Indulgência

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Capítulo III

O valor da fé


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Discutirás em nome da fé, contudo, quase sempre, ao fim de preciosos duelos verbais, não terás atirado ao caminho dos semelhantes senão a labareda da violência ou o veneno do despeito e do ódio.

Combaterás por ela, mobilizando armas e tribunais terrestres, no entanto, ao término da luta, muitas vezes, não recolhes senão as brasas do desespero e o fel da desilusão.

E fácil ser-nos-á sempre criticar em seu nome, desaprovar ou ferir, pretendendo exaltá-la, e perturbar e destruir, na suposição de favorecer-lhe o desenvolvimento e a ascensão, porque, todos somos capazes da atitude obstinada ou da palavra contundente para consolidar-lhe os princípios, segundo o nosso modo personalista de ser.

Entretanto, Jesus ensinou-nos a cultivar o verdadeiro tipo de fé suscetível de erguer-nos da sombra para a luz.

Ele que mantinha inalterável comunhão com o Pai Celeste, jamais guerreou em Seu Nome, a pretexto de advogar-Lhe a soberania.

Em nome da fé, entregou-se, incansável, ao serviço de amparo às necessidades humanas, antes de veicular-lhes os avisos e ensinamentos.

Consagrando-a, passou no mundo, auxiliando e amando, servindo e perdoando, infinitamente, sem mesmo recorrer à qualquer proteção legal da justiça, quando escarnecido na prisão injusta e dilacerado na cruz do crime.

É que o Mestre, em silêncio, revelou-nos, sublime, que a coragem real da fé será sempre aquela que plasma no exemplo vivo de trabalho e abnegação, humildade e renúncia, a mensagem fundamental de sua irresistível lição.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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