Cartilha Da Natureza. A Criação

Versão para cópia
CAPÍTULO 9

A CANDEIA

Casimiro Cunha

A sombra desce de manso, O silêncio volve aos ninhos, É a noite cariciosa Que se estende nos caminhos.

Na casa pequena e simples Que é refúgio da pobreza, É mais densa a escuridão Que amortalha a Natureza Mas no quadro desolado Perpassa a bênção do amor, A candeia humilde e rude Clareia do velador.

Na sala desguarnecida Da morada carinhosa, Sua luz mostra a beleza De uma estrela generosa.

Aproveita-se-lhe o encanto Na esfera da utilidade, Mas quase ninguém lhe vê O espírito de humildade.

Seu processo de ajudar Nas sombras da noite escura, Revela lição sublime Ao plano da criatura.

Por servir de fonte calma Ao clarão bondoso e amigo, Ela queima a provisão De tudo que tem consigo.

Consome o óleo, a torcida, Perde o brilho, perde a graça, Suporta o calor do fogo, Sofre o assédio da fumaça.

E Guarda, com Deus, a glória De haver produzido o bem, Sem ferir qualquer pessoa, Sem prejuízo a ninguém.

Quem deseje iluminar, Proceda como a candeia: A si mesmo se ilumine Sem reclamar luz alheia.








Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 9.
Para visualizar o capítulo 9 completo, clique no botão abaixo:

Ver 9 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?