Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 38

A NUVEM

Casimiro Cunha

Céu sereno luminoso, Entretanto, avulta em cima Um ponto sombrio e triste – É a nuvem que se aproxima.

Quem mirar o firmamento, Descansando a luz do olhar, De súbito, experimenta Doloroso mal-estar.

Dilata-se o ponto negro, Em todo o céu que se altera, O calor é intolerável Na pressão da atmosfera.

A planta parece aflita, Mergulhada em solo ardente.

O vento para. O caminho Sufoca penosamente.

Vem a nuvem dividida Em vastíssimos pedaços, Atritam-se os elementos Em confusão nos espaços.

Em breve, porém a chuva, Em gotas cariciosas, Mata a sede das raízes, Lava as pétalas das rosas.

As folhas ganham verdura, A estrada se modifica, É a seiva do céu que cai, Profusa, bondosa e rica.

Aí, reconhecem todos Que a nuvem, como ninguém, Sabia trazer consigo, A paz, a alegria, o bem.

Assim, a nuvem da vida Do infortúnio e da desgraça, Vem sombria e dolorosa, Chove lágrimas e passa.


* * *

Um homem, depois das dores, É mais lúcido e melhor.

Toda sombra de amargura Traz consigo um bem maior.








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