Enciclopédia de Daniel 8:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 8: 23

Versão Versículo
ARA Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e especialista em intrigas.
ARC Mas, no fim do seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, se levantará um rei, feroz de cara, e será entendido em adivinhações.
TB Nos últimos dias dos seus reinos, quando os transgressores tiverem chegado ao auge, levantar-se-á um rei, feroz de cara e entendedor de enigmas.
HSB וּֽבְאַחֲרִית֙ מַלְכוּתָ֔ם כְּהָתֵ֖ם הַפֹּשְׁעִ֑ים יַעֲמֹ֛ד מֶ֥לֶךְ עַז־ פָּנִ֖ים וּמֵבִ֥ין חִידֽוֹת׃
BKJ E no último momento do seu reino, quando os transgressores tiverem chegado ao ápice, um rei de semblante violento e que entende sentenças obscuras levantar-se-á.
LTT Mas, no fim do reinado deles, quando os transgressores tiverem sido completados, se levantará um rei, feroz de semblante e entendido em sentenças enigmáticas.
BJ2 E no fim do seu reinado, quando chegarem ao cúmulo os seus pecados,[r] levantar-se-á um rei de olhar arrogante, capaz de penetrar os enigmas.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 8:23

Gênesis 15:16 E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.
Números 24:24 E as naus das costas de Quitim afligirão a Assur; também afligirão a Héber; e também ele será para perdição.
Deuteronômio 28:50 nação feroz de rosto, que não atentará para o rosto do velho, nem se apiedará do moço.
Ezequiel 38:8 Depois de muitos dias, serás visitado; no fim dos anos, virás à terra que se retirou da espada e que veio dentre muitos povos aos montes de Israel, que sempre serviram de assolação; mas aquela terra foi tirada dentre os povos, e todos eles habitarão seguramente.
Ezequiel 38:16 e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti os seus olhos, ó Gogue.
Daniel 7:8 Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.
Daniel 7:11 Então, estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que provinha da ponta; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo.
Daniel 7:20 e também das dez pontas que tinha na cabeça e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que falava grandiosamente, e cuja aparência era mais firme do que o das suas companheiras.
Daniel 7:25 E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.
Daniel 8:9 E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa.
Daniel 8:25 E, pelo seu entendimento, também fará prosperar o engano na sua mão; e, no seu coração, se engrandecerá, e, por causa da tranquilidade, destruirá muitos, e se levantará contra o príncipe dos príncipes, mas, sem mão, será quebrado.
Daniel 10:14 Agora, vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.
Daniel 11:21 Depois, se levantará em seu lugar um homem vil, ao qual não tinham dado a dignidade real; mas ele virá caladamente e tomará o reino com engano.
Daniel 11:24 Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província e fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais; repartirá entre eles a presa, e os despojos, e a riqueza e formará os seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo.
Mateus 23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
I Tessalonicenses 2:16 E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.
II Tessalonicenses 2:9 a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,
I Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
Apocalipse 13:11 E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.
Apocalipse 19:20 E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27

SEÇÃO III

O APOCALIPSE HEBRAICO

(UMA MENSAGEM PARA O Povo ESCOLHIDO, EM HEBRAICO) Daniel 8. 1-12. 13

Keil considera o capítulo 8 o início da segunda parte do livro de Daniel. Ele sugere o seguinte título para essa parte: "O Desenvolvimento do Reino de Deus".' Isso está de acordo com a análise anterior do livro (veja comentários em Daniel 1:1-2 e o parágrafo introdutório em Daniel 7:1-28).

A. A VISÃO DE DANIEL DE IMPÉRIOS EM GUERRA, Daniel 8:1-27

A visão do capítulo 8 retrata o povo de Deus diante da ascensão e queda do segundo e do terceiro império mundial descritos no capítulo 7.

1. A Guerra do Carneiro e do Bode (8:1-12)

a) Ocasião e lugar da visão (8:1-12). No ano terceiro do reinado do rei Belsazar. Haviam passado dois anos (cf. Daniel 7,1) desde a visão de Daniel a respeito dos quatro reinos mundiais. Se o exílio de Daniel ocorreu quando ele tinha entre quinze e vinte anos, ele deveria ter agora em torno de 75 anos. Ele havia servido sua geração de forma distinta debaixo do grande rei Nabucodonosor. No governo dos reis subseqüentes, Daniel pare-ce não ter tido a mesma notoriedade pública. Mas ele continuava sendo um homem de Deus e com o passar dos anos havia se tornado mais maduro e sábio. Deus estava prestes a desvendar-lhe os segredos mais preciosos do seu plano para Israel e para a humanidade. O local era Susã (2), a cidadela (palácio) de verão dos reis da Pérsia, que ficava a cerca de 300 quilômetros a leste da Babilônia (veja mapa 1). O rio Ulai era um canal que conectava os rios Kerkha e Karun.

  1. O carneiro medo-persa (8:3-4). Na primeira visão de Daniel no capítulo 7, os ani-mais que simbolizavam o poder mundial eram animais selvagens. Agora a disposição da visão muda e dois desses mesmos poderes mundiais aparecem como animais domestica-dos — um carneiro e um bode. Será que é possível que o Espírito de Deus esteja retratan-do aqui mais uma importante fase da vida humana e da história, ou seja, o aspecto cultural? Enquanto Daniel 7 ressalta o poder político das nações, o capítulo 8 destaca as influências culturais. Se concordarmos com essa hipótese, é possível imaginar que esses dois aspectos, provenientes de dois reinos diferentes, convirjam em dado momento em uma manifestação culminante do mal, ou seja, no surgimento do Anticristo.

Qualquer que seja o significado da mudança da natureza dos animais, o carneiro e o bode logo estavam furiosamente em guerra. O carneiro aparece primeiro, dando marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia ("para o sul", NVI; v. 4). Keil sugere que a direção das marradas parece indicar que os avanços para o oriente não eram tão estrategicamente importantes comparados com os feitos em outras direções. Tanto Ciro quanto Dario lideraram campanhas bem-sucedidas para o Oriente, em direção à índia, mas é o seu impacto ocidental que mais seriamente afetou a história.'

O animal de duas pontas (dois chifres), com a segunda crescendo mais que a primei-ra, claramente sugere a história medo-persa. Ciaxerxes, da Média, era um líder podero-so que se aliou ao caldeu Nabopolassar e seu filho, Nabucodonosor, para derrubar o império assírio em 612 a.C. Ao lado da Babilônia, a Média era um poder dominante dos seus dias. Mas a bravura do talentoso Ciro (que a tradição diz ser o neto de Astiages, rei dos medos) logo se tornou evidente, e ele rapidamente ascendeu até o topo da aliança medo-persa.
A palavra animais (chayywoth) significa criaturas viventes em geral e podem ser tanto selvagens quanto domesticados. "Nenhuma criatura vivente podia ficar diante dele, e não havia quem pudesse livrar-se do seu poder; e ele fazia o que bem desejava e tornou-se grande" (4, lit.). E se engrandecia (higddil) não significa aqui "tornar-se arrogante" mas, sim, "fazer grandes coisas". Isso se repete no versículo 8; cf. Sl 126:2-3: "Grandes coisas fez o SENHOR por mie.'

  1. O bode grego (8:5-12). Um novo elemento entra na história com essa cena. Até aqui o centro gravitacional do poder mundial era no Oriente. Agora, pela primeira vez, o Ocidente entra em cena. Eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra (5). O ataque do bode sobre o carneiro foi rápido e avassalador. E vi [...] irritar-se contra ele [...] e feriu o carneiro (7) ; i.e.: "em furor chifrou-o" (Berkeley). Não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão.
  2. O chifre quebrado e seus quatro sucessores. No apogeu do poder do bode, a grande ponta foi quebrada (8) e no seu lugar quatro outros chifres (pontas) subiram. O signi-ficado aqui claramente se refere a quatro reis e seus reinos que os sucederam.
  3. O pequeno chifre que se tornou grande. Enquanto Daniel observava, uma coisa impressionante começou a acontecer. Um dos quatro chifres fez brotar uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito (9). A terra formosa era "a terra de Israel" (LP). A mesma palavra "cresceu muito" (gaddal) é usada aqui como nos versículos 4 e 8. Mas o contexto descreve outro tipo de crescimento, um crescimento maligno. O orgulho cres-cente do desprezível chifre pequeno o faz se exaltar até mesmo contra o príncipe do exército (11). Ele procura atacar a Deus ao destruir alguns do exército e estrelas (10; seus santos).

Muita divergência envolve a identificação do príncipe do exército. Alguns têm conjecturado que esse príncipe se refere ao sumo sacerdote Onias, no tempo de Antíoco Epifânio. Outros acreditam ser o Israel de Deus. Será que não poderia ser que aqui vemos mais uma vez o eterno Cristo pré-encarnado, que apareceu a Josué, dizendo: "mas venho agora como príncipe [`capitão'] do exército do SENHOR" (Js 5:14) ? O príncipe se refere claramente à autoridade divina que governa sobre os santos de Deus. Quem me-lhor poderia preencher o papel do Príncipe Ungido preordenado do povo de Deus do que a Segunda Pessoa da Trindade divina?

Para executar seus propósitos profanos, o chifre pequeno pára o sacrifício diário e viola a santidade do santuário (11). Esse era um tempo em que as restrições contra o mal e os malfeitores foram removidas. "Como resultado, a verdade e a justiça pereceram e o mal triunfou e prosperou" (12, LP).

2. O Significado da Visão (Daniel 8:13-27)

  1. "Quanto tempo?" (Daniel 8:13-14). Deus revelou a Daniel por meio da conversa de seres santos que o tempo do mal não seria prolongado. A pergunta era: Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora, para que seja entre-gue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? (13). E a resposta veio: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado (14). De que maneira devemos entender essa simbologia de números? Jerônimo apresenta uma inter-pretação muito simples e sensata:

Se lermos os livros dos Macabeus e a história de Josefo, vamos encontrar registrados lá que [...] Antíoco entrou em Jerusalém e, depois de provocar uma de-vastação geral, voltou novamente no terceiro ano e ergueu a estátua de Júpiter no Templo. Até o tempo de Judas Macabeu [...] Jerusalém ficou devastada por um pe-ríodo de seis anos, e por três anos o Templo ficou maculado — totalizando dois mil e trezentos dias mais três meses.'

  1. Gabriel, o mensageiro de Deus (8:15-19). Daniel ficou profundamente assombrado com a visão que teve, mas ele rapidamente encontrou uma resposta quando se apresen-tou diante dele um ser na semelhança de homem (15) — um mensageiro especial enviado por Deus. Era Gabriel (16) que apareceu, anunciado pela voz de homem. Acerca de margens do Ulai, cf.comentários do versículo 2.

Gabriel (hb., "Deus mostrou-se poderoso") é bastante conhecido nas Escrituras. Ele era o mensageiro de Deus para Daniel (8.16; 9,21) e o mensageiro da anunciação do nascimento de João Batista, bem como do nascimento de Jesus (Lc 1:9-26). Ao idoso Zacarias, Gabriel explica sua posição: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas" (Lc 1:19).5

Em seu terror diante da presença do anjo, Daniel escreve: "caí prostrado [...] En-quanto ele falava comigo, eu, com o rosto em terra, perdi os sentidos. Então ele tocou em mim e [...] disse: 'Vou contar-lhe o que acontecerá depois [...] pois a visão se refere ao tempo do fim' (17-19, NVI).

c) A interpretação (Daniel 8:20-27).

  1. O carneiro —medo-persa (8.20). A identificação dessa criatura turbulenta é direta e inequívoca. Trata-se da Média e da Pérsia (20), em sua ascensão ao poder. Ciaxerxes, o grande líder medo dos dias de Nabucodonosor, tinha levado seu país ao poder e prestí-gio. Com a Lídia a noroeste, a Média tinha sido um dos aliados vitoriosos dos babilônios na subjugação da Assíria. Na época da queda de Nínive, em 612 a.C., a Pérsia era um pequeno e insignificante país ao sul e leste da Média e do Elão. Mas quando o jovem gênio Ciro surgiu, ele se moveu rapidamente para controlar toda a terra. Seus aliados e parentes eram os medos.

Jerônimo compartilha o que sabe acerca do relacionamento entre os persas e os medos citando Josefo:

Dario, que destruiu o império dos babilônios com a cooperação do seu parente Ciro — porque ambos conduziram a guerra como aliados — estava com sessenta e dois anos quando capturou a Babilônia [...] Quando a Babilônia foi derrotada, Dario retornou ao seu próprio reino na Média e levou Daniel na mesma posição de honra que recebera de Belsazar. Não há dúvidas de que Dario ouviu falar do sinal e prodí-gio que havia ocorrido com Belsazar, e também da interpretação de Daniel e como ele tinha profetizado acerca do governo dos medos e persas. Assim, ninguém deve-ria se preocupar com o fato de estar escrito em um texto que Daniel viveu no reina-do de Dario e em outro que ele viveu no reinado de Ciro. A Septuaginta traz Artaxerxes em vez de Dario [...] E assim, foi no governo desse Dario que matou Belsazar que ocorreram os eventos aos quais estamos nos referindo.'

  1. O bode peludo da Grécia (Daniel 8:21-22). O bode peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o rei primeiro (21). Essa descrição parece a de Alexandre, o Grande, da Macedônia. Sua estratégia brilhante o ajudava a derrotar seus inimigos rapidamente. Em Tebas, ele conquistou o Egito. Em Jerusalém, o sumo sacer-dote e sua comitiva abriram as portas para ele e receberam um tratamento favorável pela ação prudente deles. Duas vezes no seu caminho para o norte e leste encontrou-se com os exércitos da Pérsia. Finalmente, na planície de Arbela, na Síria, ele matou Dario III e espalhou seus exércitos. Aonde Alexandre ia, era bem recebido, ou por aclamação ou por meio de vitórias fáceis, até que, finalmente, se encontrou na fronteira da índia, à beira do rio Indo. Nesse primeiro encontro agressivo do Oeste com o Leste, o Oeste saiu vitorioso de maneira gloriosa e mudou a face da história e as correntes da cultura por dois milênios e meio.

O império de Alexandre foi o mais frágil e o de menor duração. Semelhantemente a um meteoro, esse império lampejou pelo céu da história e explodiu em fragmentos. Esses fragmentos eram quatro reinos visíveis (22) ocupados por quatro dos seus generais mais rígidos. A Macedônia e a Grécia foram tomadas pelo meio-irmão de Alexandre, Filipe Arideu.

A Ásia Menor ficou com Antígono. O Egito foi para Ptolomeu, filho de Lagos. E a Síria, a Babilônia e todos os reinos ao leste até a índia se tornaram o domínio de Seleuco Nicanor.

  1. O impetuoso e vil "pequeno chifre" (Daniel 8:9-12, 23-25). A maior parte dos intérpretes tem notado a diferença evidente entre a ponta mui pequena ("pequeno chifre", ARA, NVI) desse capítulo e a do capítulo 7. Esse chifre surge de um dos quatro chifres enor-mes. O pequeno chifre do capítulo 7 surge entre os dez e abate três. Esse chifre é um produto do terceiro reino. O chifre pequeno do capítulo 7 provém do quarto reino.

Quase que sem exceção os intérpretes concordam em que, independentemente de quem seja o pequeno chifre do capítulo 7, se o Anticristo ou outro, o pequeno chifre do capítulo 8 é Antíoco Epifânio.
Mas, tão clara quanto é a imagem de Antíoco aqui, oculta-se no pano de fundo uma outra, a do temerário Anticristo. Jerônimo aponta para esse fato e sugere que Antíoco é um tipo do Anticristo, como Salomão era de Cristo, o Ungido.
A interpretação de Gabriel apóia essa posição. Lemos: Esta visão se realizará no fim do tempo (17). No determinado tempo do fim (19). Mas, no fim do seu reina-do, quando os prevaricadores acabarem (23). Essa última passagem nos lembra da referência de Paulo ao "homem do pecado, o filho da perdição" (2 Tes 2.3), que identificará o tempo do fim.

  1. O segredo de Daniel (8:26-27). A reação do profeta revela o profundo impacto espiritual e emocional que essa revelação tem sobre ele. E eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias (27). Em seu coração queimava o segredo que ele deve "trancar" para tempos futuros. Mas esse servo de Deus tinha um chamado. Ele não se deixou esmorecer diante desses sonhos. Então, levantei-me e tratei do negócio do rei; e espantei-me acerca da visão, e não havia quem a entendesse (27).

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 15 até o 25

A interpretação da Visão (Dn 8:15-25)

Dn 8:15
Havendo eu, Daniel, tido a visão, procurei entendê-la.
Ao longo do caminho, já dei as interpretações, pelo que aqui só adiciono alguns detalhes. O padrão do livro: a declaração da visão, e então sua interpretação. Conforme com Dan. 7:2-14 (a visão), e então Dan. 7:17-27 (a interpretação).

Novamente, Daniel caiu perplexo e com o espírito conturbado. Ele recebera a visão, mas não a compreendera. Havia um ser parecido com um homem, de pé perto dele, que era o revelador. A interpretação tinha de vir por intervenção divina. Daniel não poderia ser o próprio intérprete. Esse ser celeste parecia ser um homem, mas não era; e esse é um acontecimento apocalíptico comum. Temos as histórias de Jacó (Gên. 32:24-32), de Manoá e sua esposa (Jz 6:11 ss.), além de outros em que o mesmo tipo de manifestação é mencionado. O anjo se chamava Gabriel, no vs. Dn 8:16.

Dn 8:16
E ouvi uma voz de homem de entre as margens do Ulai.
Então foi ouvida a voz de uma pessoa misteriosa, sem dúvida um anjo, que clamou a Gabriel e lhe ordenou que interpretasse para Daniel a visão. Isso ocorreu às margens do rio Ulai, no mesmo lugar onde a visão fora recebida (ver Dn 8:2) e provavelmente pouco tempo depois disso. Portanto, aprendemos a importante verdade de que Deus tem por tarefa revelar e esclarecer. Somos instruídos no sentido de que, se a algum homem falta sabedoria, tudo quanto ele precisa fazer é pedi-la a Deus, que a receberá (ver Jc 1:5). Muitos mistérios continuarão existindo, mas compreenderemos grandes verdades e obteremos direção para nossa vida. Ademais, haverá crescimento espiritual quando o Espírito do Senhor se aproximar de nós. Ver no Dicionário o artigo Desenvolvimento Espiritual, Meios do. O toque místico é um desses meios. Que teria acontecido à missão de Daniel se ele não contasse com o toque místico? Ver no Dicionário o verbete chamado Misticismo.

Gabriel. Dou um artigo detalhado com esse título, no Dicionário, pelo que não repito aqui o material.

Dn 8:17

Veio, pois, para perto donde eu estava. Quando Gabriel se aproxima de nós, caímos tremendo, de rosto em terra, e foi isso que aconteceu a Daniel. Ele é um grande Ser de Luz, um dos poderosos arcanjos. Ver o artigo do Dicionário chamado Anjos. Ver também sobre Gabriel e Rafael, onde dou uma lista dos sete arcanjos tradicionais. Eles são pintados como generais dos exércitos celestiais. A Gabriel são atribuídas tarefas especiais em favor de Israel. A compreensão que deveria ser comunicada a Daniel é que a visão estava ligada ao Tempo do fim’. Conforme Hc 2:3: “Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado’. Alguns intérpretes, por essa razão, insistem em que a visão tem um sentido escatológico, e os eventos futuros culminarão na inauguração do Reino de Deus. Mas outros limitam a questão ao “fim das coisas”, quando Antioco Epifânio fosse descartado e iniciasse um novo dia para Judá. Se haveria um fim relativo a Antioco Epifânio, também haveria um fim para a figura temível que ele representava, o anticristo.

Conforme este versículo com o vs. Dn 8:19, logo abaixo; Dn 11:35; Dn 12:4,Dn 12:9,Dn 12:13. As outras referências quase certamente olham para o fim dos tempos, dando uma dimensão escatológica ao livro de Daniel, pelo que é provável que este versículo deva ser visto como incluindo essa idéia. O atual sistema de coisas será destruído para dar lugar a uma nova ordem, pois o novo dia será trazido pelo alvorecer divino. Um reino eterno está aproximando-se de nós (ver Dn 7:14,Dn 7:18,Dn 7:22,Dn 7:27), que raiará nos últimos dias. “É difícil resistir à sensação de que a expressão ‘tempo do fim’ significa o fim dos tempos e o começo da eternidade” (Arthur Jeffery, in loc.). Conforme Baruque 29.8 e 59.4, onde esse sentido, como é óbvio, está presente. A escatologia judaica estava em desenvolvimento. Ver no Dicionário o artigo chamado Escatologia.

Dn 8:18
Falava ele
comigo quando caí sem sentido. O efeito da fala de Gabriel sobre o profeta foi tão poderoso que Daniel desmaiou e caiu no chão, entrando em um estado de sono profundo. O pobre homem teve um passamento, Conforme Dn 10:9; Jn 1:5; Pv 10:5. Em Sl 76:6 está em pauta o sono da morte, quando essa palavra hebraica é usada. O arcanjo reanimou o profeta com seu toque e o pôs de volta sobre os pés, pelo que o ministério angelical estava realizando tudo quanto era necessário para que a interpretação da visão chegasse a bom êxito. Não era estético que Daniel continuasse a dormir ali, para ouvir a mensagem. Ele precisava estar de pé, uma posição mais digna.

Dn 8:19

Eis que te farei saber o que há de acontecer. Este versículo amplia o vs. Dn 8:17. A visão dizia respeito ao fim, o tempo da ira. No hebraico temos a palavra za ám, “ira”, 'cólera'. Conforme Dn 11:36. Está em foco o fim da opressão de Antioco. A ira de Deus se manifestaria contra aquele homem iracundo e desfaria tudo quanto ele fizera, levando Antioco a seu fim. Excetuando Os 7:16, a palavra aqui usada é empregada para indicar a ira de Deus, pelo que o julgamento divino está em vista. A expressão finalmente tornou-se um termo técnico para indicar os julgamentos de Deus, mormente Seu julgamento final. Ver no Dicionário o verbete denominado Ira de Deus, quanto a detalhes. Conforme este versículo com Is 10:25. A taça da indignação de Deus contra Antioco estava quase cheia e em breve começaria a derramar-se. Antioco já havia prosperado (vs. Dn 8:12) por tempo suficiente.

Esta visão se refere ao tempo determinado do fim. Ver a discussão sobre o tempo do fim, no vs. Dn 8:17. Este versículo quase certamente faz o escopo desta profecia incluir o elemento escatológico, e não meramente os dias de Antioco. A expressão (no hebraico, mo'edh) volta a aparecer em Dn 11:27,Dn 11:29 , Dn 11:35, o que reforça a interpretação escatológica.

Dn 8:20

Aquele carneiro que viste, com dois chifres. Este versículo interpreta os vss. Dn 8:3 e 4, onde comento sobre a interpretação. Conforme Dn 7:3. Os reis representam reinos, e não somente o reino pessoal de um rei. Dn 7:17 chama os quatro impérios de quatro reis. A Média se levantou alguns séculos antes da Pérsia, a qual veio a tornar-se potência mundial em cerca de 559 A. C. As duas nações tornaram-se associadas, mas a Pérsia finalmente ultrapassou a Média. Portanto, o segundo chifre era maior (mais forte) do que o primeiro. A Pérsia tinha mais de dois milhões de homens e estendeu seu poder para o ocidente, para o norte e para o sul. Quanto a plenas informações, ver os artigos chamados Média (Medos) e Pérsia.

Dn 8:21

Mas o bode peludo é o rei da Grécia. O bode peludo é o rei da Grécia, ou seja, o reino que Alexandre estabeleceu e lançou a uma conquista mundial. Entre suas vítimas estavam os persas. Isso já foi visto e comentado nos vss. Dn 8:5-13), mas também no decurso das campanhas por toda a terra. Os feitos de Antíoco são chamados de “maravilhas" (verDn 12:6)... destruirá homens poderosos e o povo dos santos, seus adversários políticos e os judeus. Outros pensam que os primeiros apontam para as classes superiores... que os santos... são os judeus, e que o fato de ele tê-los destruído é paralelo ao fato de que os magoará (Dn 7:25,Dn 7:27)" (Arthur Jeffery, in loc.). Essas coisas “serão plenamente cumpridas pelo antícristo, o qual operará pelo poder de Satanás. Eie terá licença irrestrita para isso. Ver Ap 17:13 e II Tes. 2:9-12” (Fausset, in loc.).

Mas não por sua própria força. Assim diz o texto em alguns manuscritos hebraicos, que parece ter invadido o texto com base no vs. Dn 8:22. Muitos manuscritos antigos da tradição hebraica, bem como os melhores manuscritos da Septuaginta, omitem essas palavras. Se elas forem genuínas, devemos supor que Antíoco operava através do poder de Satanás, ou então Yahweh, para punir os povos que esse rei destruiu, foi o poder por trás de suas campanhas, tal como foi dito sobre as destruições provocadas por Nabucodonosor.

Dn 8:25
Por sua astúcia nos seus empreendimentos.
O pequeno chifre operaria através da astúcia, uma espécie de inteligência maligna, diabólica. Ele não foi um ser humano ordinário. Praticava o ludibrio para obter o que queria, não tendo código moral exceto o que o levava a servir a si mesmo e a seus desígnios maliciosos. Em Mq 6:11, essa palavra, aqui traduzida por “astúcia", é usada para indicar pesos falsos. Conforme também Gn 27:35 que fala da “astúcia" de Jacó. Encontramos uma afirmação similar em Dn 11:23. Na forma moderna de falar, usamos a expressão “negócios dissimulados”. “Em seu coração ele pensará grandiosamente”, tradução literal para “se engrandecerá”. “Ele se considerará muito importante” (NCV). Ferirá e matará subitamente, sem nenhuma advertência ou razão. Ele será imprevisível e traiçoeiro. Apoiônio, seu principal coletor de impostos, foi a Jerusalém e falou pacificamente, aquietando as apreensões. Mas quando os judeus estavam relaxados e nele confiavam, de súbito ele ordenou grande matança (I Macabeus 1.29,30; II Macabeus 5:23-26).

Antíoco Epifânio chegou mesmo a levantar-se contra o Príncipe dos príncipes, titulo paralelo a “príncipe dos exércitos" usado no vs. Dn 8:11, onde dou comentários. Ele chegaria a atacar Yahweh (a interpretação mais provável), através de suas perseguições religiosas aos judeus, povo de Deus. Ou, escatologicamente falando, ele guerrearia contra o Messias e Seu povo. Esse será o ponto culminante de seus atos audaciosos. Devemos compreender aqui que Antíoco Epifânio se endeusaria e atacaria tudo quanto é sagrado.

Será quebrado sem esforço de mãos humanas. Ou seja, Antíoco Epifânio (e seu antitipo, o antícristo) seria morto por algum tipo de intervenção divina, como um acidente, uma enfermidade etc., usada por Deus para pôr fim àquele homem abominável. Conforme Dn 2:34. Existem várias tradições sobre como Antíoco Epifânio teria morrido. Uma delas diz que ele foi atacado por vermes e úlceras, quando estava a caminho da Judéia para tomar vingança contra os judeus que, sob as ordens dos Macabeus, tinham derrotado seu exército (ver II Macabeus 9.5; Josefo, Antiq. XII.9.). Mas Políbio (Hist. XXXI.
9) diz que ele morreu de súbito, de insanidade, em Tabae, na Pérsia, em 164 A. C., poucos meses depois de os macabeus terem rededicado e purificado o templo de Jerusalém. I Macabeus 6.8 ss. conta uma história similar. Algum ato divino aterrorizante, alguma intervenção sobrenatural, também porá fim à vida do antícristo (ver 2Ts 2:8).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
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8.1—12.13

Daniel volta a escrever em hebraico nos últimos cinco capítulos. Ele tinha usado o aramaico entre 2.4 e 7.28 (2.4, nota).

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8:1

No ano terceiro do reinado do rei Belsazar. Ou seja, dois anos após o sonho tido por Daniel, no sétimo capítulo de seu livro (7.1, nota).

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8:2

pareceu-me estar. Daniel fez uma jornada visionária parecida com a de Ezequiel (Ez 3:10-15).

na cidadela de Susã. Nos tempos de Daniel, Susã (ou Susa) era a capital do Elão, a cerca de 360 km a leste da Babilônia. Não fica claro se Elão era uma nação independente, ou aliada à Babilônia ou à Média. Mais tarde, entretanto, na qualidade de uma das três cidades reais, Susã tornou-se o centro diplomático e administrativo do império persa (conforme Ne 1:1 e Et 1:2).

rio Ulai. Esse canal, próximo de Susã, ligava dois rios que fluíam para o golfo Pérsico.

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8:3

um carneiro... o qual tinha dois chifres. De acordo com o v.20, o carneiro e seus dois chifres representavam os reis do império medo-persa.

um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. A história do império medo-persa esclarece o simbolismo. Os medos tornaram-se independentes da Assíria depois do ano 612 a.C. Os persas estavam sob o controle dos medos, mas finalmente tornaram-se proeminentes quando Ciro de Ansã derrotou seu suserano medo, em 550 a.C. Ciro (que governou entre 559 e 530 a.C.), chamava a si mesmo de "Rei do Mundo".

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8:4

dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul. Ou seja, suas costas estavam voltadas para o oriente, de onde ele tinha vindo (Is 41:2). Ciro primeiramente conquistou a Ásia Menor, e então o norte e o sul da Mesopotâmia. Governantes subseqüentes estenderam o controle medo-persa bem para oriente.

se engrandecia. O império persa se tornou maior do que qualquer outro império anterior da história do Oriente Médio.

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8:5

um bode vinha do ocidente... tinha um chifre notável entre os olhos. De acordo com o v. 21, o bode representava a Grécia, e o grande chifre que ele tinha entre os olhos representava o seu primeiro monarca. Esse simbolismo retrata claramente o império grego de Alexandre o Grande (356—323 a.C.).

sobre toda a terra, mas sem tocar no chão. Essas palavras descrevem a notável velocidade e extensão das conquistas de Alexandre (7.6, nota). Em apenas três anos, ele derrotou o poderoso império persa.

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8:8

O bode se engrandeceu sobremaneira. O império de Alexandre, o Grande, logo ultrapassou o império persa em extensão territorial. Aí por volta de 327 a.C., Alexandre tinha chegado ao atual território do Afeganistão, e então chegou ao rio Indo.

na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre. Alexandre morreu na Babilônia, com a idade de 33 anos.

em seu lugar saíram quatro chifres notáveis. De acordo com o v. 22, esses chifres são quatro reinos que emergiram do império de Alexandre, mas que eram inferiores ao mesmo quanto à força. Após um período de conflitos internos, quatro dos generais de Alexandre tomaram porções do império grego, como seus próprios reinos. Ver nota em Dn 7:6.

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8:9

um chifre pequeno. Em consonância com o v. 23 deste capítulo, esse "chifre pequeno" simboliza um governante ímpio que se levantaria de um dos quatro reinos gregos, após um longo intervalo de tempo ("no fim do seu reinado"). As descrições das ações desse governante (vs. 9-14 e 23-25) indicam que esse rei foi Antíoco IV Epifânio, governante do reino selêucida de 175—164 a.C. Esse "chifre pequeno" deve ser distinto daquele outro "chifre pequeno" de Dn 7:8, se esse capítulo refere-se ao período romano, e não ao período grego.

para a terra gloriosa. Ou seja, na direção da Palestina.

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8:10

o exército dos céus. O "exército dos céus" ou as "estrelas" (conforme Jr 33:22) simboliza o povo de Deus (conforme 12.3; Gn 15:5) ou um exército celestial (Is 14:13; ver também 2Macabeus 9.10). O ataque contra o povo de Deus equivale a um ataque contra o próprio céu.

a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Essa é uma descrição simbólica da severa perseguição do povo de Deus sob Antíoco IV Epifânio, o qual tentou abolir a adoração tradicional deles e seu modo de viver, tentando helenizá-los (11.21-35 e 1Macabeus 1:10-64 quanto a detalhes adicionais; ver também Introdução ao Período Intertestamentário).

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8:11

até ao príncipe do exército. O "príncipe" deve ser entendido como sendo o próprio Deus (ver o v. 25, onde a designação é "Príncipe dos príncipes"). Antíoco IV adotou o título de Epifânio ("Deus manifestado") e pensava em si mesmo como uma manifestação de Zeus.

tirou o sacrifício diário. Ver os vs. 12, 13 11:31. Antíoco IV sumariamente proibiu todas as cerimônias e a adoração a Deus no templo de Jerusalém e nas cidades de Judá.

o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. Antíoco IV entrou no Santo dos Santos e saqueou os utensílios de prata e de ouro. Ele erigiu um altar ao Zeus do Olimpo sobre o altar de Deus no átrio do templo e ali sacrificou porcos (11.31, nota).

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8:12

deitou por terra a verdade. Entre as suas transgressões, Antíoco IV destruiu cópias das Escrituras (1Macabeus 1.56,57).

e o que fez prosperou. A visão de Daniel retrata o aparente sucesso dos atos ímpios de Antíoco IV, o pequeno chifre.

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8:14

Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Conforme “a visão da tarde e da manhã”, no v. 26. Mas alguns intérpretes vêem isso simplesmente como uma referência aos sacrifícios vespertinos e matinais como oferendas separadas (conforme Êx 29:38-42). Nessa base, isso representaria 1.150 dias, mas esses sacrifícios em pares eram tradicionalmente considerados como sendo uma única oferenda diária. Outros compreendem a questão como simplesmente uma expressão para indicar 2.300 dias. Visto que as perseguições movidas por Antíoco IV podem ser vinculadas a qualquer um entre vários incidentes ocorridos, a começar em 171 a.C. e terminando com a rededicação do templo, em 164 a.C., é difícil determinar qual compreensão da frase deve ser preferida. A multiplicação do número 23 pode ser simplesmente um símbolo de um período fixo como nos apocalipses extrabíblicos (conforme as "sessenta e nove" — 23 x 3 — semanas, em 9.25,26).

e o santuário será purificado. O templo foi purificado e rededicado sob a liderança de Judas Macabeus, em dezembro de 164 a.C. (11.34, nota; conforme 13 38:9-17'>Zc 9:13-17).

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8:16

Gabriel. Esse anjo é mencionado quatro vezes nas Escrituras (aqui e em Dn 9:21; Lc 1:19,26). Esse nome significa "poderoso de Deus" ou "Deus é poderoso".

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8:17

filho do homem. Ver nota em 7.13. O "forte homem de Deus" estava falando para esse distinto "mortal".

tempo do fim. Ver também o v. 19 ("esta visão se refere ao tempo determinado do fim"). Essa expressão não é necessariamente escatológica (referente ao fim da história). Ela ocorre em 11.27,35, em contextos que, claramente, não são escatológicos. Aqui o "fim" pode ser o final das perseguições movidas por Antíoco IV.

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8:19

tempo da ira. O "tempo da ira" pode referir-se ao período do julgamento divino de Israel, durante a subjugação deles aos babilônios, aos persas e aos gregos.

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8:20

carneiro. Ver notas nos vs. 3 e 4.

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8:21

o bode peludo... o chifre grande. Ver notas nos vs. 5 e 8.

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8:22

levantando-se quatro. Ver nota no v. 8.

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8.23-25

Ver notas nos vs. 9-14. Alguns intérpretes percebem o anticristo nas descrições sobre o "pequeno chifre", neste capítulo. Antíoco IV é visto como um tipo que aponta para uma manifestação posterior do poder de Satanás, na pessoa do anticristo.

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8:25

o Príncipe dos príncipes. Essa é uma referência a Deus (v. 11, nota).

sem esforço de mãos humanas. Antíoco IV morreu de desordens nervosas físicas, em 164 a.C. Quanto à narrativa de sua morte, ver 1Macabeus 6:1-16 e 2Macabeus 9.

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8:26

preserva a visão. O termo hebraico aqui traduzido por "preservar" pode significar autenticar ou certificar alguma coisa, ou mesmo fechar para manter seu conteúdo confidencial e a salvo. O segundo sentido parece melhor neste contexto (6.17, nota).

se refere a dias ainda mui distantes. As conquistas de Alexandre (333—323 a.C.) ocorreram mais de dois séculos depois de Daniel ter recebido as suas visões (cerca de 550 a.C.). As atividades de Antíoco IV ocorreram cerca de um século e meio depois de Alexandre (171—164 a.C.).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
8:1 Como o capítulo 7, este capitulo precede em ordem cronológica ao capítulo 5; o sonho provavelmente ocorreu em 551 a.C., quando Daniel tinha aproximadamente 70 anos. Os capítulos 7:8 correspondem ao primeiro e terceiro ano do Belsasar e cronologicamente vão entre os capítulos 4:5. O capítulo 9 teve lugar aproximadamente pelo mesmo tempo que o capítulo 6. Dá-nos mais detalhes dos impérios medopersa e grego, os dois impérios mundiais que seguiram imediatamente depois de Babilônia.

8:2 Suas foi uma das capitais do império babilônico neste tempo. Localizada no que agora é o Irã, foi uma cidade bem desenvolvida. O primeiro código de leis conhecido, o Código do Hamurabi, apareceu ali. Suas foi rival da mesma Babilônia no que a refinamento cultural se refere.

8:3 Os dois chifres eram os reis de Meia e Persia (8.20). O corno mais comprido representava o crescente domínio persa no império medopersa.

8.5-7 O macho caibro representava a Grécia, e seu corno comprido, ao Alejandro Magno (8.21). Esta é um predição surpreendente devido à Grécia não era considerada como potência mundial quando se deu esta profecia. Alejandro Magno conquistou o mundo com grande velocidade e estratégia militar, simbolizado pelo movimento rápido de um macho caibro. A ruptura dos chifres do carneiro simbolizava ao Alejandro que teria que partir ambas as partes do império medopersa.

8:8 Alejandro Magno morreu aos trinta anos no topo de seu poder. Seu reino se dividiu em quatro partes sob o governo de quatro generais: Tolomeo I do Egito e Palestina; Seleuco de Babilônia e Síria; Antígono da Ásia Menor; e Antípater da Macedônia e Grécia.

8:9 Antíoco IV Epífanes (o corno pequeno) atacou ao Israel (a "terra gloriosa") no segundo século a.C. Foi o oitavo soberano do império dos seleúcidas (Babilônia e Síria). Tirou ao supremo sacerdote, saqueou o templo e substituiu a adoração a Deus com uma adoração grega. Um cumprimento posterior desta profecia ocorrerá no futuro com a chegada do anticristo (ver 8.17, 19, 23; 11.36; 2Ts 2:4).

8:11 O "príncipe dos exércitos" aqui se refere a uma autoridade celestial, possivelmente um anjo ou Deus mesmo. (Veja-se também Js 5:13-15.)

8:14 As "duas mil e trezentas tardes e manhãs" se refere ao tempo da profanação do templo que perpetrou Antíoco IV Epífanes até a restauração da adoração do templo sob o governo do Judas Macabeo em 165 a.C.

8:17 O "tempo do fim" neste caso se refere ao período inteiro do final do cativeiro até a Segunda Vinda de Cristo. Muitas de coisas que aconteceriam sob o governo do Antíoco IV Epífanes se repetiriam em uma escala muito major antes da Segunda Vinda de Cristo. Durante esses tempos, Deus trabalha com o Israel em uma forma radicalmente diferente, com disciplina divina proveniente de nações gentis. A este período freqüentemente lhe chama "os tempos dos gentis" (Lc 21:24).

8:23 Este rei altivo pode ser o mesmo Antíoco IV Epífanes que o anticristo ao final da história humana.

8:25 O Príncipe dos príncipes é Deus mesmo. Nenhum poder humano podia derrotar ao rei que Daniel viu em sua missão; mas Deus o vencerá. Antíoco IV Epífanes morreu louco na Persia em 164 a.C. O poder e a justiça de Deus prevalecerá, e jamais devemos nos dar por vencidos nem perder esperança, por capitalistas que pareçam os inimigos de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
B. A visão da duas bestas (8: 1-27)

Ez 8:1)

1. A Ram (8: 1-4)

1 No terceiro ano do reinado do rei Belsazar uma visão apareceu-me, mesmo a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio. 2 E eu vi na visão; agora era que, quando eu vi, eu estava em Susã, a capital, que está na província de Elam; e eu vi na visão, e eu estava junto ao rio Ulai. 3 Então eu levantei os meus olhos, e vi, e eis que estavam em pé diante do rio um carneiro, que tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos; mas um era mais alto do que o outro, eo mais alto subiu por último. 4 Vi que o carneiro empurrando para o oeste, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia.

Os dois primeiros versos são introdutória para a descrição da visão, dizendo a hora e local de sua ocorrência. A visão ocorreu no terceiro ano do reinado de Belsazar ; que seria de dois anos após a experiência anterior. Na época Daniel foi transportado em espírito de Susã, a capital ... na província de Elam. Esta foi a leste do rio Tigre e era para ser a futura capital do Império Persa. A visão foi escalado para a definição dos próximos anos.

O primeiro objeto da visão, que Daniel experimentou durante suas horas de vigília, foi um carneiro, que tinha dois chifres. Os chifres eram de comprimento desigual, eo mais alto subiu por último. Com um empurrão conquistando o carneiro mudou para o oeste, e para o norte e para o sul. Ficamos em dúvida quanto ao império simbolizado pelo carneiro. O versículo 20 nos ilumina: "O carneiro que viste, o qual tinha dois chifres, eles são os reis da Média e da Pérsia." A designação de um reino combinado argumenta contra qualquer das imagens anteriores de pé para esses dois reinos em isolamento. As direcções do impulso são estabelecidos pela Keil: "No ocidente ele empurrou contra a Babilônia, Síria e Ásia Menor; no sul, no Egito; no norte, as nações da Arménia e citas. "

O carneiro é um símbolo apropriado do Império Medo-Persa por causa de sua força resistente (Ez 34:17. ; 39:18) e sua liderança sólida (Jr 50:8)

5 E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre a face de toda a terra, mas sem tocar no chão.: e aquele bode tinha um chifre notável entre os olhos 6 E ele veio para o carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no furor da sua força. 7 E vi-o chegar perto do carneiro, e, movido de cólera contra ele, o feriu, e quebraram os seus dois chifres; e não havia força no carneiro para lhe resistir; mas lançou-o para o chão, e pisado em cima dele; e não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua Mc 8:1 E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas quando ele era forte, aquele grande chifre foi quebrado; e em vez de lá veio quatro notáveis ​​chifres , para os quatro ventos do céu.

Enquanto Daniel estava considerando seriamente a primeira cena, um segundo passou diante de sua olhos- um bode vinha do ocidente. Sua velocidade apareceu extraordinário, para que ele não tocou o solo. Entre seus olhos era um chifre notável. Na batalha que se seguiu ao bode rapidamente dominado o carneiro, então engrandecido. No auge de seu poder o grande chifre foi quebrado e quatro chifres notáveis ​​surgiu em seu lugar.

A interpretação é dada claramente no versículo 21 . O bode era o rei da Grécia eo grande chifre o primeiro rei, Alexandre, o Grande, que iniciou uma marcha para o leste, em 335 AC , e conquistou o poder persa em batalhas decisivas da Granico (334), Issus (333), e Arbela (331). Por 326 BC Alexander tinha capturado todo o Oriente Próximo todo o caminho para a Índia. No auge de seu poder (323 AC ), ele morreu de repente na Babilônia no caminho de casa a partir de suas conquistas, deixando seu império a ser disputada durante os próximos vinte anos.

Os quatro chifres notáveis ​​têm o seu cumprimento na divisão quádrupla do império de Alexandre. Por 301 BC Cassandro governou Macedónia, Lysimachus governou Trácia e Ásia Menor, Seleuco governou a Síria, e Ptolomeu governou o Egito. Nada mais é mencionado destes quatro reinos e seu progresso através da história neste momento.

c. The Little Horn (8: 9-14)

9 E de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a glória da terra . 10 E engrandeceu-se, até mesmo para o exército dos céus; e alguns do exército e das estrelas lançou para o chão, e pisado em cima deles.11 Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército; e levou para longe dele o contínuo holocausto , eo lugar do seu santuário foi lançado por terra. 12 E o anfitrião foi entregue a ele , juntamente com o contínuo holocausto por meio da transgressão; e lançou a verdade para o chão, e ele fez o seu prazer e prosperou. 13 Então, ouvi um santo que falava; e disse outro santo até que certo alguém que falava: Até quando durará a visão a respeito do contínuo holocausto , e da transgressão que desola, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados? 14 E ele disse: a mim, Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário limpou.

Enquanto o carneiro e bode são claramente designada no livro, o símbolo do chifre pequeno é mais difícil de identificar. Há, no entanto, duas frases que nos ajudam a identificar-lo, se estamos dispostos a deixar a história antiga contar sua história. Em primeiro lugar, o pequeno chifre é dito ter vindo de um dos quatro chifres (v. Dn 8:9 ). Em segundo lugar, o pequeno chifre é identificado com um rei, feroz de semblante, e entendido em adivinhações no fim do seu reino (ou seja, os quatro reinos que se seguiram Alexandre, o Grande). O único personagem histórico que poderia caber a esses dois requisitos é Antíoco Epifânio (175-164 AC ). Os versos que descrevem o chifre pequeno, e a passagem interpretando seu reinado e pronunciando o seu castigo, ambos tornam-se completamente inteligível se for aplicada a ele.

Uma análise cuidadosa da passagem parece mostrar nenhuma necessidade de by-pass Antíoco Epifânio e aplicar o chifre pequeno para a pessoa do anticristo, como fazem muitos dos estudiosos da Bíblia dispensational e populares. O chifre pequeno de Ez 8:1 ), as estrelas, e o príncipe do exército. tecida na visão são alguns concreto itens- o burnt- contínua oferta e da transgressão desoladora. A última passagem menciona principalmente as atividades do rei feroz e sua desgraça.

Antíoco IV, que se chamava Theos Epifânio (manifesto Deus), subiu ao trono da Síria em 175 AC Ele procurou ampliar seu reino e fez campanha contra o Egito (para o sul ), e contra Elymais e Arménia (para o leste ). Quando sua campanha egípcia foi frustrado pelos romanos, ele se virou em vingança contra os judeus de Jerusalém e ordenou que

o ritual templo deve ser suspensa, que as escrituras sagradas ser destruído, que o sábado e outros dias de festa que deixam de ser observado, que as estritas-leis alimentares ser abolida, e que o rito da circuncisão (para os judeus o sinal da aliança feita por Deus com seu pai Abraão) ser interrompido. Estas medidas foram tomadas no final de 167.

Na resistência que se seguiu, versículo 10 foi literalmente cumprida como muitos judeus deram suas vidas por sua fé. O holocausto judeu foi causado para cessar em dezembro de 167 AC e um altar menor para o Zeus Olímpico foi construído em cima do local do altar do holocausto (prevista nos versículos 11:12 ). Para o deus deste altar os judeus deu o nome de Baal Shamen (o senhor do céu). Bruce observa:

Os judeus piedosos se recusou a tomar em seus lábios o nome da divindade pagã ... e eles transformaram Baal Shamayim para shiqqus shomen , "a abominação da desolação", para dar-lhe a sua prestação tradicional; "Horror o Terrível", como Moffatt apropriadamente transforma-lo.

Grande parte do material histórico que leva à conclusão de um cumprimento literal de Ez 8:9 é encontrada no livro de I Macabeus, o que levou expositores tão cedo quanto Josephus para interpretar o chifre pequeno como a pessoa e as atividades de Antíoco IV.

O versículo 13 é uma previsão de quanto tempo a cessação do sacrifício e do estatuto do altar abominável era para durar. A resposta foi: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, uma frase que significa Desde Daniel ainda está descrevendo a visão, parece melhor para dar a figura de uma interpretação simbólica, ou seja, "não a duração total de um período de" 2.300 dias ". de perseguição "(Keil). No cumprimento da previsão, pode-se notar que foi de aproximadamente esse período de tempo que as perseguições de Antíoco durou-171-165 AC

2. A visão interpretado (8: 15-27)

1. The Interpreter (8: 15-18)

15 E sucedeu que, quando eu, mesmo eu, Daniel, tido a visão, que eu procurei entendê-la; e eis que se apresentou diante de mim como a aparência de um homem. 16 E ouvi uma voz de homem entre as margens do Ulai, que chamou, e disse: Gabriel, faze que este homem entenda a visão. 17 E veio perto onde eu estava; e quando ele veio, eu estava atemorizados, e caiu sobre o meu rosto, mas ele me disse: Entende, filho do homem; . para a visão pertencem ao tempo do Fm 1:18 Ora, enquanto ele falava comigo, caí num profundo sono, com o rosto para o chão; mas ele me tocou, e me pôs em pé.

Por uma questão de clareza e compreensão que tiveram de interpretar a visão antes da interpretação dada no próprio capítulo. É, portanto, com o risco de alguma repetição que procuramos oferecer a exposição à segunda metade do capítulo.

Quando se vê a descrição da visão sozinho, não é de admirar que Daniel foi confundido por ele. No entanto, ele procurou compreender o que a visão estava tentando retratar. Ele estava dando a matéria pensei quando Gabriel apareceu antes [ele] como a aparência de um homem. O Todo-Poderoso anunciou o visitante angelical, dizendo: Gabriel, faze que este homem entenda a visão. Os seres angélicos são mensageiros de Deus que fazer o seu (licitação . He 1:14 ; Lc 1:19 ; Ez 9:21 ).

A ação de Daniel era humano e natural na presença de um ser sobrenatural. Como Isaías (Is 6:5) ele temia e tomou uma posição prostrada.

As primeiras palavras de Gabriel falou sobre o tempo do cumprimento da visão: . a visão pertence ao tempo do fim Esta frase deve ser interpretado em conjunto com a frase do versículo 19 : para o último momento da indignação. Tomados em conjunto, estes Frases pode se referir ao tempo futuro de perseguição e aflição de Israel. Isto ocorreu em medida definitiva nos terríveis perseguições de Antíoco Epifânio (168-165 AC ). Não há nenhuma referência no capítulo permitindo uma aplicação a uma grande tribulação no final de uma era da igreja. Toda a pressão dos pontos de capítulo para o lugar de Israel no fluxo da história antes que o reino messiânico está configurado no capítulo 9 . Como já observamos, o significado do capítulo encontra um cumprimento inteligível no período 539-164 AC Por que razão é que podemos pedir para ele fazer mais?

b. A Interpretação (8: 19-27)

19 E ele disse: Eis que te farei saber o que deve estar no último tempo da ira; por isso pertence ao tempo determinado do Fm 1:20 O carneiro que viste, o qual tinha dois chifres, eles são os reis da Média e da Pérsia. 21 E bruto bode é o rei da Grécia; eo grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro Ap 22:1 E, como para o que está quebrado, no lugar das quais quatro se levantou, quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele. 23 E no último momento da seu reinado, quando os transgressores tiverem chegado ao máximo, um rei, feroz de semblante, e entendido em adivinhações, deve levantar-se. 24 E o seu poder deve ser poderoso, mas não pela sua própria força; e destruirá maravilhosamente, e prosperará, e fazer a sua vontade ;e destruirá os poderosos eo povo santo. 25 E pelo seu entendimento também fará prosperar o engano na sua mão; e se engrandecerá em seu coração, e em sua garantia é que ele destruirá a muitos que se levantará contra o príncipe dos príncipes; mas será quebrado sem mão. 26 E a visão da tarde e da manhã, que tem sido dito é verdade: mas tu fechou-se a visão; para ele pertence a muitos dias para vir . 27 E eu, Daniel, desmaiei, e estive enfermo alguns dias; então me levantei e tratei dos negócios do rei, e eu me perguntava com a visão, mas nenhum deles entendia.

O versículo 19 repete o tempo do cumprimento da visão sobre a qual já comentamos. Em seguida, Gabriel se move para o delineamento das figuras de animais-chave da visão.

O carneiro e bruto bode são claramente descritos. O carneiro era um símbolo animal para o Império Medo-Persa, que durou 539-331 AC sob treze reis. A grande chifre do bode era um símbolo para o primeiro rei da Grécia, Alexandre, o Grande, que derrotou os persas completamente na batalha de Arbela (331 AC) e subjugado todo o Oriente Médio. Seu reino foi dividido entre seus quatro generais que governaram em várias dinastias, mas não com o seu poder, a partir de 301 até tão tarde quanto 31 AC , quando o Império Romano terminou a dinastia dos Ptolomeus no Egito. Os reinos mais importantes dos quatro chifres eram Síria e Egito. Palestina formou um campo de batalha para as suas conquistas durante quase 200 anos. As relações entre esses dois reinos formam o principal assunto da quarta visão de Daniel (Dan. 10-12 ).

O versículo 23 identifica o chifre pequeno como o rei, feroz de semblante e diz quando ele se levantar, no fim do seu reinado, quando os transgressores tiverem chegado ao máximo . Antíoco IV (também chamado Antíoco Epifânio) subiu ao trono da Síria cerca de 150 anos após a divisão quádrupla do império de Alexandre. Ele é descrito como feroz de semblante, e entendido em adivinhações, duas qualidades que podem ser mais bem traduzida como "corajoso e astuto." Os transgressores é uma referência para os judeus helenizantes, que adotaram costumes gregos e deixou a lei e as tradições de seus antepassados. A Bíblia até mesmo na profecia é sempre conscientes da necessidade de separação por parte do povo de Deus. A transgressão de compromisso e mundanismo é claramente apresentada no livro apócrifo de Macabeus.

Os versículos 24:25 de descrever em detalhes vívidos do poder e da política de Antíoco. Mas não por seu próprio poder fala do exército que o backup, sob seus generais capazes. Seu poder para destruir maravilhosamente e prosperar fala de suas vitórias sírios e egípcios antes de se virar contra os judeus. Após sua segunda expedição contra o Egito em 168 AC , Roma obrigou-o a abandonar suas ambições de conquistar aquela terra, e ele tirou sua ira sobre os judeus de Jerusalém, no mesmo ano. Naquela época, ele destruiu os poderosos e as pessoas santas. Antíoco política 'de ofício, ou seja, o dolo, se manifesta em atos de corrupção de Jason e Menelau, que disputavam o escritório do sumo sacerdote. O príncipe dos príncipes , sem dúvida, se refere a Deus, para os príncipes do livro de Daniel são seres angélicos (Dn 10:13 , Dn 10:21 ; 12: 1 ). Em seu grande ato de sacrilégio (entrar no Santo dos Santos e oferecendo a porca sobre o altar) Antíoco levantou-se contra o próprio Deus.

Sua condenação final é pronunciado nas palavras, mas ele será quebrado sem mão. A tradição registra que Antíoco morreu em 163 AC , enquanto luta contra os partos no leste. Ele sofreu um acidente vascular cerebral que muitos consideram como causada por intervenção divina.

O versículo 26 confirma o anúncio angélico do comprimento da política de perseguição deste rei perverso e diz a Daniel que a interpretação da visão é levado a um fim. O comando calar a visão carrega a idéia de "preservar a visão," para ele pertence a muitos dias para vir.

Então Daniel foi a tomar essas precauções sobre a preservação e manifolding do manuscrito como possam ser necessárias para que o documento poderia ser preservada por um longo tempo para vir.

Ao receber a interpretação, Daniel estava exausto e doente por vários dias. Ele continuou seu trabalho para o rei, mas a perplexidade em relação à visão nunca deixou a sua mente enquanto ele continuava a meditar sobre isso. No entanto, ele não entendê-la completamente.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
A visão do carneiro e do bode (8)

Na verdade, essa visão é uma am-pliaçãoDt 7:6, a explicação de como os gregos conquistarão os medos-persas. No capítulo 8, Da-niel volta à língua hebraica (até o fim do livro; lembre-se que desde 2:4 estava em caldeu). Os eventos do capítulo 8 acontecem dois anos antes dos do capítulo 7, e nele são descritos os reinos que se seguem após a queda da Babilônia. Em uma visão, Deus levou Daniel até a ca-pital da Pérsia, o palácio em Susã (veja Nu 1:1). Por que Susã? Porque o próximo império é o persa.

O carneiro (vv. 3-4) representa os medos-persas em suas vitórias (v. 20); o símbolo da Pérsia era um car-neiro. No momento em que o car-neiro dava "marradas" para todos os lados, surge um bode vindo do ocidente (v. 5) que corre rapidamen-te para onde o carneiro está. O car-neiro tem dois chifres, um mais alto que o outro, simbolizando os medos e os persas, sendo os persas o chi-fre mais forte. O bode tem um chi-fre grande — Alexandre, o Grande. A seguir, o bode ataca o carneiro, quebra os dois chifres e aumenta de tamanho (vv. 7-8). Isso representa a vitória grega sobre os medos-persas. Todavia, a seguir, o grande chifre quebra-se (a morte de Alexandre), e quatro chifres tomam seu lugar (os quatro generais que dividiram o rei-no e passaram a governar).

No entanto, aqui surge de novo um chifre pequeno. Em 7:8, já en-contramos um chifre "pequeno", e agora temos outro. Em 7:8, o "pe-queno" chifre representava o anti- cristo, o governante mundial do im-pério mundial final antes do retorno de Cristo à terra. No entanto, em 8:9, esse "chifre pequeno" surge de um dos quatro chifres, isto é, ele é um líder que surge de uma das qua-tro divisões do reino de Alexandre. Portanto, esse "chifre pequeno" não é o anticristo dos "últimos dias", embora tenha uma conexão preci-sa com ele. Esse "chifre pequeno" conquista nações ao sul e ao oriente (Egito e Pérsia) e, a seguir, invade a Palestina ("a terra gloriosa"). Ele não ataca os judeus apenas politicamen-te, mas também religiosamente, pois ele tenta destruir a fé deles (v. 10) ao interromper os sacrifícios no templo (vv. 11-12). O versículo 13 relata que ele instituirá "transgressão asso- ladora" no templo e corromperá o templo durante 2.300 dias.
Quem era esse homem? A his-tória chama-o de Antíoco Epifânio, líder perverso que veio da Síria, uma das quatro divisões do império de Alexandre. Ele invadiu a Pales-tina e erigiu a estátua de Júpiter no templo. Ele chegou mesmo a sacri-ficar uma porca no altar judeu e a espalhar o sangue desse animal nos pátios. Imagine como os judeus or-todoxos sentiram-se em relação a isso. A história relata que o templo ficou devastado até 25 de dezem-bro de 265 a.C., quando um judeu patriota, Judas Macabeu, consagrou o templo de novo e purificou-o. Houve um intervalo de 2.300 dias entre a profanação e a nova consa-gração.

Contudo, isso não exaure o sig-nificado da visão. Nos versículos 17:26, o anjo que transmite a explicação da visão deixa claro que ela alcança o fim dos tempos, os anos finais da história judaica. Assim, Antíoco Epi- fânio é apenas uma imagem anteci-pada do "homem da iniqüidade", o anticristo, o "chifre pequeno" Dt 7:8. O versículo 23 descreve-o como "um rei de feroz catadura". Esse homem fará um acordo de proteger os judeus durante sete anos (9:27); no entanto, no meio desse período ele quebrará a promessa, invadirá a Palestina e se instituirá como ditador do mundo. Veja os versículos 24:25-2 Tessalo- nicenses 2:1-12 e Ap 13:0) e forçará o mundo a adorá-lo e obedecer-lhe. O versículo 25 informa que ele usará astúcia e engano para alcançar seus propósitos. Ele até se levantará con-tra Cristo, o Príncipe dos príncipes. No entanto, essa será uma batalha perdida. Ele será quebrado "sem au-xílio de mãos" (veja 2:34), derrotado na batalha de Armagedom (Ap 19). Não foi à toa que Daniel se sentiu esmagado. E também nós devemos nos sentir da mesma forma ao medi-tar a respeito das incríveis profecias da Palavra de Deus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
8.1 Ano terceiro. Dois anos depois de capítulo 7, i.e., 544 a.C. Daqui até o fim do livro, o texto está escrito em hebraico.

8.2 Susã. O profeta recebeu uma visão da própria capital do império dos Persas já que a mensagem se aplica ao império inteiro.

8.3 Carneiro. O império dos medos e dos persas. O mais alto subiu por último. A Pérsia já existia como forte nação até as invasões pelos bárbaros do norte; depois a Média tomou a iniciativa de constituir-se uma nação livre, que veio a tornar-se império.

8.4 Marradas. As conquistas violentas que partiram do oriente.

8.5 Bode. O império da Grécia. Chifre notável. Alexandre Magno.

8.8 No sua força. Alexandre morreu ainda jovem, depois de já realizada a conquista. Quatro chifres notáveis. Os generais de Alexandre.

8.9 Chifre pequeno. Não o mesmo do sonho anterior, no qual o chifre faz parte do quarto reino, isto é, de Roma, (7.8). Este é o rei Antíoco Epifânio, descendente de Seleuco, o general que recebeu o território da Síria depois da morte de Alexandre. Para a terra gloriosa. Este ramo do império passou a ameaçar a Israel.

8.10 Exército dos céus... estrelas A perseguição dos servos de, Deus é considerada como guerra contra o próprio Deus com conseqüências eternas. Comp. At 9:4, onde Jesus, glorificado nos altos céus, considera o perseguidor dos crentes como o dele próprio.

8.11 Tirou o sacrifício. Nos dias de Antíoco Epifânio, houve um período em que o culto a Deus foi substituído pelos ritos pagãos, c. 171 a.C. No ano 168 a.C. proibiu o sacrifício no templo, profanando-o (conforme 11.31).

8.12 Por causa das transgressões. Naquela época, a cultura grega ameaçava a fé e a prática dos judeus que a abraçavam.

8.14 Tardes manhãs. Os sacrifícios eram oferecidos duas vezes ao dia; às 9 da manhã e às 3 da tarde. Referiam-se a dias normais e não proféticos (que valem um ano), 2.300 abrange o período das perseguições de 171 a 165 a.C.

8.16 Deus dando visão, oferece meios para suas interpretações.
8.19 Último tempo do ira. O último castigo divino pelos pecados de Israel até a vinda do Salvador que oferece amor, perdão, santificação e salvação em vez de castigo. A nação de Israel foi destruída depois de rejeitar a Jesus Cristo, seu Messias. O castigo é a perseguição mencionada, que serviu para destruir o povo.

8.23 Feroz catadura. Tão violento era Epifânio, que os historiadores gregos o chamavam Epímanes, "o louco". Intrigas. A história das intrigas entre os descontentes de Ptolomeu, o general de Alexandre que herdou o Egito, e de Seleuco que herdou a Síria, acha-se registrada no tempo de Epifânio, 175-163 a.C.

8.25 Príncipe dos príncipes. A atitude de Antíoco era de blasfêmia contra o próprio Deus. Mãos humanas. O grande guerreiro morreu de desgosto, por não ter conseguido roubar certo templo.

8.26 Dias ainda mui distantes. Daniel estava vivendo sob cativeiro imposto por Deus pela desobediência do povo, mas a visão que recebeu se referia a outro castigo quase dois séculos mais tarde.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27
VIII. OS DOIS ANIMAIS E O CHIFRE TERRÍVEL (8:1-27)


1) Os dois animais (8:1-8)

Depois de dois anos, Daniel recebeu uma visão com uma interpretação mais precisa. O tempo foi significativo: No terceiro ano do reinado do rei Belsazar, 550—549 a.C., em que Ciro, o Persa, subjugou a Média. Daniel observou esse e os eventos subseqüentes a partir de uma das capitais da Pérsia, Susã, a antiga metrópole do Elão situada entre rios e canais, sendo Ulai (atualmente Sha’ur) o principal deles. v. 3,4. um carneiro [...] dois chifres: de acordo com o v. 20, símbolos dos reis da Média e da Pérsia, notavelmente unidos. Do ponto de vista de Daniel, os persas que estavam tomando o lugar pareciam invencíveis, embora a certa altura Ciro fosse morto em batalha no longínquo oriente, v. 4. Ele fazia o que bem desejava-, essa sempre é a marca do tirano e a razão do juízo. v. 5-8. um bode-, distinguido por um único chifre comprido, representava a carreira sem igual de Alexandre, o Grande, conforme o v. 21, desde o seu início obscuro na Macedônia, passando por seus triunfos no Egito, na Babilônia, Pérsia, índia, até o seu fim inglório embriagado de poder e prazeres. A sua grande fúria atacando furiosamente (ou “amargamente”) poderia ser interpretada como seu zelo e sua cruzada inicial para “libertar” e helenizar o mundo, fundindo gregos e persas. Ele foi sucedido por quatro dos seus generais gregos (da nação daquele rei, v. 22), cada um governando uma parte do seu império: Cassandro na Macedônia, Lisímaco na Trácia e Ásia Menor, Seleuco na Síria, Mesopotâmia e Pérsia, e

Ptolomeu no Egito. Por mais nobres que fossem esses chifres, são merecidamente descritos como não tendo o mesmo poder (v. 22).


2) O chifre pequeno (8:9-14) um pequeno chifre, que logo cresceu saiu De um deles, dos reinos, e não dos indivíduos, aliás, o estado selêucida na Síria. Temos aqui Antíoco Epifânio, e nisso pode haver uma referência ao fato de que ele não era o herdeiro. (O hebraico traz “outro” ou “um” chifre, mas a maioria dos comentaristas e a NVI trazem “um chifre pequeno” por meio de uma ligeira emenda, produzindo uma expressão paralela ao aramaico Dt 7:8.) O v. 23 coloca o seu surgimento No final do reinado deles, i.e., dos quatro reinos, e, aliás, logo depois do tempo de Antíoco, a parte oriental do império de Alexandre retornou ao governo local, a Grécia e a Ásia Menor foram dominadas por Roma, a Síria e o Egito se enfraqueceram e caíram debaixo do mesmo poder, cresceu em poder. Antíoco fez campanhas com algum sucesso contra o Egito, a Pérsia e, o que era mais importante para Daniel, contra a Judéia, a Terra Magnífica (“terra” é acrescentado com base em 11.16,41). A sua atividade lá é o foco dos versículos seguintes, v. 10. Tanto cresceu..:. a explicação está no v. 24, destruirá [...] o povo santo. v. 11. Assim como outros antes dele, essa figura também chegou a desafiar o príncipe do exército que é o próprio Deus, Príncipe dos príncipes no v. 25. A arrogância se mostrou ao serem suprimidos os sacrifícios regulares no templo, as obrigações para com Deus. No pensamento pagão, um deus sem culto estava morto, o sacrifício diário: (também em 11.31; 12,11) era o sacrifício ordenado para cada manhã e cada noite em Ex 29:38-42. o local do santuário foi destruído-, ou provavelmente “desprezado”, como sugerido pela expressão serão pisoteados no v. 13. v. 12. O hebraico aqui é obscuro, e qualquer tradução é uma tentativa. Por causa da rebelião é uma referência aos judeus apóstatas do v. 23. Cp. a verdade foi lançada por terra (com mudança das vogais hebraicas) e “estava lançando por terra a verdade” (sem a mudança) com o v. 25. A verdade é o absoluto de Deus que nenhum ser humano pode mudar, por mais que tente. v. 13. dois anjos-, conforme 4.10. O que um deles perguntou ao outro era o conteúdo da visão; a preocupação do que perguntava era a duração do horror que ele sabia que deveria ter um fim. v. 14. Um tempo me foi revelado, de acordo com o TM, e foi revelado “a ele”, de acordo com muitas versões (RSV); de qualquer forma, ambos queriam saber! duas mil e trezentas tardes e manhãs-, o primeiro dos números misteriosos de Daniel, que têm sido debatidos já Pv 2:0, se forem anos. Seja qual for o período considerado, ele terminou com a vindicação do santuário, sua justificação na adoração restaurada ao Deus de Israel.


3) A interpretação (8:15-27)
v. 15-18. A reação de Daniel foi intensificada pela aparição de um anjo em forma de um homem forte (heb. geljer) chamado Gabriel, “homem de Deus”. Somente Daniel dá nomes a anjos no ATOS, sendo Miguel o outro chamado por nome (10.13 etc.). Eles eram ministros chefes da corte divina, e os seus nomes os distinguiam das miríades de outros anjos, que vinha do Ulai ou “entre o Ulai e outro rio”, a voz de um homem significa uma comparação suprimida: “a voz como a de um homem ".fiquei aterrorizado: em toda a Bíblia, o encontro entre seres celestiais e humanos indisfarçados tem esse efeito quando o que é santo se encontra com o que é impuro, e.g., Jz 6:22,Jz 6:23; Is 6:5; Ez 1:28; Ap 1:17. O desmaio de Daniel (v. 18) e o toque de Gabriel em Daniel para acordá-lo e colocá-lo em pé imitam o cerimonial de entrada para a presença do rei, conforme Et 5:2. Filho do homem-. i.e., ser humano, mas um a quem se daria o conhecimento que os homens sempre buscam, mas não conseguem obter. O tempo precisava ser esclarecido, os eventos não eram todos iminentes. Do contrário, Daniel, na Babilônia de Belsazar, poderia ter duvidado da sua veracidade, v. 19-26. A explicação já foi dada em parte nos comentários dos v. 1-14. v. 19. O tempo da ira é a ira de Deus contra Israel por sua apostasia, conforme Is 10:25Is 26:20. ao tempo do fim-. a ARA traz “ao tempo determinado do fim”; melhor seria “pois um tempo determinado tem um fim”, cf. NEB. Como em 4.26; 8.25,26, foi estabelecido um limite, o plano de Deus estava completamente formado. A rebelião é uma referência aos judeus que adotaram costumes helenísticos sem levarem em conta as suas próprias leis religiosas (v. IMacabeus 1.11

15). Eles estavam dispostos a se conformar à vontade do rei insolente (conforme Dt 28:50), enganoso e destrutivo, v. 24. A RSV trata como duplicação do v. 22 a expressão mas não terão o mesmo poder que o TM traz aqui (a NEB omite a expressão sem comentário). Young dá a idéia da permissão divina que a repetição contém como razão para mantê-la. v. 25. Muitos estudiosos associam Destruirá muitos que nele confiam ao ataque do cobrador de impostos de Antíoco relatado em IMacabeus 1:29-36. Todos os seus atos maldosos conduziram o rei ao seu ataque contra Deus, e à sua queda por intervenção divina, morrendo no seu leito de enfermidade, tendo perdido Jerusalém, v. 26. A explicação de Gabriel foi concluída com a declaração de que a visão estava correta, com base no padrão de 2.45 etc. O seu cumprimento deveria ocorrer muito tempo depois da época do vidente, de modo que se tomou precaução para preservar o registro; “selar” significa “fechar”; conforme 12.4 e Is 8:16. v. 27. Por mais distantes que fossem os terríveis eventos, a sua promessa teve um efeito físico maior sobre Daniel do que a visão pavorosa anterior do cap. 7, novamente em parte por causa de sua incapacidade de entendê-la.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 27

Dn 8:1), descreve-se a visão de um carneiro e um bode (vs. Dn 8:2-14), seguida por uma interpretação (vs. Dn 8:15-26), e uma conclusão (v. Dn 8:27).


Moody - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 23 até o 26

23-26. Esses versículos acrescentam detalhes específicos ao retrato de Antíoco. Os judeus dificilmente deixariam de reconhecê-lo quando aparecesse. Esta profecia pode muito bem ter sido o próprio meio divino usado para sustentar os fiéis através daqueles dias difíceis. He 11:34-37 comemora o seu heroísmo.


Dicionário

Acabar

verbo transitivo Levar a seu termo, perfazer, concluir, terminar: acabar uma tarefa.
Estar no fim: no latim o verbo acaba a frase.
Dar cabo, matar: o trabalho acabou com ele.
verbo intransitivo Ter fim: aqui acaba a terra.
Morrer: ele acabou na miséria.
verbo pronominal Ter fim: acabou-se o que era doce.

concluir, cessar, descontinuar, interromper, suspender, finalizar, findar, ultimar, terminar, rematar, fechar, intermitir, parar. – Segundo Roq., “acabar representa a ação de chegar ao termo ou fim de uma operação; concluir representa a ação no deixar a coisa completa. Hoje se acaba minha fadiga. Ontem se concluiu o negócio. Como as ações destes dois verbos são em geral inseparáveis, é pouco perceptível sua diferença; para distingui-la, porém, basta buscá-la num exemplo, no qual o que se acaba seja precisamente a ação de outro verbo: Amanhã acabarei de escrever; não acaba de chegar; ao meio-dia acabou de correr; acaba de sair, de chegar, de entrar, etc. Em nenhum destes exemplos se pode usar sem impropriedade do verbo concluir, porque não se trata diretamente de uma coisa finalizada e completa por meio da conclusão, senão puramente de uma ação que cessa, do termo e fim a que chega, não a coisa concluída, mas a operação com que se conclui”. – “Cessar – diz ainda Roq. – é um termo geral, que a toda suspensão de trabalho ou ação pode aplicar-se, sem indicar diferença alguma. Cessa-se por um instante, por muito tempo, para sempre. – Descontinuar é suspender o trabalho, ainda que não seja por muito tempo; é romper a continuação ou seguida do fato com o que fica por fazer”. – Acabar e findar têm muito íntima conexão; devendo notar-se, no entanto, que findar enuncia simples fato em muitos casos em que acabar enuncia ação. Findar é “ter fim”; acabar é, além de “ter fim” – chegar, levar ao fim (ao cabo); e é nesta última acepção, que se distingue de findar. “Acabamos a nossa tarefa” (e não – findamos). Segue-se que em todos os casos em que se aplica findar pode aplicar-se acabar; mas a inversa não seria exata. – Entre findar e finalizar dáse uma diferença análoga. Finalizar enuncia ação, esforço “para chegar ao fim”. “Findou o sofrimento da triste criatura” (e não – finalizou), “Finalizamos o trabalho com muita fortuna” (e não – findamos). – Finalizar, ultimar, terminar, rematar, fechar podem confundir-se. Quem diz ultimar indica a ação de “chegar ao termo de uma coisa deixando supor que se havia começado e que se vai ou pode dar princípio a outra; e, portanto, como que estabelecendo uma certa relação de ordem ou de seguimento entre a coisa que se ultima, o princípio que teve essa coisa, e às vezes alguma outra coisa que se lhe pode seguir”. Dizemos rematar quando queremos exprimir que se “pôs fim ou conclusão a uma coisa com um sinal próprio ou de um modo completo”. Um exemplo: “Quando ouvimos aquela apóstrofe vibrante supusemos que o orador ia ultimar as graves acusações; mas ele continuou no mesmo tom veemente; e parecia terminar ou concluir já mais calmo, quando a um aparte do ministro, rematou a tremenda objurgatória com uma invetiva ultrajante”. – Rematar, portanto, e fechar, neste caso, seriam sinônimos perfeitos se não fosse a nuança assinalada na predicação daquele primeiro verbo: o que se fecha fica “resolvido definitivamente, concluído, ultimado”: o que se remata “tem termo preciso, formal, bem marcado, e até pode ser que solene”. – Terminar é “ir ao termo, 60 Rocha Pombo levar ao termo, ter fim, chegar ao limite”. – Interromper e suspender, como descontinuar, enunciam ação de “cessar, ou deixar de exercer por algum tempo função própria ou alheia”. Descontinua-se quando “se deixa de prosseguir aquilo que é contínuo ou sucessivo”; interrompe-se alguma coisa quando “se lhe corta ou suspende bruscamente a ação ou o modo de ser”; suspende-se alguma coisa quando “se a interrompe por algum tempo e a deixa pendente”. – Intermitir é “suspender ou interromper de momento a momento, cessar de agir, de atuar, ou de se fazer sentir por intervalos”. – Parar significa “cessar, acabar, tratando-se de movimento ou de função”. “Para o relógio quando se lhe acaba a corda”. “Intermite-se a aplicação de um medicamento quando sobrevêm acessos do mal que se combate”.

perecer, falecer, morrer, fenecer, finar-se, extinguir-se, expirar. – Todos estes verbos significam “chegar ao fim”, quer se trate de duração ou de espaço. – “Acabar – escreve Roq. – significa chegar ao cabo ou fim de uma operação sem indicar a conclusão, e de um modo mui genérico. – Fenecer é chegar ao fim do prazo ou extensão própria da coisa que fenece. – Perecer é chegar ao fim da existência, cessar de todo, e às vezes por desastre ou infortúnio. – Finar- -se exprime propriamente o acabamento progressivo do ser vivente. – Falecer é fazer falta acabando. – Morrer é acabar de viver, perder a vida. Depressa se acaba o dinheiro a quem gasta perdulariamente. Muitas vezes se acaba a vida antes que tenhamos acabado a mocidade. Fenecem as serras nas planícies, e às vezes no mar. – Fenece a vida do homem muitas vezes quando ele menos o espera. Perece, ou há de perecer tudo quanto existe. Quantos têm perecido de fome, de sede, à míngua, nos cárceres, nos suplícios, nos incêndios, nos terremotos, nos naufrágios?! Todos os seres animados finam-se quando, extenuadas as forças, pagam o tributo à lei da morte. Falece o homem quando passa da presente a melhor vida. Morre tudo quanto é vivente; e porque as plantas têm uma espécie de vida, também as plantas morrem. O homem não morre só quando o prazo dos seus dias está cheio, mas morre muitas vezes às mãos de assassinos, de inimigos ou de rivais. Acaba ou fenece a serra, e não perece, nem morre7 , nem se fina, nem falece. Perece um edifício, uma cidade, etc., e não morre, nem se fina, nem falece (nem fenece). Morre o vivente, mas o irracional não falece. Morre, acaba, falece, fina- -se o homem, e por sua desventura também muitas vezes perece. Diz-se mui urbanamente, e por uma espécie de eufemismo, que um homem faleceu quando acabou seus dias naturalmente, do mesmo modo que diziam os latinos vita functus est; mas não se dirá que faleceu aquele que morreu na guerra ou às mãos do algoz”. – Expirar é “render o último alento, dar o último suspiro, acabar de existir no mesmo instante”. – Extinguir- -se significa “fenecer, acabar de ser”; e sugere a ideia do desaparecimento da coisa que se extingue.

Cara

substantivo feminino Parte anterior da cabeça, da testa ao queixo; rosto, face: aluno com espinhas na cara.
Aparência exterior de alguém; fisionomia, semblante: cara de irritação.
Figurado Expressão de ousadia; atrevimento: como você teve a cara de aparecer aqui?
[Gíria] Qualquer pessoa, não determinada: conheci um cara ontem.
[Gíria] Termo usado para chamar alguém: cara, por favor, uma informação!
Modo de apresentação externa de; aspecto: isso tem cara do quê?
Etimologia (origem da palavra cara). Do latim cara.ae.
interjeição Expressão de espanto, de admiração, geralmente introduz uma informação completamente nova: cara, você não sabe o que me aconteceu!
Etimologia (origem da palavra cara). De origem questionável; talvez de caramba.
adjetivo Cujo preço é muito alto ou tende a ultrapassar o valor justo: essa calça é realmente muito cara!
Etimologia (origem da palavra cara). Feminino de caro.

substantivo feminino Parte anterior da cabeça, da testa ao queixo; rosto, face: aluno com espinhas na cara.
Aparência exterior de alguém; fisionomia, semblante: cara de irritação.
Figurado Expressão de ousadia; atrevimento: como você teve a cara de aparecer aqui?
[Gíria] Qualquer pessoa, não determinada: conheci um cara ontem.
[Gíria] Termo usado para chamar alguém: cara, por favor, uma informação!
Modo de apresentação externa de; aspecto: isso tem cara do quê?
Etimologia (origem da palavra cara). Do latim cara.ae.
interjeição Expressão de espanto, de admiração, geralmente introduz uma informação completamente nova: cara, você não sabe o que me aconteceu!
Etimologia (origem da palavra cara). De origem questionável; talvez de caramba.
adjetivo Cujo preço é muito alto ou tende a ultrapassar o valor justo: essa calça é realmente muito cara!
Etimologia (origem da palavra cara). Feminino de caro.

rosto, face, frente, fronte, semblante, vulto. – “Por estas palavras” – diz Roq. – “designa-se a parte mais nobre do homem, parte que ao corpo, qual soberana, preside e manda. Mas, cada uma delas ajunta à ideia fundamental alguma acessória que a modifica, e que importa conhecer para não as confundir”. – Cara é da palavra grega kára, ou karé, e significava cabeça, cume ou cimo; mas entre nós só significa a parte anterior da cabeça do homem, e de alguns animais brutos. É expressão vulgar, e às vezes incivil e grosseira. Não é admitida em estilo elevado; em lugar dela usam os poetas a palavra frente, ou fronte (que vêm ambas de frons). José Agostinho de Macedo diz na Meditação: Mas que pasmosa arquitetura é esta Deste corpo, que eu palpo, eu sinto? [A frente Qual soberana, lhe preside e manda! E Camões, nos Lusíadas, I, 51: Que não no largo mar, com leda fronte, Mas no lago entraremos de Aqueronte. E no c. V, 56: Estando c’um penedo fronte a fronte, Que eu pelo rosto angélico apertava, Não fiquei homem, não, mas mudo e [quedo, E junto do penedo outro penedo. 250 Rocha Pombo – Chamavam os latinos rostrum ao bico das aves, ao esporão da proa das embarcações, e ao que com ele se parecia; os nossos antigos chamavam, e ainda hoje os castelhanos chamam rostro à cara dos racionais, por ser a parte saliente do corpo, sobretudo visto de perfil, em que o nariz forma uma espécie de bico. Por suavidade de pronúncia se diz rosto. É expressão mais elevada que a palavra cara, pois só se diz dos racionais; e é poética, como se vê da precedente citação de Camões, e da seguinte: E com o seu apertando o rosto amado, Que os soluços e lágrimas aumenta. (Lus. II,
41) – Semblante (talvez do francês semblant)é o rosto considerado como expressão dos afetos ou paixões, e muitas vezes equivale à representação exterior, que no rosto se mostra, do que na alma se passa. – Da palavra latina facies vem o nosso vocábulo face, que, significando rigorosamente a maçã do rosto, ou a parte da cara desde os olhos até à barba, significa por extensão toda ela; usa-se, muito a propósito, quando a consideramos voltada para nós. – À palavra latina vultus muitas vezes corresponde a nossa semblante, como se vê deste lugar de Cícero. Vultus animi sensus plerumque idicant (De Orat 2:35), “O semblante (o vulto) muitas vezes indica os sentimentos da alma”. O mais comum, porém, é significar esta palavra vulto o relevo do corpo humano; e como é no rosto que mais avultam as feições humanas, usam- -na os poetas para indicar o mesmo rosto, e talvez “rosto formoso”, como se infere destes versos de Camões: Quem32 de uma peregrina formosura, De um vulto de Medusa propriamente, Que o coração converte, que tem preso Em pedra não, mas em desejo aceso? (Lus. III, 142)

Entendido

adjetivo Que se conseguiu entender, compreender, perceber: assunto perfeitamente entendido; texto entendido pelo aluno.
Que entende de algo, que tem prática ou experiência; especialista, expert, perito: homem entendido em negócios.
Que está de acordo, combinado: chegamos num valor entendido.
[Pejorativo] Diz-se de quem é homossexual: pessoa entendida.
substantivo masculino Aquele que é perito, expert, especialista.
[Pejorativo] Homossexual masculino.
expressão Assumir ares de entendido. Aparentar conhecer bem um assunto.
Etimologia (origem da palavra entendido). Particípio de entender.

Entendido Aquele que é sabedor, douto, sábio (Pv 15:21); (Jc 3:13).

Feroz

adjetivo De natureza selvagem; bravio, sanguinário: o tigre é feroz.
Figurado Que expressa crueldade; cruel, perverso: homem feroz.
Figurado De instinto violento; definido pelo excesso de força; impetuoso, temível: olhar feroz.
Figurado Que denota ou incita o medo, temor, terror; terrível: furacão feroz.
Figurado De essência destemida; que não tem medo de nada; destemido.
Figurado De dimensão extraordinária; enorme: expressou uma raiva feroz.
Etimologia (origem da palavra feroz). Do latim ferox, ocis “selvagem”.

Fim

substantivo masculino Circunstância que termina outra: fim de um livro.
Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano.
Interrupção de; cessação: o fim de uma luta.
Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim.
Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins.
Parte que está no final de; final: fim de semana.
O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos.
Destino: o fim do homem.
expressão Pôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento.
locução prepositiva A fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz.
locução adverbial Por fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese.
Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.

O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -


Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Rei

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


Reinado

substantivo masculino Reino.
Espaço de tempo em que reina ou reinou um monarca.
Período em que vigora alguma coisa: o reinado da folia.
Autoridade moral, influência: reinado das leis, da moda.

Reinado Tempo em que um rei ou um imperador governa (Jr 26:1); (Lc 3:1).

Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Daniel 8: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas, no fim do reinado deles, quando os transgressores tiverem sido completados, se levantará um rei, feroz de semblante e entendido em sentenças enigmáticas.
Daniel 8: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

539 a.C.
H2420
chîydâh
חִידָה
enigma, questão difícil, parábola, dito ou questão enigmática, palavra ou questão
(in dark speeches)
Substantivo
H319
ʼachărîyth
אַחֲרִית
parte posterior, fim
(in the latter)
Substantivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H4438
malkûwth
מַלְכוּת
realeza, poder real, reino, reinado, poder soberano
(his kingdom)
Substantivo
H5794
ʻaz
עַז
()
H5975
ʻâmad
עָמַד
ficou
(stood)
Verbo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6586
pâshaʻ
פָּשַׁע
rebelar, transgredir, revoltar
(they have transgressed)
Verbo
H8552
tâmam
תָּמַם
ser completo, estar terminado, acabar
(And failed)
Verbo
H995
bîyn
בִּין
discernir, compreender, considerar
(discerning)
Verbo


חִידָה


(H2420)
chîydâh (khee-daw')

02420 חידה chiydah

procedente de 2330; DITAT - 616a; n f

  1. enigma, questão difícil, parábola, dito ou questão enigmática, palavra ou questão perplexa
    1. enigma (expressão obscura)
    2. adivinhação, enigma (para ser adivinhado)
    3. questões perplexas (difíceis)
    4. transação dúbia (com o verbo ter)

אַחֲרִית


(H319)
ʼachărîyth (akh-ar-eeth')

0319 אחרית ’achariyth

procedente de 310; DITAT - 68f; n f

  1. parte posterior, fim
    1. fim, conclusão, evento
    2. últimos tempos (profético para tempo futuro)
    3. posteridade
    4. último, que fica mais atrás

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

מַלְכוּת


(H4438)
malkûwth (mal-kooth')

04438 מלכות malkuwth ou מלכת malkuth ou (no pl.) מלכיה malkuyah

procedente de 4427; DITAT - 1199e; n f

  1. realeza, poder real, reino, reinado, poder soberano
    1. poder real, domínio
    2. reino
    3. reinado, domínio

עַז


(H5794)
ʻaz (az)

05794 עז ̀az

procedente de 5810; DITAT - 1596a; adj

  1. forte, poderoso, violento

עָמַד


(H5975)
ʻâmad (aw-mad')

05975 עמד ̀amad

uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

  1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
    1. (Qal)
      1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
      2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
      3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
      4. tomar posição, manter a posição de alguém
      5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
      6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
      7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
    2. (Hifil)
      1. posicionar, estabelecer
      2. fazer permanecer firme, manter
      3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
      4. apresentar (alguém) diante (do rei)
      5. designar, ordenar, estabelecer
    3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

פָּשַׁע


(H6586)
pâshaʻ (paw-shah')

06586 פשע pasha ̀

uma raiz primitiva [idêntica a 6585 com a idéia de expansão]; DITAT - 1846; v.

  1. rebelar, transgredir, revoltar
    1. (Qal)
      1. rebelar, revoltar
      2. transgredir
    2. (Nifal) estar rebelado contra

תָּמַם


(H8552)
tâmam (taw-mam')

08552 תמם tamam

uma raiz primitiva; DITAT - 2522; v.

  1. ser completo, estar terminado, acabar
    1. (Qal)
      1. estar terminado, estar completo
        1. completamente, totalmente, inteiramente (como auxiliar de outro verbo)
      2. estar terminado, acabar, cessar
      3. estar completo (referindo-se a número)
      4. ser consumido, estar exausto, estar esgotado
      5. estar terminado, ser consumido, ser destruído
      6. ser íntegro, ser idôneo, ser sem defeito, ser justo (eticamente)
      7. completar, terminar
      8. ser atravessado completamente
    2. (Nifal) ser consumido
    3. (Hifil)
      1. terminar, completar, aperfeiçoar
      2. terminar, cessar de fazer, deixar de fazer
      3. completar, resumir, tornar íntegro
      4. destruir (impureza)
      5. tornar perfeito
    4. (Hitpael) agir com integridade, agir honestamente

בִּין


(H995)
bîyn (bene)

0995 בין biyn

uma raiz primitiva; DITAT - 239; v

  1. discernir, compreender, considerar
    1. (Qal)
      1. perceber, discernir
      2. compreender, saber (com a mente)
      3. observar, marcar, atentar, distinguir, considerar
      4. ter discernimento, percepção, compreensão
    2. (Nifal) ter discernimento, ser inteligente, discreto, ter compreensão
    3. (Hifil)
      1. compreender
      2. fazer compreender, dar compreensão, ensinar
    4. (Hitpolel) mostrar-se com discernimento ou atento, considerar diligentemente
    5. (Polel) ensinar, instruir
  2. (DITAT) prudência, consideração