Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 20

A ENCHENTE

Casimiro Cunha


O quadro é lindo e imponente Na calma da natureza, A massa d

'água é mais bela, Mais suave a correnteza.

O rio enorme extravasa, Conquistando as cercanias, Encaminha-se às baixadas, Desce às furnas mais sombrias.

A torrente dilatada Estende a dominação, Refresca e fecunda o solo Nas zonas de plantação.

Mas, em haurir-lhe a grandeza, Os bens, a virtude, a essência, Precisa-se em toda parte Muita luta e previdência.

Aterros, diques, cuidados, Trabalhos e sacrifícios, Todo esforço é necessário Por colher-lhes os benefícios.

Sem isso reduz-se a enchente Às grandes devastações, Ameaças, lodo e vermes, Mosquitos, flagelações.

A abundância generosa Foi vista e considerada;

Entretanto, a imprevidência Guarda a lama envenenada.

Reconhecendo a beleza Deste símbolo profundo, Podemos ver no seu quadro Muita gente deste mundo.

O poder, a autoridade, A fortuna, a inteligência, São enchentes dadivosas Da Divina Providência.


* * *

Mas, se o homem não vigia, É várzea que inspira dó.

A abundância não lhe deixa Mais que lodo, lixo e pó.








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