Ideal Espírita

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Capítulo LXXVI

Indulgência

A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.

Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.

Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.

Sejamos indulgentes. Se erramos, roguemos perdão. Se outros erraram, perdoemos.

O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para nós, amanhã.

A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.

É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.

Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência.

Quem perdoa desconhece o remorso.

Ódio é fogo invisível na consciência. O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.

O erro, nosso, requer a bondade alheia; erro de outrem, reclama a clemência nossa.

A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de quem a estime.

E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões. Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a consequência inevitável de toda fuga ao dever.

Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o imperativo de perdoar.

Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.

Você, amostra da Grande Prole de Deus, carece do amparo de todos e todos solicitam-lhe amparo.

Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que se o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.



(Psicografia de Waldo Vieira)



Esta mensagem foi originalmente publicada em 1961 pela FEB e é a 62ª lição do livro “”



André Luiz
Francisco Cândido Xavier


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