Enciclopédia de Eclesiastes 6:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ec 6: 5

Versão Versículo
ARA não viu o sol, nada conhece. Todavia, tem mais descanso do que o outro,
ARC E ainda que nunca viu o sol, nem o conheceu, mais descanso tem do que o tal.
TB Demais, não viu o sol, e nada conheceu. Este tem mais descanso do que o outro,
HSB גַּם־ שֶׁ֥מֶשׁ לֹא־ רָאָ֖ה וְלֹ֣א יָדָ֑ע נַ֥חַת לָזֶ֖ה מִזֶּֽה׃
BKJ Além disso ele não viu o sol, e nem conheceu nada, mais descanso tem este do que aquele.
LTT E ainda que nunca viu o sol, nem conheceu nada, mais descanso tem este (o aborto) do que aquele.
BJ2 Não viu o sol e nem o conhece: há mais repouso para ele do que para o outro.
VULG Non vidit solem, neque cognovit distantiam boni et mali.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Eclesiastes 6:5

Jó 3:10 Porquanto não fechou as portas do ventre, nem escondeu dos meus olhos a canseira.
Jó 14:1 O homem, nascido da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação.
Salmos 58:8 Como a lesma que se derrete, assim se vão; como o aborto de uma mulher, nunca vejam o sol.
Salmos 90:7 Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor somos angustiados.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
SEÇÃO III

NÃO HÁ SATISFAÇÃO EM BENS TERRENOS

Eclesiastes 6:1-8.17

A. FRUSTRAÇÕES DA RIQUEZA E DA FAMÍLIA, 6:1-12

Mesmo que o capítulo 6 seja exposto aqui sob uma nova divisão, ele está relacionado ao tema do capítulo 5. Os versículos 1:2 dão seqüência às reflexões do Pregador sobre as desilusões da riqueza. Tanto os versículos 1:2 como o 3 e o 6 são ilustrações da premissa estabelecida em 5:18-19, de que ter prazer é um presente de Deus, e que a paz de espírito é o maior bem que a vida pode oferecer.

1. A Riqueza sem a Felicidade (6:1-2)

, O versículo 1 nos apresenta um outro mal que o autor tem visto debaixo do sol. Ele observa que esse mal mui freqüente é entre os homens. O hebraico seria tradu-zido de maneira mais precisa como: "pesa sobre os homens" (AT Amplificado). A frustra-ção da riqueza sem o senso de uma vida digna é possível, obviamente, apenas para aque-les que possuem riquezas. Como conseqüência, é mui freqüente [...] entre os homens e mulheres de recursos.

Em 2:18-23, o problema foi o homem rico cuja fortuna seria desperdiçada por herdei-ros imprudentes; em 5:13-17, foi o homem rico que a perdeu. Aqui o mal é o homem que possui riquezas, mas não encontra satisfação nelas — esse é o significado de Deus não lhe dá poder para daí comer (2). Os termos riquezas, fazenda e honra podem ser enten-didos como dinheiro, propriedades e apreço. Aquele que os possui parece ter tudo o que sua alma deseja. Mas sem felicidade eles são em vão. Uma vida cheia de coisas mas sem a verdadeira felicidade significa má enfermidade. Como o conhecimento sobre um câncer que se alastra, isso restringe ou destrói as alegrias normais da existência de um homem.

  1. A Família sem o Reconhecimento (6:3-6)

Uma família grande e longevidade eram consideradas grandes bênçãos entre os hebreus. Mas mesmo essas podem ser inúteis, ou piores que isso. Se o homem gerar cem filhos (3) e se a sua alma se não fartar do bem — isto é, não encontrar alegria neles — qual é o seu valor? Se os dias dos seus anos forem muitos mas não tiver um enterro — isto é, "um enterro nobre, que testifique do amor verdadeiro dos seus descen-dentes" — onde está o valor de uma vida dessas?

Os versículos 3:5 revelam a freqüência de comparações usadas pelo autor. Um aborto que não permite jamais um ser chegar à consciência de sua existência é melhor que uma vida que não encontra nenhuma satisfação digna. Mesmo aquele que está fadado ao fracasso desde o início, porquanto debalde veio e em trevas vai (4), e nunca recebe um nome, seu destino é preferível a uma vida sem propósitos. Nunca ter visto o sol (5) ou nem tê-lo conhecido é melhor que ter visto e conhecido as profundas desilusões que às vezes vêm da riqueza e da família.

Qoheleth não conseguia enxergar valor algum em uma vida na terra profundamente insatisfatória porque ele não possuía uma fé elevada na vida após a sepultura. Duas vezes mil anos (6) seria uma vida na terra duas vezes tão longa quanto a de Matusalém (cf. Gn 5:27). O raciocínio aqui empregado é que, se não existe felicidade na vida terrena, quanto maior a sua duração, pior a vida se torna. E quando você tiver somado todos os valores da existência terrena, a sua conta não terá chegado ao fim? Não vão todos para um mesmo lugar — a sepultura final e silenciosa? "Tanto o feto sem vida como o ho-mem cuja vida foi longa mas desprezível, estão destinados ao Sheol, e o feto sem vida deveria ser parabenizado porque ele alcançou a meta por meio de um caminho mais curto e menos agonizante".'

  1. Mais algumas Frustrações (6:7-9)
  2. A satisfação terrena versus o desejo espiritual (6.7). Todo trabalho do homem (o homem preso à terra) é para a sua boca ("auto-preservação e divertimento", AT Ampli-ficado), e, contudo, nunca se satisfaz (fome espiritual). "Toda vida humana é uma busca de prazer e diversão, mas é uma busca de diversão e prazer vãos em si mesmo, e que não levam à verdadeira satisfação".2
  3. Nem mesmo a sabedoria é suficiente (6.8). Aqui, num único versículo, Qoheleth repete o argumento de 2:12-17 (veja também comentários neste trecho). O Pregador não responde à sua própria pergunta. Ao contrário, o ponto de vista subentendido é que se viver para a própria "boca" (7) não é suficiente, também não é suficiente viver pela men-te. A base dessa conclusão está no versículo 6 — ambos "vão para um mesmo lugar". A frase andar perante os vivos é interpretada por Galling para significar: "viver sem o pensamento do dia de amanhã". Assim ele pensa que o significado do versículo é: "Que vantagem tem o homem sábio sobre o tolo, o homem que possui conhecimento, mas vive impensadamente?"'
  4. Uma resposta insatisfatória (6.9). Aqui novamente Qoheleth chega à sua resposta insatisfatória — Faça o melhor da sua vida enquanto você vive. Pelo fato de o homem sábio com suas altas metas — o vaguear da cobiça — não possuir nada melhor do que o tolo que só busca prazer, por que então deveria fazer todo o esforço? A pessoa deveria estar contente com aquilo que vem fácil e naturalmente. A frase: vaidade e aflição de espírito pode ser aplicada à seção inteira (7-9) ; por outro lado, pode ser aplicada especi-ficamente à conclusão infeliz do versículo 9.

4. Um Homem Finito contra o Destino (6:10-12)

Aqui Qoheleth sumariza seu ponto de vista pessimista de toda condição humana. Seja qualquer o que for, já [...] foi nomeado significa o todo da existência — e sabe-se, i.e., e é pré-conhecido e predeterminado. O homem é uma criatura finita e não pode contender com o que é mais forte (Deus) do que ele. O versículo 11 afirma que o homem é tão impotente contra o seu Criador que isso torna toda a discussão inútil. O versículo 12 é um clamor final no escuro: "Quem pode dizer o que é bom para o homem nesta vida, durante os poucos dias da sua vida vazia que passa como uma sombra? Pois quem pode dizer ao homem o que vai acontecer neste mundo depois de ele partir?" (Moffatt).

"Como é impressionante em todo o livro de Eclesiastes a evidência de que, enquanto Salomão, o esbanjador, está dando tudo de si para provar que a vida é fútil e indigna de ser vivida, o Espírito Santo está usando-o para mostrar que essas conclusões são um efeito trágico de se viver meramente 'debaixo do sol' — ignorando o Senhor, longe de Deus o Pai, à margem da influência do Espírito Santo — e ainda assim face a face com os mistérios da vida e da natureza!"4. Atkins comenta sucintamente: "A não ser que haja riqueza na alma, os homens vão para os seus túmulos de mãos vazias".5


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12

Capítulo Seis

A Brevidade e a Futilidade da Vida do Homem Provam a Inutilidade das Coisas. A Frustração dos Desejos e das Esperanças (Ec 6:1-12)

Ec 6:1

Há um mal que vi debaixo do sol. Esta passagem prova a tese que venho defendendo (que é a tese do autor, tão magnificamente declarada em Ec 1:1-3.22): não existem valores reais. Por algum tempo, pode parecer ao homem ter encontrado, nos pequenos prazeres, alguma razão para viver, como se esse fosse o summum bonum da vida (Eclesiastes 5:18-20; conforme notas em Eclesiastes 2:24-25). Mas obter prazer na vida, crendo que há algum bem na vida, é um procedimento enganador.

O que o homem realmente descobre, quando investiga a questão "debaixo ao sol” (aqui, nesta terra miserável), é bastante diferente disso. Há somente o mal que pesa muito sobre um homem (Revised Standard Version, Atualizada). Essa vida vã e pesada foi determinada pelo próprio Deus, pois Ele é a Causa Única de tudo quanto acontece. A teologia dos hebreus era fraca quanto às causas secundárias, pelo que o mal foi determinado por Deus, e planos divinos sinistros tornam a vida dos homens miserável. Os versículos que se seguem fornecem alguns detalhes sobre o desespero que constitui a vida do homem, tudo por decreto divino. Isso, gostemos ou não, é a doutrina do triste e louco filósofo. É inútil tentar corrigir a posição dele, como é inútil acreditar em coisas como essas que distorcem qualquer teoria sã do que constitui a vida humana. Ver no Dicionário o verbete intitulado Problema do Mal, quanto a idéias que a|udam a ilustrar a questão.

Ec 6:2

O homem a quem Deus conferiu riquezas, bens e honra. Um homem que possui riquezas, poder, saúde, honra (coisas boas da vida, aparentemente) não pode desfrutá-las, porque Deus determinou todas as coisas, incluindo o poder de desfrutar ou não dessas coisas. Com uma das mãos, Deus dá a um homem o que. aparentemente, é valioso, mas com a outra, Ele tira todas essas coisas, porquanto também determinou que o homem não poderá desfrutar das coisas boas que lhe foram dadas. Isso contradiz o trecho de Eclesiastes 5:18-20, onde o homem usufrui aquilo que possui. A contradição, porém, é apenas aparente. Em sentido relativo, um homem desfruta de seus prazeres, mas, em sentido absoluto, não há valor algum que ele possa desfrutar. O filósofo niilista é igualmente um relativista. pelo que pode variar sua expressão, sem alterar sua tese. É ridículo interpretar as declarações do autor sagrado de maneira que esse herege se transforme em um rabino ortodoxo. Na realidade, ele é um filósofo especulativo pessimista.

Outra pessoa obterá as vantagens materiais do homem, e isso serve somente para aumentar a sua miséria. Mas essa não é a razão verdadeira pela qual o homem não pode usufruir de suas riquezas e de seus prazeres. Ele é inerentemente incapaz disso, por força de um decreto divino. E, então, circunstancialmente, ele não pode desfrutar dessas coisas para não perder as suas vantagens. Deus também determinou as circunstâncias das perdas do homem. Portanto, conforme dizemos em uma moderna expressão: "Uma pessoa não pode ganhar sem perder”. Em outras palavras, a vitória não pode ser obtida por causa de toda a perda, “Riquezas, bens ou honras” são coisas que os homens muito valorizam, e foram usufruídas, juntamente, no caso de Salomão (2Cr 1:11),

Ec 6:3

Se alguém gerar cem filhos, e viver muitos anos. O autor sagrado apresenta um caso radical, a fim de ilustrar sua tese de que “não existe bem, afinal". Temos aqui um homem que vive longamente (e aparentemente bem); ele tinha cem filhos, e uma prole numerosa era muito valorizada na sociedade dos hebreus (Sl 127:5), no entanto, ele não desfrutava todas as coisas boas que possuía, porquanto Deus resolveu que ele seria incapaz para tanto; além disso e de sua “calamidade por ter nascido um homem”, ele também não recebeu sepultamento decente (tão importante para os hebreus e para outras raças antigas), Teria sido melhor se a mãe desse homem tivesse sofrido um aborto e ele não tivesse vindo à luz. O fato de ele não ter recebido sepultamento decente não deveria desviar nossa atenção da declaração centrai: mesmo que um homem tenha uma vida excelente, ainda assim, por decreto divino, ele não pode desfrutar dela. Deus fez dele o tipo de criatura que é incapaz do verdadeiro aprazimento, Na verdade, nada existe para ser desfrutado, embora existam falsos aprazimentos.

Era melhor ser um natimorto (ver 4:15), ou seja, ter nascido morto, que viver numa morte em vida. Quanto ao infortúnio de não ser apropriadamente sepultado, ver Is 14:19; Jr 22:19. Sepuitar os mortos era um dever piedoso (Tobias 1.18; 2.4-5). Os gregos imaginavam que, se o corpo não fosse devidamente sepultado, isso impediria o avanço da alma em sua transição para a vida além. Os hebreus, naturalmente, não adicionavam essa noção à idéia geral.

Ec 6:4

Pois debalde vem o aborto e em trevas se vai, Na ocorrência da morte, até mesmo um homem de vida excelente chega à vaidade e às trevas. O nome do homem é ofuscado pelas trevas. A história termina em uma melancolia que não pode ser redimida nem modificada. O homem é uma criatura que veio do pó e ao pó voltará (ver Ec 3:20), Por conseguinte, quer um homem nasça, quer seja abortado sem nunca ter visto a vida, é tudo a mesma coisa: nada. Tudo se reduz à mesma miséria, à mesma noite escura. Se um homem não tem um pós-vida, então a única questão realmente vital é se ele cometeu suícidio ou não. Um homem entra na vida em meio à vaidade, e sai da vida em uma noite escura: seu nome se perde; a memória de qualquer ser humano, que foi abortado ou chegou a viver, se perde (Ec 2:16). Ao longo do caminho, vemos alusões a Jó. Ver 4:15, que é paralelo dos vss, 3-4 deste capitulo, na questão da natímortalidade e do aborto.

Ec 6:5

Não viu o sol, nada conhece. O indivíduo abortado tem uma vantagem sobre aquele que chegou a viver: ele nunca viu o sol, pelo que não teve uma vida de miséria "debaixo do sol”, conforme sucede aos outros homens. Portanto, ele teve mais descanso do que outros, gozou de repouso relativo, ou seja, ficou livre da labuta e da miséria que é a vida humana. Essa é a tese do pessimismo: a própria vida é um mal, e seria melhor nunca tè-la vivido. Também seria melhor que Deus quisesse modificar a vida dos homens, para que todas as coisas deixassem de existir e passassem, de uma vez por todas, para o nada. Isso seria a redenção, a única forma de experiência que um homem podería viver. Assim, enquanto no cristianismo a esperança da vida é um glorioso pós-vida. a esperança para o pessimismo é a não-existência, final e absoluta. Ver na Enciclopédia de Bíblia. Teologia e Filosofia o artigo chamado Pessimismo. O pic-r "crime" que nosso homem cometeu foi ter nascido.

Ec 6:6
Ainda que aquele vivesse duas vezes mil anos.
Este versículo é um forte reforço do pessimismo que encontramos no vs. Ec 6:3. Agora, o homem não viverá cem anos, mas ridículos mil anos, e isso duplicado para dois mil! Mas qual seria o bem de vida tão longa, se o homem, na realidade, nunca vivesse nenhum bem duradouro? Afinal, todos os homens vão para o mesmo lugar, o pó, e isso os reduz a nada. quer tenham sido natimortos, quer tenham vivido poucos anos, ou até dois mil anos. Conforme Eclesiastes. 3:18-20, onde os homens são retratados como meros animais que sofrem a mesma sorte de todos os irracionais. Este versículo é uma declaração franca dos verdadeiros sentimentos do autor acerca da vida; todas as demais declarações, que parecem modificar esta afirmativa, permitindo que os prazeres simples da vida tenham algum bem (conforme se vê em Eclesiastes 5:18-20), devem ser compreendidas à luz desse incansável pessimismo.

Ec 6:7

Todo trabalho do homem é para a sua boca. Este versículo significa uma dentre duas coisas: 1. O homem médio vive tão carente, que tudo quanto faz é alimentar-se; ele nada possui de extra, não conta com pequenos prazeres que o mantenham feliz. 2. Ou, então, todos os homens realmente trabalham somente para sua boca. No caso presente, a boca é a representação metafórica de todos os apetites e desejos dos homens, e não meramente sua necessidade de alimento. Seja como for, todo o trabalho é aqui apresentado como uma tentativa para somente satisfazer os apetites, o que não é um objetivo muito nobre. Embora esse objetivo seja tão baixo, nem mesmo isso é plenamente cumprido a ponto de dar satisfação. A satisfação é ilusória, como é ilusório o trabalho do homem para obter satisfação, já que só existem itens de futilidade geral na vida humana. O homem rico. que tem muito mais do que simplesmente o alimento necessário, não está em condições muito melhores que o homem que trabalha arduamente, apenas para comer. Ambos ficam insatisfeitos e para ambos a vida é fútíl e destituída de sentido. O filósofo pessimista deixou completamente de fora qualquer Idéia de um labor digno ser recompensado na outra vida, fato que é tão importante para o cristianismo (ver 1Co 15:58).

Ec 6:8
Pois que vantagem tem o sábio sobre o tolo?
Todos os homens são estultos: existem estultos pobres, preguiçosos, ricos, sábios, laboriosos, estultos que quebram a lei, estultos que guardam a lei, mas todos eles são apenas estultos e terminam no pó de onde vieram. Eles sofrem a mesma sorte que os animais, e foi Deus quem os predestinou para o nada final. Ver Ec 3:20. Espera-se que os ricos tenham valores distorcidos e caminhem nas veredas da iniqüida-de. Talvez os pobres, não sofrendo as tentações que atacam os ricos, andassem em consonância com os ditames da lei mosaica. Os pobres têm uma espécie de sabedoria que escapa aos ricos, mas que bem isso lhes traz? Eles estão a caminho do mesmo zero final que é o alvo dos ricos. Mediante tal convicção, esse triste e pessimista filósofo nega qualquer valor nos ensinos da escola de sabedoria. "Que vantagem tem o sábio sobre o estulto, o homem de compreensão sobre aquele que vive impensadamente?” (Galling, em den Tag laben), que é um sentido possível deste versículo. O autor fez uma pergunta retórica para a qual esperava uma resposta negativa: "Não há nenhuma vantagem no caso do sábio!”.

Ec 6:9

Melhor é a vista dos olhos do que o andar ocioso da cobiça. Este versículo parece levar-nos de voita ao tema de Eclesiastes 2:24-25 (ver as notas expositivas). O que um homem pode ver, o que pode ser realizado (em vez de apenas desejado), são os prazeres simples da vida. Portanto, que o leitor se ocupe deles, e não da busca de grandes desejos, Seja como for, você terminará na mesma vaidade e na perseguição do vento, que não se pode apanhar com as mãos; o autor enfatizou a segunda possibilidade como a mais aparentemente fútil.

Esta declaração sobre o correr atrás do vento é usada nove vezes no livro de Eclesiastes, e o presente versículo é a nona ocorrência (ver também Ec 1:14; Ec 2:11,Ec 2:17,Ec 2:26; Ec 4:4,Ec 4:6,Ec 4:16). “Essa frase abre apropriadamente e conclui a primeira metade do livro sobre a futilidade das realizações humanas” (Donald R. Glenn, in loc.). O homem sábio reconhecerá a vantagem da inquirição simples, embora, no fim, nenhuma inquirição signifique coisa alguma. Desenvolví este tema niilista em Eclesiastes 2:24-25, O vs. Ec 6:6 deve ser mantido diante de nossos olhos como chave para a interpretação do texto. Embora a maneira simples pareça a melhor, pelo que deve ser seguida, na realidade não há valores, nenhuma busca é frutífera. O triste filósofo deixou suas avaliações relativas, passando para as absolutas; mas as avaliações relativas não deveríam enevoar o verdadeiro significado de sua filosofia. Ocasionalmente, o autor sagrado recomendou males menores em vez de grandes males. Para ele nada há de inerente e verdadeiramente bom, nem qualidade alguma que perdure.

Ec 6:10
A tudo quanto
de vir já se lhe deu o nome. O autor sagrado volta aos seus eternos e repetitivos ciclos de vaidade, divínamente decretados, o que os torna inevitáveis. Cf. Ec 3:15, onde há notas expositivas sobre o conceito. Temos sido condicionados a pensar que Deus predestinou os bons (ver Rm 8:28

É certo que há multas cousas que só aumentam a vaidade. Este versículo expande a vã argumentação dos homens e o amontoado de palavras vazias, na tentativa de disputar com Deus, já mencionados no vs. Ec 6:10. Quanto mais palavras um homem conseguir amontoar, mais vaidade estará gerando, pelo que é melhor manter-se calado e aceitar o terrível poder absoluto que o condenou à vaidade absoluta. Quanto mais o homem argumentar com o Deus voluntarista, menos realizará (conforme Eclesiastes 10:12-15). Ver, na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, o verbete denominado Voluntarismo.

Ec 6:12

Pois quem sabe o que é bom para o homem durante os poucos dias da sua vida...? Somente Deus sabe o que é melhor para o homem nesta vida. Mas, no contexto da filosofia do enlouquecido autor, o que é bom não foi definido da maneira conforme o homem o define. De fato, o que é bom, assim o é porque Qeus o quis, e não por ser bom em si mesmo, de acordo com as definições humanas. Isso reflete um voluntarismo puro, segundo o qual a vontade é suprema e a razão não pode chamar a questão à responsabilidade; nem os valores humanos podem chamá-la à prestação de contas. Mediante tais definições, Deus é a Causa Única e a Vontade Pura. O que Deus faz é bom, embora possa significar sofrimento, desastre, destruição e o nada final para o homem. O homem não seria melhor que os animais irracionais e terminaria, juntamente com eles, no esquecimento (Eclesiastes 3:18-20). De acordo com essa teoria, todos os males que Deus preordenou para o homem servem somente para mostrar-lhe que criatura miserável ele é, e como não merece nem obtém consideração alguma. O homem ímpio foi criado por Deus a fim de que o Senhor possa julgá-lo. Justiça e opressão são obras de Deus (Ec 3:16)!

O homem passa seus poucos dias de vida como uma sombra e em sofrimento constante. Os homens não compreendem essas coisas nem deveríam entendê-las. Quanto à vida como uma sombra, ver Ec 8:13 e 14:2. É inútil tentar reconciliar essa triste e insana filosofia do autor sagrado com qualquer sã filosofia de outras Escrituras.


Champlin - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 versículo 5
Não viu o sol:
Isto é, gozar a vida neste mundo, onde a luz é agradável (Ec 11:7), em oposição ao Sheol ou Reino dos mortos (ver Sl 6:5,), onde os dias de trevas serão muitos (Ec 11:8). Ver Reino da morte na Concordância Temática.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
*

6:2

Deus. As riquezas e a pobreza, bem como a capacidade ou incapacidade de desfrutar dos próprios recursos, são decretadas por Deus.

não lhe concede que disso coma. Isso envolve controle sobre o gerenciamento das riquezas, e não meramente o prazer derivado de gastá-las.

*

6:3

se a sua alma não se fartar do bem. Viver descontente com a abundante provisão de Deus é uma grande tragédia.

*

6:6

para o mesmo lugar. O caso daqueles que vivem muito tempo no descontentamento é mais patético do que a de uma criança nascida morta. A criança que nasce morta pelo menos não passa muitos anos na miséria auto-infligida da ingratidão.

*

6:7

nunca se satisfaz o seu apetite. Novamente, o trabalho terreno, por si mesmo, não preenche o vazio da alma (1.8).

*

6:8

Ou o pobre que sabe andar perante os vivos. Esses, embora pobres, que sabem como viver eficazmente no mundo, evitam o descontentamento de desejos loucos e insatisfeitos.

*

6:10

já se lhe deu o nome, e sabe-se. Deus identifica cada pessoa como um pecador (7.20).

contender. Ninguém, à parte de Cristo, tem defesa contra Deus.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
6.1-8.15 Nesta seção Salomão mostra que ter a atitude correta a respeito de Deus pode nos ajudar a lutar com as injustiças pressente. A prosperidade não sempre é boa e a adversidade não sempre é má. Entretanto, Deus é bom sempre, e se vivermos como O, experimentaremos contentamiento.

6.1-6 "Deus não lhe dá faculdade de desfrutar disso" provavelmente se refere a que a pessoa morre. Até se vivesse uma larga vida, ao final carece de sentido (é vaidade) em si mesmo porque um não se pode levar as riquezas materiais. Todos morremos. Tanto os ricos como os pobres terminam na tumba. Muita gente trabalha arduamente para prolongar a vida e melhorar sua condição física, mas não investem nem sequer o mesmo tempo ou esforço em sua saúde espiritual. Quão curto de vista é o que se esforça por prolongar esta vida e não dá os passos necessários para ganhar a vida eterna.

6:6 "Não vão todos ao mesmo lugar?" significa que todos morrem.

6:9 "Mais vale vista de olhos que desejo que passa" se refere a perder tempo em sonhar e desejar o que um não tem.

6:10 Deus conhece e dirige tudo o que acontece. Deus tem as rédeas de nossa vida, embora às vezes não o pareça. Como seres criados, resulta muito parvo de nossa parte discutir com nosso Criador, quem nos conhece completamente e pode ver o futuro. (Veja-se também Jr 18:6; Rm 9:19-24.)

6:12 Salomão está assinalando a profunda verdade de que não podemos predizer o que nos proporciona o futuro. O único que conhece o que acontecerá depois de que nos tenhamos ido é Deus. Nenhum humano conhece o futuro, assim que cada dia deve viver-se por seu próprio valor. Salomão está rebatendo a noção de que o homem pode fazer-se carrego de seu próprio destino. Em todos nossos planos devemos voltar a vista a Deus, não só para o futuro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
4. Não Under the Sun (6: 1-12)

Mais cedo Qoheleth falou da incerteza das riquezas (Ec 5:13) para ilustrar o poder do apetite do homem para consumi-lo. Nesse sentido, ele se pergunta sobre a superioridade do homem sábio sobre o tolo. Esperança do homem não é nem em sabedoria, nem na loucura. Houve homens sábios que conheciam pouco mais de satisfação real do que o tolo. Houve homens pobres que ganharam compreensão e aprenderam a enfrentar a vida. É melhor ser pobre e aprender a viver com as próprias circunstâncias do que ter muito e ser consumido com um desejo que destrói todas as alegrias. Novamente Qoheleth cita um provérbio (Ec 6:9 ). Ele é muito fraco para contender com o que é mais poderoso do que ele -Deus. A palavra traduzida como lidar é a palavra usada para combater um caso em um tribunal. O homem não é suficiente para tal controvérsia com Deus. Note-se a tradução da Bíblia Anchor do versículo 11 : "Para os mais ele fala, mais sem sentido, torna-se. Como o homem lucro com isso? "Para o homem é ignorante, bem como fraco. Não há ninguém debaixo do sol que pode dizer-lhe o que é bom para ele, como gastar seus breves dias aqui, ou o que virá depois dele debaixo do sol. Que maior necessidade do coração e da mente humana Qoheleth não tem sido capaz de encontrar com a sua pesquisa. Poderia ser este o caminho de Qoheleth de nos dizer que ele foi procurando no lugar errado?


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
  • As riquezas que Deus distribui de acordo com sua vontade (Ec 4:0;Ec 6:0)
  • Esses capítulos discutem o sentido da riqueza. Por que uma pessoa é rica e outra, pobre? Por que há in-justiça e desigualdade no mundo? Porque Deus tem um plano para nós, a fim de que não confiemos nas riquezas incertas, mas no Se-nhor. Não viva para as riquezas, mas use-as de acordo com a vonta-de do Senhor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    6.6 Mesmo lugar. Fala do túmulo, da terra. Não nega a imortalidade da alma, nem a existência do céu ou inferno, que o AT conhece tão bem como o NT (conforme Sl 16:11; Ec 12:7; Is 25:8; Is 35:10; Is 49:10; Is 53:5; Is 60:20; Is 65:17; Is 66:22; Ez 12:1,Ez 12:2).

    6.7 Paro a sua boca. Não que Salomão quisesse que assim fosse, mas está apenas esclarecendo que, em geral, é o seguinte: nada de idealismo!

    6.9 É melhor estar a desenvolver um plano bom e razoável, do que ficar suspirando por circunstâncias ideais, nas quais enfrentar-se-ia a vida com coragem, fé e energia.

    6.10 Este versículo bastante obscuro parece dizer que o homem não pode opor-se aos desígnios divinos, quanto ao caminho de sua própria vida. Lamentavelmente, o homem tem a triste tendência de se opor à benevolência universal (1Tm 2:4; 2Pe 3:9) quanto à sua alma, e, assim, perece por sua própria culpa (Mt 23:37, At 13:46; At 7:51).

    6.11 Que aproveita...? Conforme 5:18-20n.

    6.12 Quem sabe...? Só Deus o sabe. Jesus responde a tais perguntas em Mc 8:34-41; Lc 12:15, Jo 3:36. Da Escritura sabemos do futuro dos "mortos no Senhor” A certeza da bem-aventurança deve dourar os "poucos dias da vida" que aqui vivemos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    No entanto, nem todos que têm os recursos podem desfrutar deles. Uma pessoa que tem todas as coisas boas da vida pode morrer sem ter usufruído tudo isso, e outra pessoa ganha os benefícios (6.1,2). Um homem pode viver uma vida longa e ser próspero, mas, se não desfruta do que tem, então um bebê natimorto está em melhor situação do que ele (v. 3-6). Não importa quanto um homem trabalha para prover sua subsistência, ele nunca está satisfeito. Que vantagem ele tem, então, em estar sempre se esforçando para melhorar sua situação de vida? E melhor que encontre alegria no que ele tem do que estar sempre se esforçando para ter mais (v. 7-9). Afinal, ele não pode mudar o curso dos eventos que Deus determinou. Argumentar com Deus é desperdiçar palavras, seja acerca do que é melhor para o homem durante sua breve vida na terra, seja acerca do que vai acontecer depois da morte (v. 10-12).
    5.9. O texto sofreu na transmissão e é traduzido de diversas maneiras. A versão que melhor cabe no contexto talvez seja a da NTLH: “Toda gente tira proveito da terra, mas o rei depende daquilo que recebe das colheitas”, v. 11. Mais riquezas, mais parasitas; mais posses para admirar, mas menos prazer. Aqui se reflete o ponto de vista do autor entre as classes mais elevadas, como também nos v. 12,14a. v. 17. nas trevas-, tão pão-duro que ele comeu a comida no escuro para economizar o óleo da lamparina, mas o sentido pode ser metafórico, i.e., em amargura e tristeza. v. 18. A sabedoria convencional ensinava que quem obedecia à vontade de Deus era feliz; Eclesiastes ensina que quem é feliz está obedecendo à vontade de Deus (v. comentário Dt 2:26).

    6.3. nem ao menos recebe um enterro digno-. ele tem a desgraça de morrer esquecido, v. 4,5. ela-, a criança natimorta, o seu nome fica escondido-, não deixa nome. E esquecida, v. 6. para o mesmo lugar, o Sheol, o mundo dos mortos. “Tanto o feto quanto o homem que vive dois mil anos terminam no Sheol, e a jornada mais curta é preferível, diz Qohelet” (Jones). v. 7. Um provérbio; assim também o v. 9a. O autor toma esses provérbios um tanto desconexos e com eles tece o seu argumento coerente (v. antes), v. 9. “Melhor uma alegria na mão do que o anseio por prazeres distantes” (Gordis). v. 10. recebeu nome: está determinado. O autor resume ao voltar a um dos seus temas principais, v. 12. A vida é vazia porque é determinada de fora, e o homem não pode fazer nada para mudar isso.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 9

    Eclesiastes 6

    B. Pela Riqueza que Não Pode Ser Desfrutada. Ec 6:1-9. Uma das maiores infelicidades da vida é que o homem pode ter riquezas sem poder desfrutar delas, ou por causa de uma morte precoce ou talvez por causa de um espírito de avareza que não permitirá que seja satisfeito.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Eclesiastes Capítulo 6 do versículo 1 até o 12
    Ec 6:3

    E além disso não tiver um enterro (6.3). Tem sido sugerido que esta cláusula foi deslocada e que pertence ao vers. 5; certamente pareceria ser um fim mais provável para um nascimento fora do tempo do que para um homem que gerou cem filhos, onde é extravagantemente inapropriado.

    >Ec 6:10

    2. DO DESTINO HUMANO (Ec 6:10-21). A natureza e o destino do homem são determinados por Alguém mais poderoso que ele, e o homem não pode contender com seu Criador, nem adicionar à sua estatura um cúbito. Todos os seus esforços para encontrar substância permanente nesta vida transitória resultam em vaidade, e deixam-no a enfrentar a questão final.


    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Descanso

    substantivo masculino Período de folga; tempo em que não se trabalha; repouso.
    Falta de ocupação; tempo dedicado ao ócio; vagar.
    Maneira de se comportar que denota tranquilidade; sossego; paz de espírito.
    Ausência de pressa; em que há lentidão; morosidade.
    Figurado Objeto que pode ser usado para dar suporte a certos utensílios domésticos: descanso de travessa; descanso de panela.
    Espaço situado entre dois patamares sucessivos de uma escada.
    Ação ou efeito de descansar, de se livrar de uma atividade cansativa.
    Etimologia (origem da palavra descanso). Forma regressiva de descansar.

    repouso, quietação (quietude), tranquilidade, sossego, paz, serenidade, calma, placidez, bonança. – Segundo fr. S. Luiz – “descanso é a cessação de movimento, ou de trabalho, que causou fadiga ou moléstia. – Repouso é simplesmente cessação de movimento. – Quietação exprime carência de movimento57. – Tranquilidade exprime um estado isento de toda perturbação ou agitação. – Sossego exprime a tranquilidade subsequente ao estado de perturbação ou agitação. – Paz é o estado de tranquilidade a respeito de inimigos que poderiam perturbar-nos ou inquietar-nos. – Serenidade é a tranquilidade que reluz no exterior, que se mostra nas aparências. Falando do homem, quietação, repouso e descanso dizem respeito mais imediato ao corpo; tranquilidade, sossego e paz 57 Há sensível diferença entre quietação e quietude. Dizemos: quietude do lar doméstico e não – quietação, pelo menos, não com a mesma propriedade, salvo exprimindo ação. – Quietação é o “estado, ou a ação de pôr em estado de repouso, silêncio, imobilidade”; quietude é a “qualidade de ser ou estar quieto, é o sossego moral, a tranquilidade de espírito, a doce paz do coração”. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 347 referem-se mais propriamente ao espírito; e serenidade exprime o estado do espírito manifestado no semblante e nas mais aparências. Assim: um homem está em quietação quando se não move; está, ou fica em repouso, quando cessou de fazer movimento; e está, ou fica em descanso, quando cessou de fazer algum movimento ou trabalho que lhe causou fadiga e cansaço. Um homem está tranquilo (ou em estado de tranquilidade) quando nada perturba ou agita o seu espírito; está, ou fica em sossego, quando, depois de perturbado e agitado, recobra a sua tranquilidade; está em paz, quando nenhum inimigo o inquieta; está em serenidade, quando o seu semblante, e toda a sua continência mostra a tranquilidade do seu espírito e a paz do seu coração: quase da mesma sorte que dizemos – estar o céu sereno, quando nas suas aparências indica não haver perturbação, ou agitação dos elementos. Pode finalmente o homem estar em quietação, repouso, ou descanso, sem gozar tranquilidade; e pode viver tranquilo no meio dos trabalhos e fadigas. Mas todos estes vocábulos aplicam-se também às coisas, e não só ao homem. Assim, dizemos que um corpo está em quietação, repouso, ou descanso; e dizemos que o mar está tranquilo, que o vento sossegou, que a república está em paz, que o céu está sereno, etc.” – Calma é a quietação como alívio; revela pelo exterior, muitas vezes, o que não está, ou mesmo o contrário do que está oculto, ou – aplicada em sentido moral – no espírito. E tanto que não é de rigorosa propriedade dizer – a “calma do meu espírito”. O doente está em calma (isto é – cessou de agitar-se, de gemer, de afligir-se porque abrandou ou cessou a dor que o afligia.) – Placidez é o estado de quietação, descanso e serenidade que revelam ou indicam sossego, brandura de coração. – Bonança é a paz de espírito, a tranquilidade que sugere ausência de males e aflições da vida.

    [...] O descanso, pois, além da morte, para as criaturas de condição mais elevada deixa, assim, de ser imersão mental nas zonas obscuras para ser vôo de acesso aos domínios superiores da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9


    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Nunca

    advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
    De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
    De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
    Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
    Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.

    Sol

    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.

    substantivo masculino Estrela ao redor da qual giram a Terra e outros planetas.
    Por Extensão O período diurno, matutino; o dia em oposição à noite.
    A luz e o calor emanados por essa Estrela: evitava o sol do meio-dia.
    A imagem do Sol, basicamente um círculo com raios que saem do seu contorno.
    Figurado Ideia influente ou princípio que influencia.
    P.met. Aquilo que ilumina, guia; farol.
    [Astronomia] Qualquer estrela que faça parte do sistema planetário.
    Etimologia (origem da palavra sol). Do latim sol.solis.
    substantivo masculino A quinta nota musical da escala de dó.
    O sinal que representa essa nota.
    Primeira corda do contrabaixo; quarta corda do violino; terceira nota do violoncelo.
    Etimologia (origem da palavra sol). Da nota musical sol.

    o ‘luzeiro maior’ de Gn 1:16-18o nome ocorre pela primeira vez em Gn 15:12. o culto prestado ao Sol era muito seguido na antigüidade, e ainda está largamente espalhado no oriente. os israelitas foram ensinados a não praticar essa adoração (Dt 4:19 – 17.3). (*veja Bete-Horom, Heres, idolatria, Josué, Estrela.)

    [...] é o centro vitalizador do nosso sistema estelar. Mas assim como existem sistemas solares, existem também sistemas anímicos. O Sol dos Espíritos que habitam em nosso mundo é o Cristo Jesus. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 1

    O Sol, gerando energias / – Luz do Senhor a brilhar – / É a força da Criação / Servindo sem descansar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    O Sol é essa fonte vital para todos os núcleos da vida planetária. Todos os seres, como todos os centros em que se processam as forças embrionárias da vida, recebem a renovação constante de suas energias através da chuva incessante dos átomos, que a sede do sistema envia à sua família de mundos equilibrados na sua atração, dentro do Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 10

    [...] Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do autor da Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 3

    Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol! Na Natureza física, é a mais alta imagem de Deus que conhecemos. Temo-lo, nas mais variadas combinações, segundo a substância das esferas que habitamos, dentro do siste ma. Ele está em “Nosso Lar”, de acordo com os elementos básicos de vida, e permanece na Terra segundo as qualidades magnéticas da Crosta. É visto em Júpiter de maneira diferente. Ilumina 5ênus com outra modalidade de luz. Aparece em Saturno noutra roupagem brilhante. Entretanto, é sempre o mesmo, sempre a radiosa sede de nossas energias vitais!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 33

    O Sol constitui para todos os seres fonte inexaurível de vida, calor e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 42


    Sol Uma das demonstrações da bondade de Deus

    que atinge as pessoas, seja qual for seu caráter

    (Mt 5:45). Quando Jesus morreu na cruz, o sol

    escureceu (Lc 23:45). Simbolicamente significa

    o resplendor dos justos e de Jesus (Mt 13:43; 17,2)

    ou, em um contexto apocalíptico, a mudança de

    condições (Mt 24:29; Lc 21:25).


    Tal

    substantivo masculino e feminino Pessoa sobre quem se fala, mas de nome ocultado: estava falando do tal que me criticou.
    Uso Informal. Quem se destaca ou expressa talento em: se achava o tal, mas não sabia nada.
    pronome Este, esse, aquele, aquilo: sempre se lembrava de tal situação; tal foi o projeto que realizamos.
    Igual; que se assemelha a; de teor análogo: em tais momentos não há nada o que fazer.
    Dado ou informação que se pretende dizer, mas que não é conhecida pelo falante: livro tal.
    Informação utilizada quando se pretende generalizar: não há como combater a pobreza em tal país.
    advérbio Assim; de determinado modo: tal se foram as oportunidades.
    Que tal? Indica que alguém pediu uma opinião: Olha o meu vestido, que tal?
    Um tal de. Expressão de desdém: apareceu aqui um tal de João.
    De tal. Substitui um sobrenome que se desconhece: José de tal.
    Etimologia (origem da palavra tal). Do latim talis.e.

    tal pron. 1. Igual, semelhante, análogo, tão bom, tão grande. 2. Este, aquele; um certo. 3. Isso, aquilo. S. .M e f. 1. Pessoa de mérito em qualquer coisa. 2. Pop. Pessoa que se julga ser a mais importante entre outras; o batuta, o notável. Adv. Assim mesmo.

    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (o aborto)
    Eclesiastes 6: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E ainda que nunca viu o sol, nem conheceu nada, mais descanso tem este (o aborto) do que aquele.
    Eclesiastes 6: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    937 a.C.
    H1571
    gam
    גַּם
    também / além de
    (also)
    Advérbio
    H2088
    zeh
    זֶה
    Esse
    (This)
    Pronome
    H3045
    yâdaʻ
    יָדַע
    conhecer
    (does know)
    Verbo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5183
    Nachath
    נַחַת
    calma, tranqüilidade
    ([our] rest)
    Substantivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H8121
    shemesh
    שֶׁמֶשׁ
    o sol
    (the sun)
    Substantivo


    גַּם


    (H1571)
    gam (gam)

    01571 גם gam

    por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

    1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
      1. também, ainda mais (dando ênfase)
      2. nem, nem...nem (sentido negativo)
      3. até mesmo (dando ênfase)
      4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
      5. também (de correspondência ou retribuição)
      6. mas, ainda, embora (adversativo)
      7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
    2. (DITAT) novamente, igualmente

    זֶה


    (H2088)
    zeh (zeh)

    02088 זה zeh

    uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

    1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (encliticamente)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. pelo que
        6. eis aqui
        7. imediatamente
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. neste (lugar), então
        2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. Apesar disso, qual, donde, como

    יָדַע


    (H3045)
    yâdaʻ (yaw-dah')

    03045 ידע yada ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

    1. conhecer
      1. (Qal)
        1. conhecer
          1. conhecer, aprender a conhecer
          2. perceber
          3. perceber e ver, descobrir e discernir
          4. discriminar, distinguir
          5. saber por experiência
          6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
          7. considerar
        2. conhecer, estar familiarizado com
        3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
        4. saber como, ser habilidoso em
        5. ter conhecimento, ser sábio
      2. (Nifal)
        1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
        2. tornar-se conhecido
        3. ser percebido
        4. ser instruído
      3. (Piel) fazer saber
      4. (Poal) fazer conhecer
      5. (Pual)
        1. ser conhecido
        2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
      6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
      7. (Hofal) ser anunciado
      8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    נַחַת


    (H5183)
    Nachath (nakh'-ath)

    05183 נחת Nachath

    procedente de 5182; DITAT - 1323a,1351a; n f/m

    1. calma, tranqüilidade
      1. tranqüilidade, atitude calma
      2. descanso (referindo-se à morte)
    2. descida (referindo-se ao julgamento)

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    שֶׁמֶשׁ


    (H8121)
    shemesh (sheh'-mesh)

    08121 שמש shemesh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser brilhante; DITAT - 2417a; n. f./m.

    1. sol
      1. sol
      2. nascer do sol, nascente, leste, pôr do sol, oeste (referindo-se à direção)
      3. sol (como objeto de culto ilícito)
      4. abertamente, publicamente (em outras expressões)
      5. pináculos, baluartes, escudos (resplandecentes ou reluzentes)