Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 48

A REFEIÇÃO

Casimiro Cunha

Das horas do lar terrestre, Que falam ao coração, Destacamos com justiça A hora da refeição.

Há muita gente no mundo Que se assenta junto à mesa E recebe o bem divino Sem ponderar-lhe a grandeza.

Supõem muitos, mostrando Juízo ao sabor do vento, Que a refeição se resume A despesa e pagamento.

Raros pensam no trabalho Da Eterna Sabedoria Que espalha, por toda a terra, Esse pão de cada dia.

A maior parte dos homens, Estranha à luz da oferenda, Aproveita a refeição Por dar pasto à gula horrenda.

Muitos outros, igualmente, Dominados de cegueira, A transformam em campo largo De excessos de bebedeira.

Não poucos, menosprezando O corpo sadio e forte, Em vez de atender a vida, Procuram moléstia e morte.

Finalmente, em toda a parte, Pelo método confuso, O dom do Senhor se torna Em pastagem para o abuso.

Cartilha Da Natureza Ouve amigo: não te esqueças, Nas mais ínfimas estradas, Que o prato das refeições É bênção das mais sagradas.

Não olvides que o "pão nosso" É dom sublime e perfeito;

Se não tens a luz da fé, Não te esquives ao respeito.

Cartilha Da Natureza A Visita Quando Deus criou a Terra A visita de amizade, Permitiu-a, incentivando A paz e a fraternidade.

Antes, contudo, o Senhor, Que preserva nossa vida, Deu a norma generosa Que, em tudo, lhe é devida.

No silêncio venerando Com que falta das Alturas, Nosso Pai ensina isso Visitando as criaturas.

Vem com o sol de maravilhas Que não olvida ninguém, Aquece as coisas e os seres, Amando, fazendo o bem.

Vem junto à chuva bondosa E atende à fecundação, Traz flores, verdura e seiva E espalha as bênçãos do pão.

A Visita Paternal Nunca falta nem demora, O Senhor vem ver-nos sempre, Cada dia, cada hora.

Entretanto, não comenta Nossas grandes cicatrizes, Apenas procura meios De tornar-nos mais felizes.

De mil modos auxilia Com bondade sempre igual, Buscando estabelecer O olvido de todo mal.

Nos tempos de riso e flores, Nos dias de dor e abrolhos, Ao lado de seus amigos, Não visites com maus olhos.

Maledicência é veneno Que traz angústias de inferno;

Ganhar visita ou fazê-la, É divino dom do Eterno.








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