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Capítulo L

Quando o erro apareça


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TEMA — Atitude à frente de nossos erros.


Surge, comumente, para todos nós o instante de reconsideração dos próprios erros, em que bastas vezes experimentamos dolorosa impressão de autofalência.

Intentávamos completar construção determinada e a ventania das circunstâncias adversas nos derrubou as vigas iniciais; começávamos a resolver um problema difícil e ei-lo que se complica como que a destacar-nos a insipiência…

Revoltados contra nós mesmos, ensaiamos escapatórias diversas e asseveramos, desencantados:

— Trabalhei quanto pude…

— Tentei lutar…

— Sou um fracasso…

— Reconheci que não presto…

— A realização era alta demais…

— Para que prosseguir?!

— Deixo isso a quem possa…

— Fiz força…

Semelhantes afirmativas parecem testemunhar expressiva modéstia, atraindo simpatia e admiração em nosso favor, mas, na essência, não valem.

Quando o erro apareça em nossa área de ação, recordemos o motorista diligente que se atira a conserto e não a queixume, ante o carro enguiçado, e estabeleçamos primeiramente a pausa de revisão.

Aceitemo-nos tais quais somos, fracos, imperfeitos, rebeldes ou reincidentes no mal.

Fitemo-nos no espelho da razão pura. Raciocinemos.

Observemos os pontos vulneráveis, em torno dos quais as nossas faltas reaparecem.

Verifiquemos claramente em nós aquilo que desaprovamos nos outros.

Nenhuma tentativa de evasão pela tangente do desculpismo.

Anotemos as nossas necessidades morais, sem esperar que alguém no-las aponte, e lancemo-nos à obra restaurativa.

Corrigir-nos sinceramente e recomeçar trabalho de auto-reeducação tantas vezes quantas se fizerem precisas.


Ocasiões sobrevêm nas quais o abatimento é tão grande, perante os nossos erros, que muitos de nós se aventuram a pronunciar a palavra “impossível” para qualquer convite à renovação.

Quando isso aconteça, fujamos de perder tempo, articulando frases de autopiedade. Sentar-se à beira da estrada, para lamentar o mal sem remédio, é tão perigoso quanto cair e refocilar-se indefinidamente no chão.

Por maior seja o erro em que estejamos incursos, reiniciemos pacientemente a tarefa em que nos malogramos, recorrendo à oração. Em verdade, ninguém pode substituir-nos no esforço que é nosso, mas todo esforço somado à oração quer dizer: nós com Deus.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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