Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 71

O ESTERCO

Casimiro Cunha

O esterco que espalha o bem, Vive em luta meritória;

Se é pobre, tem seu proveito, Seu caminho, sua história.

Quase sempre, chega aos motnes Dos redis e dos currais, Escuros remanescentes Da esfera dos animais.

De outras vezes, vem das zonas De imundície e esquecimento, Onde a vida se transforma Em triste apodrecimento.

Em outras ocasiões, É detrito das estradas, Lixo estranho e nauseabundo Das taperas desprezadas.

É a decadência das coisas, No resumo do imprestável, Fase rude e dolorosa Da matéria transformável.

Em síntese, todo esterco É derrocada ou monturo, Que das sombras do passado Lança forças ao futuro.

Analisando esse quadro, Veremos que a podridão Vai ser cor, perfume, fruto, Doçura e renovação.

Notemos, porém, que a flor Vibra ao alto, linda e santa, Enquanto o adubo não passa Do solo, dos pés da planta.

Na vida também é assim: O erro, a miséria, o mal Podem ser algumas vezes, Esterco espiritual.


* * *

Todavia, é necessário Que das lutas, através, Aproveitemos o adubo, Esmagando-o sob os pés.








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