Capítulo VII

Influências ocultas


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Dos nossos sentimentos ocultos nascem os atos que praticamos à luz meridiana e dos atos que praticamos à luz meridiana surge a inspiração que nos orienta os sentimentos ocultos.

Não nos esqueçamos de que nossas inclinações superficialmente sem importância alimentam o curso de longas atividades da nossa vida.

O manancial aparentemente humilde nutre o ribeiro que atravessa dezenas de quilômetros alterando a qualidade do solo.

A fagulha simples determina o incêndio de vastas proporções.

A semente minúscula pode ser o início da grande floresta.

Assim também nossa ligeira disposição para a crítica pode atrair os gênios sombrios que geram a crueldade, impelindo-nos ao turbilhão do desespero e da delinquência e a leve irritação pessoal pode situar-nos em conexão com as forças da cólera, induzindo-nos à posição calamitosa dos que se despenham no abismo da loucura, requisitando, por vezes, o concurso dos séculos para o retorno à luz.

Saibamos guardar o coração na fé e na bondade, conservando a palavra e as mãos no serviço infatigável do bem, de vez que plantando no tempo os valores do progresso para os irmãos que nos rodeiam, penetraremos a faixa da verdadeira fraternidade em que operam os emissários do Cristo, na construção do Reino de Deus, entre as criaturas.

Afastemo-nos das questões comezinhas em que o egoísmo e a ociosidade nos identificam com a sombra, e transformemos nossos minutos vazios em amparo incessante aos que caminham na retaguarda e reconheceremos que a esperança e a gratidão, a fortaleza e o entendimento dos outros acumularão, em nosso favor, as bênçãos da simpatia, através das quais conquistaremos a influência dos poderes celestes que nos converterá o coração em fonte perene de perene felicidade.




Emmanuel
Francisco Cândido Xavier


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