"Cada mente tem seu tempo, e cada tempo tem seu lugar. Os reinos do "eu" são ilhas no oceano do Amor divino e somente persistem por algum tempo e nessa expressão de espaço porque o Eterno é a força primeira e imutável a nos ensejar as percepções de nossa Imortalidade n’Ele. Projetamos para ser o que pensamos, e o que pensamos se converterá em ciência de vida, graças às incontáveis transformações por que passamos no seio do Inominável... Essa liberdade de arbítrio nos processos da cocriação são também meios de embalar sonhos e felicidade relativa, como os raios de uma eterna aurora de perfeição e júbilos. Por isso, onde e com quem estiverdes, dai de vosso amor e consciência, porfiai até sacrificialmente por corresponderdes ao excelso Amor da Criação, fugi aos excessos, mantendo-vos senhores de vosso juízo, de vosso senso. Mesmo na adversidade, considerai a perfeita ordem do progresso e guardai-vos em confiança e humildade. Todos somos herdeiros do Pai Supremo e nenhum de nós, mesmo nestas esferas de luz relativa, podemos nos afirmar indenes de algum equívoco e impurezas... Nosso dever é aprender sempre, sem reclamar ou se indispor ante as lições sábias do Destino, e assim aceitar e seguir, fazendo o melhor, em louvor da Vida perfeita que desejamos. Colhei dos sábios, dos santos, mesmo dos impuros, dos viciosos, da escuridão, principalmente da Luz, porque, se observardes em discernimento justo, sereis bem-aventurados por manterdes o equilíbrio próprio, que vos assegurará disposições intrínsecas de espírito para sempre transcender... Jesus Cristo é o modelo de pureza, fixai-o e dele colhereis a força moral imprescindível, como tendes, na Terra e em mundos correspondentes, o Sol para vos abençoar os dias!... ".
Por mais insatisfeitos na Terra ou no Além por efeito das expiações e provas, todas elas são benditas condições de aprendizado e desenvolvimento consciencial. Embora existamos em Deus e n’Ele nos movimentemos, ainda o percebemos de modo imperfeito, sem precisão e sem clareza... Mesmo nas fileiras espíritas, em que lidamos com a Revelação extraordinária, prometida e executada na Terra pelo próprio Jesus através de seus Emissários mais destacados, habituamonos a submergir em descrença e rebeldia, em maldições e inconformação. Tudo é bênção no Universo, e todas as marcas de dor e sofrimento correm por conta das criações mentais de natureza inferior, contrárias à ordem cósmica da Vida, gerando as distonias e enfermidades morais que conhecemos no mundo.
Usufruir é legítimo, desde que se considere intimamente as aberturas e as capacitações na esfera do merecimento. Dá e receberás, pede, busca, bate e obterás o que procuras... Toda ação gera uma reação, não podemos nos esquecer disso. A enfermidade ou o infortúnio são, invariavelmente, a resultante de causas estabelecidas pelo nosso comportamento, nunca maldição da vida ou de Deus! Deus não pode e não deve ser responsabilizado por nossas escolhas, pois é d’Ele a Lei de Causa e Efeito que regula todos, absolutamente todos os processos existenciais, na Terra e alhures, pelo infinito da Criação. Não temos, espiritualmente, nenhum álibi para justificar deserções e rebeldia. E, fatalmente, colheremos os frutos da adversidade e dos crimes morais cometidos. O infeliz será sempre o autor de seus delitos, mesmo os cometidos sobre outrem, seja por inveja, ciúme ou revolta de qualquer espécie... A vida triunfa de todos os processos existenciais, que são meios educativos, visando o fim: a perfeição e a felicidade sem quebras vibracionais.
Onde estivermos, no tipo de cocriação que integramos por deliberação pessoal, por livre-arbítrio, como ilha personalista na vastidão do Amor de Deus - conforme salientou o grande Sócrates a nós —, é preciso viver com toda a dignidade possível, segundo os mais altos valores da consciência já desperta, para que não nos falte a euforia de vida, a inspiração superior, as trocas que vitalizam e reanimam com quem guardamos afinidades na Terra e no Além. Desse modo, o "espelho da mente" jamais estará embaciado, pois a oclusão mental é sempre o efeito das derrocadas morais, quando o moral se erige em nós por guia infalível, para assegurar-nos o equilíbrio e a salvaguarda em meio tão perigoso, tão sedicioso e adverso como a Crosta terrena.
As mais sublimes lições de Vida abundante estão disponíveis na Terra pelos exemplos de sábios e santos, de virtuosos e inspirados, e mesmo o vício e a violência, a insensatez e os crimes de toda ordem são advertências profundas, demonstrando a inversão de valores aos sentidos humanos em formação. Mas, para além de todos os valores circunstânciais de elevação e paz, permanece, para sempre, o Sol de amor que Jesus Cristo, com sua abnegação e humildade, pureza e perfeição, fez acender em nossas consciências — o modelo divino a nós ofertado por Deus!