Chico Xavier Em Goiania

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Capítulo IV

Chico Xavier em Goiânia

Cremos que sim, porque não podemos dispensar o concurso da fé, seja no lar ou seja na vida individual.

A esse respeito, já que nos encontramos no Estado de Goiás, não podemos esquecer que foram os franciscanos e os jesuítas que abriram as primitivas veredas, os primeiros caminhos na vida tocantiniana; não será licito olvidar a colaboração, nos primórdios da urbanização goiana, de Frei Cristóvão Severino de Lisboa, de Frei João de Jesus e Maria, de Frei João do Sacramento e do Padre Leonel da Mota. Seria injusto ignorar que foi um padre, o digno reverendo Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury, o fundador do primeiro jornal do Estado de Goiás, o matutino Meiapontense. Por outro lado, não seria compreensível, de nossa parte, desconhecer o quadro de bênçãos da vida do primeiro bispo de Goiás, Sua Exa. Dom Francisco Ferreira de Azevedo; e, ainda agora, todos lastimamos a ausência do admirável Padre Pelágio.

As autoridades religiosas têm sido sempre nossas autênticas protetoras.

Na condição de espírita-cristão, ou de médium espírita-cristão, consideraria injustiça esquecer tudo isso e, conquanto aceitando as interpretações diversas da palavra de Nosso Senhor Jesus-Cristo, em Allan Kardec, o meu espírito se curva reverente diante de todas essas grandes figuras que nos formaram o caráter no Brasil cristão.


Acredito que, quando esquecemos os nossos benfeitores, somos doentes da memória e os doentes da memória perdem o conhecimento de si próprios.

Ser-nos-á naturalmente possível adaptar tradições e costumes aos novos conceitos de vida, inspirando-nos na evolução de outros povos, mas, sem dúvida, apagar as tradições que possuímos, seria como que destruir as raízes de nossa própria vida.


Cremos que terão nascido de nosso próprio espírito, quando esfogueado pelo remorso e pelo arrependimento na vida espiritual.


De nossa parte, encontramos no Espiritismo Evangélico um campo vastíssimo para raciocinar em novo clima de espiritualidade, quanto aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, trazendo-nos a responsabilidade de viver, compreendendo que somos filhos de nossas próprias obras; que devemos a nós mesmos os resultados do caminho que trilhamos; que nesta vida e nas vidas precedentes críamos as causas de nossos obstáculos, nos tempos que vamos atravessando.

Compreendemos, assim, que somos todos irmãos uns dos outros, que nos cabe viver e conviver sem violência e sem imposição de uns para com os outros; que nos compete respeitar-nos mutuamente; que cada qual encontra a estrada que lhe seja própria para a união com Deus; que é impossível edificar o progresso sem trabalho e nem cogitar da vitória do bem, sem que nos transformemos voluntariamente em veículos desse mesmo bem comum que mentalizamos por meta da felicidade pessoal e coletiva.

Tudo isso, o Espiritismo Evangélico, explicando Jesus em Allan Kardec, me oferece ao coração e acredito que será capaz de oferecer a milhares ou milhões de outras vidas.


Os Bons Espíritos explicam que enquanto pudermos trabalhar, devemos trabalhar e trabalhar servindo sempre, na produção do melhor que possamos realizar.

A melhor maneira do enfermo cooperar em favor do próprio grupo doméstico em que vive, será sempre a de trabalhar, ainda mesmo, quando nada mais possa fazer que sustentar a paciência consigo mesmo, de modo a não incomodar aqueles que nos cercam.


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


Francisco Cândido Xavier


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