Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 10

A CANGA

Casimiro Cunha

Pleno campo, céu de anil, Que o sol dourado ilumina, A primavera traz flores De fragrância peregrina.

Em tudo palpita o belo Na sublime transcendência, Das dádivas generosas Na Divina Providência.

Os bons, porém, desconhecem Se há mistérios da beleza E gastam no atrito longo As forças da Natureza.

Acende-se a luta enorme, Chifradas, golpes violentos, Ruído ensurdecedor, Pelos rotos, pés sangrentos.

Há flores espatifadas Nos caminhos da abundância, É cegueira, dor e morte Em males da ignorância.

Mas, um dia, o lavrador, Notando a exigência ativa, Vendo a zona perturbada, Traz a canga educativa.

Os brigões acham de novo A paz, a harmonia, o bem.

O sofrimento em conjunto É o campo que lhes convém.

Toleram-se mutuamente Sem rixas nem desatinos, E aprendem a trabalhar Sem desprezo aos dons divinos.

Muitas vezes também, no mundo, Parentesco e obrigação, São recursos necessários Às luzes da educação.


* * *

Amigo, se estás na canga De lutas indefinidas, Não fujas, atende a Deus, Cura os males de outras vidas.








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