Instrumentos do Tempo

Versão para cópia
Capítulo XIV

Auxilia enquanto é hoje


Temas Relacionados:

Recorda que, um dia, demandarás também o grande país da morte.

Sentirás o frio do túmulo a envolver-te o raciocínio, até que a luz te bafeje o espírito renovado. Nem por isso, deixarás de ouvir as palavras que o verbo humano pronuncie em tua memória e, em plena transformação, receberás o impacto de todos os pensamentos formulados na Terra a teu respeito.

Então suspirarás pela benevolência do próximo para que as tuas boas intenções sejam tomadas em conta no julgamento de teus dias.

Sofrerás no coração a crítica e a malevolência, a mágoa e a acusação com que te envolvam o nome, tanto quanto regozijar-te-ás com as vibrações de carinho e com as preces de amor endereçadas ao teu Espírito.

Reflete nessa lição do amanhã inevitável, fazendo-te, agora, mais humano e mais doce, em recordando os mortos que são mais vivos que tu mesmo, na imortalidade renascente.

Ainda mesmo no comentário, em torno daqueles que se arrojaram às trevas, pensa nas boas obras que terão inutilmente desejado praticar durante a permanência no corpo e lembra-te das esperanças que lhes teceram no mundo os primeiros sonhos…

Medita nas lágrimas ocultas que choraram sem consolo, nas aflições e remorsos que lhes vergastaram a consciência, mas não te confies à cultura da reprovação e do ódio, destacando-lhes o lado obscuro e amargo da vida…

Procura enxergar o bem que os outros ainda não perceberam, auxilia onde muitos desistiram do perdão, ajuda onde tantos desertaram da caridade, e estarás acendendo piedosa luz para teus próprios pés, à maneira de lâmpada suave e amiga, com que te erguerás, desde hoje, muito acima da sombra espessa e triste da morte.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


Acima, está sendo listado apenas o item do capítulo 14.
Para visualizar o capítulo 14 completo, clique no botão abaixo:

Ver 14 Capítulo Completo
Este texto está incorreto?