Estudando o Evangelho

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CAPÍTULO 38

A Força do Exemplo

Vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais também vós.


A influência do Espiritismo não se faz, apenas, nos meios que lhe são peculiares.
A sua atuação, salutar e construtiva — altamente construtiva, convém ressaltar —, estende-se, sem dúvida, a outros ambientes, outros setores, outras esferas.
Reformando-se, pouco a pouco, à medida que vai compreendendo, sentindo e aceitando de coração a mensagem renovadora da Doutrina, o Espírita começa, muitas vezes sem o notar, a ser um elemento proveitoso ao meio onde vive.
Isso acontece, decerto, por ser o Espiritismo uma Doutrina de autoresponsabilidade.
Quando o homem começa a sentir a influência renovadora da Terceira Revelação, sente, igualmente, simultaneamente, uma noção de responsabilidade irresistível, que o faz iniciar, logo, a sua metamorfose íntima, principiando, de modo especial, a preocupar-se com o problema da exemplificação.
Se exerce, lá fora, na vida pública, funções de mando, sente o imperativo de ser justo e bom, porque bondade e justiça são qualidades que o Espiritismo aponta por essenciais à felicidade e ao progresso.
Se, ao contrário, desempenha atividades subalternas, logo compreende a necessidade de esmerar-se no cumprimento de suas obrigações, com disciplina, respeito e boa vontade, porque boa vontade, respeito e disciplina são virtudes que a Doutrina lhe recomenda.
Administrando, pois, ou servindo, o comportamento do Espírita esclarecido tende para o Bem e para a Verdade, eis que os preceitos doutrinários não se harmonizam com a maldade e a mentira, por se acharem, aqueles, impregnados de substância evangélica.
Não se pode exigir, evidentemente, do obreiro espírita, a santificação compulsória, de um dia para outro, uma vez que profundas são as nossas vinculações ao pretérito; contudo, pode se-lhe sugerir esforço e boa vontade, perseverança e fidelidade na correção de defeitos e na conquista de qualidades enobrecidas.
Constitui sempre motivo de alegria para os 1nstrutores Espirituais — encarnados e desencarnados — perceberem que o indivíduo, ao tornar-se Espírita, modifica-se para melhor.
Se fora vingativo e rancoroso, converte-se, via de regra, num ser generoso e cordato, esforçando-se, infatigavelmente, para perdoar e servir aos que antes lhe ofenderam.
Se fora preguiçoso e comodista, transforma-se num obreiro diligente e operoso.
Se se comprazia no comentário maledicente, com relação a tudo e a todos, torna-se discreto, habituando-se, inclusive, a observações ponderadas e sinceras.
Transformando-se, assim, gradualmente, para o Bem e para a Luz, para o Amor e para o Conhecimento, o servidor do Espiritismo pode influenciar, de maneira satisfatória, a comunidade a que pertence.
Beneficiar o ambiente onde a Suprema Bondade o situou.
Melhorar a coletividade de que participa.
Reajustar caracteres e aprimorar sentimentos de companheiros que lhe partilham a experiência evolutiva.
Isso porque o exemplo — a Força do Exemplo —constitui a mais edificante pregação que o homem fiel a si mesmo pode realizar, a benefício seu e do próximo.
A palavra, embora culta e superior, pode ser esquecida.
O bom exemplo, observado e sentido, permanece, indelével, na retina e nos refolhos conscienciais.
Daí ter o Mestre asseverado aos discípulos, após lhes ter lavado os pés: “. . . eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais também vós. "


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