Cartilha Da Natureza. A Criação

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CAPÍTULO 95

O TIJOLO

Casimiro Cunha

Dos serviços da olaria, Onde há lama em desconsolo, É justo aqui salientar As sugestões do tijolo.

Barro pobre e ignorado, Extraído em baixo nível, A princípio não parece Mais que lama desprezível.

Batido, dilacerado, Ao peso do amassador, É pasta lodosa e humilde Do subsolo inferior.

Após o rigor imenso De luta grande e escabrosa, Levado ao forno candente, Sofre a queima dolorosa.

Apagado o fogo rude, O tijolo pequenino, Embora a modéstia enorme, É retângulo divino.

Saiu da lama humilhada, Foi pisado de aspereza, Foi queimado, mas agora É base de fortaleza.

Apesar da pequenez, É a nota amiga e segura, Que constrói bondosamente A casa da criatura.

É a bênção, filha do pó, Que as fornalhas não consomem, É terra purificada, Servindo de abrigo ao homem.

Procura, amigo, entender Este símbolo profundo: Não te esqueças do trabalho Na olaria deste mundo.


* * *

Tão logo purificares O barro inferior do mal, A experiência é o tijolo Em tua casa imortal.








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