Entrevistas
Versão para cópiaEMMANUEL, O PROFESSOR
P – Acha que Emmanuel tem sido para você o amparo que o professor representa em si para o aluno?
R – Sem dúvida. Certa feita um amigo convidou a minha atenção para a biografia de Helen Keller, a nossa grande cidadã mundial, atualmente desencarnada, que era muda, surda e cega e, segundo a biografia dela própria, era ela uma criatura que, por falta de comunicação com o próximo, se tornara talvez muito agressiva.
Desde, porém, a ocasião em que tomou os serviços da professora que a educou, tornou-se uma pessoa diferente.
Considero que até 1931 a minha capacidade de comunicação com a próximo seria muito difícil, mas durante quarenta anos o espírito de Emmanuel tem tido muita caridade e misericórdia para comigo, e transformando-me de algum modo; ainda não me converti, do animal desconhecido que sempre fui numa criatura mais ou menos humana, mas confesso que o nosso grande benfeitor vem conseguindo melhorar o meu padrão espiritual. Por isso mesmo, devo declarar, de público, que devo a Deus e a ele, o esforço que vou fazendo, através do tempo, a fim de humanizar-me.
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