Cartilha Da Natureza. A Criação

Versão para cópia
CAPÍTULO 61

O BOTÃO

Casimiro Cunha

Na extrema delicadeza Da verdura perfumosa, Destaca-se pequenino O tenro botão de rosa.

Não há sinal de corola, Vê-se apenas que começa A surgir a flor divina Num cálice de promessa.

E às vezes, nas alegrias De doce festividade, Espera-se pela rosa No caminho da ansiedade.

Deseja-se a flor robusta Com que se adorne a beleza, Mas não há lei que perturbe Os passos da Natureza.

É certo que toda rosa, Como joia de paisagem, Nunca pode prescindir Do zelo da jardinagem.

Precisa tempo, entretanto, Na sombra e na claridade, Requerendo orvalho e sol, Noites, chuva, tempestade.

Por crescer, pede cuidado Nos inícios da existência, Mas, morrerá com certeza A golpes de violência.

Assim, também, quase sempre, A muita crença em botão Tentamos impor, à força, A nossa compreensão.

Toda crença é patrimônio Que não surge improvisado;

É a rosa da experiência, Em terras do aprendizado.


* * *

Se tua alma vive em festa, Na fé que pratica o bem, Ajuda, coopera e passa. . .

Não busques torcer ninguém.








Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 61.
Para visualizar o capítulo 61 completo, clique no botão abaixo:

Ver 61 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?