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Capítulo XXVIII

Examinando a mediunidade

TEMA — Mediunidade e serviço ao próximo.


Aspiras ao desenvolvimento da mediunidade para mais fácil intercâmbio com o Plano Espiritual. Isso é perfeitamente possível; entretanto, é preciso lhe abraces as manifestações, compreendendo que ela te pede amor e dedicação aos semelhantes para que se transforme num apostolado de bênçãos.

Reconhecerás que não reténs com ela um distrito de entretenimento ou vantagens pessoais e sim um templo-oficina, através do qual os benfeitores desencarnados se aproximam dos homens, tão diretamente quanto lhes é possível, apontando-lhes rumo certo ou lenindo-lhes os sofrimentos, tanto quanto lhe utilizarás os recursos para socorrer desencarnados, que esperam ansiosamente quem lhes estenda uma luz ao coração desorientado.

Receberás com ela não apenas a missão consoladora de reerguer os tristes, mas também a tarefa espinhosa de suportar, corajosamente, a incompreensão daqueles que se comprazem sob a névoa do materialismo, muita vez interessados em estabelecer a dúvida e a negação para obterem, usando o nome da filosofia e da ciência, livre trânsito nas áreas de experiência física, em que a fé opõe uma barreira aos abusos de ordem moral.

Nunca lhe ostentarás a força com atitudes menos dignas, que te colocariam na dependência do mal, e, ainda mesmo quando ela te propicie meios com os quais te podes sobrepor aos perseguidores e adversários, tratá-los-ás com o amor que não foge à verdade e com a verdade que não desdenha o equilíbrio, admitindo que não te assiste o direito de te antepores à justiça da vida.

Terás a mediunidade por flama de amor e serviço, abençoando e auxiliando onde estejas, em nome da Excelsa Providência, que te fez semelhante concessão por empréstimo. E nos dias em que esse ministério de luz te pese demasiado nos ombros, volta-te para o Cristo — o Divino Instrumento de Deus na Terra — e perceberás, feliz, que o coração crucificado por devotamento ao bem de todos, conquanto pareça vencido, carrega em triunfo a consciência tranquila do vencedor.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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