Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 32

A LENHA

Casimiro Cunha

Essa lenha pobre e seca, Que se entrega com bondade, É sugestão do caminho E exemplifica a humildade.

Já pensaste em seu passado?

Um lenho seco. . . que era?

Talvez o galho mais lindo Dos dias da primavera.

Quem sabe? talvez um tronco, Terno abrigo nos caminhos, Um palácio nobre e verde De flores e passarinhos.

No entanto, em missão de auxílio, Com santa resignação, Não se nega a cooperar Nas máquinas de carvão.

Em noite chuvosa e fria, Ela é a doce companheira Que aquece as recordações, Crepitando na lareira.

Ao seu calor, os mais velhos Acham prazer na lembrança;

Os mais moços a alegria De comentar a esperança.

Morrendo animosamente, Em chamas de luz e graça, Ela sabe que é de Deus, Por isso trabalha e passa.

Se viveu rindo e cantando, Entre seivas e prazeres, Com os mesmos encantamentos, Cumpre os últimos deveres.

Ah! quão poucos na jornada Convertem reminiscências Em calor, vida e perfume De novas experiências!. . .


* * *

Mas chega o dia em que o homem, Sem combater, sem negar-se, Precisa, como essa lenha, Da coragem de apagar-se.








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