Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 72

O FAROLEIRO

Casimiro Cunha

Enquanto o leque da noite Agrava a sombra e o perigo, A distância, eis que se acende O farol bondoso e amigo.

A luz define os caminhos, Mostra o vulto dos rochedos, Pode o barco prosseguir, A treva não tem segredos.

Tudo é noite sobre o abismo, Mas na torre existe alguém, Atento em manter a luz, Disposto a fazer o bem.

É o faroleiro. Em silêncio Clareia a amplidão do mar, Determina o rumo certo E atende sem perguntar.

Navios maravilhosos, Em prodígios de conforto, Recebem-lhe o benefício E seguem, de porto a porto.

Passam barcos de descanso, Jangadas laboriosas. . .

O farol ajuda sempre Sem perguntas ociosas.

Todos devem ao farol, Do comando ao marinheiro, Mas quase ninguém conhece As dores do faroleiro.

Por servir e auxiliar, Aceita uma condição: A vida de insulamento Muita vez em privação.

Se ouvirmos as grandes vozes Da verdade soberana, Na terra acontece o mesmo Nos mares da luta humana.

Quem possa trazer mais luz Vive em campo solitário, Tal qual o Mestre Amoroso Da torre em cruz do Calvário.








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