Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 88

O POSTE

Casemiro de Abreu No quadro que te rodeia, Em pleno bem destacado, Hás de ver no poste humilde Um servidor devotado.

Encontra-se em toda parte, Com a decisão de quem zela, Na cidade mais formosa, Na lavoura mais singela.

Conhece o rumo acertado Das fábricas, das usinas, Coopera nos resultados Do esforço das oficinas.

Ao calor do sol a pino, Como à frescura do orvalho, Sempre firme no seu posto, Exemplifica o trabalho.

Atende aos bens do serviço, Noite toda, dia inteiro, Ampara a luz da avenida, Como escura um chuchuzeiro.

Se há lugarejo às escuras, Em justa necessidade, O poste vence as distancias, Em busca da claridade.

Operários sem recursos, Para o pão de cada dia?


Vai direto às quedas d

'água, À procura da energia.

Auxilia nos transportes, Coopera nas ligações, Segura avisos na estrada, Fornecendo informações.

Não cobra, por seus trabalhos, Nem ordenados, nem multa, Na sua doce humildade É um benfeitor que se oculta.


* * *

O poste compele o homem, Sem vaidade, sem cobiça, A fugir, em qualquer parte Dos venenos da preguiça.








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