Construção do Amor

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Capítulo VII

Cegos


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A sombra nos olhos físicos pode ser angustiosa provação, mas, a cegueira real é aquela que envolve o coração e a mente, na noite da rebeldia ou da ignorância.


É por isso que encontramos, no mundo, cegos de todos os matizes…

Cegos cristalizados na usura, que nada enxergam, além do pobre tesouro amoedado, em que mergulham as mãos ávidas.

Cegos detidos no egoísmo destruidor, que nada vêm senão os caprichos em que se movimentam.

Cegos encarcerados no orgulho, supondo-se as únicas criaturas louváveis do Universo.

Cegos algemados à viciação, em apagam a luz da própria consciência.

Cegos agrilhoados à preguiça, que somente enxergam as suas conveniências individuais, invariavelmente dispostos a vampirizar os semelhantes, à custa de queixas e lamentações.

Cegos atados à tristeza nociva, que menosprezam a graça do sol e as riquezas da vida, sustentando-se na imobilidade espiritual da revolta ou do desespero, olvidando que a vida é trabalho e renovação.

Cegos confiados ao abismo da descrença, que nada observam senão os espinhos de sarcasmo e negação, que lhes vicejam no íntimo…


Para todos esses cegos que cruzam diariamente nossos passos elevemos ao Alto as nossas preces de auxílio, rogando ao Senhor nos mantenha acordados para as próprias responsabilidades, com a suficiente visão para o desempenho dos nossos deveres, ainda que esse despertamento nos visite, a cada hora, pela bênção edificante da dificuldade ou da dor.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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