Estudando o Evangelho

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CAPÍTULO 7

A Mulher e o Lar – 2º

. . . cada um permaneça diante de Deus naquilo que foi chamado.


A mulher foi chamada para o Lar.
Competindo e rivalizando com os homens, inclusive em alguns excessos, vai ela, contudo, se habituando fora de casa.
Posterga, assim, de maneira imperceptível, o mais sublime e inalienável direito que o matrimônio e a maternidade edificante lhe concedem.
Abre mão, perigosamente, do mais belo atributo com que Deus a investiu, qual seja o de educar, ela própria, os filhos, com a transferência — ó infeliz e desnaturada transferência! — dessa divina atribuição às babás e auxiliares, muitas delas desprovidas de qualquer sentimento afetivo para com os entezinhos que a invigilância maternal lhes põe nos braços.
Sim — nos braços, apenas.
Abre mão, a mulher, maravilhada ante o brilho das reuniões sociais, da suprema ventura de acompanhar, muitas vezes com lágrima e sacrifício, o desenvolvimento mental e moral dos filhos, de partilhar-lhes as tristezas e alegrias, de sentir-lhes e anotar — para corrigir — os pequenos e grandes defeitos que pedem retificação, enquanto é tempo, defeitos e anfractuosidades cujo preço, no futuro, podem ser a desgraça e o sofrimento, a miséria e o crime.
A mulher parece não ouvir a advertência do grande Paulo: permanecer naquilo para que foi chamada; permanecer como Rainha do Lar, Sacerdotisa da Família.
Fixar o elemento feminino no Lar, evitando que este se esvazie por completo, fazendo compreender que é ele a primeira sociedade que a criança conhece e da qual participa — eis a missão do Espiritismo, na atualidade e sempre.
Missão grandiosa, inadiável, séria, divina.
Existem mães, em grande número — e isso não constitui novidade para ninguém —, que nada sabem dos filhos, dos seus problemas, das suas necessidades, das suas deficiências.
A vida social intensa, expressando-se, quase sempre, através de consecutivas atividades noturnas, nos clubes ou em residências amigas, onde o aperitivo e o jogo disputam o título de mais eficiente “destruidor da paz doméstica", obriga os pais a irem para um lado e os filhos para outro.
Assegura Emmanuel, nosso querido e respeitável Instrutor, que o feminismo legítimo “deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma ação contra-producente fora dele".
É isso o que o Espiritismo, por seus divulgadores, pretende e deseja fazer.
Não desejamos violentar o livre arbítrio de quem quer que seja, homem ou mulher, mas veicular o esclarecimento fraterno, construtivo.
Indicar os males decorrentes do desamor ao Lar —sagrada instituição que teve por fundamento, na Terra, três personagens singulares.
A nobreza de um carpinteiro que se chamava José.
A santidade de uma virgem que se chamava Maria.
A sabedoria e a bondade de uma criança, loura, que se chamava JESUS.
Seria infantilidade de nossa parte negarmos que mulheres ilustres contribuíram, em todas as épocas da Humanidade, atuando fora do lar, para o progresso da Ciência e da Arte, da Filosofia e da Religião.
Todavia, mesmo assim, apraz-nos a recomendação do apóstolo tarsense.
Conforta-nos a observação de Emmanuel. Da missão da mulher dentro do lar; do seu sacrifício e da sua renúncia; do seu sofrimento e de suas lágrimas; de sua abnegação e do seu anônimo labor, surgirá, para a Humanidade, o Amanhã de Luz.
É no lar, entre as quatro paredes de uma casa, modesta ou opulenta, que a alma infantil recebe as primeiras lições de sensibilidade e carinho, as primeiras manifestações de nobreza e compreensão.
E não esqueçamos que um dia as mães do mundo inteiro ouvirão, na acústica da própria consciência, a Voz de Deus, em forma de acusação ou de louvor:
“Mães, que fizestes dos filhos que vos confiei?. . . "


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