas; tu abençoas as suas nascentes.
LTT Tu encharcas de água os terraceamentos- elevados dela (a terra); fazes chuva descer dentro dos sulcos dela (a terra); Tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas safras- recém- colhidas.
BJ2 Visitas a terra e a regas, cumulando-a de riquezas. O ribeiro de Deus é cheio d"água,[s] tu preparas seu trigal. Preparas a terra assim:
VULG Quoniam probasti nos, Deus ; igne nos examinasti, sicut examinatur argentum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 65:10

Deuteronômio 32:2 Goteje a minha doutrina como a chuva, destile o meu dito como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva.
Salmos 147:8 Ele é que cobre o céu de nuvens, que prepara a chuva para a terra e que faz produzir erva sobre os montes;
I Coríntios 3:6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
SALMO 64: A LOUCURA E DESTINO DOS 1NIMIGOS 64:1-10

Este salmo é um típico salmo de lamentação, seguindo o padrão costumeiro de cla-mor, situação difícil, petição e promessa. A preocupação do autor é com os que "praticam a iniqüidade" (2). A forma de oposição aparentemente é de "indagações maliciosas" (6). No entanto, a situação difícil do salmista não o faz entrar em desespero, porque enxerga o malogro do conselho perverso diante da obra de Deus.

SALMO 65: UMA CANÇÃO DE ADORAÇÃO, 65:1-13

O Salmo 65 é um salmo de adoração, talvez para o festival da colheita ou na ocasião de uma colheita especialmente abundante. Ele se concentra no dever e no privilégio da adoração e ressalta a glória de Deus em seu Templo, entre as nações, e na fertilidade da natureza. Ele é dedicado ao "cantor-mor" e é um "Salmo e Cântico de Davi". As palavras apresentam uma diferença muito pequena; "salmo" provavelmente indica um acompa-nhamento instrumental.

1. A Glória de Deus em sua Casa (65:1-4)

A natureza e alegria da adoração divina compõem o tema de abertura do sal-mo. Louvor (1), orações (2), a purificação do pecado (3) e o culto reverente (4) são elementos da verdadeira adoração. A ênfase está na adoração pública — em Sião (1; uma variante de Zion, o monte no qual o Templo foi construído), na casa de Deus e no santo templo (4). Toda a carne (2), isto é, todas as pessoas. Pre-valecem as iniqüidades contra mim (3), pode ser traduzido como: "Embora os nossos pecados pesem sobre nós, tu cancelas nossas transgressões" (Moffatt). O homem escolhido para aproximar-se de Deus e habitar em seus átrios é realmen-te abençoado (4).

  • A Glória de Deus entre as Nações (65:5-8)
  • O autor fala do poder soberano de Deus em toda a terra. Com coisas tremen-das de justiça nos responderás (5) também pode ser entendido como: "Por meio de tremendos feitos nos responderás com livramento" (RSV). Deus é a esperança dos homens de todas as extremidades da terra e daqueles que estão longe sobre o mar. Seu poder é visto nas forças da natureza (6-7) e Ele aquieta o tumulto das nações ("o clamor das nações", Berkeley). Teus sinais são forças da natureza irresistíveis. As saídas da manhã e da tarde são o leste e o oeste, lugares do nascer e do pôr-do-sol. A soberania universal de Deus é proclamada nessas imagens vivas e concretas.

  • A Glória de Deus na Colheita (65:9-13)
  • Esta última seção, que alguns acreditam não fazer parte desse salmo, dá glória a Deus pela abundância da colheita e pela beleza da região rural. A Palestina dependia inteiramente das chuvas para a sua fertilidade. A água era um presente de Deus e um símbolo da sua presença: Tu visitas a terra e a refrescas (9). O rio de Deus refere-se ao "acumular das águas nas nuvens e na atmosfera, que Ele pode reter ou soltar a qualquer momento".5° "Preparas o cereal" (ARA) : a provisão de Deus, não o esforço hu-mano, supria as necessidades. A chuva e a fertilidade da "boa terra" coroavam o ano com a bondade de Deus (11). Os outeiros ("colinas", NVI) se enchem de alegria (12) quan-do os campos cobrem-se de rebanhos (13) e os vales vestem-se de trigo.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
    *

    Sl 65 A economia agrícola de Israel dependia do regime das chuvas, que comumente era variável. Este salmo agradece a Deus por enviar chuva em resposta à oração.

    * 65:1

    em Sião. Esse foi o local escolhido por Deus para o templo, e o lugar para onde eram dirigidos os louvores. Ver nota em Sl 50:2; 128:5; 129:5, e especialmente 2.6.

    o voto. Quando Israel apresentava petições diante do Senhor, com freqüência prometia oferecer sacrifícios pelas orações respondidas.

    * 65:3

    as nossas transgressões. Da perspectiva do pecador, não há esperança. Deus em sua graça, entretanto, perdoa o pecador; e isso é fonte de profunda alegria para o salmista.

    * 65:4

    Bem-aventurado. Ver Sl 1:1

    a quem escolhes. A livre graça de Deus é a fonte da bênção, e a bênção mais alta de todas é desfrutar da comunhão com Deus (Sl 16:11).

    * 65:5

    Com tremendos feitos. Deus não é uma divindade distante, que nada tem a ver com a criação. Ele responde às orações intervindo na história e na vida de sua gente.

    os confins da terra. Nas teologias dos países circunvizinhos a Israel, pensava-se que houvesse diferentes deuses para diferentes localidades. Por exemplo, Marduque da Babilônia, e Baal de Ugarite. O salmista, porém, sabia que o Senhor não era simplesmente outro deus entre muitos; antes, ele é o Deus do universo.

    * 65:6

    os montes. Um símbolo de firmeza e força. O fato que Deus os criou mostra-nos seu poder e grandeza (Sl 46:2,3 e notas).

    cingido de poder. Deus se cinge de poder como um guerreiro divino que conquista os inimigos de Israel (Êx 15; 13 6:5-15'>Js 5:13-15; Jz 5).

    * 65:7

    o ruído das suas ondas. Os mares representam o caos e o mal (Sl 77:16-19 e notas), por muitas vezes o caos e o mal das nações circundantes, que atacavam 1srael (Dn 7).

    * 65:8

    Os que habitam nos confins da terra. Um significado mais profundo deste versículo veio à tona por ocasião da vinda de Cristo e a pregação do evangelho por todo o mundo.

    * 65:9

    e a regas. Conforme 1Rs 17:19, os tempos de Elias, quando Deus amaldiçoou seu povo rebelde, retendo as chuvas.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
    65:1, 2 Nos tempos do Antigo Testamento, os votos se tomavam muito a sério e se cumpriam em sua totalidade. Ninguém tinha que fazer um voto, mas uma vez feito, era obrigatório (Dt 23:21-23). O voto que se cumpre aqui era um louvor a Deus por ter respondido suas orações.

    65:3 Mesmo que nos sintamos afligidos pela multidão de nossos pecados, Deus os perdoará se o pedimos com sinceridade. sente-se como se Deus alguma vez pudesse perdoá-lo, que seus pecados são muitos ou que alguns são muito grandes? As boas novas som que Deus pode e perdoará todos eles. Ninguém está longe da redenção e ninguém está tão cheio de pecados como para não poder ser limpo.

    65:4 O acesso a Deus e o gozo de viver nos átrios de seu tabernáculo eram uma grande honra. Deus escolheu a um grupo especial de israelitas da tribo do Leví para servir como sacerdotes no tabernáculo (Nu 3:5-51). Eram os únicos que podiam entrar nos lugares Santos aonde morava a presença de Deus. devido à morte do Jesus na cruz, na atualidade todos os crentes têm acesso pessoal à presença de Deus em qualquer parte e em qualquer momento.

    65.6-13 Este salmo, que faz referência à colheita, glorifica a Deus o Criador como reflexo da beleza da natureza. A natureza nos ajuda a compreender algo do caráter de Deus. Os judeus acreditavam que o cuidado de Deus da natureza era um exemplo de seu amor e provisão para eles. A natureza mostra a generosidade de Deus, nos dando mais do que necessitamos ou merecemos. A reflexão sobre tão abundante generosidade deve nos produzir um coração agradecido a Deus e generoso para outros.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
    Sl 65:1) levanta um problema crítico difícil, pois o templo não foi construído na época de Davi. Há pouco a indicar o contrário, quando este poema foi escrito.

    GRANDEZA I. DEUS é revelado em Sua graças espirituais (Sl 65:1 ). Isto é verdade se ele é dublado por um indivíduo ou por toda a carne.

    (2) Mas a oração pode ser prejudicado. O obstáculo comum é pecado: Prevalecem as iniqüidades contra mim (conforme Sl 66:18. ). Sentindo a barreira que o pecado levanta entre ele e divindade, e reconhecendo que Deus responde a nenhuma de suas orações, o pouco rezando um pecador caso contrário pode estar inclinado a fazer diminui a quase nada. Além disso, o pecado destrói a fé na oração. Ele também traz culpa, de modo que os impenitentes são desconfortáveis, mesmo com o pensamento de Deus.

    (3) Deus é rico em misericórdia (conforme Ef 2:4 ; Ap 22:17 ). Bem-aventurado o homem a quem tu escolhes, e fazes (incentiva e permite) chegar a ti. Ele faz com que ele Seu convidado, um para habitar em seus tribunais . Nós seremos satisfeitos com a bondade da tua casa.

    A mudança do singular para o plural no versículo 4 sugere uma transição do pensamento do indivíduo para todo o Israel de Deus (Rm 2:28 , Rm 2:29 ). Há espaço em sua casa para cada filho de Adão (Is 55:1 , Sl 65:10 ). (2) Os vales se cobrem de grãos. (3) Fatness cai sobre os pastos do deserto. (4) Os campos se vestem de rebanhos. Tudo isso se regozijam, por isso eles cantam.

    Participação humana na agricultura não é minimizado. Em vez disso, a parte de Deus é enfatizada. Quase todo o trabalho necessário para elevar a cultura é uma contribuição de Deus, não o homem. O mesmo princípio se aplica em todas as áreas da atividade humana. Deus fornece as habilidades nativas, as oportunidades, a força, os produtos crus, até mesmo o próprio trabalhador. O homem simplesmente usa o que Deus concede.

    Salmo 65 começa com louvor e termina com gritos e cânticos. "Tudo quanto tem fôlego louve o Senhor. Louvai ao Senhor "( Sl 150:6. ).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
    65.1 A ti se pagará o voto. O voto, muitas vezes, é uma promessa de prestar publicamente ações de graças por alguma oração atendida; e como Deus atende mesmo, haverá muitos cultos deste tipo. Confiança, heb dumiyâ, da raiz dãmam, "ser silencioso". O substantivo pode significar "silêncio"; ou "permanência", "confiança". A idéia de silêncio pode nos lembrar que Deus também ouve a oração secreta (2).

    65.3.4 A grande barreira entre nós e Deus constitui-se de nossos pecados; mas Deus purifica-nos do pecado, e abre-nos o caminho para a comunhão com Ele, aceitando-nos como hóspedes que vão à Sua presença e desfrutam os benefícios que Sua hospitalidade proporciona.
    65.5- 8 Estes princípios não se aplicam apenas ao indivíduo e à nação de Israel, mas Deus também revela Sua natureza ao mundo inteiro; Sua retidão, Seu poder e Seu amor atingem a todos. O Deus que nos perdoa as transgressões (3) é Aquele que rege o universo (6, 7, 9-13).

    65:9-13 Deus é revelado como Criador e Sustentador de todas as coisas (expressões aplicadas a Jesus Cristo em He 1:3). Os cuidados que Deus tem para com a natureza, resultando na fruição, podem sugerir o que Deus faz para preparar almas frutíferas, que na terra produzem boas obras em amor e desabrocham para a eternidade (1.3; 1 Co 3.59).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 1 até o 13
    Sl 65:0; Dt 16:13-5; v. Introdução II. 2), na festa das semanas (Êx 23:16; 34:22; Nu 28:26ss; Dt

    16:9-12), ou na festa dos pães sem fermento (i.e., a oferta dos primeiros frutos da colheita da cevada; Lv 23:9-14; Dt 26:1-5), é mais provável que tenha sido escrito como salmo nacional de ação de graças para ser usado na primavera, depois de um período de estiagem e fome — ou pelo menos após a demora das chuvas — considerado castigo divino pelo pecado (conforme v. 2; Dt 28:22ss; lRs 8.35,36; Jr 14:07ss).

    O salmo tem três seções principais. Nos v. 1-4, a comunidade se reúne no templo para cumprir os votos que os israelitas fizeram a Deus quando oraram na sua recente angústia. Eles se alegram porque ele é o Deus que responde às orações, que lhes concede o perdão e todas as bênçãos da sua presença tão próxima entre eles. Nos v. 5-8, eles cantam louvores a Deus como Salvador e Criador: ele é aquele que age tanto na história quanto na natureza para controlar as forças do caos e irazer segurança, proteção, paz e alegria ao mundo todo. A seção final (v. 9-13), com métrica diferente, pinta um retrato vívido das bênçãos da fertilidade, quando Deus envia as chuvas e prepara a terra para a colheita, transformando o solo estéril em pastos verdes viçosos. (Observação: não está claro se essa seção deve ser lida como uma descrição do que já aconteceu — “Tu visitaste [...] tu coroaste...” — ou como expectativa do que se acreditava firmemente estar a caminho.)
    Título: v. Introdução III. 1,2,3. v. 1. 0 louvor te aguarda', o TM traz lit. “Para ti, silêncio, louvor” (conforme 62.1); a RSV (conforme NEB) segue a LXX, a Siríaca e a Vulgata (conforme nota de rodapé da NVI e 147.1). votos: v.comentário de 61.5. v. 2. todos os homens: lit. “toda a carne” (assim BJ), ou significa todo o Israel ou toda a humanidade, v. 3. pecados: lit. “ini-qüidades”; v.comentário Dt 32:2. transgressões: v.comentário Dt 32:2. pesavam sobre nós: conforme NEB: “são pesados demais para nós” (cf. 38.4; 40.12). fizeste propiciação: ou “apagaste” (NEB).

    O significado básico do verbo hebraico kipper pode ter sido “cobrir” ou “apagar”. O seu uso principal no AT (“fazer propiciação”) descreve a remoção dos efeitos do pecado, geralmente por meios cultuais (i.e., sacrificiais; conforme Êx 29:36; Lv 4:20; 16:10; 17:11), mas também por meio de intercessão (cf. Êx 32:30) ou do pagamento de um resgate (conforme Ex 30:16). O sujeito do verbo geralmente é o homem que oferece o sacrifício, mas às vezes (como aqui) é Deus quem “expia” (“propicia”), i.e., perdoa (conforme Dt 21:8,Dt 21:9; Sl 78:38; Is 43:25). v. 4.felizes: v.comentário Dt 1:1. escolhes: conforme Dt 7:0Sl 89:3; Sl 106:23. trazes a ti: conforme Nu 16:5; Sl 15:0), mas, sem dúvida, incluía também a idéia de refrigério espiritual, teu santo templo: lit. “o lugar santo do teu templo” (v.comentário Dt 5:7).

    v. 5. temíveis feitos: conforme Êx 34:10; 2Sm 7:23; Sl 47:2; Sl 66:3; Sl 68:35; Sl 76:7; Sl 89:7; Sl 96:4; Sl 99:2,Sl 99:3;

    106.21,22; 145.6. de justiça: lit. “em justiça” (v.comentário Dt 33:5); “dando-nos a vitória” (NTLH). esperança: ou “confiança” (cf. 40.4; 71.5). de todos os confins da terra e dos mais distantes mares: i.e., o mundo todo (conforme v. 8; 72.8). v. 6. montes: as porções mais sólidas da terra (conforme 18.7; 46.2,3). pelo teu grande poder. “cingido de poder” (ARA), como um guerreiro para a ação (conforme 93.1; Is 51:9,Is 51:10; Ef 6:14; Dt 4:34Dt 26:8; Sl 78:43; Sl 86:17), e não as maravilhas “naturais” da criação, do nascente ao poente: lit. “as saídas” ou “portas” (BJ) “da manhã e da tarde”; conforme 38:19,38:20. Aqui provavelmente é uma referência a toda a terra, do oriente ao ocidente.

    v. 9,10. V. o artigo “Chuva” no NDB. v. 9. Cuidas: lit. “visitas” (conforme Gn 21:1; Êx 13:19Sl 8:4). regas: a NVI segue as versões antigas; o TM traz “torna-a abundante” (NTLH: “Regas com muitas chuvas”), riachos de Deus: provavelmente uma referência à fonte das chuvas (conforme NEB; 38:25; Gn 7:11; 8:2). v. 10. aplainas os seus torrões: a ARC traz “regulando a sua altura”, colheitas: i.e., a germinação das novas sementes, v. 11. ...o ano com a tua bondade: lit. “o ano da tua bondade”, i.e., as chuvas da primavera e do verão eram o clímax de todo um ano de bênçãos de Deus. por onde passas emana fartura: a ARA traz “as tuas pegadas destilam fartura”; provavelmente uma referência às nuvens da tempestade (conforme 18.10; 68.4,17,33; Is 66:15). v. 12. fartura vertem as pastagens: melhor seria “elas [as pegadas de Deus] gotejam sobre as pastagens...”; ou talvez possa ser emendado para “as pastagens [...] gritam de alegria” (conforme 96.12; 98.8; Is 55:12). deserto: v. comentário de 55.7.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 9 até o 13

    9-13. Louvando as Colheitas Divinas. Tu visitas a terra e a segas. O louvor acima mencionado prepara o caminho para o louvor básico por causa das colheitas. Está claro que é Deus quem rega a te«a, prepara a semente e prepara o solo. Tudo isto resulta em uma colheita maior – Coroas o ano. E tanta a felicidade que as colinas, postos e vales juntamse em regozijo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 65 do versículo 9 até o 13
    c) Agradecimento (9-13)

    O ato supremo dessa adoração é finalmente apresentado numa explosão de louvor espontâneo e vívido em vista da beleza, da riqueza e do consolo proporcionados pela colheita de campos e rebanhos. O progresso natural é atribuído diretamente à presença e à operação divina. (Notar a repetição da palavra tu). Ele é Quem dá as chuvas temporãs (o rio de Deus), que enriqueciam a terra lavrada e adubada, e as chuvas serôdias, que faziam inchar o grão para ser colhido. A linguagem dos vers. 10 e 11 é muito rica em imaginação. Todo o interior do país-as pastagens das terras altas (vers. 12, pastos do deserto), as pastagens das colinas que circundavam as terras cultivadas dos declives inferiores, e até mesmo os prados dos fundos dos vales, todos igualmente estão enriquecidos, repletos e alegres por causa da bondade de Deus (cfr. Sl 96:12).


    Dicionário

    Abençoar

    verbo transitivo direto Transmitir uma bênção, lançá-la sobre algo ou alguém: o padre abençoou seus fiéis.
    Almejar o bem: a mãe é capaz de amar e abençoar seus filhos.
    Glorificar algo ou alguém: abençoou o herói por sua coragem.
    Dar proteção, converter em algo benéfico, providenciar auxílio: os bons abençoam os que buscam a paz.
    verbo pronominal Fazer em si próprio o sinal da cruz: abençoou-se.
    Etimologia (origem da palavra abençoar). A + bênção - sob a forma sem nasalização - benço + ar.

    Quando Moisés abençoou os filhos de israel (Dt 33), ele profetizou uma contínua progressão de prosperidades para eles, no auxilio de Deus. Era essa uma forma patriarcal de bênção e ao mesmo tempo uma cerimônia religiosa, em conformidade com a maneira de abençoar do Pai celestial, que está sempre, na realidade, a derramar benefícios sobre as Suas criaturas. Quando se diz no Sl 103 que os homens bendizem ao Senhor, isto significa pertencer ao Criador o louvor e a honra que são igualmente o dever e a alegria das Suas criaturas prestar-lhe. Mas quando é Deus que abençoa o Seu povo, como acontece em Gn 1:22 e em Ef 1:3, isto quer dizer que Ele distribui sobre os Seus filhos toda espécie de benefícios, temporais e espirituais, e desta forma comunica-lhes alguma parte daquela infinita bem-aventurança que Nele existe (1 Tm 1.11). A bênção era costume que muitas vezes se observava entre os hebreus, e é freqüentemente mencionada nas Sagradas Escrituras. Assim, Jacó abençoou os seus filhos (Gn 49), e Moisés os filhos de israel (Dt 33). Abraão foi abençoado por Melquisedeque. Tão importante lugar ocupava o ato da bênção na religião e vida dos judeus, que o próprio método da sua concessão fazia parte do ritual israelita (Nm 6:23). A bênção era dada em pé, com as mãos levantadas ao céu. (*veja Bênção.)

    bendizer, benzer, louvar; bendito, abençoado, bento, benção, benzimento. – Do verbo latino benedicere formaram-se – diz Roq. – três verbos portugueses (bendizer, benzer, abençoar) que, posto que concordem na ideia principal, têm entre si alguma diferença. O primeiro, bendizer, significa propriamente “dizer bem, louvar, exalçar”. O segundo, abençoar (ou abendiçoar), significa “deitar a benção, ou benções”. O terceiro, benzer, significa “lançar benções acompanhando-as de preces e ritos apropriados à coisa que se benze. Bendizer e abençoar confundem-se muitas vezes na significação extensiva de “desejar, pedir bens e prosperidades para alguém”. Benzer não é hoje usado senão para indicar as benções eclesiásticas ou supersticiosas. “O justo bendiz (ou louva) ao Senhor tanto na prosperidade como na desgraça”. “Os pais abençoam os filhos para que sejam felizes”. “Os sacerdotes benzem tudo que é consagrado ao culto divino”; e também “abençoam a assistência ao fim da missa”. O que se diz de bendizer aplica-se a louvar; com esta diferença: louvar se diz em relação a Deus, a santos e a homens; bendizer pode referir-se também a coisas. Bendizemos a hora, o instante em que nos vem alguma felicidade; e não – louvamos; porque louvar é mais “fazer elogios” do que “dizer bem e dar graças”. Esta diferença – diz Roq. – (entre bendizer, benzer e abençoar) torna-se mais sensível nos particípios destes verbos. – Bendito ou abençoado se diz para designar a proteção particular de Deus sobre uma pessoa, uma família, uma nação, etc. Nossa Senhora é bendita entre todas as mulheres. Todas as nações foram abençoadas em Jesus Cristo. – Bento designa a benção da Igreja, dada pelo sacerdote com as cerimônias do costume. Pão bento, água benta, etc. – Vê-se, pois, que bendito, e às vezes abençoado, se pode dizer no sentido moral e de louvores, e bento no sentido legal e de consagração. “As bandeiras militares, bentas com grande pompa na 1greja, nem sempre são abençoadas do Céu nos campos de batalha”. – Também se sente a distinção nos derivados benção e benzimento (ou benzedura). Benção é tanto o ato de abençoar como de benzer. Dizemos – a benção do pão, como dizemos – a benção dos pais. Benzimento é também ato de benzer, não já de abençoar; e mesmo como significando “ato de benzer, já não 28 Rocha Pombo se pode mais aplicar a cerimônias de culto, nem mesmo nos casos em que se aplica o verbo benzer. O sacerdote benze o fogo, a água, o óleo; mas a benzimento do fogo preferimos dizer – a benção do fogo. Benzimento ou benzedura ficou tendo aplicação quase exclusiva a “coisas de cabala, a gestos ou figurações de supersticiosos”.

    Abençoar V. BÊNÇÃO.

    Altura

    substantivo feminino Qualidade do que é alto.
    Dimensão vertical de um corpo: a altura de um edifício.
    Lugar elevado, eminência, monte: da altura, viam-se as luzes da cidade.
    [Matemática] A perpendicular que, num triângulo ou num tetraedro, é baixada do vértice até o lado ou a face oposta.
    O comprimento dessa perpendicular numa figura geométrica.
    Momento, ocasião: dançavam, mas nessa altura a festa acabou.
    Céu, firmamento: o pensamento subiu à altura ou às alturas.
    Altura barométrica, a da coluna de mercúrio a partir do zero da graduação do instrumento.
    [Astronomia] Altura de um astro, ângulo que o sentido da sua revolução forma com o plano horizontal. (A altura de um astro é o complemento de sua distância zenital.).
    Altura de som, sensação auditiva ligada à frequência das vibrações sonoras.
    Estar à altura, ter alguém as qualidades necessárias para o bom desempenho de um emprego ou missão, para enfrentar determinada situação.
    Perder altura, baixar, cair.
    Ganhar altura, ascender, subir.
    Cair das alturas, decepcionar-se.

    Amolecer

    verbo transitivo Tornar mole: o calor amolece a cera.
    Figurado Enfraquecer: a ociosidade amolece os ânimos.
    Figurado Comover, enternecer: amolece o coração.
    verbo intransitivo e pronominal Tornar-se mole.

    Chuva

    substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.
    Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
    Embriaguez.
    A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).

    Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11:14 – Jr 5. 24 – os 6:3Jl 2:23Tg 5:7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26:1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12:54).

    Chuva V. ESTAÇÃO (Ct 2:11).

    Encher

    verbo transitivo direto e pronominal Preencher a área, o local, a superfície, o espaço de; fazer ficar cheio, preenchido: encher de água o frasco; a piscina encheu-se com rapidez.
    Ocupar (o espaço vazio), completar: encher o copo.
    verbo transitivo direto Tomar todo o tempo de; ocupar: o estudo enche seu dia.
    Desempenhar uma ação até o seu fim; cumprir ou desenvolver algo.
    Disseminar ou esparramar por: seu cheiro enchia o quarto.
    verbo bitransitivo Determinar excesso de (alguma coisa) a; sobrecarregar: encheu seu filho de comida.
    verbo intransitivo Ocasionar o preenchimento de; tornar-se preenchido: o rio encheu.
    verbo transitivo direto e pronominal Reduzir ou cessar a fome ou a sede de; fartar ou fartar-se.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal [Brasil] Informal. Ficar entediado ou aborrecido; aborrecer-se: encheu-se de seu marido! Aquele homem enche!
    Figurado Encher-se de vento. Exibir-se.
    Figurado Encher linguiça. Matar o tempo; tratar de assuntos supérfluos à espera de coisa mais importante; contemporizar.
    Figurado Encher a mochila. Comer muito; fazer fortuna por meios ilícitos.
    Etimologia (origem da palavra encher). Do latim implere.

    Novidades

    fem. pl. de novidade

    no·vi·da·de
    (latim novitas, -atis)
    nome feminino

    1. Qualidade de novo.

    2. Informação recente (ex.: quero saber as novidades). = NOTÍCIA

    3. O que se vê pela primeira vez.

    4. Alteração inesperada no andamento regular das coisas.

    5. Coisa rara. = RARIDADEBANALIDADE

    6. [Agricultura] Primeira colheita ou conjunto dos primeiros frutos do ano. (Mais usado no plural.)


    cheio de novidade
    [Brasil, Informal] Muito melindroso ou muito rebuscado. = CHEIO DE NOVE-HORAS

    sem novidade
    Sem alteração (ex.: sem novidade nos negócios).


    Sulcos

    masc. pl. de sulco

    sul·co
    (latim sulcus, -i)
    nome masculino

    1. Rego feito com arado.

    2. Vinco ou ruga formada pelo navio que fende as águas.

    3. Ruga (na pele).


    água

    substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.
    Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
    Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
    Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
    Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
    [Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
    [Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
    Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
    Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.

    Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).

    Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (a terra) (a terra)
    Salmos 65: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Tu encharcas de água os terraceamentos- elevados dela (a terra); fazes chuva descer dentro dos sulcos dela (a terra); Tu a amoleces com a muita chuva; abençoas as suas safras- recém- colhidas.
    Salmos 65: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1288
    bârak
    בָרַךְ
    abençoar, ajoelhar
    (and blessed)
    Verbo
    H1417
    gᵉdûwd
    גְּדוּד
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    H4127
    mûwg
    מוּג
    derreter, levar a derreter
    (shall melt away)
    Verbo
    H5181
    nâchath
    נָחַת
    ir para baixo, descer
    (be broken)
    Verbo
    H6780
    tsemach
    צֶמַח
    broto, rebento, ramo
    (that which grew)
    Substantivo
    H7241
    râbîyb
    רָבִיב
    chuvas copiosas, chuvas pesadas
    (and as the showers)
    Substantivo
    H7301
    râvâh
    רָוָה
    estar saciado ou saturado, embriagar-se
    (They shall be abundantly satisfied)
    Verbo
    H8525
    telem
    תֶּלֶם
    ()


    בָרַךְ


    (H1288)
    bârak (baw-rak')

    01288 ברך barak

    uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

    1. abençoar, ajoelhar
      1. (Qal)
        1. ajoelhar
        2. abençoar
      2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
      3. (Piel) abençoar
      4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
      5. (Hifil) fazer ajoelhar
      6. (Hitpael) abençoar-se
    2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

    גְּדוּד


    (H1417)
    gᵉdûwd (ghed-ood')

    01417 גדוד g eduwd̂ ou (fem.) גדדה g edudaĥ

    procedente de 1413; DITAT - 313b; n m/f

    1. alguma coisa cortada, sulco, corte
      1. um sulco
      2. cortes (como um sinal de luto)

    מוּג


    (H4127)
    mûwg (moog)

    04127 מוג muwg

    uma raiz primitiva; DITAT - 1156; v

    1. derreter, levar a derreter
      1. (Qal)
        1. derreter, desfalecer
        2. fazer derreter
      2. (Nifal) derreter completamente
      3. (Polel) amolecer, dissolver, dissipar
      4. (Hitpolel) derreter, escorrer

    נָחַת


    (H5181)
    nâchath (naw-khath')

    05181 נחת nachath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1351; v

    1. ir para baixo, descer
      1. (Qal)
        1. ir para baixo, descer
        2. descer, descer para (castigo) (fig.)
      2. (Nifal) descer em, penetrar
      3. (Piel) fazer descer, pressionar para baixo, esticar (um arco)
      4. (Hifil) fazer descer

    צֶמַח


    (H6780)
    tsemach (tseh'-makh)

    06780 צמח tsemach

    procedente de 6779; DITAT - 1928a; n. m.

    1. broto, rebento, ramo
      1. renovo, erva, broto
      2. crescimento (referindo-se ao processo)
      3. renovo, ramo (referindo-se ao Messias da árvore davídica)

    רָבִיב


    (H7241)
    râbîyb (raw-beeb')

    07241 רביב rabiyb ou (plural) רביבים

    procedente de 7231; DITAT - 2099f; n. m.

    1. chuvas copiosas, chuvas pesadas
      1. portadoras de fertilidade
      2. referindo-se a influência profética (fig.)

    רָוָה


    (H7301)
    râvâh (raw-vaw')

    07301 רוה ravah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2130; v.

    1. estar saciado ou saturado, embriagar-se
      1. (Qal) embriagar-se
      2. (Piel)
        1. estar bêbado, estar embriagado
        2. embeber, encharcar, saturar
      3. (Hifil) saturar, regar, levar a beber

    תֶּלֶם


    (H8525)
    telem (teh'-lem)

    08525 תלם telem

    procedente de uma raiz não utilizada significando to acumular; DITAT - 2515a; n. m.

    1. sulco